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20/10/2019

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Curativos

A escolha do curativo depende do tipo


de ferida, estágio de cicatrização e
processo de cicatrização de cada
paciente.

Os aspectos da ferida com relação à


prevenção de inflamação, infecção,
umidade e condições das bordas da
ferida devem ser avaliados.

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Curativos
Não são permitidas para fins de antissepsia os seguintes produtos:

Mercúrio cromo, mertiolate, acetona, quaternários de amônio,


líquido de Dakin (solução de hipoclorito de sódio a 0,5%), éter e
clorofórmio, conforme Portaria 930/92 do Ministério da Saúde.

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Curativos

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Curativos - Limpeza
Limpeza é o ato de tirar sujidades.
Logo, limpeza das feridas é a remoção do tecido necrótico, da matéria estranha, do
excesso de exsudado, dos resíduos de agentes tópicos e dos microrganismos existentes
nas feridas objetivando a promoção e preservação do tecido de granulação.

A técnica de limpeza ideal para a ferida é aquela que:

respeita o tecido de granulação,


preserva o potencial de recuperação,
minimiza o risco de trauma e/ou infecção.

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Curativos - Limpeza
A técnica de limpeza do leito da
ferida é a irrigação com jatos de
soro fisiológico a 0,9% morno (em
torno de 37ºC).

A divisão celular no organismo humano ocorre à


temperatura fisiológica de 37ºC.
Por isso, a ferida após limpeza, demanda de 30
a 40 minutos para retornar a esta temperatura e
3 a 4 horas para atingir a velocidade normal de
divisão celular.

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Curativos - Limpeza
Não havendo disponibilidade de
equipamento adequado para aquecimento
(aquecedores de fluidos ou micro-ondas) e
controle da temperatura do frasco
do soro fisiológico, utilizá-lo em
temperatura ambiente.

O tempo de aquecimento do soro (frasco de 500ml) em


forno de micro-ondas será de 20 segundos em potência
alta, porém este tempo poderá variar de acordo com a
potência de cada equipamento. É recomendável testar a
temperatura da solução na face interna do antebraço (tal
qual ao verificar a temperatura do leite de mamadeira)

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Curativos - Limpeza
Evitar fricção agressiva da pele periférica, pois pode
traumatizá-la, destruindo sua barreira protetora,
propiciando a penetração de bactérias.

O uso de antissépticos, embora leve a uma redução


rápida de microorganismos, coloca em risco a viabilidade
do tecido de granulação, retardando o processo de cicatrização devido à sua
toxicidade.

Utilizar antisséptico (clorexedine):

 Degermante: Feridas com sujidade visível, presença de corpos estranhos, fezes,


urina.
 Aquosa: Feridas colonizadas criticamente ou infectadas.
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Bota de Una
Descrição Bandagem de algodão puro ou misto impregnada com óxido de zinco, glicerina, óleo de castor ou
mineral.
Tipo de tratamento Cobertura primária ou secundária
Tipo de ferida Feridas decorrente de insuficiência venosa
Mecanismo de ação Possui atividade cicatrizante e reepitelizante, atuando na contenção de edema ao auxiliar no melhor
retorno venoso e redução de exsudato.
Indicação · Úlceras Venosas de MMII
Contraindicação - Hipersensibilidade aos componentes do produto.
· Bota de Unna é contraindicada para úlcera arterial.
- No caso de úlcera mista encaminhar para avaliação médica.
Modo de Usar · Aplicar preferencialmente no período da manhã. Solicitar ao paciente manter os membros afetados
elevados acima do nível do corpo por no mínimo 15 minutos, antes do procedimento, na primeira
aplicação e sempre que necessário na presença de edema.
· Avaliar a ferida e a necessidade de associação com outra cobertura primária, realizar o curativo.
· Na presença de muito exsudato, principalmente nas primeiras trocas, colocar gaze ou chumaço por
cima da bota no local da lesão e enfaixar com atadura de crepe sobre a bota de unna.
Período de Troca Após 1ª colocação, avaliação clínica em 24hs ou 48hs e 1ª troca em 4 dias. Após controle do
exsudato deve permanecer até 7 dias. Trocar a cobertura secundária sempre que saturada
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Bota de Una

