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UNIVERSIDADE PAULISTA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS


CURSO DE DIREITO
CAMPUS PARAISO

TRABALHO PARA AVALIAÇÃO SEMESTRAL


Atividades Práticas Supervisionadas - APS
Prof.ª: Andréia Wild

Alunos RA Assinatura

São Paulo
2015/3º e 4º
Sumário

Introdução......................................................................................................................3
1 - Sinopse do Filme……………………..…………………………………………………..4

2 – O Artigo 5º e Sua Função.................................................................................5

3 – Fundamentos Teóricos Para Respaldar a Análise Prévia do Filme...............7

4 – Base de Defesa do Primeiro Crime....................................................................9

5 - Base de Defesa do Segundo Crime..................................................................14

Referências:.................................................................................................................17
Introdução
Até aonde vai o limite de um ser humano? Até onde o ser humano consegue ir
para superar seus próprios limites?
Segundo o dicionário de Filosofia Segundo o Dicionário de Filosofia, em
sentido geral, o termo liberdade é a condição daquele que é livre; capacidade de agir
por si próprio; autodeterminação; independência; autonomia.
Para o ser humano, a liberdade é tudo aquilo que ele possui, e que irá carregar
com o decorrer de sua vida, além de sua sabedoria e de seu aprendizado.
A liberdade é a própria condição humana. Todos nós vivemos em constantes
possibilidades de escolhas e essas escolhas constituem o que somos. A Constituição
Federal nos assegura o Direito à Liberdade, está no Caput do art. 5. Que diz: “Todos
são iguais perante a lei, sem distinção... garantindo-se a inviolabilidade do direito a
vida, a liberdade a igualdade, à segurança e à propriedade...” No entanto, tal direito
só é assegurado para aqueles que agem de maneira lícita, sem ferir os valores éticos
e morais da sociedade.
        A partir daí chegamos à conclusão de que o Estado é autorizado a retirar
a liberdade de alguém quando há uma necessidade de proteção de determinados
bens que são essenciais para sociedade. Tais bens são dotados de uma determinada
importância, pois o Estado não pode privar o cidadão de sua liberdade por um motivo
insignificante.

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1 – Sinopse do Filme

O filme retrata a história de Henry Young, um homem que foi condenado em


1938 em uma das piores prisões consideradas no mundo, Alcatraz, por ter roubado
cinco dólares para tentar comprar comida para a sua irmã mais nova. Numa tentativa
de fuga com mais três companheiros de prisão, Henri é capturado e levado de volta à
prisão, onde como punição é confinado a solitária por dezenove dias. Ele só não
sabia que esses dezenove dias se tornaria um inferno em sua vida, transformando-se
em três anos, recluso em num buraco, se sujeitando a ficar nu, sem banho, sem
comida, e sendo torturado pelos guardas a todo o momento com surras e banhos de
água gelada.
Ao sair de da solitária, enlouquecido por tanta barbárie com sua pessoa, e ao
ser colocado junto com os outros presos, Henri se vê frente a frente com seu delator e
o assassina com uma colher.
Henri vai a julgamento, onde conta com a defesa de um advogado publico e
com pouca experiência James Stamphill, onde deverá enfrentar a fúria do diretor
perverso do presídio Gleen, tentando provar que a Instituição de Alcatraz e sua
diretoria são os culpados de ter levado Henri a loucura, fazendo com que ele
cometesse tal crime.

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2 – O Artigo 5º e Sua Função

Articulada no modelo teórico hermenêutico a ciência do direito deve relacionar


a hipótese de conflito e a hipótese de decisão, tendo em vista o seu sentido,
assumindo, assim, uma atividade interpretativa, tendo uma função primordialmente
avaliativa, por propiciar o encontro de indicadores para uma compreensão parcial ou
total das relações, surgindo então uma teoria hermenêutica tendo, dentre outras, a
tarefa de: interpretar as normas, verificar a existência de lacuna e afastar contradições
normativas.

