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Ao mesmo tempo, incorpora-se um promotor UAS num gene que codifica para a β-galactosidade. Como a
GAL-4 fica de novo ativa, liga-se e promove a transcrição do gene. A proteína é expressa e degrada o XGAL
que é colocado no meio, fiando corado de azul.
Se fizermos um array com uma colónia em cada poço, tendo as células o vetor com a primeira proteína e
também o gene com o UAS. Far-se-á uma transformação com um único vetor de biblioteca de cDNA em cada
poço. As colónias que ficam azuis significam que a proteína inicial e a codificada por aquele fragmento da
biblioteca interatuam.
Fazendo isso para todas as combinações possíveis, é possível traçar o mapa das interações proteicas dos
organismos.
Detetaram-se 31 grupos funcionais quando se testaram cerca de 1500 genes, sendo que cada grupo de
proteínas é mais ou menos autónomo.
• 70% das interações são entre proteínas do mesmo grupo;
• Muitas interações entre proteínas de grupos diferentes.
Há 3 grupos funcionais que apresentam interações com, pelo menos, 10 dos outros grupos funcionais. São
eles:
• Ciclo celular; Parecem ser as funções mais importantes das células, não só para seres unice-
• Estrutura do DNA; lulares, mas também para os mais desenvolvidos. A estes, ainda se associam as
• Transcrição; proteínas responsáveis pela oogénese.
• Determinação da sequência genómica, para determinação dos genes e deduzir a possível sequência da
proteína que expressam;
• Monitorizar o nível de mRNA produzido, utilizando a técnica de microarrays.
A recombinação do DNA não é mais do que a introdução de um fragmento de DNA específico num vetor,
ambos tratados com as mesmas enzimas de restrição, seguindo-se as numerosas cópias dessa recombina-
ção. Também pode tomar o nome de clonagem.
10.1. Enzimas de restrição
As enzimas de restrição são endonucleases que reconhecem sequências específicas de 4 a 12 pb e que
cortam o DNA, formando 3 tipos de extremidades: extremidades cegas, ou seja, nenhuma das cadeias fica
protuberante; ou extremidades coesivas no 3’ ou 5’, as quais emparelham muito mais facilmente, pois criam
pontas em cadeia simples com sequências que se complementam.
Nota: enzimas usadas nos sistemas imunitários bacterianos para poder resistir à introdução de material
genético de bacteriófagos. Assim, não foram criadas, mas sim aproveitadas pelos operadores.
Nota: as extremidades coesivas são as mais utilizadas porque ocorrem com menos erros durante a re-
combinação e permitem ainda que ocorram mais forças a estabilizar a estrutura recombinante. Ou seja,
primeiro ocorre emparelhamento das pontes de H e só depois atua a DNA ligase. O que não acontece
quando temos extremidades abruptas, acumulando erros caso a sincronização não seja adequada.
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Nota: a [agarose] influencia o processo de migração no gel. Para fragmentos de DNA muito grandes po-
derem ser individualizados, devem usar-se pequenas concentrações.
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corte por enzimas de restrição, mecanismos de seleção (por exemplo, resistência a um antibiótico) e têm
ser fáceis de purificar.
Tipos de vetores de clonagem:
• Plasmídeos, pBR322;
• Fagos, λ;
• Fasmídeos ou fagemídeos;
• Cosmídeos, pBR com extremidades cos;
• Bacteriófago;
• YACS, BACs e PACs, cromossomas artificiais de levedura, bactéria e de fago, respetivamente.
Os plasmídeos são moléculas de DNA circular que estão separadas do DNA cromossómico. Os mais utiliza-
dos em técnicas de recombinação são aqueles que se replicam na E. coli.
10.2.1. Vetor pBR322
O vetor pBR322 contém sequências
de resistência à tetraciclina (TET), re-
sistência à ampicilina (AMP) e uma
origem de replicação (ORI). Se se uti-
lizar a enzima de restrição BamHI, en-
tão o gene TET vai ficar cortado; se
juntar o fragmento de DNA que
quero clonar e DNA ligase, posso ob-
ter 3 produtos diferentes:
I- Vetor inicial;
II- Fragmento de DNA fecha-se, for-
mando DNA circular;
III-Vetor com o fragmento de DNA.
