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CENTRO UNIVERSITÁRIO PARAÍSO- UNIFAP

CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO

JAKSON LEANDRO BATISTA MUNIZ


KAROLLAYNE DOS SANTOS SILVESTRE

RELATÓRIO DO MINICURSO
TEORIAS CONSTITUCIONAIS NA HISTÓRIA DO DIREITO:
Abordando resumidamente o trajeto histórico, a constituição passou por diversas
formas, moldes e significados.

JUAZEIRO DO NORTE/ CE
2021
JAKSON LEANDRO BATISTA MUNIZ
KAROLLAYNE DOS SANTOS SILVESTRE

RELATÓRIO DO MINICURSO
TEORIAS CONSTITUCIONAIS NA HISTÓRIA DO DIREITO:
Abordando resumidamente o trajeto histórico, a constituição passou por diversas
formas, moldes e significados.

Relatório avaliativo da disciplina de história do


pensamento jurídico e hermenêutica jurídica, com ênfase
no minicurso de teorias constitucionais na história do
direito.

Orientadora kristal Moreira Gouveia

JUAZEIRO DO NORTE/ CE
2021
RELATÓRIO
O Centro Universitário Paraíso, realizou aos dias 03, 04 e 05 de novembro a XIV
semana do direito com foco no direito fora da caixa: transdisciplinaridade, arte e
tecnologia, evento totalmente virtual pelas plataformas Sympla, Youtube e
Collaborate. Este relatório tem ênfase no tema do minicurso as Teorias
Constitucionais Pelas Lentes da História do Direito, ministrado pela professora kristal
Moreira Gouveia. Diante disso, grandes pensadores da época como Montesquieu,
Hobbes, Rousseau, Locke, Georg Jellinek, Ferdinand Lassalle, Hans Kelsen, Rudolf
Smend, Hermam Heller, Konrad Hesse e o Carl Schmitt contribuíram
fundamentalmente para que ao longo da história a constituição passasse por diversas
formas, moldes e significados, chegando até a atual constituição de 1988.
É importante ressaltar os antecedentes de uma teoria da constituição: das
constituições liberais às constituições sociais, partindo do que é constituição, um
documento que organiza politicamente e juridicamente o Estado. A sociedade está
organizada em regras sociais, construção moderna de um documento de caráter
político normativo. Dessa forma, ao longo do tempo as primeiras constituições liberais
foram as constituições modernas que eram textos que davam parâmetros políticos
institucional para aquele Estado e que traziam limitações ao poder e garantias de
direitos, além de também determinar a organização do Estado em maior ou menor
medida. Então essas constituições nascem com o advento do Estado moderno:
criando o estado nacional que ocorre com o findar da idade média, quando começa
haver a delimitação em Estados com soberania, povo, território e um direito interno.
O propósito era limitar o poder do monarca, e um exemplo desse propósito é a
Revolução francesa que foi um movimento resultante da classe burguesa, nasceu
desse intuito de limitar o poder, e com essa ideia surge o pensamento de Montesquieu
que é basicamente a separação dos poderes, se garantir a limitação do poder e a
garantia de direitos que seriam proteção contra o Estado. A constituição nesse
momento não é um documento extenso, não se aprofunda em direitos fundamentais,
ela é uma espécie de limitação do poder do Estado e relegar ao legalismo as leis da
legalidade a produção normativa.
A constituição liberal, a principal característica é separar o direito e a política, ela era
cartas de direitos, pautavam-se na supremacia das leis, pois reduzem o poder de
atuação do judiciário. Então, as primeiras constituições escritas nascem de uma toada
de limitar o poder e o equilíbrio constitucional lá em 1787, e o fruto desse nascimento
são os movimentos revolucionários como revolução francesa, americana e inglesa.
Coloca-se naquele tempo histórico jurídico, nomeado de liberalismo jurídico
fundamentado fortemente nas ideias dos contratualistas Hobbes, Rousseau e Locke.
O contexto de liberalismo jurídico veio do próprio nascimento do Estado Moderno.
O fator primordial para que a constituição liberal caísse foi o deslocamento do
proletariado da classe burguesa, e assim houve intervenções com a justificativa de
insuficiência.
Dessa maneira, surge o positivismo jurídico uma discussão da constituição saindo da
ótica do documento político e trazendo uma estrutura do Estado com distribuição de
poder e competência e pautado na questão jurídica.
Quando se fala em positivismo jurídico do século XIX, Georg Jellinek destaca-se por
ter um pensamento pautado que a constituição só é possível porque existe Estado, e
que a política tem que está fora deste documento jurídico, o direito é monopólio do
Estado.
Outra concepção bastante prestigiada é a de Ferdinand Lassalle, segundo o qual tem
uma abordagem sociológica que diz que é uma utopia acreditar que a constituição
escrita representa a sociedade em si, existem dois tipos de constituição a escrita- que
está na folha de papel e a real- que são os fatores reais do poder que tem força para
tomar decisões, ele analisa o contexto da realidade que está inserido. Nesse sentindo
a constituição não se limita ao documento, na realidade é um pacto entre aqueles
grupos que tem o poder e a força para alterar a sociedade, e assim, analisando pelo
viés sociológico há uma visão diferente do positivismo.
O período com discussões fortes e ricas por parte dos constitucionalistas foi o
chamado Laboratório de Weimar, surgindo as teorias constitucionais do século XX.
Analisando o contexto a Alemanha estava em pós primeira guerra (1919-1933),
nascimento de uma República – Constituição de Weimar: Social. O Estado tem a
obrigação de arcar com essas obrigações, porém ele está devastado passando por
uma forte crise institucional o que deu oportunidade para um golpe de Estado.
Como estabelecido por Hans Kelsen a ciência jurídica precisa de autonomia, e com
base nisso ele cria a teoria pura do direito, que se baseia que a ciência jurídica tem
que ser analisada e separada das outras ciências, criando uma estrutura
hierarquizada de normas. Hans, era austríaco, e a Australia estava em um processo
de transição do Império para o Estado federativo, então ele sedimenta a tradição do
positivismo com o formalismo jurídico, em 1920 cria a constituição jurídico normativo,
teoria essa totalmente jurídica, formalista legitimidade pautada numa estrutura válida,
encontrar o fundamento da validade, estava voltada para no processo de aprovação.
A concepção de Rudolf Smend é a teoria da integração: contrapõem-se havendo um
rompimento com o positivismo, e a integração está entre Comunidade, Sociedade e o
Estado sendo um interprete. Dessa forma, há um processo de integração: pessoal,
funcional e material ou objetiva.
O Hermann Heller, entre a normalidade que é um tipo de conduta que vai acontecer
na sociedade e que provavelmente de forma extra jurídica, e a normatividade que
deve existir do ponto de vista normativo uma conduta esperada.
E finalizando esse trajeto histórico, tem-se os brilhantes Konrad Hesse que cria a força
normativa da constituição, opondo-se a Ferdinand Lassalle, reconhece que existem
forças reais, mas elas são dotadas de uma decisão jurídica; O decisionismo político
de Carl Schmitt, soberano é quem decide sobre o estado de exceção, ele era um
crítico ao liberalismo e para ele o sentido da constituição está em quem tem o poder
de decisão, é o realismo elevado até o seu conceito limite, partindo do pressuposto
de soberania.

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