Vê-se assim que a ciência jurídica exerce funções relevantes não só para o
estudo do direito, mas também para a aplicação jurídica, viabilizando-o como
elemento de controle do comportamento humano ao permitir a flexibilidade
interpretativa das normas, autorizada pelo artigo 5º da Lei de Introdução ao Código
Civil, e ao propiciar, por suas criações teóricas, a adequação das normas no momento
de sua aplicação, ou seja, a sua atualização.

A dogmática jurídica possui uma função social, podendo ser vista como uma
agência de socialização, por permitir a integração do homem e da sociedade num
universo coerente, destacando ainda que o ideal dos juristas é descobrir o que está
implícito no ordenamento jurídico, descobrindo-o, reformulando-o e apresentando-o
como um todo coerente e adequado às valorações sociais vigentes.

LARENZ sustenta que:

"É missão dos tribunais decidir de modo ‘justo’ os conflitos trazidos perante si
e, se a ‘aplicação’ das leis, por via do procedimento de subsunção, não oferecer
garantias de tal decisão, é natural que se busque um processo que permita a solução
de problemas jurídicos a partir dos ‘dados materiais’ desses mesmos problemas,
mesmo sem apoio numa norma legal. Esse processo apresentar-se-á como um
‘tratamento circular’, que aborde o problema a partir dos mais diversos ângulos e que
traga à colação todos os pontos de vista – tanto os obtidos a partir da lei como os de
natureza extrajurídica – que possam ter algum relevo para a solução ordenada à
justiça, com o objetivo de estabelecer um consenso entre os intervenientes."Para

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cumprir tão árdua tarefa deverá o aplicador do direito basear-se no artigo 5º da Lei de
Introdução ao Código Civil, vez que contém um parâmetro à atividade jurisdicional,
fornecendo as várias trilhas possíveis para uma decisão, que, ao aplicar a norma ao
caso concreto, atenda à sua finalidade social e ao bem comum.

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3 – Fundamentos Teóricos Para Respaldar a Análise Prévia
do Filme

Henri em seu primeiro crime roubou cinco dólares de uma caixa registradora de
um posto de correio para dar de comer a sua irmã na qual estava passando fome.
Oras, porque o Srº Meritíssimo Juiz na hora de aplicar a condenação ao Réu, tendo
em vista o furto privilegiado se encontra previsto no § 2º do art. 155 do Código Penal,
que criminaliza o furto. Dispõe a referida norma: “Se o criminoso é primário, e de
pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de
detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa”. Fácil
notar, portanto, que o pequeno valor da res (coisa) (além da primariedade) leva à
aplicação de um dos três benefícios previstos em lei.
Fácil notar, portanto, que o pequeno valor da res (coisa) leva à aplicação de um
dos três benefícios previstos em lei. Entretanto, o privilégio se distingue por completo
da subtração de bagatela, onde o intérprete aplica o princípio da insignificância. “O
direito penal, por sua natureza fragmentária, só vai até onde seja necessário para a
proteção do bem jurídico. Não deve ocupar-se de bagatelas”. A aplicação de tal
princípio “permite que o fato penalmente insignificante seja excluído da tipicidade
penal”. (A TIPICIDADE é um juízo de verificação se o fato é ou não é típico. O fato
tem que se encaixar no modelo previsto no tipo penal, como uma figura geométrica)
         Diante de tais considerações, fácil notarem a distinção entre os dois
institutos. No furto privilegiado, a subtração de coisa de pequeno valor leva à
caracterização da tipicidade. Portanto, haverá crime, ainda que o agente seja
beneficiado na fase de aplicação da pena. Já na subtração de coisa de valor ínfimo ou
irrisório, sequer haverá tipicidade, em razão do princípio da insignificância. Isto porque
o caráter subsidiário do direito penal impede que este se ocupe de lesões
manifestamente irrisórias, deixando a intervenção do ordenamento jurídico para
outros ramos do direito, ou seja, o que tem mais significância, a ausência da
tipicidade ou se o valor do bem subtraído/furtado/roubado é irrisório?
No Caso de Henri, não se levou nenhuma das duas considerações acima
notadas a nosso ver, pelo contrario, o réu foi simplesmente condenado por um

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pequeno delito, na qual o levou a um maior ainda, causando transtorno emocional,
psicológico e puramente traumático para a vida de Henri ao tentar se reabilitar
novamente em sociedade (no caso dele em sociedade com os demais detentos), em
resultado disso, preso numa solitária, onde era mantido no mais absurdo da
desigualdade humana, no sub-humano de todos os mais preceitos modos
condenatórios jamais vistos, onde seu corpo conseguiu aguentar, porém sua mente já
não mais estava com ele, levando-o a sua própria loucura.