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Gaze com SF 0,9%


Descrição Gaze estéril umedecida com SF0,9%
Tipo de tratamento Cobertura primária
Tipo de ferida Indicado para todos os tipos de lesões
Mecanismo de ação Contribui para a umidade da lesão, favorece a formação de tecido de granulação, estimula o
desbridamento autolítico/mecânico e absorve exsudato.
Indicação · Contribuir para a umidade da lesão
· Proteger o tecido
Contraindicação · Feridas que cicatrizam por primeira intenção
· Lesões com excesso de exsudato e secreção purulenta
· Locais de inserção de cateter; · Drenos; · Fixador externo.
Modo de Usar · Limpar a lesão com soro fisiológico 0,9%, preferencialmente morno, utilizando o método de
irrigação em jato;
· Recobrir toda a superfície com a gaze umedecida o leito da lesão não fazendo compressão e atrito;
· Ocluir com cobertura secundária de gaze, chumaço ou compressa, fixar com atadura, fita
hipoalergênica ou esparadrapo;
· Ao trocar as gazes se necessário umedecer com SF0,9%.
Período de Troca O curativo deve ser trocado toda vez que estiver saturado com a secreção ou, no máximo, a cada 24
horas. Quando na presença de pouco exsudato, a gaze deverá ser umedecida duas a três vezes ao
dia, com SF0,9%. Prof Raquel Peverari de Campos

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Gaze com SF 0,9%

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Rayon – Cobertura não aderente


Descrição Tecido em malha não aderente.
Tipo de tratamento Cobertura primária
Tipo de ferida Feridas agudas ou crônicas de qualquer etiologia.
Mecanismo de ação Protege a ferida preservando o tecido de granulação e evitando a aderência ao leito da lesão
Indicação · Lesões na qual se objetiva evitar trauma no leito e preservar o tecido viável
Contraindicação · Lesões com tecido desvitalizado ou inviável
Modo de Usar - Limpar a lesão com SF0,9% preferencialmente morno, utilizando o método de irrigação em jato;
· Associar a cobertura indicada;
· Recobrir toda a superfície da lesão não fazendo compressão e atrito;
· Ocluir com cobertura secundária de gaze, chumaço ou compressa, fixar com atadura, fita
hipoalergênica ou esparadrapo.
Período de Troca De acordo com o produto associado.

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Rayon – Cobertura não aderente

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Acido Graxo Essencial - AGE


Descrição Óleo vegetal composto de ácido linoleico, ácido caprílico, ácido cáprico, vitamina A, E e lecitina de
soja.
Tipo de tratamento Cobertura primaria
Tipo de ferida Feridas agudas ou crônicas com perda de tecido superficial ou parcial
Mecanismo de ação Protege a ferida preservando o tecido vitalizado e mantendo meio úmido proporcionando nutrição
celular local. Acelera o processo de granulação tecidual. Evita a aderência ao leito da lesão e em
lesões exsudativas atua como proteção de borda da lesão.
Indicação · Tratar feridas abertas vitalizadas, não infectadas, em fases de granulação e epitelização (com ou
sem exsudato)
· Proteção da pele peri-lesão; · Prevenção de úlcera por Pressão
Contraindicação · Tecido desvitalizados, hipergranulação, lesões infectadas, feridas oncológicas
Modo de Usar · Limpar a lesão com soro fisiológico 0,9% preferencialmente morno, utilizando o método de irrigação
em jato;
· Aplicar o AGE topicamente sob a lesão;
· Ocluir com cobertura secundária de gaze, chumaço ou compressa, fixar com atadura, fita
hipoalergênica ou esparadrapo.
Período de Troca O curativo deve ser trocado toda vez que estiver saturado com a secreção ou, no máximo, a cada 24
horas.
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Acido Graxo Essencial - AGE

