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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PATOLOGIA ORAL
CISTOS E TUMORES ODONTOGÊNICOS

CERATOCISTO ODONTOGÊNICO

Rômulo Augusto de Paiva Macedo


Ceratocisto Odontogênico
Primeiros Relatos do Ceratocisto Odontogênico
1. Identificado e descrito em 1876.
2. Philipsen (1956) Primeiro a usar o termo Ceratocisto Odontogênico
3. Pindboard e Hansen (1962)

Qualquer cisto nos maxilares no


qual a formação de queratina.

4. OMS (1971)
5. OMS (1992)
Cisto de desenvolvimento, originado a partir de remanescentes da lâmina dentária

A OMS recomenda que o termo " tumor odontogênico


ceratocístico” seja ultilizado para subistituir o termo
“ceratocisto odontogênico”.
Ceratocisto Odontogênico

Natureza Neoplásica Natureza Cística

Shear e Speight 2011


Ceratocisto Odontogênico

Comportamento
Biológico
Tumor
Odontogênico Imunoistoquímica
Ceratocisto

Genética

Barnes, 2005; Henriques et al, 2009


Ceratocisto Odontogênico

“O ceratocisto odontogênico é uma forma diferente de


cisto odontogênico do desenvolvimento que merece
consideração especial devido às suas características
histopatológicas e comportamento clínico específicos.”
(Neville, 2009)

“Os queratocistos odontogênicos ou tumores


odontogênicos queratocísticos podem apresentar
comportamento clínico agressivo, uma significativa
taxa de recorrência e uma associação com a
síndrome dos carcinomas nevoides de células
basais.” (Regezi, 2012)
Etiologia e Patogênese
Restos da lamina dentaria

Queratinas semelhantes (CK17 e CK19) na


celulas epiteliais do Ceratocisto Odontogênico e
em celulas da Lamina dental.

Celulas da camada basal do epitelio oral

Mutação no gene PTCH

Pesquisas têm oferecido evidências


moleculares de mecanismos de two-hit na
patogênese desses tumores, levando a perda
alélica em dois ou mais loci de 9q22.
Etiologia e Patogênese

Expressão de diversas proteínas relacionadas a proliferação celular

PCNA e Ki-67 P53 e P63

P63 Ki-67
Etiologia e Patogênese

Superexpressão
Alta taxa de
da Bcl-2 e
Proliferação –
outros fatores
ki67
de crescimento

Mutação no Expressão de
gene PTCH MMP 2 , 9
Características Clínicas
Ocorrem desde a primeira até a nona
década de vida

Assintomática

Podendo haver inchaço, dor , paresteia , infecção segundaria e


descarga de fluido cístico.

Maior frequência entre a 2° e 3 ° década de


vida

Predileção pelo gênero masculino 2:1


Características Clínicas

65% a 83% acometem a mandíbula

Podem estar associados a dentes impactados

Conteúdo cístico pastoso (Queratina)

Crescimento rápido dentro do osso medular

Expansão óssea em lesões de grandes dimensões

Alta taxa de Recorrência 0%-62%


Características Clínicas

Potencial comportamento
destrutivo local

Dor, inchaço, grandes


Altas taxas de proporções,podem
recidiva penetrar corticais

Síndrome do carcinoma nevóide


basocelular
Características Clínicas

Taxa geral recorrência 23.15%

0% de recorrência nos casos tratados por


ressecção

0% de recorrência nos casos tratados por


enucleação seguidos por osteotomia
periférica e irrigação com solução de carnoy
Recorrência foi significativamente associada com:
Características Clínicas
Pior resposta a descompressão

Evidência radiográfica da lesão entre as raízes dentárias

Presença de brotamento das células da camada basal juntamente


com ilhas epiteliais na cápsula fibrosa
Características Imaginológicas

Lesão radiolúcida circular ou ovóide

Pequena dimensão x Grandes dimensões

Unilocular X Multilocular

Lesões Múltiplas (Síndrome do carcinoma nevóide basocelular)

Deslocamento de dentes adjacentes X Reabsorções radiculares são


raras
Características Histopatológicas

Epitélio pavimentoso estratificado


paraqueratinizado

Espessura de 5 a 8 camadas de células

Camada basal bem definida, com células


cúbicas e colunares em paliçada

Núcleos das células basais em paliçada são


geralmente basofílicos

Superfície de paraqueratina com


corrugarão superficial
Características Histopatológicas
Queratina descamada pode ser observada em muitas das
cavidades.

Figuras de mitoses podem ser encontradas nas camadas


suprabasais.

Em alguns casos pode-se observar displasias epiteliais,


porém a transformação maligna para carcinoma de células
escamosas é raro.

Na presença de um intenso infiltrado inflamatório, o


revestimento epitelial pode perder suas características.

Cistos satélites podem estar presentes no interior da


cápsula ou no interior da mucosa (perfuração da cortical)-
associados maiores casos de recidivas
Diagnostico Diferencial

Cisto Dentígero
Cisto Radicular
Cisto Residual
Cisto Odontogênico Ortoceratinizado
Cisto Periodontal LateraL
Cisto do ducto Nasopalatino
Ameloblastoma Unicístico
Ameloblastoma Multicístico
Diagnostico

Aspectos Clínicos

Aspectos Radiográficos

Aspiração por agulha fina

Exame Anatomopatológico !!!

(Domingues, Gil, Claus, 2007)


Tratamento

Enucleação
Seguido por Osteotomia
Seguido por Solução de Carnoy
Seguido por Crioterapia
Tratamento

Marsupialização seguido por enucleação


Tratamento

Ressecção

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