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4 – Base de Defesa do Primeiro Crime

O crime deveria ter sido embasado no §2º do art. 155 onde diz que se o
criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a
pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar
somente a pena de multa, onde poderia ter se valido do principio da bagatela, onde
levamos em consideração a conduta mínima ofensiva, ausência de perigo social na
ação, lesão jurídica inexpressiva. Henri não ameaçou ninguém no posto de correios,
apoderando se de uma quantia irrisória, onde a conduta do mesmo não ofendeu em
nenhum momento a sociedade.

Poderia ter levado em consideração o art. 27 do CP, a inimputabilidade do réu


por ser menos de 18 anos. Henri tinha apenas 17 anos quando cometeu o delito,
levando em consideração que ele não responde ainda pelos seus atos jurídicos,
sendo apenas levado para a reabilitação, podendo assim também pagar em forma de
condenação à prestação de serviço a comunidade.

Outra consideração que se faz ser necessária neste parágrafo é o fato dos
princípios da dignidade da pessoa humana. Assim, rege o Princípio da Dignidade
Humana o artigo 1º, inciso III da Constituição Federal, em garantia ao Estado
Democrático de Direito, “... A República Federativa do Brasil, formada pela união
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado
Democrático de Direito e tem como fundamentos: III – a dignidade da pessoa
humana”. A doutrina pátria considera o referido princípio como valor supremo do
Estado Democrático de Direito, além de ser fator de legitimação do exercício do poder
estatal, exigindo que a atuação dos poderes públicos e de toda a sociedade tenha
como finalidade precípua respeitar e promover a dignidade da pessoa humana.

Dessa forma, a dignidade humana deve sempre ser buscada e protegida pela
legislação e judiciário, para garantir a ordem jurídica e alicerçar os demais princípios
constitucionais fundamentais, proporcionando ao indivíduo, mesmo em situação de
ilicitude penal em sua conduta, o direito de ser a sanção punitiva aplicada em
consonância com os seus direitos humanos.

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4.1– Principio da Culpabilidade

Culpabilidade é um elemento integrante do conceito definidor de uma infração


penal. A motivação e objetivos subjetivos do agente praticante da conduta ilegal. A
culpabilidade aufere, a princípio, se o agente da conduta ilícita é penalmente culpável,
isto é, se ele agiu com dolo (intenção), ou pelo menos
com imprudência, negligência ou imperícia, nos casos em que a lei prever como
puníveis tais modalidades.

Segundo o Direito Penal, um humano, ao praticar uma conduta ilícita, pode


ter culpa latu sensu por suas ações, se a praticou com dolo, isto é, intenção
consciente de praticar a conduta antijurídica pra obter o resultado. Pode ainda haver
culpa strictu sensu, quando o agente não objetivava o resultado ilegal produzido por
sua conduta, mas, por agir com imprudência, imperícia ou negligência, tornou-se
penalmente responsável por seus atos.

A teoria do crime afirma que só se configuram como infrações penais as


condutas típicas, ilícitas e culpáveis, sendo que o não cumprimento de um desses
quesitos elementares impede que a conduta seja classificada como infração [1] . Assim
sendo, um humano que tenha praticado uma conduta típica e ilegal pode não ter
culpa alguma, uma vez que não teve por objetivo nada de ilegal ou imoral, nunca
buscou o resultado ilícito, apesar de o ter inadvertidamente produzido, e, por fim, não
praticou nada em sua conduta manchado por imperícia, imprudência ou negligência,
não havendo algo de proibido ou repreensível em sua conduta, pelo qual possa ser
penalmente culpável. E sua conduta, não importa a gravidade da lesão ou a
importância do bem jurídico atingido, não configura infração penal.