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Hidrocolóide em Prata
Descrição Curativo estéril recortável composto internamente por no mínimo carboximetilcelulose. Camada externa
composta por espuma ou filme de poliuretano, impermeável.
Tipo de tratamento Cobertura primária e/ou secundaria
Tipo de ferida - Lesões vitalizadas ou com necrose com pouco/médio exsudato. Ex: escoriações, queimaduras de 1º e 2º grau,
lesões por fricção e peq traumas em pele. - Prevenção ou tratamento de úlceras por pressão não infectadas.
Mecanismo de ação As partículas de celulose se expandem ao absorver líquidos e criam um ambiente úmido, que permite às
células do microambiente da úlcera fornecer um desbridamento autolítico.
Esta condição estimula a angiogênese, tecido de granulação e protege as terminações nervosas. Ele mantém o
ambiente úmido, enquanto protege as células de traumas, da contaminação bacteriana, e mantém também o
isolamento térmico.
Indicação · Tratamento de feridas abertas não infectadas com leve a moderada exsudação.
Contraindicação · Lesões infectadas e queimaduras de 3º ou 4º grau.
Modo de Usar · Limpar a lesão com SF0,9% preferencialmente morno, utilizando o método de irrigação em jato;
· Recortar o hidrocolóide com diâmetro que ultrapasse a borda da lesão pelo menos 2 a 3 centímetros;
· Aquecer o hidrocolóide entre as mãos, retirar o papel protetor e aplicar o hidrocolóide segurando-o pelas
bordas da placa;
· Pressionar firmemente as bordas e massagear a placa, para perfeita aderência. Se necessário, reforçar as
bordas com fita hipoalergênica.
· Realizar escarificação em tecido necrótico, antes de aplicar.
Período de Troca A cada sete dias ou quando saturado. Em caso de necrose a troca deverá ser realizada em até 3 dias.
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Hidrocolóide em Prata

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Hidrogel com ou sem alginato de cálcio e sódio


Descrição Gel transparente e incolor composto por água e no mínimo carboximetilcelulose. Encontram-se
apresentações com ou sem alginato de cálcio e sódio associados.
Tipo de tratamento Cobertura primária
Tipo de ferida Lesões com pouca exsudação ou seca
Mecanismo de ação Possibilita um ambiente úmido que promove o desbridamento autolitico, estimulando a cicatrização.
Indicação · Feridas abertas com tecido vitalizado ou desvitalizado;
· Queimaduras de 2º e 3º grau;
· Úlceras venosas e ulceras por pressão
Contraindicação · Pele íntegra; · Feridas operatórias fechadas;
· Feridas muito exsudativas; · Fístulas.
Modo de Usar · Limpar a lesão com SF 0,9% pref morno, utilizando o método de irrigação em jato;
· Aplicar fina camada do gel sobre a ferida ou introduzir na cavidade assepticamente;
· Ocluir a ferida com cobertura secundária estéril.
· Recomenda-se umedecer levemente a gaze quando esta for utilizada como cobertura secundária.
Período de Troca Quando utilizado com gaze como cobertura troca a cada 24hs.
Pode permanecer por até 7 dias quando associado com algumas coberturas como por exemplo
hidrocolóide ou hidrofibra.
Feridas infectadas troca no máximo a cada 24hs.
Feridas com necrose troca no máximo cada 72hs. Prof Raquel Peverari de Campos

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Hidrogel com ou sem alginato de cálcio e sódio

