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Cerimonial é uma atividade fascinante

A realização de eventos é, hoje, uma poderosa

Modos.K - Guia de Comportamento Profissional para Gestores de Eventos


ferramenta de marketing e comunicação. É também, Marcilio Reinaux (*)
através dos eventos, que as empresas aproximam suas Quem lida com assuntos, temas e providências de
marcas de seus públicos de interesse. Nos eventos é pos- planejamento, organização e realização de eventos, de
pronto, defronta-se com uma atividade – que é o so-
sível, através da emoção positiva liberada naqueles mo- matório de tudo isso - das mais envolventes no contex-
mentos, criar canais de relacionamento e interação mais to da sociedade moderna. É o Cerimonial, que muitos
sólidos e diretos. Num mundo globalizado e conectado, pensam tratar-se de uma profissão. Mas não é. É, sim,
uma atividade rica desde as suas origens históricas,
torna-se imperativo que a produção desses eventos seja no seu conteúdo e em miríades formas desafiantes de

Kátia Oliveira Bonifácio Albuquerque,


cada vez mais profissional e bem realizada. Os investi- se fazer. É aquele complexo de ações que envolve um
evento, uma solenidade. Enfim, a própria cerimônia.
brasiliense, formada em Gestão de Recur- mentos e o tempo dispensado na concretização de um Seja ela de qualquer natureza, simplória ou singela de
sos Humanos, pós-graduada em Gestão evento não podem ser prejudicados por falhas e erros. pouca monta, sejam os grandiloquentes eventos, com
pompa e circunstância, há de se entender e vivenciar o
Empresarial, consultora de RH, de eventos, Não se pode correr o risco de desperdiçar recursos e fascínio que é trabalhar com Cerimonial. Fascínio las-
de comportamento e mestre de cerimônia. tempo, cada vez mais escassos. treado por incomensuráveis desafios da inteligência
Foi instrutora do Senac/AL e na Facul- Assim sendo, toda contribuição para que essa e da capacidade criativa de quem o faz e de quem o
planeja, organiza e realiza. Saber conviver com essas
dade Cesmac, na área de Turismo e Even- área avance na sua profissionalização é necessária nuanças de desafio e criatividade, tudo aliado a uma
tos, entre 2001 e 2006. e importante. Precisamos de profissionais cada vez capacidade gerencial, não é para muitas pessoas. São
Realiza cursos in company e treina- poucas aquelas que têm um somatório de atributos
mais capacitados, nas empresas e fora delas, para e qualidades que permitem o exercício escorreito da
mentos para cerimonialistas em todo o
que nossos eventos possam cumprir seus objetivos. criação, produção e realização de uma cerimônia que
Brasil. Organizadora de eventos sociais, alcance aquele status de evento quase perfeito e sem-
corporativos e públicos; fonte de consulta
O livro “Modos.K” preenche uma lacuna bibliográfica pre desejado.

de vários veículos de comunicação. Che- para aqueles que trabalham com produção de eventos, A cerimonialista Kátia Albuquerque tem todos, ou
quase todos aqueles atributos. A jovem senhora, de
fiou o Cerimonial do Tribunal de Justiça de como também para estudantes e professores de Mar- fala mansa e gestos delicados a um só tempo, ami-
Alagoas entre fevereiro de 2007 e abril de keting e Comunicação. Kátia Albuquerque é uma profis- gos e fraternos, irmanados às fortes decisões urgentes
2013. Conselheira do CNCP – Brasil, triênio sional com sólida formação acadêmica e experiência na e necessárias no fazer o dia-a-dia do Cerimonial, em
momentos inesperados, carrega consigo as condições
2012/2015, e membro da Academia Ma- produção de eventos, sempre preocupada com a difusão do bem fazer uma cerimônia. Ela tem habilidade de
ceioense de Letras – 2a Secretária. do conhecimento. E faz isso através de seus livros, que discernir em permanente lembrete seja no pedir por
favor, seja ao final, no reconhecimento com o gesto
como “Modos.K”são sempre muito bem-vindos. gratulatório, entremeando um e outro nas tarefas do
Suas obras: Egrégia Corte - Manual planejamento, da organização, enfim, naquelas da
do Cerimonial no Poder Judiciário - janei- Milton P. Pradines Filho realização de uma cerimônia, que deve se espelhar em
ro/2009. Única obra sobre cerimonial judi- Guia de Comportamento beleza e bom gosto. Os resultados sempre assinalam
Gerente de Relações Institucionais Braskem -AL
Profissional para Gestores
dois itens: competência e profissionalismo no Portfólio
ciário, chancelada pela Academia Brasilei- de Kátia Albuquerque. Estas são a vivência e a con-
ra de Cerimonial e Protocolo (ABCP) e pelo
Tribunal de Justiça de Alagoas. Apoio cultural
de Eventos vivência de quem sabe fazer Cerimonial. Tudo isso,
aqui nesse livro - em boa oportunidade disponibilizado
- vai espelhado como uma singela receita em forma
de GUIA. De como fazer uma cerimônia, buscando a
Contatos com a autora: perfeição e a beleza que lhe são inerentes. Por isso é
82.9981-0191 bom ler este livro e apropriar-se de ensinamentos de
9 788 591 56 910 6

um cerimonial escorreito. E fascinante.


www.katiaalbuquerque.com
katia@katiaalbuquerque.com “Morada da Sexta Felicidade”/Recife, maio de 2013

Marcilio Reinaux é presidente da Academia Brasileira


de Cerimonial e Protocolo/ABCP
9 788 591 56 910 6 1 edição
a
 

 

Guia de Comportamento Profissional para Gestores de Eventos



 


  



Maceió/2013
© Kátia Oliveira Bonifácio Albuquerque

Todos os direitos reservados


Proibida a reprodução total ou parcial.
Os infratores serão processados na forma da lei.

Texto revisado segundo o novo Acordo


Ortográfico da Língua Portuguesa

Diretor editorial: Eudes Cavalcante


Gerente de arte: Eduardo Vasconcelos

Projeto gráfico e diagramação:


Eudes Cavalcante
Capa: Eduardo Vasconcelos
Ilustrações: Consuma Propaganda

Revisão de Linguagem
Ivanilda Soares de Gusmão Verçosa
Elô Baêta

Catalogação na fonte
Departamento de Tratamento Técnico da Imprensa Oficial Graciliano Ramos

A345m Albuquerque, Kátia Oliveira Bonifácio.


Modos.K : guia de comportamento profissional para gestores de eventos / Kátia
Oliveira Bonifácio Albuquerque. – Maceió : K. Oliveira. B. Albuquerque , 2013.
133 p. : il.

Bibliografia: p. 133.
ISBN 978-85-915691-0-6

1. Comportamento Profissional. 2. Etiqueta. 3. Usos e costumes. 4. Profissões.


5. Eventos. I. Título

CDU: 341.75
“O nascimento do pensamento é
igual ao nascimento de uma criança: tu-
do começa com um ato de amor. Uma
semente há de ser depositada no ven-
tre vazio. E a semente do pensamento é
o sonho. Por isso, os educadores, antes
de serem especialistas em ferramentas
do saber, deveriam ser especialistas em
amor: intérpretes de sonhos”.
Rubem Alves
Dedicatória

Aos meus familiares, amigos, clientes, profis-


sionais de eventos, apoiadores dos meus projetos de
ontem, de hoje e de sempre. Obrigada pelo estímulo,
confiança e oportunidade de exercer a minha paixão.
Apresentação