Para que se configure plenamente a culpabilidade, ainda é necessário


averiguar a presença dos elementos essenciais da culpabilidade, que são
a imputabilidade penal; a potencial consciência da ilicitude do fato; e a exigibilidade de
conduta diversa. O não cumprimento de um desses elementos exclui a culpabilidade
do agente e a infração resta não configurada.

Nessa explicação plausível e lógica sobre culpabilidade, faço-lhes uma


pergunta: Henri, aos 17 anos de idade, órfão de pai e mãe, tendo a obrigação de

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defender a honra de sua pequena irmã, sustentando-a com o mínimo que a
constituição diz, teria plena consciência da sua ilicitude?

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4.2 – Principio da Proporcionalidade

Proporcionalidade refere-se ao equilíbrio entre as partes, praticamente tendo


dois lados a serem ponderados, um positivo outro negativo, o bem e o mau, o
excesso e a omissão, o muito e o pouco, o todo e o nenhum, o cheio e o vazio.
Exemplos não faltam para a palavra equilíbrio, juridicamente como em tudo, o
equilíbrio é essencial para a harmonia da sociedade, vivemos em uma sociedade de
desigualdades sociais, onde o povo a cada dia é mais sufocado pelo Estado, que
invade suas vidas de forma demasiada, não se preocupando com sua finalidade
principal, qual é o bem comum da sociedade. Foi levado em conta o principio da
proporcionalidade, ou seja, uma medida de equilíbrio, proporcional, entre a gravidade
do fato ilícito e a pena cominada a ser aplicada, na sentença do jovem Henri Young?

O Art. 5°, XLVI da CF exige a individualização da pena como forma de garantir


que a sanção deve ser aplicada de acordo com a gravidade do delito. É de suma
importância que o sentimento de vingança de quem foi vítima do delito não se
confunda com a proporcionalidade da sanção a ser aplicada, pois qualquer excesso
de severidade torna a pena supérflua.

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4.3 – Principio da Humanidade

Em um Estado de Direito democrático veda-se a criação, a aplicação ou a


execução de pena, bem como de qualquer outra medida que atentar contra a
dignidade humana. Apresenta-se como uma diretriz garantidora de ordem material e
restritiva da lei penal, verdadeira salvaguarda da dignidade pessoal, relaciona-se de
forma estreita com os princípios da culpabilidade e da igualdade.
Está previsto no art. 5°, XLVII, que proíbe as seguintes penas: a) de morte,
salvo em caso de guerra declarada; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados;
d) de banimento; e) cruéis. “Um Estado que mata, que tortura, que humilha o cidadão
não só perde qualquer legitimidade, senão que contradiz sua razão de ser, colocando-
se ao nível dos mesmos delinquentes”.
Ficou nítido que Henri e sua irmã perdeu sua família, onde o estado por
obrigação deveria resguardar e garantir os subsídios da vida dos dois, sendo esse
princípio o mais importante de todos eles.

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5 - Base de Defesa do Segundo Crime