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Hidrofibra sem prata


Descrição Curativo absorvente composto por fibras de carboximetilcelulose sódica.
Tipo de tratamento Cobertura primária
Tipo de ferida Úlceras por pressão grau III e IV, úlceras diabéticas, feridas operatórias, queimaduras 2º grau.
Mecanismo de ação Auxilia o desbridamento osmótico autolítico ao manter o meio úmido, induz hemostasia, possui alta
capacidade de absorção de exsudato e sua retirada é atraumática preservando o tecido vitalizado.
Indicação · Feridas com exsudato moderado a alto, feridas cavitárias.
Contraindicação · Feridas com pouca exsudação e uso limitado em feridas superficiais.
Modo de Usar · Limpar a lesão com soro fisiológico 0,9% preferencialmente morno, utilizando o método de
irrigação em jato;
· Secar a pele ao redor, modelar a hidrofibra no interior da ferida, deixando uma margem de
1 centímetro a mais, se necessário recortar a placa antes de aplicá-la.
· Ocluir com curativo secundário (gazes ou chumaço).
Período de Troca Trocar curativo secundário quando saturado ou em até 24 horas, a placa de hidrofibra poderá
permanecer na ferida por até 7 dias.

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Hidrofibra sem prata

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Hidrofibra com Prata(Ag)


Descrição Curativo absorvente composto por fibras de carboximetilcelulose sódica e prata (Ag)
Tipo de tratamento Cobertura primária
Tipo de ferida Úlceras por pressão grau III e IV, úlceras diabéticas, feridas operatórias, queimaduras 2º grau.
Mecanismo de ação Auxiliar o desbridamento osmótico autolítico ao manter o meio úmido, induz hemostasia, possui alta
capacidade de absorção de exsudato e sua retirada é atraumática preservando o tecido vitalizado.
É bactericida e fungicida. Mantém atividade antimicrobiana através da liberação controlada da prata.
Indicação · Feridas com exsudato moderado a alto, feridas cavitárias e altamente colonizadas ou infectadas.
Contraindicação · Feridas com pouca exsudação e uso limitado em feridas superficiais.
· Feridas com necrose seca ou tecido inviável.
· Hipersensibilidade a prata
Modo de Usar · Limpar a lesão com SF 0,9% preferencialmente morno, utilizando o método de irrigação em jato;
· Secar a pele ao redor, modelar a hidrofibra no interior da ferida, deixando uma margem de 1 cm a
mais, se necessário recortar a placa antes de aplicá-la.
· Ocluir com curativo secundário (gazes ou chumaço).
Período de Troca Trocar curativo secundário quando saturado ou em até 24 horas. A placa de hidrofibra poderá
permanecer na ferida por até 7 dias.
Nos casos de queimadura 2º grau a hidrofibra com AG pode permanecer até 14 dias na ferida. Nestes
casos recortar a hidrofibra que se desprende da pele ao redor da ferida conforme a epitelização do
tecido. Prof Raquel Peverari de Campos

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Hidrofibra com Prata(Ag)

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Curativo de Carvão Ativado com Prata


Descrição Curativo composto por carvão ativado, impregnado por íons de prata, envolto por uma camada de
não tecido.
Tipo de tratamento Cobertura primária
Tipo de ferida Feridas altamente colonizadas ou infectadas, neoplásicas, pé diabético, crônicas ou agudas.
Mecanismo de ação O carvão ativado é responsável por neutralizar o odor através do mecanismo de adsorção.
A prata exerce ação bactericida.
Indicação · Feridas exsudativas e infectadas, com ou sem odor
Contraindicação · Hipersensibilidade a prata; · Feridas com sangramento
· Aplicação direta em tumor; · Feridas limpas e secas
Modo de Usar · Limpar a lesão com SF0,9% preferencialmente morno, utilizando o método de irrigação em jato;
· Remover exsudato e tecido desvitalizado se necessário, não secar o leito da ferida.
· Colocar o curativo de carvão ativado sobre a ferida.
· Ocluir com cobertura secundária
Período de Troca O curativo pode permanecer até 7 dias. As trocas ocorrem em média de 3 a 7 dias dependendo da
capacidade de adsorção.
Trocar a cobertura secundária sempre que estiver saturada.
O curativo não pode ser cortado.