H
á pessoas que cruzam os nossos caminhos tra-
zendo muita luz e uma energia muito positiva.
Aconteceu assim com a jovem senhora doutora
Kátia Oliveira Bonifácio Albuquerque. Oriunda de Bra-
sília, onde nasceu, veio para Alagoas, onde plantou as
suas raízes e constituiu uma linda família. Antes de co-
nhecê-la pessoalmente, eu já a conhecia através do bri-
lhante trabalho que realizava na condição de chefe do
Cerimonial do Tribunal de Justiça de Alagoas. Conheci-a
também em 2009, através do seu importante livro, in-
titulado “Egrégia Corte-manual do cerimonial no poder
judiciário”, que foi apoiado pela Academia Brasileira de
Cerimonial e Protocolo-ABCP, o qual tive a satisfação de
receber um exemplar.
O tempo passou e somente por ocasião da posse
da doutora Melina Torres Freitas, então prefeita de Pira-
nhas, na Academia Maceioense de Letras, comandando
o cerimonial daquela solenidade, eu pude conhecê-la
pessoalmente. Convidei-a para frequentar as sessões
da nossa academia, tendo ela aceito o convite para
me surpreender, dias depois, com um honroso convite
para fazer a apresentação do seu novo livro, denomi-
nado “Modos.K - Guia de Comportamento Profissional
para Gestores de Eventos”. Aceitei a incumbência. Não
que ela necessitasse de apresentações e nem que eu
tivesse condições de fazê-la, mas apenas para ter a
oportunidade de dizer alguma coisa sobre essa figura
tão importante para o cerimonial em Alagoas e, por que
não dizer, do Brasil.
Kátia é dessas pessoas que, apesar da capacidade
que possui e da condição social que desfruta, é de uma
simplicidade franciscana, e pessoa pronta a atender à
solicitação de quem dela necessitar.
É graduada em Gestão de Recursos Humanos, pós-
graduada em Gestão Empresarial pela Unifoa-Rio de
Janeiro e graduanda em Direito pela Faculdade Maurí-
cio de Nassau, em Alagoas. É também professora das
disciplinas Organização de Eventos, Cerimonial e Proto-
colo Público e Privado, Promoção de Eventos, Etiqueta
Social e Profissional, Mestre-de-Cerimônias (como falar
bem em público) e Gestão Estratégica de RH, tendo
ministrado aulas no Cesmac – curso de Turismo - e no
Senac-AL, dentre outras instituições de ensino e em-
presas em todo o Brasil, pelo que se depreende tratar-
se de pessoa culta, inteligente e capaz de dignificar a
terra adotiva que lhe acolheu de braços abertos.
Hoje, sócia efetiva da Academia Maceioense de Le-
tras, lança ao seu público o presente livro, que é um au-
têntico catecismo para aqueles que lidam com as profis-
sões das áreas por ela abordadas. Pelo brilho do livro
com o qual nos brindou anteriormente e pela grande
receptividade que o mesmo obteve em todo o Brasil, o
presente compêndio tende a alcançar o mesmo suces-
so do anterior. Parabéns! E continue, Kátia, continue a
dar ao povo brasileiro o que você tem de melhor, que
são sua inteligência e sua experiência profissional. Em
sua homenagem, esse modesto soneto do seu con-
frade, admirador e amigo, intitulado:

KÁTIA ALBUQUERQUE
Foi de lá de Brasília que ela veio
E aqui ficou definitivamente,
Integrando-se em meio a nossa gente
Sem que tivesse o mínimo receio.

Sendo brilhante cerimonialista,


Conquistou, entre nós, grande conceito
Sem ter nenhum favor, mas por direito,
Mereceu, com louvor, essa conquista.
Filha da nossa capital – Brasília,
Aqui constituiu sua família
Que é, na verdade, o seu maior tesouro.
Ingressando na nossa Academia
Maceioense num bendito dia,
Trouxe pra nós um coração de ouro!...

Maceió, 20 de maio de 2013

Poeta Cláudio Jucá Santos


Presidente da Academia Maceioense de Letras
Prefácio
Encantadoras! Autora e obra

A
primeira, por sua simpatia e elegância.
Características muito bem atribuídas a
Kátia Albuquerque. A segunda, pela leve-
za e contemporaneidade. Ambas inteligentes e,
sobretudo, consistentes.
“Modos.K” traduz todas essas qualidades,
consolidadas num momento ímpar: o cresci-
mento e a realização de eventos em nosso País.
Dispõe da experiência de Kátia, que atua
na área de eventos, cerimonial e protocolo há
quase duas décadas, pensando em seu traba-
lho, profissionalismo e dedicação.
As referências bibliográficas são escassas,
insipientes ou desatualizadas, tempos em que
se entendia que organizar eventos era mera-
mente organizar festas e nada mais. A obra
será instrumento de referência não somente
ao empresário ou profissional. Servirá de apoio
às instituições de capacitação e à formação de
mão-de-obra especializada.
Oferece linguagem objetiva e visão sistêmi-
ca da área de eventos, aproximando-a do setor
do turismo, especialmente quando desenvol-
vida como estratégia de atração e aumento de
fluxo de visitantes nas cidades, captando essa
tão importante fatia de mercado: o turismo de
eventos. Falamos aqui de oportunidade e gera-
ção de tra\abalho e renda.
As atividades envolvidas são várias, e as
mais visíveis foram abordadas em “Modos.K”.
Especialmente as mais percebidas pelos cli-
entes, com a sutileza da autora em mostrar os
padrões e regras mundialmente reconhecidos,
através de ilustrações e dicas de fundamental
relevância para um serviço a ser prestado com
excelência por cada uma das categorias.
Concluo, evocando a frase de São Tomás
de Aquino: “Ubi amor ibi oculus”, ou seja, “Onde
está o amor, aí está o olhar”.
“Modos.K”, através das lentes do amor, da
sensibilidade e do profissionalismo, é um pre-
sente de Kátia Albuquerque para as mãos de
quem trabalha ou deseja atuar na área de tu-
rismo e eventos.

Cláudia Pessôa
Secretária Municipal de Promoção
do Turismo de Maceió
{ Sumário
Introdução 14

Cinegrafista 18

Copeiras 28

Fotógrafo 40

Garçons 50

Manobristas 66

Músicos 82

Recepcionista 94

Seguranças 112

Outras categorias profissionais 125

Considerações finais 131

Referência bibliográfica 133


14
Introdução

O
alicerce de toda atividade humana re-
munerada está baseado na satisfação
do cliente, observando suas necessi-
dades e expectativas. Portanto, é essencial
que o profissional da área de eventos tenha
essa consciência.
Quando nos referimos a eventos, esta-
mos considerando algo abstrato, mas que tem
o poder de mexer com o imaginário humano,
com o sentimento alheio, independentemente
de ser social, particular ou público. Existe tanta
coisa em jogo... Principalmente, a vaidade do
indivíduo.
Otimizar a verba do cliente, mostrar os
seus benefícios e conquistar a credibilidade
e a confiança são aliados à maximização dos
recursos financeiros, trazendo benefícios, den-
tro, é claro, do padrão estabelecido como ponto
alvo do evento. Devemos sempre lembrar que o
quesito corte de despesas é um detalhe muito
importante, a ser corretamente dimensionado.
“Mais por menos” é uma máxima em desequilí-

15
brio, quando o mérito é a qualidade.
Entre outras características, o profissional
desse segmento deve saber se expressar de
forma correta, ser discreto, conhecer clara-
mente qual a sua função no evento e ter con-
duta irrepreensível.
A ideia de fazer este guia de etiqueta e
comportamento para fornecedores de eventos
nasceu há algum tempo, durante um bate-pa-
po com uma cliente.
Muito consultada através de meu site so-
bre comportamento social, trajes adequados
para cerimônias e solenidades, como servir à
mesa, como receber e, depois de mais de uma
década, quase duas, dedicadas à organização
de eventos, nos mais diversos setores da eco-
nomia, entendi ser o momento adequado para
criar este guia, facilitando, assim, a vida das
pessoas que contratam os serviços, como tam-
bém os empresários do segmento de eventos,
clientes e colaboradores, tornando o compor-
tar-se adequadamente um diferencial para os
partícipes dessa interação tão salutar que é o
universo dos eventos.

16
O guia tem por princípio ser muito didático,
construído com uma linguagem simples e pon-
tual, onde organizei os assuntos por profissão,
elaborando perguntas e respostas, como tam-
bém com textos descrevendo casos do dia a dia.
Com a discreta pretensão de melhorar as
atitudes para com os clientes internos e exter-
nos, ou seja, elaborar algumas orientações que
os empresários necessitam passar para suas
equipes, bem como minimizar os constrangi-
mentos pelos quais o cliente contratante passa
ao pontuar os limites dos profissionais atu-
antes nos eventos, tais como: como se vestir,
como se portar, como e quando se alimentar,
como interagir com os convidados, enfim, gui-
ando para uma melhor performance durante o
trabalho.
Assim nasce o nosso guia, com a expectati-
va de ser útil e agradável a todos os que intera-
gem nessa tarefa de realizar sonhos.
Boa leitura e bons eventos!

Maceió, 29 de novembro de 2011.

Kátia Oliveira Bonifácio Albuquerque

17
{
Cinegrafista

“Todas as vitórias ocultam


uma abdicação”
Simone de Beauvoir

18
1
o

Capítulo

19
O
profissional da filmagem, ou o fa-
moso cinegrafista, é aquele que
está sempre próximo de tudo e
de todos, não pode perder nenhum “lance”
do evento. Portanto, ele deve se apresen-
tar de acordo com as regras básicas para
todos os participantes na qualidade de for-
necedores.

20

{
O que vestir?

Terno, sempre! Bem


cortado, bem limpo
e bem passado

R
Seus tons devem ser sempre discre-

{
tos, escuros, talvez preto, grafite ou
azul marinho, podendo ser também o risca
de giz. Nada de camisões, calças de sarja,
tênis ou algo relacionado. O calçado ideal
é sapato social preto, preferencialmente

21
{ com sola de borracha, para evitar derrapa-
gens ou escorregões. Ah! As meias devem
ser também escuras, da cor do sapato.

R
Camisa social branca, nada de
usar aquelas coloridas, ou seguir
tendências de moda, e a gravata, também
discreta, afinal, quem tem que se desta-
car é o cliente!

Aparência:
pequenos
cuidados
que fazem a
diferença!

22
R
A barba deve estar sempre muito
bem feita e, se usar bigode, sem-
pre muito bem aparado.

R Os dentes, limpíssimos!