Se colocar as células num meio com
ampicilina, apenas sobrevivem as
células I e III. Utilizando um pedaço
de veludo e posicionando-o sobre a
placa, obtenho uma cópia das células
que sobreviveram. Coloco então so-
bre uma segunda placa, na mesma
orientação, só que esta placa tem te-
traciclina e, portanto, apenas as cé-
lulas I sobrevivem. Como fiz uma cópia e esta tem um padrão de crescimento igual ao anterior, consigo
localizar as células III, que são as de interesse.
A versatilidade dos plasmídeos de E.coli é aumentada por incorporação de um polylinker ou multiple clo-
ning site (MCS), uma sequência sintética com vários locais diferentes reconhecidos por enzimas de restrição,
que não se encontram em mais nenhum local do plasmídeo. Deste modo, diferentes fragmentos criados
por corte com diferentes enzimas podem ser incorporados no mesmo tipo de plasmídeo.
Para além da resistência a antibióticos, existem também outras formas de selecionar as bactérias que in-
cluíram o DNA recombinante: por exemplo, se o vetor tiver o gene para a β-galactosidase e este for cortado
para inserção do fragmento de DNA, então num meio com lactose, as bactérias β-gal(-) são brancas e as β-
gal(+) formam um produto azul. Como este vetor tinha também resistência para a ampicilina, as bactérias
foram cultivadas também num meio com Amp, logo as que só incorporaram o fragmento não sobreviveram.
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10.2.3. Fago λ
Vetores construídos por bacteriófagos são até mil vezes mais eficientes do que vetores de plasmídeos na
clonagem de um grande número de fragmentos de DNA, pois a infeção de E. coli ocorre com maior frequên-
cia do que a transformação das bactérias e podem-se formar muitos mais fagos do que bactérias numa
única cultura.
Este vírus contém genes para a formação da cápsula e cauda, ocupando cerca de 50 kb do seu genoma.
Mas também têm sequências que não têm interesse na via lítica, pelo que se forem removidas, podem ser
integrados fragmentos de DNA até 25 kb.
A deteção das bactérias infetadas pode ser feita se o DNA vírico tiver uma sequência para a β-galactosi-
dase, pois como referido anteriormente, vão ser formadas colónias brancas e outras azuis.
Para isso, é necessário inserir esse gene: a replicação do DNA fágico é através do rolling circle, pelo que se
obtêm fragmentos com extremidades cos. Por utilização de uma endonuclease específica, corta-se o DNA,
para que se possa inserir o novo fragmento com o gene
da β-galactosidase. No entanto, como tem extremidades
cos, podem-se juntar muitas sequências, como se se es-
tivesse a realizar novamente replicação.
Então, em vez de simplesmente acrescentar um frag-
mento, o que aumenta o número de pares de bases total
do DNA:
1. Remove-se um pedaço (endonuclease + eletro-
forese);
2. Acrescenta-se o fragmento a clonar;
3. Como a cápsula só seleciona entre 35 e 45kb, é
selecionado apenas o DNA com comprimento correto,
aumentando a eficiência do processo.
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10.2.4. Cosmídeos
O problema da utilização de fagos é o facto de o seu DNA ser linear, logo é necessário criar um sistema que
permitisse introduzi-lo como uma molécula linear nos vírus e infetar as bactérias como uma molécula circu-
lar.
Os cosmídeos são moléculas circulares de DNA que contêm uma sequência cos, um ORI, um marcador (por
exemplo, Amp) e locais para introdução de genes. Ao cortar o cosmídeo com enzimas de restrição, é possível
introduzir um gene eucariota, e seguidamente introduzi-lo no fago, através da identificação das zonas cos.
Quando o fago infeta a bactéria, o DNA circulariza nas sequências cos e como tem ORI, replica-se autono-
mamente. Com este método, obtêm-se poucos clones, contudo podem infetar-se muitas bactérias de modo
a aumentar a eficiência do processo. Os cosmídeos podem ser usados na formação de bibliotecas de DNA.
