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SECÇÃO DE FILOSOFIA
HUAMBO
TRABALHO DE PESQUISA NA
DISCIPLINA DE METODOLOGIA
DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
Iº ANO DE FILOSOFIA.
HUAMBO/DEZEMBRO/2022
O VALOR DA EDUCAÇÃO NA SOCIEDADE DO
HUAMBO
TRABALHO DE PESQUISA NA
DISCIPLINA DE METODOLOGIA
DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
Iº ANO DE FILOSOFIA.
HUAMBO/DEZEMBRO/2022
À toda minha família de modo especial o meu Pai
Francisco João e a minha Mãe Verónica Luísa Ussova
Satchipati.
AGRADECIMENTOS
Queremos primeiramente agradecer a Deus mentor e autor da vida e a me concedeu,
agradeço aos meus pais que foram colaboradores de Deus e que aceitaram me trazer neste
mundo e não só pelo apoio que me têm dado, agradeço ao meu Superior, Reitor e Director que
faz muito por mim na comunidade, agradeço ao Frei Abreu que disponibilizou alguns
computadores do Cyber para elaboração deste mesmo trabalho.
SIGLAS E ABREVIATURAS
D. F _______________________________________________________ De dentro para fora
Ed.__________________________________________________________________ Edição
P.____________________________________________________________________ Página
Educar é instruir, isto é, colocar na forma aquilo que não está na forma é assim que
numa sociedade em que os indivíduos não são educados estes mesmos indivíduos tornam-se
inimigos do outro, isto é, ninguém respeita o outro e ninguém respeita as leis, é assim que o
homem educado respeita os outros e as leis. Esta é a grande razão de falarmos deste tema. Nos
propusemos falar deste tema porque achamos que é útil falar de educação porque é o ponto
basilar de uma sociedade.
7
CAPITULO I
O VALOR DA EDUCAÇÃO NA SOCIEDADE
1.1 A EDUCAÇÃO
Pois, como já é do nosso conhecimento, «a palavra educação como no-lo diz Américo
Veiga, alguns autores fazem-no derivar do verbo latino educare que no seu sentido primitivo
significa criar, alimentar; outros de um verbo mais antigo: educere composto do radical ex,
que indica a direcção para fora, e do verbo ducere (conduzir), significando assim o acto de
tirar de dentro para fora, fazer sair.»1 Esses dois significados etnológicos, apesar da sua
aparente falta de conciliação, unem-se e complementam-se para nos dizerem que a educação
se compõem de dois movimentos: um de dentro para fora: o desenvolvimento; outro, de fora
para dentro: a ajuda, o alimento, o apoio, a orientão dos outros.
Tendo em conta essas duas raízes etimológicas e a nossa visão do homem, podemos
definir a educação como desenvolvimento integral da pessoa humana até a sua plena
maturidade.
2
Bernabé TIERNO, Educar hoje, Dos seis aos vinte anos, São Paulo: Paulinas 1997 p. 11.
3
Idem.
4
Américo VEIGA, Op. cit, p. 16.
9
seguro, necessita de educadores consistentes e, por isso, flexíveis, onde olhar-se projectar-se
fazer-se e, talvez refazer-se. Só o educador consistente e seguro evitará o duplo perigo da
rigidez e do abandono com relação ao educando, do despotismo e de demissão. É tendência
muito geral e forte do educador desejar que os educandos triunfem naquilo que ele sonhou
realizar e não pode, ou eu repitam a sua personalidade, sendo seu prologamento no tempo.