R As unhas cortadas e limpas.


:)
R
Usar perfume discreto e suave. Por
causa da proximidade com o cliente
e os convidados, deve-se evitar cheiros
fortes, alguém pode ser alérgico.

23
Comportamento
verbal, como se
comunicar
com as partes

R
O tratamento formal é sempre
bem-vindo. Intimidade com o cli-
ente ou o convidado não é adequada, por
mais próximo que você seja desse públi-
co. O profissional se faz respeitar, princi-
palmente, pelas atitudes. Então, exercitar
esse hábito será um diferencial. Tratar
sempre por senhor e senhora, utilizar as
palavrinhas mágicas: com licença, por fa-
vor, obrigada.

24
!
R Os clientes contratam profissionais,
e não os amigos. Os amigos são os convi-
dados!

Como se
alimentar em
um evento

R
Esse elemento é um dos mais de-
licados. É preciso ficar claro, em
contrato, o tipo de alimento, o horário da
refeição, o local destinado para este fim, e
principalmente, quem ficará responsável
de providenciá-lo, cliente ou fornecedor?
§
25
:DR
Sabemos que se trata de uma
necessidade humana, portanto,
necessária. Sabemos também que os
cinegrafistas são uns dos primeiros profis-
sionais a chegar a um evento.

R
O buffet designará um local apro-
priado para este fim e, no momen-
to oportuno, um garçom dará o sinal para
que o cinegrafista possa fazer sua alimen-
tação.

26
26
Detalhe:
Nunca, nunca mesmo, fazer o seu
prato
p ra no buffet principal da festa. No sa-
llão,
ão servem-se somente os convidados.

R
Caso a comida esteja apenas no

{ buffet principal, um dos garçons


será designado para preparar os pratos
e levá-los ao local combinado. Certo?

27
{ Copeiras

“Aprendi muito com meus mestres,


mais com meus companheiros
e mais ainda com meus alunos”.
(Provérbio judaico)

28
2

I
o

Capítulo
Capítulo

29
A
s copeiras são importantíssimas
para o bom andamento dos tra-
balhos, mas, considerando que
vários aspectos serão analisados pelo cli-
ente, educação, bom humor, bom senso e
discrição são fundamentais. Contudo, não
podemos deixar de lado os cuidados com a
aparência, com o uniforme e com a higiene
pessoal.

30
O que vestir?

As copeiras têm
uniformes específicos
da profissão: são
vestidos com avental,
ou conjuntos de saia e
ém,
blusa, podendo também,
em ocasiões ainda
mais formais, usarem
vestidos longos
com aventais
mais elaborados.

31
R
Estes devem estar super, ultra, bem
lavados, cheirosos e bem passados.

R
Na cabeça, toucas com bicos de
renda, laços com saquinho para
guardar o cabelo ou, dependendo do
evento, lencinhos temáticos ou bandanas.
Todos esses modelos são válidos, desde
que o cabelo esteja preso.

R
Os sapatos devem ser confortáveis
e fechados. Se o uniforme não for
comprido, usar meia calça da cor da pele.

32
{
R Os acessórios não são permitidos, basta
um brinco delicado e pequeno, imperceptí-
vel, é claro! Pulseiras, relógios e anéis, nem
pensar!

Aparência:
pequenos
cuidados que
fazem a diferença!

R
Cabelos limpos e secos. Se são re-
beldes, é melhor usar gel, ele irá
evitar que fique passando a mão na ca-
beça o tempo todo.

33
R
§
Unhas bem cortadas e limpas. Po-
dem ter uma base incolor. Nunca,
contudo, devem ser usados esmaltes co-
loridos.

R
A maquiagem deve ser bem feita,
obedecendo ao passo-a-passo cor-
reto, mas sem exagerar nas sombras,
blushes e batons. Tudo muito discreto.

R
E o perfume? Águas de cheiro, la-
vandas suaves, aquelas de bebê.
Não devemos usar nada que afete o olfato
alheio.

{R Chame a atenção pelo profissionalis-


mo e pela competência.

34
R
Indico também aos empregadores

§ umas plaquinhas (tipo crachá) com


o nome da copeira. Nada melhor que ser
tratada pelo nome, não é mesmo?

Comunicação verbal,
como se comunicar
com o público?

R
A abordagem ao cliente ou con-
vidado segue a regra geral ini-
cial: senhor e senhora, sempre. Mas, po-
dem e devem ser adicionados um largo
sorriso e um comportamento solícito
e atencioso. Ser gentil é o mínimo que
uma copeira deve ser em um evento.

35
R
O uso das palavrinhas mágicas é

:) obrigatório. Se for recolher algo


sobre a mesa, pedir licença; se for ser-
vir algo, peça licença mais uma vez. Se
for questionada sobre algo, procure dar
uma resposta, mesmo que não saiba de
antemão, peça um minuto e busque a in-
formação correta. Fornecedores de even-
tos nunca dizem NÃO SEI! Sempre dizem
vou me informar e trarei a resposta o mais
breve possível. Mas, atenção! Cumpra o
que disse, informe mesmo.

Como se alimentar
em um evento? Qual
o momento correto?

36
R
A copeira é contratada pelo buffet,
o que torna essa relação mais fácil.
A empresa deverá ter uma escala de ali-
mentação com os horários bem definidos,
ou, pelo menos, é o que esperamos que
tenha. Mas, caso isso não esteja muito
claro, vamos aos detalhes.

R
É sabido que elas chegam muito
cedo para organizar as louças, ta-
lheres, copos, etc. Montam as mesas jun-
to com os garçons, dobram guardanapos,
:)
arrumam as louças e afins. Entendemos
também que são essas profissionais que
ficam vendo aqueles lindos e cheirosos
doces chegarem, ficam, às vezes, respon-
sáveis por arrumá-los em local adequado,
compreendemos que a tentação é grande,
o que fazer para evitar isso?

37
R
!
A empresa contratante dos servi-
çais de copa deve passar orien-
tações muito claras acerca desse assunto.
É líquido e certo que não poderão “provar”
das iguarias, em momento algum, nem
mesmo ao final da festa ou evento, e ja-
mais pedir ao contratante ou aos patrões.
É demasiadamente constrangedor o cli-
ente ter que negar tal pedido. Digo isso
porque já presenciei várias vezes essa
cena.

38
! R
Quando em muitas outras situa-
ções fui consultada a respeito dis-
so, percebi o quão desgastante e descon-
fortável é esse momento. Então, vamos
combinar: não dá mesmo, trabalho é tra-
balho, degustações à parte.

R
Com relação às lembranças da fes-
ta ou brindes de eventos, estes
também não são extensivos aos trabalha-
dores/fornecedores.

Evite constrangimentos
e, em hipótese alguma,
tente “levar” algum
desses mimos.

39
{ Fotógrafo

“Feliz é aquele que transfere o que


sabe e aprende o que ensina”.
Cora Coralina

40
3
o

I Capítulo
Capítulo

41
O
fotógrafo, profissional essencial
para o resultado, simboliza eter-
namente todo o trabalho e os mo-
mentos de beleza e emoção de um evento.
A sua conduta deve ser impecável,
pois, além dos atributos de um excelente
artista das artes cênicas, ele deve pontuar
pela postura sempre elegante e discreta.
Além dos atributos de simpatia, resi-
liência e empatia com o cliente, exercitar a
cortesia e a sensibilidade com as palavras
é imperioso, além de outros aspectos que
serão abordados a seguir.

42
O que vestir?

Ao contrário do que sugere


ere
a figura de abertura desse
se
capítulo, que apresenta
um profissional mais
descontraído, com a
barba por fazer, indico
uma vestimenta mais
formal. Lembre-se: estarr
bem vestido abre portas
e faz com que as pessoasas
também nos respeitem.
Somente um alerta!

43
Então, o traje correto será o que segue:

R
Terno completo para homens e ves-
tidos longos até o calcanhar, se for
mulher, podendo e devendo, até, ser um
terno elegante para elas também. A calça
comprida dá mais mobilidade, deixa os
movimentos mais seguros e precisos.

R
Sapatos sempre muito bem engra-
xados, com sola de borracha. Para
elas, evitem usar saltos, primem pela se-
gurança e conforto. Afinal, são horas em
pé e carregando um equipamento pesado.

R
Evitar acessórios chamativos, tipo
brincos grandes, pulseiras nos bra-
ços, muitos anéis. No quesito maquiagem,
cuidado com os batons muito fortes.

44
!
Aparência: pequenos
cuidados que fazem
a diferença!

R
Quanto aos homens, sempre muito
bem barbeados, cabelos cortados,
dentes limpos e bem cuidados, unhas e
mãos limpas, afinal são os instrumentos
essenciais para o trabalho, não tem como
esconder.

R
Nunca pendurar o paletó na cadeira,
arregaçar a manga da camisa e ficar
mais “descontraído” durante o trabalho. A
elegância deve perdurar todo o tempo do
serviço. Certo?