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10.3. Transformação
O mecanismo pelo qual a bactéria absorve o DNA que pode
ou não ser integrado no seu genoma é denominado transfor-
mação. As células tornam-se competentes por tratamento
com solução de cloreto de cálcio ligeiramente hipotónica a
T=0°C (o sal aumenta a permeabilidade da membrana e as
temperaturas mais baixas são para o crescimento da bacté-
ria), de modo a que o DNA entre de forma passiva. Por fim,
dá-se um choque térmico a 37°C ou 42°C.
Utiliza-se uma relação de cerca de 105 colónias/ μg de DNA,
para que apenas seja incorporado um plasmídeo. A eficiência
da transformação depende também do tamanho do vetor:
quanto maior, menor a eficiência.
A utilização de uma solução de CsCl2 e de brometo de etídio
permite a separação do DNA cromossómico e plasmídeo,
pois altera as densidades. Após este procedimento, removia-
se o DNA referente ao plasmídeo e separava-se do brometo
de etídio por utilização de um solvente orgânico (assim, o
DNA ficava na solução aquosa). Por fim, realizava-se diálise,
de modo a que o cloreto de césio saísse e se obtivesse DNA
ultrapuro.
Para uma eficiência superior de transformação, utiliza-se a
técnica de eletroporação, na qual os plasmídeos se movem
fisicamente e entram nas bactérias, através da aplicação de
Atualmente, utiliza-se o vetor pET. Deste plasmídeo, é removido o local T3, pelo
que não consegue produzir a proteína, uma vez que não produz RNA polimerase,
estando, portanto, dependente do genoma bacteriano.
Sem lactose, lac I reprime o operão da lactose tanto do plasmídeo como da se-
quência genómica. Quando há lactose, o gene T3 é transcrito e traduzido, atuando
no plasmídeo.
As proteínas formadas são denominadas de proteínas de fusão. Para a sua purifi-
cação, utiliza-se His6-tag, a qual é introduzida na sequência do plasmídeo.
As histidinas são aminoácidos que se ligam fortemente a metais como o Ni(II),
pelo que ficam na coluna cromatográfica e são depois eluídas utilizando, por exem-
plo, competidor. Caso se utilize competidor, a posterior isolação da proteína em
questão é feita por eletroforese em SDS-PAGE.
A remoção ou manutenção da cauda de histidinas depende da finalidade da pro-
dução da proteína. A sua remoção passa pela anterior inserção da TEV entre a His6-
tag e a origem de replicação. Esta sequência é reconhecida por uma peptidase es-
pecífica, a TEV protease, que é originária dum vírus e cuja sequência é rara nos
humanos.
10.5. Bibliotecas de DNA
A clivagem de um genoma inteiro com uma enzima de
restrição específica e a clonagem de cada fragmento leva à produção de milhões
de fragmentos.
Estes são distribuídos por diferentes bactérias. Se se utilizarem BACs em vez dos
típicos plasmídeos, podem ser inseridos fragmentos maiores e, por isso, são ne-
cessárias menos bactérias transfectadas.
Como a replicação bacteriana induz poucos erros, o DNA não vai ser alterado.
Posteriormente, as bactérias com diferentes plasmídeos vão ser colocadas em
diferentes poços e guardadas a -70°C. O problema deste processo seria o facto
de se puder estar a cortar genes e não se clonarem as junções, logo a determina-
ção da ordem dos fragmentos seria complicada.
Então, para ultrapassar este obstáculo, em vez de se utilizar uma enzima de res-
trição, a qual corta sequências muito específicas, fazem-se cortes físicos através
de sonicação. Porém, não temos extremidades coesivas. A enzima Sam3H reco-
nhece 4 pb em cada 200 pb, pelo que se a diluirmos, de modo a cortar poucas
vezes, então os locais de corte vão ser diferentes em diferentes utilizações. As-
sim, obtêm-se fragmentos com sequências existentes em outros fragmentos,
facilitando a sequenciação.