Abafam dessa maneira a sua personalidade, tratando-os, ainda que inconscientemente, mais
como objectos que como sujeitos chamados a realizar a sua própria singularidade e os seu
próprios projecto. «o maior bem que podemos fazer aos outros não consiste em lhes dar a
nossa riqueza, mas em fazer com descubram a sua. (Lavelle)»5
Educar não é outra coisa que despertar pessoas, portanto, a essência de uma educação
praticada a partir da ciência deve ser entendida sempre levando-se em conta o próprio sentido
etnológico da palavra educar (educere: conduzir a partir de), levar a criança a partir do seu
«eu» a partir das suas possibilidades em relação ao desenvolvimento do melhor de si mesma,
permitir-lhe expressar e desenvolver os seus elementos de vida que possui. Cada criança, cada
adolescente é um ser original e sua pessoa tem o carácter do único e irrepetível. Dito, os
resultados de suas experiências; existe, realmente, uma educação não-intencional,
ininterrupta, que promove a formação do indivíduo. O papel da pedagogia não é o de
substituir a prática educativa, mas sim, de guiá-la, esclarecê-la, auxiliá-la, remediando as
lacunas existentes, corrigindo as insuficiências observadas. «Durkheim(1999) diz que cada
sociedade, considerada em um momento determinado de seu desenvolvimento, possui um
sistema de educação que se impõe aos indivíduos, de modo geralmente irresistível sendo
difícil ministrar uma educação fora dos padrões vigentes»6
TIPOS DE EDUCAÇÃO
Muitos pais pensam que a percentagem maior da educação está com as escolas. A
escola representa um complemento, um direcionamento, um viés, na complementação da
educação familiar. Por mais que os educadores desempenhem papel primordial na orientação
da criança, não dispensar os pais da responsabilidade maior na educação de seus filhos. Uma
idade ideal para os pais brindarem seus filhos com excelente educação vai dos zeros aos sete
anos de idade. Dos sete aos 14 a situação complica um pouco. A educação social também visa
à formação da auto-estima, da personalidade e do carácter
A educação religiosa almeja dar direcção espiritual à criança, para que ela seja capaz
de resistir às diversas tentações e seguir o caminho certo na vida. Para isto é, preciso que ela
desde a tenra infância conheça, não apenas regras de comportamento, mas também deve
possuir integridade interior a qual lhe mostraria claramente a diferença entre o bem e o mal.
«Pelo fato da natureza do homem ser composta de corpo e alma, a criança tem
necessidade, não apenas do alimento físico, mas também do espiritual. Se os pais se limitam
apenas à alimentação física da criança e menosprezam a espiritual, essa criança cresce como
uma criança da natureza, escrava dos anseios carnais.»8
8
Alane de Lucena LEAL, Op. cit, p. 25.
12
Uma pessoa que vive na essência a maturidade da experiencia religiosa ê, por
consequência, uma pessoa ética e politicamente militante, porque a religião é identificação,
solidariedade, dialogo, responsabilidade, participação, contributividade, conservação
ecológica; em síntese, é presença operante aos apelos do outro da comunidade da sociedade.
A formação religiosa não se realiza apenas na memorização de informações vindas dos textos
sagrados. Exige, sobretudo, experienciar, na essência, o ser-religioso e o ser-cristão no ser-
cidadão. E vice-versa, experienciar o ser-cidadão no ser-religioso educação
13
CAPITULO III°
«Todo o homem é radicalmente livre, isto é tem a vocação e a possibilidade de viver a sua
existência em liberdade. A maior parte, porém não a exerce porque não se liberta nem
conquista a liberdade. Temos a possibilidade de ser livres, mas podemos não sê-lo.»10
Ser livre é poder agir sem emoções internas nem externas, de acordo com o bem para
o qual o coração humano está feito; é a capacidade de aderir ao mesmo tempo com todas as
forças do nosso ser unificadas. Ser livre é não agir por automatismos inconscientes, por forcas
instintivas, por pressões externas, por complexos por recalcamentos, por vergonha, por
respeito humano. Somos livre na medida em que nos capacitamos para a execução e
realização totalmente desimpedida do bem para o qual fomos feitos e nos sentimos impelidos.
Só há liberdade no bem e para o bem. Se fazemos o mal, deixando bem para qual nos
sentimos inclinados e somos escravos de coações, não somos livres: «Todo aquele que comete
pecado é escravo do pecado (Jo. 8. 34), não é livre.» 11 Por isso mais do que falar de liberdade,
deveríamos falar de libertação e dos caminhos que as tornam possível. O facto de podermos
escolher e fazer o mal, mais do que sinal de liberdade, é sinal da nossa condição de criaturas e
criaturas falíveis.
Ainda é mais inexistente que no primitivo, pois as condições anti-higiénica da sua vida
fazem-no presa da fadiga nervosa que inutiliza os centros de auto-regulação do seu cérebro,
9
Jean Jacque ROUSSEAU, Emílio ou da educação, trad. Sérgio Milliet, Editora Bertrand Brasil, Rio de Janeiro
1999 p. 324.