45
Comunicação verbal,
como se comunicar
com o público

R
Várias situações acontecem duran-
te a condução das fotografias. O
fotógrafo interage constantemente com
os clientes e convidados, chamando-os
para posar e registrar o fato. Nesse mo-
mento, é muito importante o cuidado com
o vocabulário e as intimidades. Aconselho
sempre usar o tratamento mais formal. A
abordagem deve ser do tipo: senhor, se-
nhora, por favor, podemos fazer uma foto?
Ou então: poderia, por favor, dar um sor-
riso? Ou ainda, o senhor, ou a senhora,
poderia ficar na posição x?

46
R
Lembrem-se, uma cerimoniazinha
faz muito bem!

Como se alimentar
em um evento? Qual
o momento correto

R
É conveniente que o profissional
de fotografia siga as instruções
do cliente quanto a este quesito. No mo-
mento da elaboração do contrato, esta
cláusula deve ser bem ajustada para que
não fique nenhum malentendido quanto
ao assunto.

47
R
Na maioria das vezes, após os regis-
tros principais e comuns ao evento,
quando, enfim, tudo estiver transcorrendo
de forma mais tranquila, é o momento de
se ausentarem por alguns minutos, desde
que devidamente avisados ao cliente, para
que, em local reservado para este fim, seja
realizada a alimentação.

R
Devemos, por obrigação, lembrar
que o salão de recepção foi desti-
nado aos convidados, e não às equipes de
trabalho, devendo, assim, serem solicita-
das ao buffet orientações quanto ao local
e ao melhor horário para este fim. Esta
regra se aplica a outras necessidades,
como beber água, por exemplo. Nada de
pegar das bandejas dos garçons no salão.

48
No caso das bebidas alcoólicas, não é a-
dequado nem conveniente servir-se delas.
Em serviço, fornecedores não devem be-
ber.

LEMBRETE!

Evite frases e
palavras do tipo:
SEXO!
XIS!
Prefira dizer,
SORRIAM,
por favor!

49
{
Garçons

“Eu me esforço para ser


cada dia melhor: bondade
também se aprende”.
Cora Coralina

50
4

I
o

Capítulo
Capítulo

51
O garçom é um profissional de grande
relevância para o sucesso de qualquer
evento. Seu atendimento, sua presteza,
sua gentileza, seu domínio, seu traquejo
e seu profissionalismo fazem de qualquer
evento um ato memorável.
Para isso, todas as informações quan-
to a sua tipologia, às expectativas do cli-
ente, ao tempo de duração da festa e ao
tipo de serviço a ser realizado são a chave
do sucesso. Sem falar que todo treina-
mento, supervisão de imagem e feedback
antes do início dos trabalhos não significa
meros detalhes do cerimonialista ou do
dono do buffet, e sim informações impor-
tantes para o êxito de todo o trabalho.

52
Então, a equipe de garçons deve se re-
unir antes do início do evento com o obje-
tivo de ser informada sobre o motivo (tema),
o menu escolhido, o tempo de serviço, as
variedades de bebidas, como servi-las e a
ordenação do salão, que deverão ser sem-
pre precedidos de orientações de um maî-
tre.
A separação dos grupos por áreas, a
orquestração das etapas do roteiro de ser-
viço e o acompanhamento das saídas dos
petiscos até a chegada dos pratos quentes,
sem falar na limpeza das mesas ou áreas
de salão, no recolhimento de louças, co-
pos, talheres e restos de comida, além da
permanente simpatia, fazem do serviço de
garçom um diferencial para qualquer em-

53
presário do ramo de gastronomia.
Treinar, desenvolver, aprender, são pa-
lavras-chave, mesmo para os mais antigos.
O mercado vem exigindo cada vez mais
predicados desse tipo. De nada adianta
uma excelente comida sem um primoroso
serviço.
Mas a aparência é tudo... Então, o que
eles devem vestir?

54
O que vestir?

Existem diversos tipos de


trajes para os garçons.
rçons. Eles
podem ser mais
ássicos,
tradicionais ou clássicos,
ortivos,
temáticos ou esportivos,
ou ainda especiais.is. O bom-
olha deve
senso para a escolha
partir do cliente e da empre-
sa do buffet ou daa organiza-
sta.
dora/cerimonialista.

55
Para tanto, sugerimos
alguns modelos para
melhor adequação à
ocasião do seu evento.

R
Paletó preto com camisa branca e
gravata borboleta preta, sapatos
pretos e meias pretas. Parece óbvio este
tipo de uniforme, mas, em alguns casos,
podem também ser usados paletó branco
com calça preta, ou o summer. O smoking
também pode ser usado, dependendo do
nível do evento, pois, se este for o traje dos
convidados, o correto é substituí-lo para
evitar que fiquem iguais aos convidados.

56
R
Há situações em que o uniforme
temático também é bem-vindo. As-
sim, pode ser uma roupa mais descon-
traída, tipo calça comprida e camiseta de
manga curta, complementada por um lon-
go avental com desenhos, ou ainda com
o nome do aniversariante ou com o nome
do evento, ou da empresa que está servin-
do. Ah! Não se esquecer da bandana, que
dará um toque muito legal ao visual.

R
Nas festas temáticas, churrascos,
havaí e culturais (evocando culturas
de outros povos), a roupa típica pode ser
bem absorvida, provocando maior identifi-
cação com o tema, e, assim, caracterizan-
do-o de forma mais concreta.

57
Vejam as figuras demonstrativas:

!
Aparência: pequenos
cuidados que fazem
a diferença

Não basta ser um exímio garçom, é pre-


ciso mais. Vejamos as orientações a seguir:

R
Aquela regrinha básica: cabelos lim-
pos e bem cortados, barba feita, u-
nhas limpíssimas e sem base. Certo?

58
R
Uniforme muito bem lavado e pas-
sado.

R
Sapatos em perfeito estado; de
preferência, confortáveis. Aconse-
lho até levar na maleta de serviço um par
de sapatos e uma camisa reserva.

R
Não se esquecer das meias da cor
do sapato e da calça; pretos, é claro!

R
Se usar aventais, eles seguem as mes-
mas regras: limpos e bem passados.

R
Quanto às luvas, existem eventos
e uniformes que comportam este
acessório. Deve-se saber usá-las, isso não
é exagero, é bom-senso.

59
R
Devem também ter consigo caneta
e isqueiro. Apesar de fumar estar
fora de moda, é de bom tom ter sempre à
mão, pois ele serve para acender as velas
do bolo de aniversário.

Evitar coçar a cabeça,


esfregar o nariz, mascar
chiclete, fumar em serviço,
discutir com os colegas
no salão, além de manter o
guardanapo de braço
sempre limpo.

60
Comunicação verbal,
como se comunicar
com o público?

Palavras mágicas, aprendidas na in-


fância, são regra na vida profissional e,
na abordagem do garçom, são de suma
importância porque fazem com que ele
seja respeitado pelo seu público. Veja só
esse exemplo:
Geraldo, garçom do buffet x, apresen-
ta-se aos convidados de um determinado
evento dessa forma:
- Boa noite, senhoras e senhores, sou
Geraldo, o garçom que vai atendê-los du-
rante esta noite, gostariam de beber um
vinho, água ou champanhe?

61
Claramente e de forma corretíssima,
ele iniciou sua abordagem, surpreenden-
do, de início, os convidados. Deixou claro
o seu nome, não foi inconveniente e ain-
da cumpriu o seu papel de servir. Vejam
como é fácil, basta exercitar!
Outra coisa muito importante é que,
quando um cliente faz uma pergunta, ela
não pode ficar sem resposta. Se isso a-
contecer e, porventura, o profissional não
souber responder, peça alguns minutos,
informe-se e leve a resposta.

Como se alimentar
em um evento? Qual
o momento correto?

E agora, como fazer para comer, quan-


do você é quem serve?

62
Ao meu ver, quem trabalha com co-
mida deve estar bem alimentado. Imagi-
ne a cena de um garçom beliscando os
canapés de um evento? Dramático, não
é mesmo? Então, vamos a algumas regri-
nhas básicas:

R
Faça uma boa refeição antes de
sair de casa.

R
Combine com o seu buffet os mo-
mentos de fazer um lanche, almo-
ço ou jantar antes do início do serviço.
Sabemos que os proprietários de buffet
já tomam essas medidas cautelares, mas
lembrar não custa nada.

63
R
Caso o evento tenha muitas horas
de duração, programem um lanche
para mais tarde e nunca, jamais, peçam
ao cliente ou a qualquer pessoa que seja
para comer algum docinho, iguaria ou
bolo que estiver sendo servido. Se for o
caso, o próprio dono do evento oferecerá
e, ainda assim, todos os contratados es-
tarão sujeitos às regras da sua empresa.
Observem as orientações corretamente,
para que não haja imprevistos. Ok?

R
Ah! Não se esquecer de escovar
os dentes logo após as refeições,
mantendo os dentes sempre limpos e
hálito agradável. Mau hálito não combina
com quem serve alimentos e bebidas.