Para representação do genoma completo, é necessário fazer pelo menos
6 ensaios, de modo a que haja certeza da existência de complementaridade.
Para ordenar, pode-se sequenciar tudo ou utilizar "chromossome wal-
king", técnica na qual se transcreve as sequências sense e antisense (por
exemplo, tendo T3 e T7) e, depois faz-se hibridação com os clones da bibli-
oteca para determinar qual contém o fragmento em estudo.
O problema desta técnica é que as bactérias passam à frente sequências
repetitivas de DNA, pelo que nem todos os fragmentos de DNA conseguem
ser clonados, logo vão existir gaps.
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As extremidades homopoliméricas são adaptadas pela terminal transferase. Por fim, o cDNA é clonado
utilizando plasmídeos ou vetores fágicos.
As bibliotecas de cDNA dependem da expressão génica: uma determinada célula de um determinado te-
cido expressa diferentemente os genes de acordo com o seu estádio de desenvolvimento, pelo que a repre-
sentatividade de um certo mRNA vai variar.
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Nota: no Southern blot há deteção de polimorfismos genéticos, designados por restriction fragment len-
ght polymorsphim (RFLP), caraterizados pela presença ou ausência de locais de restrição particulares no
DNA. Permite a deteção de fragmentos únicos numa pulação, avalia a presença de mutações em diferen-
tes alelos.
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Após uma série de hibridações de primers, extensões e dissociações dos produtos formados, o compri-
mento das cadeias de DNA amplificadas será fixo. A optimização do PCR tem muitas variáveis, sendo a mais
importante o correto desenho dos primers.
A DNA polimerase utilizada neste método é termorresistente, contudo não faz proofreading, pelo que in-
troduz erros, daí que se façam pelo menos 3 reações de PCR independentes.
Também pode ser utilizado mRNA: neste caso, é adicionado apenas um primer e a transcriptase reversa,
para formar DNA. Após separação das cadeias, adiciona-se um primer diferente, de modo a formar DNA em
cadeia dupla. A partir deste passo,
os ciclos são idênticos ao PCR com
DNA.
A interação entre proteínas e DNA
ocorre em sequências específicas.
Como determiná-las? Primeiro te-
mos de saber mais ou menos a loca-
lização da proteína (no promotor) e
seguidamente realizam-se cortes
com uma enzima de restrição, de
modo a obter vários fragmentos. A
esses fragmentos é adicionada a
proteína em questão e, em cada
poço de um gel de eletroforese co-
loca-se um fragmento diferente (os
fragmentos antes da adição de pro-
teína já tinham sido separados por
eletroforese, daí poderem ser sepa-
rados após adição do fator). O DNA
está marcado, mas as proteínas não,
pelo que aquelas que não se ligaram
não são detetadas.
O fragmento de DNA específico pa-
ra a proteína vai ser retardado, pois
apresenta um maior peso molecu-
lar; assim, fica definido o local de li-
gação.
Por adição de competidor, deixa de
haver uma banda retardada.
Outra forma é através do DNA footprint, ou seja, marca-se o DNA e corta-se com DNAase, a qual é inespe-
cífica. Como a proteína protege o ácido nucleico, então no gel de eletroforese vai aparecer uma zona que
sem bandas relativamente à experiência sem proteína.
Na técnica de Chromatin Immunoprecipitation, o DNA com a proteína ligada é sonicado, formando frag-
mentos, os quais são imunoprecipitados com anticorpos específicos para essas proteínas. Depois, tanto a
proteína como o anticorpo são separados do DNA e este é sequenciado.
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Esta transformação tem uma eficiência de cerca de 10%, logo utilizam-se muitas moscas para aumentar a
probabilidade de ocorrer transformação.
Muitos dos métodos utilizados para silenciamento de genes em fungos podem ser adaptados a genes de
eucariotas superiores. Estes genes podem ser introduzidos na linha germinal por recombinação homóloga,
dando origem a animais “knockout”. Ratinhos com um gene knockout permitem o estudo do desenvolvi-
mento, comportamento e fisiologia dos mamíferos, tal como os humanos.
