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Dicotomia Ou Tricotomia
Dicotomia Ou Tricotomia
http://www.youtube.com/watch?v=X2ALkueLNjc
Sou traducionista dicotomista: o filho herda dos pais a parte material (corpo)
tanto quanto a não-material (espírito/alma), e porque ambos são corrompidos,
o novo ser nasce completamente corrompido (ou seja, corrompido no corpo e
no espírito/alma).
Sou traducionista dicotomista: o filho herda dos pais o corpo e a alma (que são
corrompidos), mas o espírito é criado e dado por Deus. Lembrando que o
espírito é sempre puro, incorruptível, imaculado, por isso todos os espíritos
voltam a Deus.
De todos esses exemplos acima (“a”, “b” e “c”), parece mais fácil acreditar que
se trata de uso intercambiável de termos. No pensamento hebraico temos o
que se chama de paralelismo – sinônimos que são usados pra reforçar uma
ideia. Talvez seja esse o caso quando se usa intercambiavelmente os termos
alma e espírito, mostrando asssim uma ênfase e não uma distinção. A
mentalidade hebraica usava de muito paralelismo. (Creio na inspiração verbal
das Escrituras, ou seja, nenhuma palavra nas Escrituras está colocada por
acaso).
a) “Senhor, escuta [ouve] a minha voz [petição]; sejam os teus ouvidos atentos
[inclina os teus ouvidos] à voz das minhas súplicas” – Sl 130.2, ou seja, “ouve”
e “inclina os teus ouvidos” são a mesma coisa, assim como “petição” e
“súplica”;
Nem Paulo (I Ts 5.23) e nem Jesus (Mc 12.30; Lc 10.27) estão preocupados
em ensinar de quantas partes o homem é composto/feito; Paulo está dizendo
que o homem de forma integral (como um todo) seja santificado enquanto
Jesus está dizendo que o homem de forma integral deve amar a Deus. Eles
estão usando de uma figura de linguagem que cita elementos pra dar ênfase
ao todo, ou seja, Jesus poderia ter dito “amarás, pois, o Senhor teu Deus com
todo o seu ser”, e Paulo “que vocês sejam santificados em todo o seu ser”. Há
uma ligação direta entre “amar a Deus sobre todas as coisas” e “buscar a
santificação”, pois não há santifiação se não há verdadeiro amor por Deus.
Buscamos a santificação não para sermos salvos, mas porque amamos a
Deus. (Ele nos amou primeiro e nos deu deste amor e agora nós queremos
agradá-Lo e cumprir com o propósito da nossa existência manifestando o
nosso amor). Buscamos a santificação porque Deus é santo e o lugar onde Ele
está e pra onde nós estamos caminhando ir é um lugar santo (“Segui a paz
com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” – Hb 12:14).
Apesar da Escritura não ser suficientemente clara sobre esse tema (visão
dicotomista e tricotomista), ela não pode estar ensinando as duas coisas; uma
tem de estar correta. Mas a ênfase está na integralidade, na unidade. O
Evangelho precisa ser algo que trate o integral do homem, tanto a sua
parte material quanto a sua parte não-material. A transformação que o
Evangelho faz tem de ser por completo, ou seja, a redenção que Cristo
veio adquirir não foi só para o “espírito” (ou só pra “alma”), ou só para o
“corpo”, mas uma redenção ao homem por completo.
Quando Cristo diz: “Raça de víboras, como podem vocês, que são maus, dizer
coisas boas? Pois a boca fala do que está cheio o coração” – Mt 12:34.
Coração, nesse caso, é o centro da vida; é aquilo que controla o que
chamamos de faculdade da alma. Na faculdade da alma (espírito) estão a
razão, as vontades e as emoções; Deus nos dotou desses três elementos
(razão, vontade e emoção):
2. Depois da queda: A queda afetou o homem todo porque foi no coração, que
é a fonte da vida, onde habitam razão, vontade e emoção: “Sobre tudo o que
se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da
vida” – Pv 4:23]. Como esse coração está corrompido, então ele corrompe o
corpo todo. De modo que essa ordem de razão, vontade e emoções, no
homem caído, ela está invertida: o homem determina o que ele vai fazer é com
base no que lhe dará prazer; então, o que me dá prazer eu quero e isso eu dou
valor. O que a regeneração (o trabalhar do Espírito Santo) faz é inverter esse
papel, pois dá ao homem a capacidade de enchergar o que de fato tem valor,
de modo que, quando o crente erra, ele sabe o que está fazendo, ou seja, ele
está indo contra aquilo que ele entendeu que não deveria fazer. [mas o crente
pode deliberadamente contrariar a voz do Espírito Santo].
Como entender Ecl 12.7 “E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a
Deus, que o deu” se o espírito é herdado dos pais? Isso se refere à criação
original. Nós não viemos diretamente do pó; o que nós temos (corpo e espírito)
foi gerado por alguém (nossos pais e assim sucessivamente); apenas Adão
veio diretamente do pó e recebeu o espírito diretamente de Deus. Somos pó
porque somos descendentes de Adão. Pra afirmar que o corpo e o espírito são
herdados dos pais, veja o caso de Eva: Deus tira a costela de Adão e forma
Eva e ela se torna alma vivente sem que haja um relato de Deus ter soprado
nela o espírito. Então, ou mulher não tem espírito, ou ela recebeu não só a
parte material como também a sua parte não-material do marido. Isso explica a
corrupção do gênero humano. A Bíblia não é suficientemente clara quanto à
isso. Mas há três teorias vigentes:
Deus tira a costela de Adão e forma Eva e ela se torna alma vivente sem que
haja um relato de Deus ter soprado nela o espírito. Então, ou mulher não tem
espírito, ou ela recebeu não só a parte material como também a sua parte não-
material do marido. Isso explica a corrupção do gênero humano.