64
Garçons devem
ser discretos e
não interromper
o cliente/convidado
durante conversas.
Se ouvir algo delicado,
retire-se imediatamente.

65
{
Manobristas

“A persistência é o menor
caminho do êxito”
Charles Chaplin

66
5
Capítulo
o

67
O
manobrista é um serviço que traz
conforto a qualquer tipo de even-
to. Este deverá pertencer a uma
empresa séria e legalmente registrada.
A globalização inseriu definitivamente
um novo conceito de fazer as coisas; mu-
dou os negócios e o comportamento da
clientela. Segurança, comodidade e dife-
rencial são alguns pré-requisitos desse
tipo de serviço.
Recomendamos a contratação de em-
presa especializada, que atue com pes-
soal treinado e que tenha seguro contra
colisão, incêndio e roubo para cobertura
dos veículos. Além disso, no contrato, de-
vem estar bem definidos direitos, deveres

68
e responsabilidades, tipo de traje para
o evento, local e hora da alimentação e
comportamento desejado.

Detalhando um pouco mais


essas características
comportamentais,
destacamos algumas dicas:

69
O que vestir?

Vivemos em um paísaís
tropical e extremamente
mente
quente. Avaliando o clima,
a estação e o locall de
viços,
execução dos serviços,
enso
a lógica e o bom senso
mos
prevalecem. Vejamos
icos:
alguns casos práticos:

70
Eventos no verão e durante o dia:

R
Calça comprida, camisa social de
manga curta, gravata e sapato social
com meias e cinto da cor do sapato.

R
Se for em um resort, ou campo, po-
dem ser usados bermudas cargo,
camisa de manga curta sem gravata, tênis
com meias e cinto.

R
Se for em uma recepção à noite, o
correto mesmo é o bom e costumei-
ro terno escuro, acompanhado de gravata,
sapato, meia e cinto.

71
Em eventos
no inverno
e em locais frios:

R
Ternos feitos de tecidos tipo lã,
camisa social de manga comprida,
gravata, sapato social antiderrapante,
meias de lã e cinto.

R
Caso o clima esfrie muito, pode ser
acrescido o suéter.

R
Luvas também são bem-vindas.

72
Na praia, em
restaurantes,
casamentos,
shows e eventos
promocionais:

R
Calça de sarja ou cargo, camisa
com o nome do evento ou da em-
presa promotora, mocassim e cinto tam-
bém esportivo. Cinto social não se usa
com calça de sarja ou jeans.

R
Calça jeans, camiseta promocional,
mocassim ou docksider e cinto es-
portivo.

73
Traje clássico

R
O demonstrado no desenho: casa-
ca, calça social e quepe. Quer dar
um toque mais chique ao seu manobrista?
Compre luvas para ele.

Aparência:
pequenos
cuidados que
fazem a diferença !
R
Limpeza vem acompanhada de
cheiro agradável. Portanto, es-
tar bem barbeado e com os cabelos
cortados e penteados é imprescindí-
vel, assim como de banho tomado.

74
R
O contato com o calor e a neces-
sidade de agilidade, aliados ao
curto espaço de tempo para executar as
tarefas de manobrar, estacionar e retor-
nar ao local para a próxima manobra,
fazem com que o manobrista sinta calor
excessivo. Em função disso, manter por
perto uma lavanda ou um desodorante
neutro também ajuda. Se for o caso,
talvez até um aromatizador de veículos
ou algum spray para retirar odores dos
carros. Vale tudo para não deixar aquele
cheiro de suor no carro do cliente.

75
R
A regra de cuidados com as mãos
é a mesma. Unhas bem cortadas e
limpas.

Comunicação verbal,
como se comunicar
com o público?

R
A abordagem do manobrista é mui-
to pouca, o necessário para veri-
ficar se o cliente tem alguma orientação
quanto ao manuseio do veículo ou ajus-
tes em geral do carro.

76
R
O mais importante: a educação, a
segurança e a presteza são essen-
ciais, afinal, os carros de hoje podem valer
mais que uma casa!

R
É bom perguntar ao cliente se há
algum pertence de valor no veículo;
havendo, verificar com ele/ela se não se-
ria melhor retirá-los ou deixar um rol de
pertences em um saco junto ao chaveiro
do serviço de valet.

77
Como se alimentar
em um evento? Qual
o momento correto?

R
Como o serviço de manobrista é um
trabalho de rua, o local que sedia o
evento deve dispor de um espaço próprio
para eventuais atendimentos, tais como
alimentação, toalete e guarda de perten-
ces de valor.

R
No primeiro caso, a alimentação
deverá ocorrer antes e depois do
serviço realizado, nunca durante. Isso im-
plicaria quebra do fluxo e da logística. En-
tão sugerimos que:

78
R
Sua realização deve ser uma hora
antes do início dos trabalhos. De-
pois de feito o reconhecimento da área
e a separação das equipes é um horário
sugestivo para iniciar o rodízio de lanche.

R
Após o grande fluxo de chegadas,
quando tudo estiver normalizado,
pode-se iniciar o intervalo por grupos para
jantar ou almoço.

R
Completada a última etapa do ser-
viço: a entrega dos carros aos seus
donos, é chegada a fase final, onde só
será permitida pausa em casos de força
maior. Finalmente, caso sumariamente
necessário, um lanche de encerramento.

79
R
Vale destacar que comer senta-
do na calçada seria muito desa-
gradável. É necessária a escolha de um
local apropriado e reservado para a hora
da alimentação.

R
Lembramos que todos esses as-
pectos devem constar em contra-
to, pois os buffets ou restaurantes não
avisados e devidamente contratados pelo
cliente para este fim, não terão, portanto,
como atender a essa demanda.

80
DICA:
O bom
manobrista
tem sempre
à mão um
guarda-chuva.

81
{
Músicos

“Um líder é alguém que sabe


o que quer alcançar e
consegue comunicá-lo”.
Margaret Thatcher

82
6
Capítulo
o

83
Os músicos encantam qualquer even-
to. Mas, para o sucesso do seu trabalho,
valem a pena algumas dicas nesse guia.
Carga e descarga de equipamentos e
instrumentos. Este trabalho deve ser exe-
cutado pela equipe da orquestra ou da
banda.
A boa apresentação de qualquer em-
presa começa com o fardamento. Ele i-
dentifica o grupo a que pertence e facilita
qualquer comunicação entre organizador
e músicos.
Sugerimos que o descarregamento da
carga se dê pela entrada de serviço de
qualquer espaço de eventos.
Na portaria deve ser entregue, com
antecedência, a relação de profissionais
que atuarão nesse momento do trabalho.

84
Essa listagem deve conter nomes comple-
tos, CPF, identidade, quantidade de mate-
riais e peso da carga.
No instante em que a montagem
começar, o técnico deve acompanhar to-
das as etapas do processo, testando to-
dos os equipamentos e, consecutiva-
mente, fazendo os ajustes de som horas
antes do início do evento.
Vale ressaltar que essa dica é essen-
cial para o conforto de quem chega a uma
festa ou evento coorporativo, pois é muito
desagradável o convidado chegar e a ban-
da ou a orquestra estar ajustando o som.
Fica o conselho.

85
O que vestir?

Os trajes para músicos


estão cada vez mais variados.
Podem ser formais,
como o smoking; ternos
com gravata; ou os
temáticos, como
mexicanos, havaianos,
pagodeiros, sambistas;
ou esporte (calça comprida
com camisa social manga
curta). Tudo depende do gênero
musical e do estilo do evento.

86
Vejamos alguns
modelos, como
ilustram as
figuras abaixo:

Estilo
pagodeiro
ou sambista

Estilo
temático ou
caracterizado

87
!
Aparência: pequenos
cuidados que fazem
a diferença

R
Quando caracterizados, é conve-
niente usar o bom-senso quanto à
qualidade das vestes. Isso pode ser uma
furada. Estude o traje, sua composição,
escolha um bom estilista e mãos à obra.

R
Se o caso for um traje clássico,
tradicional mesmo, e o grupo não
tiver condições de comprá-lo em curto pra-
zo, uma boa opção é alugar. Todos ficarão
no mesmo padrão, a um custo mais baixo.

88
Comunicação verbal,
como se comunicar
com o público?

R
A orquestra, banda ou conjunto deve
se ater a cantar e tocar. Qualquer
interação com o público parecerá progra-
ma de auditório ou autopromoção.

R
A anunciação deve ser feita com
discrição, até mesmo porque todos
os convidados poderão ver que o show vai
começar. Nada de vinhetas, o cliente já
pagou o seu cachê, só resta mesmo can-
tar e tocar.

89
R
Um bom espetáculo se sobressai atra-
vés de um trabalho de sonoplastia,
interpretação e qualidade na apresentação.

Como se alimentar
em um evento? Qual
o momento correto

R
É correto e salutar que a ficha técni-
ca do conjunto seja demonstrada no
contrato. Nela devem estar especificados o
material de camarim, os alimentos, as bebi-
das e o serviço de apoio ao palco.