10
Américo VEIGA, Op. cit. p. 35.
11
Ibid. p. 36.
14
privando-o do auto-controlo. «O homem de hoje não sabe querer esperar e espera da técnica a
solução dos seus problemas. O homem de hoje quer médicos, receita fácil, comprimidos…»12
Longe de ser um limite, o compromisso, se é pessoal é condição para ser livre. Por
isso, o homem, apoiando-se no livre-arbítrio, deve tender para a liberdade comprometida ou
para o compromisso interiormente assumido. «Não existo, diz Gaston Berger, na medida em
que me nego a colaborar, mas na proporção da minha entrega; e, por conseguinte, na medida
em que me ligo. O compromisso, portanto, longe de restringir ou limitar a liberdade, é a
maneira de a tornar possível, de encher a vida de significado e de passar do abstracto ao
concreto.»13
12
Idem.
13
Paulo FREIRE, Educação como pratica da liberdade 29a ed. Paz e terra, 2006 p. 37.
15
3.4 LIBERDADE, COMPROMISSO E VALORES
Pelo que fica dito, vemos como a liberdade diz referência directa a valores, pois
realiza-se fazendo escolhas ou opções e compromissos. E nada disso é possível sem uma
escala de valores a orientar a vida e sem uma adequada capacidade volitiva. Quais os nossos
valores? Questão dedicada e importantíssima, pois no fundo é ela que vai definir o estilo da
nossa liberdade, da nossa maneira de ser homens e de estar na vida.
De todos esses agentes, que apresentamos, sem por de parte os outros agentes, exalto
mais a família que ética como o centro destas outras que vêm depois dela. Assim na cultura
14
Paulo GASPAR & Fernando DIOGO, Sociologia da educação, Porto editora, 2002 p. 133.
16
tradicional «bantu»15, a família é tida como a primeira célula social constituída pelo pai, mãe
e filhos. «A família, por mais que seja considerada a célula primária para a formação da
sociedade, não pode ser considerada como verdadeira família banta, mais sim a união desta
com as outras famílias, uma vez que o bantu é chamado desde antemão a viver em sociedade,
dando assim origens as instituições sociopolíticas.»16
Como bem sabemos, a educação exerce uma grande importância na vida do homem,
porque o homem não é só um organismo comunitário por natureza, como também é um ser
educável por natureza. Ele já é um ser educável desde o seu estado pré-natal. Ele já vem do
seu primeiro mundo com os traços comportamentais já bem programados, que poderão ser
desenvolvidos através do meio social que terá como seu habitat durante a sua peregrinação
nesta civitas terrena.
Neste caso, ouso em afirmar categoricamente que o meio social, por mais que restrinja
simplesmente a transmitir os valores e os costumes morais, considero-o como uma das
primeiras universidades onde o homem com auxílio da natureza, é preparado a suportar e a
superar todos os desafios apresentados pelas mesmas sociedades. Assim sendo, dizemos que o
estado natural do homem, a escola e a socialização, são três factores inseparáveis, porque
estes factores têm um objectivo comum, «de fazer o homem um instrumento de felicidade,
para si mesmo e para os seu semelhantes porque, esta mesma felicidade é uma coisa
subjectiva, onde cada pessoa através da influência destes três factores poderá apreciá-la de
uma maneira diferente.»17
15
O termo BANTU aplica-se a uma civilização que conserva a sua unidade e foi desenvolvida por povos de raça
negra. O radical "ntu" comum em muitas línguas Bantu significa pois, homens, seres humanos. Os Bantus além
do nítido parentesco linguístico conservam um fundo de crenças, ritos e costumes similares, uma cultura com
traços específicos e idênticos que os assemelha e agrupa independentemente da identidade racial.
16
Pe. Raul Ruiz de Asúa ALTUNA, cultura tradicional Bantu, Paulinas Editora, Prior Velho (Portugal), 2006 p.
113.
17
Ibid. p. 45.
