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1ª Coríntios 13 - EBD Coroa Grande

"Temos religião suficiente para nos fazer odiar, mas não temos para nos fazer amar."
Jonathan Swift (autor de As Aventura de Gulliver)

1 Co. 13 é um dos textos mais conhecidos. Já foi letra do Legião Urbana, costuma ser
usado em casamentos e no Dia dos Namorados.

Quando você estuda as cartas do apóstolo Paulo às igrejas de Efeso, Filipos, Colossos e
Tessalônica, observa que ele agradece a Deus pelo amor existente entre aqueles irmãos.
Paulo elogia aquelas igrejas pelo amor que tinham. Porém, Paulo não elogia a igreja de
Corinto nesse particular. Ao contrário, Paulo elogia a igreja de Corinto pelos dons, mas
não pelo amor. Corinto era uma igreja cheia de dons. Não faltava àquela igreja nenhum
dom (1.7), entretanto, faltava-lhe a prática do amor.

- EROS - egoísta/relacionado aos desejos


AMOR- PHILIA - simpatia/amizade
- AGAPE - compaixão pelos indignos/amor divino/ não busca recompensas/ sem expectativas

AMOR é uma pessoa (Cristo) que atua de uma maneira que os crentes devem imitar.

13.1-3 O AMOR É ESSENCIAL - TEM SUPREMACIA


Usando de um exagero intencional (hipérbole), Paulo enfatizou a inutilidade dos dons quando exercidos
sem o concurso do amor. A expressão "línguas dos homens" provavelmente refere-se ao dom de falar em
línguas estrangeiras (At 2.4-11), enquanto que a adição "e dos anjos" pode ser um exagero deliberado
(similar a "compreender todos os mistérios" ou "remover montanhas"). Se os crentes de Corinto
reivindicavam usar a linguagem dos anjos é impossível de determinar (12.10, nota). A expressão "ainda
que entregue o meu próprio corpo para ser queimado" também pode ser uma declaração dramaticamente
exagerada.

Glossolalia = língua dos anjos ----- existem 7.139 idiomas no mundo


Sino, metal, bronze → instrumentos usados para chamar atenção, convocar / som desagradável
Todos os mistérios → a ninguém foi dado saber
Todos os bens → generosidade
TER CAPACIDADE DE REALIZAR ATOS RELIGIOSOS, MAS SE NÃO FOR POR AMOR, NÃO
ADIANTA
As pessoas dão mais valor ao que é sensacional

13.4-7 ATRIBUTOS DO AMOR / ELE SEMPRE TRIUNFA


Paulo explica o amor como uma pessoa que atua de modo a que os crentes deveriam imitar
(personificação). O quadro total sugere uma descrição do próprio Cristo. Considerando os tipos de
problemas que esta epístola aborda, estes versículos são uma advertência aos crentes de Corinto, que
estavam fracassando na própria conduta.
13.4 PACIENTE, BENIGNO... NÃO SE CONDUZ INCONVENIENTEMENTE... ao contrário do que os
coríntios eram ou faziam
13.5 NÃO SE RESSENTE DO MAL/ SE ALEGRA COM A INJUSTIÇA. Paulo talvez quisesse indicar
que os crentes que amam não planejam o mal contra seus semelhantes. Mais provavelmente, porém, ele
indica que aqueles que amam não concentram a sua atenção sobre os erros que outras pessoas cometem
contra eles.
13.7 TUDO. Paulo se utiliza dessa palavra por quatro vezes, para efeito retórico, ao levar sua descrição
sobre o amor a um ponto culminante.

O amor não é dom, é fruto do Espírito.

13.8-13 A DURABILIDADE DO AMOR / ETERNO


13.8 O AMOR JAMAIS ACABA. Poderíamos ver essa declaração como um sumário do versículo
anterior, especialmente à luz do comentário de que o amor "tudo suporta". Ao mesmo tempo, a declaração
permite que Paulo construa um contraste entre o amor, que sempre "permanece" (v. 13), e os dons
espirituais, que cessarão.

O amor jamais deixará de ser a vontade de deus para o seu povo. Os dons são provisórios, eles existem
enquanto estamos nesse mundo. Existem para o bem e edificação da igreja.

PROFECIAS... LÍNGUAS... CIÊNCIA. É provável que Paulo tenha mencionado esses três itens como
representantes de todos os dons espirituais, que terão uma função temporária e terrena até o fim de nossa
era. Outros têm sugerido que esses três dons, em particular, foram mencionados por Paulo por terem uma
função reveladora que chegou ao fim ao se completar o cânon do Novo Testamento (v. 10, nota).

Nosso conhecimento é incompleto. É o suficiente para nossa salvação.


Não devemos nos apegar ao que é transitório. Devemos pedir a Deus que amemos a Ele e ao próximo.

13.10 PERFEITO. O contexto (especialmente o v. 12) sugere fortemente que Paulo está se referindo aqui
à Segunda Vinda de Cristo como o evento final do plano divino da redenção e da revelação. Em
comparação com aquilo que receberemos então, as bênçãos presentes são apenas parciais, e, portanto,
imperfeitas. Portanto, era um sinal de imaturidade quando os crentes coríntios tratavam os dons
temporários e incompletos do Espírito como revestidos de significação final. De acordo com outra
posição, Paulo podia estar se referindo à revelação "completa" (ver referência lateral) contida nas
Escrituras do Novo Testamento, o que tornou obsoletos a profecia e outros dons reveladores. Ainda outras
interpretações têm sido sugeridas, tal como a maturidade no amor, que os crentes coríntios deveriam ter
como alvo, o amadurecimento da Igreja primitiva, ou a morte do crente individual.

1 quando a igreja amadurecer, não vai mais precisar dos dons - a igreja nunca amadureceu / ainda precisa
dos dons
2 cânon das Escrituras - João escreveria o último livro e, 300 anos depois haveria consenso num concílio
sobre os 66 livros
3 vinda de Cristo - até lá vamos precisar dos dons

13.12 ENTÃO, CONHECEREI COMO TAMBÉM SOU CONHECIDO. Talvez porque os coríntios
gostavam de jactar-se de seu conhecimento (8.1, nota), Paulo conclui a passagem salientando o caráter
parcial de todo o conhecimento presente. A mudança de "conheço" para "sou conhecido" encontra-se nas
epístolas do apóstolo e serve para enfatizar a dependência da graça de Deus (8.3). Aqui o enfoque recai
sobre o caráter íntimo e imediato do conhecimento sobre Deus, que compartilharemos algum dia.

Resumo:
Amor não é sentimento, é uma atitude que devemos ter
A verdadeira espiritualidade se verifica com o fruto (amor) e não com os dons
Nossa busca incessante deve ser pelo amor e não pelos dons
Os dons são passageiros, incompletos e sem amor, não tem valor algum

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