90
R
Se for necessário, até mesmo um
garçom pode dar atendimento a es-
ses profissionais durante o evento, evitan-
do, assim, desagradar a qualquer uma das
partes.

R
Já pudemos constatar que, se es-
sas informações não estiverem
contidas no texto do contrato e bem acor-
dadas com o pessoal do buffet, acarre-
tarão em aborrecimentos.

91
Então:

R
Serviço de camarim: tábuas de frutas
da estação, frios, pães, salgadinhos
fritos,muitaáguamineral,água-de-coco e,em
alguns casos, champanhe, cerveja e uísque.

R
No palco: água mineral e bebidas al-
coólicas, conforme especificado no
contrato.

R
Após a apresentação: almoço ou jan-
tar.

92
Cuidado: bebidas
alcoólicas em
excesso podem
prejudicar a
imagem dos
músico
músicos.

93
{ Recepcionista

“Disciplina é a ponte que


liga os nossos sonhos
às nossas realizações”.
Pat Tillman

94
7
Capítulo
o

95
E
ste capítulo merece alguns co-
mentários mais detalhados, pois o
profissional de que fala é o cartão
de visita de qualquer evento. Através de-
las, o convidado, participante ou patroci-
nador terão a primeira impressão. Então,
cuidado com os detalhes. Elas deverão es-
tar prontas para qualquer situação.
Essas profissionais, devidamente uni-
formizadas e qualificadas, exercem fun-
ção de grande importância: recebem, en-
caminham, orientam, entregam crachás,
distribuem material informativo, brindes
e folhetos, além de conduzir autoridades
à mesa.
Postura e elegância causam uma ex-
celente impressão. Ambas são de funda-
mental relevância. Que tal costas eretas,

96
queixo erguido e aquele ar de quem está
sempre de bem com a vida? Mas cuida-
do! Não vá exagerar!
O que fazer com as mãos? Em ge-
ral, quando as pessoas são tímidas e se
sentem inseguras usam a gesticulação
como forma de disfarçar a dificuldade,
mas preste atenção: enrolar uma mecha
de cabelo ou roer unhas são atitudes que
estão totalmente fora de questão, soam
absolutamente deselegantes.
Quando estiver sentada, procure não
contorcer as pernas. Além de pouco e-
legante, é um gesto extremamente incô-
modo. Manter as pernas em paralelo é o
mais adequado.
Ao se dirigir a alguém, deve transmitir
segurança e simpatia ao máximo. Olhe

97
sempre nos olhos da outra pessoa, tanto
ao falar como ao ouvir, e cuidado com os
olhares insinuantes ou indiferentes. O uso
de óculos escuros só é permitido quando
se está ao ar livre e num dia ensolarado.
Saber manter a distância correta das
pessoas é muito importante. Se muito
longe, causará uma barreira que difi-
cultará o entendimento; se muito perto,
demonstra invasão de privacidade. Ao se
dirigir a alguém, não cultive o hábito de
tocar as pessoas durante o diálogo, pois
isso incomoda, além de causar muito
desconforto.
Obrigada, desculpe e por favor são
três palavrinhas simples e de grande
valia. Elas transformam o mundo, causam
sucesso instantâneo.

98
Atenção ao bom humor: expressão
facial fechada (cara emburrada) ou tristo-
nha não agrada a ninguém. Se necessário,
faça um esforço sobrehumano. O bom hu-
mor, além de favorecer os relacionamen-
tos, rejuvenesce as pessoas.
Tolerância. É bom saber que é impor-
tante perdoar e ter em mente que nin-
guém é perfeito, afinal, até você pode er-
rar. (Isso não significa que, no trabalho,
você tenha respaldo para cometer erros
um atrás do outro). Há momentos em que
um deslize de uma recepcionista poderá
acarretar no insucesso de um evento.
Mascar chiclete pode? Não adianta
nada do que foi dito anteriormente - pode
estar tudo impecável: roupas, maqui-
agem, penteado, conduta -, se você es-

99
tiver mascando chiclete. Imagine que
cena sem cabimento!
E a pontualidade? Todo profissional,
independentemente da área de atuação,
deve se preocupar com a pontualidade.
Este detalhe diz muito sobre a responsa-
bilidade com os compromissos assumidos
e o bom andamento dos trabalhos. Nada
de provocar um atraso aqui, outro ali, e
justificar que a condução quebrou ou que
perdeu a hora, isso não justifica, soa mui-
to mal. O mercado de trabalho está muito
competitivo e, com certeza, haverá outros
candidatos mais habilidosos em relação
a esse quesito.
O cansaço físico, horas a fio em pé,
andando pra lá e pra cá... Nada pior que
ver profissionais como recepcionistas de

100
eventos escorados em paredes, postes
ou procurando se esquivar de suas obri-
gações porque estão com sono ou cansa-
das. Lembre-se: toda profissão tem seus
percalços, e essa exige uma permanente
boa disposição.
Falar corretamente não é falar demais.
Esta é uma tarefa cada vez mais difícil
nos dias de hoje, devido às inúmeras ex-
pressões popularmente conhecidas e ao
uso de gírias. As pessoas não se preocu-
pam em enriquecer o seu vocabulário, o
que dificulta o bom desempenho de um
recepcionista de eventos ou empresa.
Contar histórias longas é defeito grave;
ser prolixa, pior ainda.
Seguindo as regras adotadas para
este guia, vejamos algumas condutas:

101
O que vestir?

102
O
s uniformes são os mais varia-
dos: vão dos famosos e tradicio-
nais terninhos, passando pelos
tailleur e vestidos estilo chémise ou lon-
gos e ainda pelos uniformes promocio-
nais.
O mais importante é que os trajes não
sejam sensuais, a não ser que o evento
tenha esse apelo. Uma feira, por exemplo,
deve chamar atenção para o produto que
eventualmente poderá atender ao mer-
cado de luxo, como venda e exposição de
carros, demonstração de joias, etc.
Mas, se o evento for social ou corpo-
rativo, o traje deve ser o mais formal pos-
sível, podendo até ter características dos
produtos do artesanato regional, no caso
de congressos, seminários e workshops.

103
No entanto, em casamentos, aniver-
sários e formaturas, a vestimenta segue o
padrão tradicional. Afinal, quem tem que
chamar a atenção são os anfitriões.

!
Aparência:
pequenos
cuidados que
fazem a diferença

R
Evitar terminantemente o uso de
acessórios. A recepcionista deve
ser extremamente discreta nesse quesito.
Menos é mais. Aconselho, apenas, um
pequeno relógio e um par de brincos bem
pequenos; talvez, uma pérola.

104
R
Os sapatos devem ser bonitos, po-
rém confortáveis. Indico levar sem-
pre um par reserva. Poderá até ser uma
sapatilha para o fim de noite, se for o caso.

R
Quando estiver de vestido ou saia,
as meias calças devem ser adota-
das; são de uso obrigatório para esse tipo
de traje. Ah! E depilem as pernas, as axi-
las, façam o buço e se utilizem do recurso
da maquiagem, mas de maneira discreta e
moderada. Nada de cores fortes!

105
Comunicação verbal,
como se comunicar
com o público?

R
A abordagem deve ser formal e re-
speitosa sempre. Esse comporta-
mento ajuda até a evitar assédio.

R
Informe-se antes, participe de
reuniões de esclarecimento
acerca do evento de que você
vai participar/trabalhar e conheça o espaço
para poder dar informações e direciona-
mentos, tais como saídas de emergência,
localização dos toaletes, salas de reuniões,
camarins, salas VIP, copa, escritório, se-
cretaria do evento e entradas de serviço.

106
R
Conheça todos os profissionais que
estão envolvidos com o evento.
Apresente-se, coloque-se à disposição. Co-
nheça também o roteiro, isso dará seguran-
ça na hora da atuação.

R
Todas essas informações serão es-
senciais para você, recepcionista,
pois eventualmente terá que ajudar e ori-
entar alguém.

Evitando as GAFES

R
Cuidado ao dirigir-se a senhoras
gordinhas. Evite perguntar se estão
grávidas.

107
R
Ao encaminhar um senhor com
uma jovem, nunca diga: há um lu-
gar reservado para o senhor e sua filha,
pois esta poderá ser sua esposa.
- Ou perguntar, este é o seu marido?
- É verdadeira ou bijuteria?
- Você ainda está casado(a)?
- Você foi convidado para a festa?
- Não imite a voz de ninguém.

Como se alimentar
em um evento? Qual
o momento correto?

R
A empresa organizadora do evento
deve deixar bem claro ao cliente,
e em contrato, essa necessidade de ali-

108
mentar a equipe de recepção. Pode ser um
lanche, um almoço ou um jantar.

R
Nunca , jamais, belisque os alimentos
do coffee break, docinhos, cafezinho
ou buffet de almoço ou jantar. A alimentação
deve acontecer na área de serviço do local
do evento, em forma de revezamento e no
momento em que os trabalhos já estiverem
acontecendo de forma mais tranquila. Ou
seja, do meio para o fim. Ou então, quando
receberem o sinal de que podem ir se ali-
mentar.

