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LESÃO CENTRAL DE

Células Gigantes
Daiane De Souza Cardoso Araújo
Integrantes
Gabriela Salgado Medina

Jéssica de Lirio Pereira

João Pedro Aguiar Oliveira

Luiz Eduardo Alves Vieira

Maria Amália Martins Ferreira

Tainah Sales Fontes


Etiologia
A lesão central de células gigantes (LCCG) é uma entidade não
neoplásica que pode causar destruição óssea considerável. Com base
em suas características clínicas e radiográficas faz-se o diagnóstico
como lesão agressiva ou não agressiva, o qual por sua vez é fator
determinante e direcionador do tipo de tratamento instituído.
É um processo patológico incomum, correspondendo a menos de 7%
das lesões benignas que acometem o complexo maxilomandibular.
Etiologia
Sua terminologia tem sido modificada ao longo dos anos, desde que Jaffe, em
1953, a denominou de granuloma reparativo de células gigantes, para
diferenciá-la do tumor de células gigantes dos ossos longos, com o qual divide
algumas similaridades histopatológicas. Atualmente é designada como
granuloma ou lesão central de células gigantes. Alguns autores a consideram
um processo reparativo, resultante de fatores traumáticos, contudo a sua
verdadeira natureza permanece ainda desconhecida.
Características Originam-se da fusão de células
clínicas mononucleares.
É uma lesão osteolítica que acomete
principalmente os ossos gnáticos de
crianças e adultos jovens. Predominante
em mulheres.
Possui comportamento clínico e
radiográfico variado, podendo ser
agressivo.
Geralmente envolve maxila e mandibula.
Características
histopatológicas
Figura 1 . Aspecto histológico evidencia
Caracteriza-se por uma proliferação de células gigantes multinucleadas.
células redondas, fusiformes e/ou
ovaladas;
Há numerosas células gigantes
multinucleadas;
São dispersas em um estroma de tecido
conjuntivo de densidade variável e, por
vezes, intimamente associadas a vasos
sanguíneos. Figura 2. Exame histopatológico.
Observar células gigantes
multinucleadas.
Característica Histopatologica
01 Exemplo 1 02 Exemplo 2
03 Exemplo 3

Epitélio escamoso estratificado Fotomicrografia dos cortes Figura 3 – Fotomicrografia


hiperplásico, tecido conjuntivo fibroso histológicos corados em com coloração HE
com abundantes células gigantes HE,exibindo numerosas células
multinucleadas, vias vasculares, gigantes multinucleadas e células
extensas áreas hemorrágicas, zonas com mononucleadas com morfologia
depósitos de hemossiderina e trabéculas variando de fusiforme a ovoide
ósseas reativas recém-formadas, com (400x).
áreas de reabsorção
Sintomatologia O conjunto de sinais e sintomas podem ser subdivididos
em dois tipos comportamentais. São eles:

01 Comportamento Agressivo 02 Comportamento Não Agressivo

dor; comumente assintomáticas;


crescimento acelerado; evoluem lentamente;
reabsorção radicular; sem reabsorção radicular;
edema; nível baixo ou sem assimetria facial;
rubor; baixa táxa de recorrência.
assimetria facial;
desvio nasal e dos elementos dentais Geralmente a LCCG é assintomática e
associados; acomete mais crianças e adultos até os 30
alto índice de recidiva. anos de idade.
Amelobastoma;
Diagnóstico Cisto Ósseo;
Aneurismático;
Displasia Fibrosa;
Manifestações do Hiperparatireoidismo;
Querubismo;
No diagnóstico
Queratocisto Odontogênico;
diferencial da lesão
Mixoma;
central de células
Cisto ósseo traumático;
gigantes podem ser
Lesões periapicais;
citados:
Cistos periapicais.
Diagnótico
É necessário a realização de exames complementares, tais como:

Tomografia Exames Biópsia


01 computadorizada
02 bioquímicos
03 incisional
valores séricos de cálcio, fosfatase
alcalina e fósforo, para excluir ou não
os indicativos de hiperparatireoidismo.
Tratamento
O tipo de tratamento a ser escolhido deve se
basear no comportamento clínico da lesão.
Porém curetagem ainda é o tratamento mais
utilizado e com alta taxa de sucesso.
A ressecção deve ser o procedimento de escolha
quando há lesões recorrentes e agressivas. Por
ser geralmente encontrada em crianças e adultos
jovens, considera-se a cirurgia agressiva um
método desfigurante
A também publicações que relatam bom
resultado com injeções intralesionais de
corticóides; que estimulariam a apoptose das
células gigantes e que estimularia a reabsorção
óssea, porém esse tratamento é contra indicado
em pacientes imunodeprimidos.
Prognóstico
Segundo Arda et al. (2003), os tratamentos cirúrgicos de excisão ou curetagem conseguem
tratar 80% dos casos, tendo 20% de recidiva;
Lesões agressivas com sinais e sintomas evidentes (sintomatologia dolorosa, parestesia,
rompimento da cortical óssea e reabsorção radicular) apresentam esses números em torno de
26%
O risco relativo para recorrência após tratamento cirúrgico em pacientes com sinais e
sintomas agressivos é de 1,6 vezes maior comparados a pacientes sem tais características e o
tempo médio entre o momento da terapia inicial e a recorrência foi de 02 anos e meio;
A idade média dos pacientes que apresentaram recorrência é de 24,7 anos, enquanto no
restante dos pacientes é de 33,3 anos;
Por fim, espera-se uma resposta satisfatória ao tratamento de escolha com ausência de
sintomas, com decorrente aumento da radiopacidade nas radiografias durante o período pós-
operatório.
Resumo Artigo
Algumas lesões benignas dos maxilares
apresentam-se indistinguíveis à análise
histopatológica. É o caso das lesões de células
gigantes, dentre as quais são parte integrante
o granuloma central de células gigantes, o
granuloma periférico de células gigantes,
cisto ósseo aneurismático e tumor marrom do
hiperparatireoidismo. Desta forma, as
características clínicas destas lesões chegam a
ter importância diagnóstica conclusiva nestes
casos.
Bibliografia http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1984-
56852010000300017#:~:text=Histopatologicamente%20
essa%20les%C3%A3o%20se%20caracteriza,intimamente
%20associadas%20a%20vasos%20sangu%C3%ADneos.
https://www.actaodontologica.com/ediciones/2013/4/ar
t-19/
https://www.revistacirurgiabmf.com/2004/v4n2/pdf/v4
n2.1.pdf
https://www.revistacirurgiabmf.com/2004/v4n2/pdf/v4
n2.1.pdf (bibliografia do artigo)
http://www.repositorio.bahiana.edu.br/jspui/bitstream
/bahiana/574/1/Artigo%20LCCG.pdf

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