17
Porém é importante sublinhar que é na interacção do homem natural com os agentes sociais,
que a sociedade ganha um grande presente jamais visto, isto é, um verdadeiro homem, no
sentido estreito da palavra, capaz de pôr em prática todas as exigências que a sociedade lhe
apresenta, ajudando-o assim no seu caminhar rumo ao porto da tranquilidade, do amor e da
paz.
18
CONCLUSÃO
Depois de termos feitos um estudo sobre a Educação, chegamos a conclusão que ela
tem ela tem um valor primordial na sociedade porque sem ela a sociedade torna-se desumana.
E também dissemos que quando se fala da educação para a sua melhor compreensão que bom
que se parta mesmo da sua etimologia. E vimos também a função dos pais na formação da
personalidade porque estes são os primeiros formadores na vida da pessoa.
Uma vez que o indivíduo é um ser complexo não baste que se lhe dê uma educação
geral é necessário também que se lhe outra educação como: a educação ambiental, familiar e
religiosa, são esses tipos de educação que fazer um indivíduo completo. E vimos que o
homem educado torna-se livre porque para além de ver as coisas ele também entende as
mesmas coisas, isto é, o homem educado é muito diferente daquele que não estudou porque o
primeiro comporta-se mesmo como homem e o segundo comporta-se como animal.
Que esse nosso trabalho seja uma grande contribuição para o desenvolvimento da
nossa sociedade, e que venha ajudar muito não só aqueles que estudam como também aqueles
que não estudam. Desejamos uma boa leitura e uma boa compreensão.
19
BIBLIOGRAFIA
ALTUNA Pe. Raul Ruiz de Asúa, cultura tradicional Bantu, Paulinas Editora, Prior Velho
(Portugal), 2006.
FREIRE Paulo, Educação como pratica da liberdade 29a ed. Paz e terra, 2006.
GASPAR Paulo & DIOGO Fernando, Sociologia da educação, Porto editora, 2002.
ROUSSEAU Jean Jacque, Emílio ou da educação, trad. Sérgio Milliet, Editora Bertrand
Brasil, Rio de Janeiro 1992.
TIERNO Bernabé, Educar hoje, Dos seis aos vinte anos, São Paulo: Paulinas 1997.
VEIGA Américo, A educação hoje, A realização integral e feliz da pessoa humana, 8°ed.
Perpetuo Socorro, Vila Nova da Gaia 2012.
20
Índice
AGRADECIMENTOS...........................................................................................................................5
INTRODUÇÃO.....................................................................................................................................7
CAPITULO I°........................................................................................................................................8
O VALOR DA EDUCAÇÃO NA SOCIEDADE...........................................................................8
1.1 A EDUCAÇÃO........................................................................................................................8
1.2 EXPLICAÇÃO DOS TERMOS...................................................................................................8
1.º Desenvolvimento (D. F)................................................................................................................8
2° Ambiente educativos e educadores (F. D)......................................................................................9
1.3 OS PAIS NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DA PERSONALIDADE................................10
1.5 A CHAVE DA ARTE DE EDUCAR RESIDE NA PRÓPRIA PESSOA E DO MESTRE........11
CAPÍTULO IIº.................................................................................................................................12
TIPOS DE EDUCAÇÃO.................................................................................................................12
2.1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL..................................................................................................12
2.3 EDUCAÇÃO RELIGIOSA........................................................................................................12
2.4 OS PAPEIS DOS PAIS NA EDUCAÇÃO.................................................................................13
CAPITULO III°............................................................................................................................13
A EDUCAÇÃO TORNA O HOMEM LIVRE.............................................................................13
3.1 A LIBERDADE......................................................................................................................13
3.2 A LIBERDADE PASSA PELA LIBERTAÇÃO....................................................................14
3.3 LIBERDADE E COMPROMISSO........................................................................................15
3.4 LIBERDADE, COMPROMISSO E VALORES....................................................................15
3.5 A MINHA LIBERDADE E A LIBERDADE DOS OUTROS...............................................15
3.6 LIBERDADE NÃO É LIBERTINAGEM..............................................................................16
3.8 A EDUCAÇÃO EM ANGOLA COMO PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO........................16
3.9 A ESCOLA E A SOCIALIZAÇÃO.......................................................................................17
CONCLUSÃO.....................................................................................................................................18
BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................................19
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