R
Na necessidade de beber líquido,
esses devem ser restritos à água
mineral ou, no máximo, refrigerante ou
suco.

109
R
As recepcionistas que eventual-
mente ficarem responsáveis por
cuidar das mesas de doces, em hipótese
alguma, devem “prová-los”.

R
Quanto às lembranças, essas tam-
bém não fazem parte do brinde para
fornecedores, são restritas aos convidados.
Portanto, evitem abordagens desnecessá-
rias. Nunca peguem, nem peçam!

110
{
Dez importantes dicas
para as recepcionistas:

1- Seja pontual;
2- Apresente-se sempre bem vestida
e com aparência impecável;
3- Cabelos sempre presos, secos e
escovados;
4- Mantenha a postura elegante;
5- Tenha espírito de iniciativa, seja
proativa;
6- Preste informação com segurança;
7- Tenha boas maneiras;
8- Trabalhe em equipe;
9- Seja discreta;
10- Cumprimente as pessoas, se for
o caso, com apenas um aperto de mão.
Beijinhos não devem ser usados como
cumprimento.

111
{ Seguranças

“A sorte não existe. Aquilo que


chamamos de sorte é o cuidado
com os pormenores”
Winston Churchill

112
8
Capítulo
o

113
Os seguranças são
fundamentais para
a tranquilidade de
qualquer pessoa nos
dias de hoje, imagine
em um evento?

D
ezenas, centenas de pessoas,
usando joias, objetos de valor al-
tíssimo, todas juntas em um só
lugar. Prato cheio para um arrastão, não
é mesmo? Sem falar no acesso aos veícu-
los altas horas da noite, em transeuntes
estranhos no meio da madrugada ou mes-
mo em brigas e confusões por motivos
até insignificantes, que acabam com um
evento.

114
Por esses e outros motivos, muita a-
tenção na hora de contratar!
Os seguranças devem ser de empresas
conceituadas, que realizam treinamento
e investigam a experiência dos profissio-
nais e os cursos que fizeram para fins de
realizar abordagens corretas e defesa dos
convidados sem alarde, pois saber fazer
isso com discrição é uma arte. Qualquer
escândalo vira notícia no dia seguinte.

115
em

O que vestir?

Há eventos em que o traje do


segurança deve, necessaria-
aria-
mente, ser um terno escuro.
curo.
Há outros, que podem
ser calça jeans e
camiseta preta.

116
É
preciso sempre a utilização do
bom-senso da empresa fornece-
dora, para que, em sua entrevista,
seja feito o levantamento das necessi-
dades do cliente e nele incluir as opções
de modelos de uniformes, que podem
ser variadíssimos. Seguem algumas su-
gestões:

R
Em resorts, hotéis à beira-mar ou de
campo: bermudas cargo e camiseta
com colete tipo safari.

R
Em salões de festa mais sofistica-
dos, hotéis ou eventos à noite: traje
formal e escuro.

117
R
Em eventos específicos ou para
a segurança de alguém muito im-
portante, verificar as coordenadas dos
agentes de segurança mais próximos da
autoridade, eles poderão orientar quanto
ao traje mais indicado.
Consulte sempre!

!
Aparência: pequenos
cuidados que fazem
a diferença!

E
ste quesito é indispensável a
qualquer profissional, até mesmo
o segurança.
Bom aspecto e boa aparência são mui-
to importantes!

118
R Barba sempre muito bem feita.

R Roupa muito bem limpa e passada.

R
Sapatos em perfeito estado de uso e,
se for tênis, estes devem estar limpos.

Comunicação verbal,
como se comunicar
com o público

A forma de abordagem é sempre um


grande aliado ou inimigo de quem trabalha
com o público. Sim, porque a forma correta
de se expressar pode ajudar a resolver um
problema, como também pode causar um.

119
Então vejamos
alguns exemplos:

R
Se o segurança observar uma ligei-
ra discursão entre os convidados de
um evento, durante o acontecimento, deve
se aproximar de forma discreta, sempre
acompanhado de outros colegas, observar o
momento certo da abordagem e, sorrindo e
delicadamente, convidar para acompanhá-
lo, dirigindo o olhar aos demais colegas se-
guranças, fazendo com que a pessoa perce-
ba que está sendo monitorada. A fala com o
cidadão deve ser assim: “O senhor pode me
acompanhar?”

120
R
Ou ainda: podemos ajudar o senhor?
Seria melhor conversarmos em outro
lugar, poderia me acompanhar?

R
Caso precise ser mais enérgico e,
de fato, retirar o “criador” de caso
do local, tente uma saída mais próxima e
discreta para que seja evitada a percepção
do problema por parte de outras pessoas.
Certo?

R
Mas não esqueça: use palavras e-
ducadas e gentis: por favor, por gen-
tileza, o senhor, a senhora. Evite palavras
como o jovem, o rapaz. Isso pode parecer
pejorativo, irritante até.

121
Como se alimentar
em um evento? Qual
o momento correto

R
Seguranças devem estar sempre
bem alimentados, mas nunca o su-
ficiente para dar preguiça. Afinal, eles pre-
cisam de mobilidade.

R
Ao chegar ao local onde será presta-
do o serviço, é conveniente que já es-
teja preparado um espaço reservado para
as refeições. Caso isso não ocorra, provi-
dencie um esquema de revezamento para
que, de dois em dois, ou mais, possam, em
determinado momento, se ausentar para
assim fazer o lanche.

122
R
Evite as portas de acesso aos locais
de eventos, mesmo que seja a porta
de serviço. Prefiram sempre a área interna,
talvez copa, cozinha, ou sala de reunião,
refeitório... A depender do local que estiver
sediando o evento.

R
Lembre-se que a higiene deve ser
feita após a refeição. Mas o que sig-
nifica isso?

R
Escovar os dentes, por exemplo, é
uma delas, trocar a camisa pode ser
outra, assim como reforçar o desodorante,
o perfume, pentear os cabelos, etc.

123
Dica:
Evite mostrar
armas, cassetetes
ou qualquer outro
objeto que cause
constrangimento aos
convidados. Seja
um bom segurança,
usando outras
habilidades.

124
Outras
9
Capítulo
o

categorias
profissionais
São os mais variados
profissionais que
atuam nos bastidores,
o chamado “behind the scenes”.

O
s carregadores de equipamen-
tos de som, montadores de es-
truturas de tendas, climatiza-
ção e equipamentos de informática,
assessores de decoradores, auxiliares
técnicos de bandas e orquestras, barten-
ders e seus apoiadores, fornecedores de

125
bebidas, carregadores de empresas de lo-
cação de mobiliário, de jardinagem, ilumi-
nação, filmagem, fotografia, enfim , toda a
gama de possíveis envolvidos na constru-
ção de um evento, seja ele social, corpora-
tivo, público, privado ou promocional.
É sempre bom lembrar, mesmo nas
grandes capitais onde esse comporta-
mento já é uma constante, que todos,
independentemente de suas funções,
devem estar sempre uniformizados e
devidamente identificados com crachás,
contendo nome completo, CPF, nome da
empresa que trabalha, função e, para
qualquer eventualidade, tipo sanguíneo e
rh.
Além desses cuidados, os patrões de-
vem prever as pausas para almoço e jan-

126
tar e, se for o caso, lanches, sem esquecer
de fornecer água mineral durante toda a
montagem do serviço. Esta última su-
gestão, de forma organizada, orientando
para que deixem o local do evento devida-
mente limpo.
Falando em limpeza, quem carrega
peso, principalmente em locais quentes,
deve usar uniforme adequado para essa
modalidade de serviço. É bom lembrar que
há locais, como órgãos públicos e empre-
sas privadas, que possuem um regimento
interno ou regulamento da empresa que
determina ou proíbe o uso de determina-
dos trajes nesses ambientes.
Então, vejamos as regras de mon-
tagem, que podem variar de lugar para
lugar.

127
Outro aspecto que vale ser destacado
é o horário de montagem e desmontagem.
Muitos contratos de locação de espaço
dispõem de cláusulas que determinam
o horário do início e do término dos pra-
zos tanto para início e fim do evento como
para a ocupação dos montadores e des-
ocupação dos objetos ali usados ou dis-
ponibilizados para o acontecimento.
Então, é sempre bom que todos os en-
volvidos nessa interação possam ser infor-
mados das condições. Certo?
Existem aqueles profissionais, os téc-
nicos do staff das bandas, orquestras, dos
equipamentos de tecnologia, ou até mes-
mo de decoradores, que permanecem no
evento em sua totalidade, mas que, ape-
sar de não estarem na comissão de frente,

128
acabam transitando naquele espaço.
O que indicar para eles:

R Uso de uniforme informando a sua em-


presa.
R Uso de crachá de identificação.
R Ficha técnica quantificando o número
de funcionários, bens e equipamentos dis-
ponibilizados para o evento.
R Acordo prévio do tipo de alimento e do
fornecedor de alimentos e bebidas para es-
tas equipes.

Discrição sempre.
Palavra de ordem
para esses
colaboradores
de bastidores.