Para se introduzir um gene num cromossoma do ratinho, formando um organismo transgénico, é neces-
sário que este contenha um marcador, para determinar se a recombinação homóloga teve sucesso (a re-
combinação em locais não homólogos é muito mais frequente). Esse marcador pode ser o da neomicina, o
qual é um antibiótico, o qual é colocado no local do gene X, causando a sua rutura. As sequências que flan-
queiam o gene da neomicina são iguais às do DNA do cromossoma onde se quer silenciar o gene X.
Existem 2 estratégias para formar transgénicos:
1. O DNA é inserido no núcleo que adveio do macho, num oócito já fertilizado e o oócito é induzido a
maturar por indução de progesterona, para depois ser novamente colocado na fêmea, cujo corpo tinha de
ser induzido a funcionar como se estivesse prenha. Este é um método muito complicado.
2. Num novo método, a transfecção dá-se por eletroporação em células estaminais. Estas são cultivadas
num meio com neomicina, de modo a serem selecionadas apenas aquelas cujo DNA foi inserido. Estas célu-
las são então inseridas num blastocisto (como pode dar origem a várias linhas celulares, as células modifi-
cadas aparecem em vários locais).
As células utilizadas foram de um ratinho castanho (recessivo) e inseridas num ratinho branco para deter-
minar se as células estaminais sobreviveram e proliferaram.
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Posteriormente, o ratinho com manchas castanhas acasala com um ratinho castanho normal, dando origem
a 3 possíveis ratinhos: B/b e X+/X+, B/b e X-/X+, b/b e X+/X+, portanto, é necessário procurar os heterozigóticos
com X- e acasalar dois desses ratos, para obter um homozigótico X -/X-, que pode ou não ter cor castanha.
Contudo, se o gene X fosse um gene essencial, o ratinho não conseguiria sobreviver. Para solucionar este
problema, existe uma técnica que permite inativar genes específicos de células somáticas num período es-
pecífico do desenvolvimento. Nesta, colocam-se locais de recombinação lox P e enzimas CRE que catalisam
a recombinação entre esses locais. A expressão da enzima é controlada por um promotor específico, logo a
inativação do gene X só ocorre nas células cujo promotor é ativo.
Por acasalamento do ratinho com
este DNA recombinante e de um
ratinho com a enzima CRE, ob-
tém-se uma descendência que vai
ter o gene de interesse silenci-
ado, uma vez que, por recombina-
ção local, remove-se as sequên-
cias entre os lox P. Como a CRE só
vai existir em tecidos específicos,
então podem ocorrer problemas
advindos da deleção do gene, mas
não em todo o organismo, logo a
taxa de sobrevivência do ratinho é
maior.
Para determinar se a descendên-
cia é homo ou heterozigótica, re-
tira-se a ponta da cauda do rati-
nho e faz-se PCR para se obterem clones que depois são analisados. O organismo homozigótico recessivo é
o de interesse.
10.8.10. CRISP-CAR9
Existe uma nova técnica de
editing específico, que permite
a mudança de apenas uma se-
quência para um aminoácido,
para que não seja necessário in-
troduzir longas sequências não
naturais como nos casos anteri-
ores.
A CRISP-CAR9 baseia-se num
mecanismo de defesa bacteri-
ano contra invasões víricas:
CAS corta DNA do fago em pe-
daços muito pequenos e insere-
os no CRISP array, este é trans-
crito e novamente cortado,
sendo incluído num complexo,
para reconhecimento do DNA
fágico (RNA de interferência).
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Por utilização não do complexo, mas apenas da CASIII, o DNA não é completamente degradado, mas apenas
cortado num único local, de modo a poder ser inserido apenas um aminoácido. Num mamífero, como não
tem a endonuclease CAS9, então insere-se um plasmídeo com a sequência para essa enzima numa célula
estaminal e o crRNA (depois tem de se obter descendência cujo DNA foi inserido no genoma) ou, um plas-
mídeo com ambas as sequências. Este mecanismo abre caminhos para tratamento de doenças em que só
existe uma mutação de um aminoácido numa proteína.
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