Henri é preso e levado para a solitária devido à ser entregue a diretoria do


presídio por outro fugitivo.
“Art. 13. Poderá o juiz, de ofício ou a requerimento das partes, conceder o
perdão judicial e a consequente extinção da punibilidade ao acusado que, sendo
primário, tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e o processo
criminal, desde que dessa colaboração tenha resultado:
I - a identificação dos demais coautores ou partícipes da ação criminosa;
II - a localização da vítima com a sua integridade física preservada;
III - a recuperação total ou parcial do produto do crime.
Parágrafo único. “A concessão do perdão judicial levará em conta a
personalidade do beneficiado e a natureza, circunstâncias, gravidade e repercussão
social do fato criminoso.”
Cai por terra aqui o principio da proporcionalidade da pena já que se punirão
com penas diferentes pessoas envolvidas no mesmo fato e com idênticos graus de
culpabilidade.
        Henri Young é severamente punido elevado para a solitária onde foi
extremamente maltratado, castigado e torturado, acabou ficando sem sol e sem
contato com qualquer ser humano pelo absurdo prazo de três anos em condições
sub-humanas, sendo que o máximo permitido por lei na época para tal castigo era de
apenas 19 dias. Ele ficou três anos, com direito a banho de sol uma vez por ano de
apenas meia hora. Sendo que a legislação vigente estipulava banho de sol por 30
minutos diários. Passado os três anos, Henri Young sai da solitária à beira da loucura.
No refeitório durante a refeição dos detentos, Henri com a própria colher avança
contra McCain com um golpe preciso acertando assim, a artéria jugular levando-o à
morte. Henri foi denunciado por assassinato em primeiro grau, que no Brasil seria o
equivalente ao homicídio doloso qualificado (com intenção de matar e praticado por
agente que já estava preso). No modelo americano, o detento iria a julgamento com
pena de morte. No modelo brasileiro, ele iria a julgamento com o agravante de
reincidência.
         Referente a Henri foi desconsiderado o fato de o jovem ter atingido alto
grau de doença mental, sendo que não podia mais cumpri a pena e esta poderia ser

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convertida a pena em medida de segurança. O tempo que ele permanecesse no
hospital de custodia seria considerado tempo de pena cumprido. Mas, isso não
ocorreu.
O art. 37, 6 º, da CF, estabelece expressamente que o Estado responde de
forma objetiva pelos danos causados aos administrados por atos dos agentes
públicos. Em razão deste preceito estabelecido  na norma constitucional basta ao
administrado provar o nexo de causalidade existente entre o dano e a lesão
suportada, para que possa ser indenizados por danos materiais e até mesmo morais
e estéticos. Segundo a doutrina que cuida da responsabilidade do Estado, os atos
podem ser praticados por ação ou omissão.
        A responsabilidade do Estado, ou como preferem alguns da Administração
Pública, alcança também os atos decorrentes da omissão do Poder Público na
preservação dos direitos e garantias fundamentais, sem os quais o status de
dignidade a todos assegurado perde o seu sentido.
       A morte de um detento no interior de uma Delegacia de Polícia, Cadeia Pública,
Penitenciária, Colônia Penal Agrícola, ou qualquer outra unidade integrante do
Sistema Prisional, é de responsabilidade do Estado, União, ou     Estados-membros,
que devem responder de forma objetiva por sua omissão, que ocasionou a morte do
reeducando, ou seja, não houve responsabilização do Estado. O estado tem
responsabilidade objetiva nesses casos, afinal todo o dano causado ao reeducando
foi consequência de todo tratamento desumano a qual ele foi submetido.

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6 – Considerações Finais

Como podemos observar, neste caso, O sistema carcerário foi extremamente


precário, defeituoso, distante de reeducação dos infratores, ocorre que ao invés de
combater a criminalidade e incentivar a socialização dos infratores, acaba por revelar-
se absurdamente um sistema injusto, sem apoio das autoridades do Estado.

Finalmente, o filme deixa uma mensagem de conscientização sobre a


proporcionalidade entre o crime praticado e a pena aplicada, questionando o descaso
de autoridades com o sistema carcerário que impossibilita qualquer socialização e
recuperação dos detentos.

Acredito que este questionamento, deve ser feito também, no sistema


carcerário brasileiro, com a situação atual das leis penais vigentes que se mostram
necessários de mudanças na prática da pena, sem, contudo estimular a impunidade.,
pois a sociedade precisa de legisladores comprometidos em resolver as deficiências e
brechas na lei penal brasileira.

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Referências:

http://www.infoescola.com/filosofia/conceitos-de-hermeneutica/

http://www.brasilescola.com/sociologia/consciencia-e-liberda-humana-texto-2.htm

https://pt.wikipedia.org/wiki/Culpabilidade

Código de processo Civil


Código Penal
Código Civil
Constituição Federal de 1988
Filme Assassinato em Primeiro Grau

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