129
Nada se faz sem planejamento. Por
esse motivo é bom ter em mente e no
papel todas as necessidades, como tam-
bém as possíveis eventualidades que de-
mandam um excelente evento, seja ele de
pequeno, médio ou grande portes; social,
público, promocional ou diplomático; ou
simplesmente uma reunião entre amigos
em sua casa.

130
Considerações Finais

Quem recebe deve fazê-lo com prima-


zia. Prazer e, sobretudo, com muito carin-
ho e zelo, afinal, receber deve ser uma sa-
tisfação, e não uma obrigação.
É certo que tudo isso se deve a uma
dose de bom-senso e expertise de um
grande profissional de organização de
eventos e cerimonial.
Parafraseando Giacomo Colorsi de Pa-
lestrina: “O homem que prepara um ban-
quete tem tanto a fazer quanto aquele que
comanda um exército”.
Este guia é dedicado aos organiza-
dores de eventos, proprietários de buf-

131
fets, empresas montadoras de estrutura,
mobiliários, promotores de espetáculos,
atuantes nas áreas artístico/cultural, ou
ainda àqueles que se debruçam na de-
liciosa arte de promover momentos in-
esquecíveis, como a dona de casa, o ge-
rente de marketing de uma empresa e o
CEO (Chief Executive Officer). Enfim, a to-
dos que adoram pessoas e nelas deposi-
tam a tarefa de promover seus negócios.

132
Referência Bibliográfica
ALBUQUERQUE, Kátia Oliveira Bonifácio. Egrégia Corte - Manual do
Cerimonial no Poder Judiciário. Maceió, Editora Catavento, 2009.

ANDRADE, Renato Brenol. Manual de Eventos. 3ª. Edição. Ampl. Caxi-


as do Sul, RS: Educs, 2007.

ARAÚJO, Maria Aparecida A. Etiqueta empresarial: ser bem educado


é.../ Maria Aparecida A. Araújo. – Rio de Janeiro: Qualitymark Ed.,
2004.

CESCA, Cleuza Gertrude Gimene. Organização de eventos. - São Pau-


lo: Summus, 1997.

GOMES, Sara. Guia do Cerimonial – do Trivial ao formal. Brasília, LGE,


1997.

KALIL, Glória. Chic(érrimo): moda e etiqueta em novo regime/Gloria


Kalil: (ilustrações Andrés Sandoval).- São Paulo: Ediouro, 2008.

LINS, Augusto Estellita. Etiqueta, Protocolo & Cerimonial. – 2ª. Ed. –


Brasília-DF: Linea Gráfica Editora, 1991.

LUKOWER, Ana. Cerimonial e protocolo. – São Paulo: Contexto, 2006.


3ª ed. 2006.

LUZ, Olenka Ramalho. Cerimonial empresarial. São Paulo: Saraiva,


2011.

MATARAZZO, Cláudia, 1958 - Gafes no Palácio/Cláudia Matarazzo, -


São Paulo: Academia, 2012.

MEIRELLES, Gilda Fleury. Eventos Seu Negócio Seu Sucesso. São


Paulo, 2003.

RIBEIRO, Célia. Etiqueta na prática: guia moderno de boas maneiras.


24ª ed. Porto Alegre: L&PM, 2000.

VERAS, Manoel. Toques de cerimonial, Teresina: EDUFPI, 2007. 82p.

133
Este livro foi concluído no ano da graça
de Nosso Senhor Jesus Cristo de dois mil
e treze, no mês de junho, quadragésimo
quarto ano do nascimento da autora.

134
Cerimonial é uma atividade fascinante
A realização de eventos é, hoje, uma poderosa

Modos.K - Guia de Comportamento Profissional para Gestores de Eventos


ferramenta de marketing e comunicação. É também, Marcilio Reinaux (*)
através dos eventos, que as empresas aproximam suas Quem lida com assuntos, temas e providências de
marcas de seus públicos de interesse. Nos eventos é pos- planejamento, organização e realização de eventos, de
pronto, defronta-se com uma atividade – que é o so-
sível, através da emoção positiva liberada naqueles mo- matório de tudo isso - das mais envolventes no contex-
mentos, criar canais de relacionamento e interação mais to da sociedade moderna. É o Cerimonial, que muitos
sólidos e diretos. Num mundo globalizado e conectado, pensam tratar-se de uma profissão. Mas não é. É, sim,
uma atividade rica desde as suas origens históricas,
torna-se imperativo que a produção desses eventos seja no seu conteúdo e em miríades formas desafiantes de

Kátia Oliveira Bonifácio Albuquerque,


cada vez mais profissional e bem realizada. Os investi- se fazer. É aquele complexo de ações que envolve um
evento, uma solenidade. Enfim, a própria cerimônia.
brasiliense, formada em Gestão de Recur- mentos e o tempo dispensado na concretização de um Seja ela de qualquer natureza, simplória ou singela de
sos Humanos, pós-graduada em Gestão evento não podem ser prejudicados por falhas e erros. pouca monta, sejam os grandiloquentes eventos, com
pompa e circunstância, há de se entender e vivenciar o
Empresarial, consultora de RH, de eventos, Não se pode correr o risco de desperdiçar recursos e fascínio que é trabalhar com Cerimonial. Fascínio las-
de comportamento e mestre de cerimônia. tempo, cada vez mais escassos. treado por incomensuráveis desafios da inteligência
Foi instrutora do Senac/AL e na Facul- Assim sendo, toda contribuição para que essa e da capacidade criativa de quem o faz e de quem o
planeja, organiza e realiza. Saber conviver com essas
dade Cesmac, na área de Turismo e Even- área avance na sua profissionalização é necessária nuanças de desafio e criatividade, tudo aliado a uma
tos, entre 2001 e 2006. e importante. Precisamos de profissionais cada vez capacidade gerencial, não é para muitas pessoas. São
Realiza cursos in company e treina- poucas aquelas que têm um somatório de atributos
mais capacitados, nas empresas e fora delas, para e qualidades que permitem o exercício escorreito da
mentos para cerimonialistas em todo o
que nossos eventos possam cumprir seus objetivos. criação, produção e realização de uma cerimônia que
Brasil. Organizadora de eventos sociais, alcance aquele status de evento quase perfeito e sem-
corporativos e públicos; fonte de consulta
O livro “Modos.K” preenche uma lacuna bibliográfica pre desejado.

de vários veículos de comunicação. Che- para aqueles que trabalham com produção de eventos, A cerimonialista Kátia Albuquerque tem todos, ou
quase todos aqueles atributos. A jovem senhora, de
fiou o Cerimonial do Tribunal de Justiça de como também para estudantes e professores de Mar- fala mansa e gestos delicados a um só tempo, ami-
Alagoas entre fevereiro de 2007 e abril de keting e Comunicação. Kátia Albuquerque é uma profis- gos e fraternos, irmanados às fortes decisões urgentes
2013. Conselheira do CNCP – Brasil, triênio sional com sólida formação acadêmica e experiência na e necessárias no fazer o dia-a-dia do Cerimonial, em
momentos inesperados, carrega consigo as condições
2012/2015, e membro da Academia Ma- produção de eventos, sempre preocupada com a difusão do bem fazer uma cerimônia. Ela tem habilidade de
ceioense de Letras – 2a Secretária. do conhecimento. E faz isso através de seus livros, que discernir em permanente lembrete seja no pedir por
favor, seja ao final, no reconhecimento com o gesto
como “Modos.K”são sempre muito bem-vindos. gratulatório, entremeando um e outro nas tarefas do
Suas obras: Egrégia Corte - Manual planejamento, da organização, enfim, naquelas da
do Cerimonial no Poder Judiciário - janei- Milton P. Pradines Filho realização de uma cerimônia, que deve se espelhar em
ro/2009. Única obra sobre cerimonial judi- Guia de Comportamento beleza e bom gosto. Os resultados sempre assinalam
Gerente de Relações Institucionais Braskem -AL
Profissional para Gestores
dois itens: competência e profissionalismo no Portfólio
ciário, chancelada pela Academia Brasilei- de Kátia Albuquerque. Estas são a vivência e a con-
ra de Cerimonial e Protocolo (ABCP) e pelo
Tribunal de Justiça de Alagoas. Apoio cultural
de Eventos vivência de quem sabe fazer Cerimonial. Tudo isso,
aqui nesse livro - em boa oportunidade disponibilizado
- vai espelhado como uma singela receita em forma
de GUIA. De como fazer uma cerimônia, buscando a
Contatos com a autora: perfeição e a beleza que lhe são inerentes. Por isso é
82.9981-0191 bom ler este livro e apropriar-se de ensinamentos de
9 788 591 56 910 6

um cerimonial escorreito. E fascinante.


www.katiaalbuquerque.com
katia@katiaalbuquerque.com “Morada da Sexta Felicidade”/Recife, maio de 2013

Marcilio Reinaux é presidente da Academia Brasileira


de Cerimonial e Protocolo/ABCP
9 788 591 56 910 6 1 edição
a

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