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Curativo de Carvão Ativado com Prata

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Curativo Hidroalginato de Cálcio com Prata


Descrição Curativo composto de fibras de alginato de cálcio, carboximetilcelulose e prata
Tipo de tratamento Cobertura primária
Tipo de ferida Feridas agudas ou crônicas como úlceras por pressão, úlceras venosas feridas traumáticas,
deiscências, pé diabético, queimaduras
Mecanismo de ação Absorve e retém o exsudato, controla a atividade microbiana através da liberação sustentada da
prata, promove hemostasia.
Em contato com o exsudato gelifica minimizando dor e traumas durante as trocas.
Indicação · Tratamento de feridas infectadas ou com um alto risco de infecção e exsudato de moderado a alto
Contraindicação · Feridas com pouca exsudação e uso limitado em feridas superficiais.
· Feridas com necrose seca ou tecido inviável.
· Hipersensibilidade a prata e ao alginato
Modo de Usar · Limpar a lesão com SF0,9% preferencialmente morno, utilizando o método de irrigação em jato;
secar a pele ao redor.
· Modelar o hidroalginato com prata no interior da ferida, deixando uma margem de 1 centímetro a
mais. Se necessário recortar a placa antes de aplicá-la.
· Ocluir com curativo secundário.
Período de Troca Pode permanecer por até 7 dias. As trocas variam dependendo da saturação do curativo.
Trocar o curativo secundário sempre que saturado.
Em queimaduras de 2º grau alguns fabricantes orientam a troca até 14 dias. Consultar bula.
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Curativo Hidroalginato de Cálcio com Prata

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Curativo de Hidropolímero/ Espuma não adesivo


Descrição Curativo composto de uma camada interna de espuma de poliuretano, absorvente, revestido
externamente de filme de poliuretano sendo permeável a trocas gasosas e impermeável
a água e microrganismos.
Tipo de tratamento Cobertura Primária
Tipo de ferida Feridas crônicas ou agudas, úlceras venosas, úlceras por pressão estagio III ou IV, pé diabético,
deiscências, traqueostomia.
Mecanismo de ação Manutenção do ambiente úmido favorável a cicatrização.
Controla o exsudato permitindo a transmissão da umidade por vapores para meio externo.
Impede a passagem de água e bactérias para o interior da ferida.
Indicação · Feridas sem infecção com exsudato moderado a intenso
· Feridas abertas com tecido vitalizado ou desvitalizado
Contraindicação · Necrose seca (Tecido desvitalizados), hipergranulação e feridas com pouca exsudação.
Modo de Usar · Limpar a lesão com SF0,9% preferencialmente morno, utilizando o método de irrigação em jato;
· Recortar a espuma do tamanho da ferida
· Ocluir a ferida com cobertura secundária estéril.
Período de Troca Pode permanecer por até 7 dias.
As trocas variam dependendo da saturação do curativo.
Trocar o curativo secundário sempre que saturado.
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Curativo de Hidropolímero/ Espuma não adesivo

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Papaina Creme ou Gel 10%


Descrição Enzimas proteolíticas do látex do mamão papaia.
Tipo de tratamento Cobertura Primária
Tipo de ferida Lesões com necrose seca (creme) – Lesão com necrose úmida (gel)
Mecanismo de ação Dissociação das moléculas de proteína (desbridamento químico).
Anti-inflamatório, bactericida e bacteriostático.
Estimula a força tensil e acelera o processo cicatricial
Indicação Tratamento de feridas abertas com tecido inviável seco (creme)
Feridas com presença de tecido inviável, mas que tenha tecido viável > 50%. (gel)
Contraindicação Desde que usada a concentração adequada não há contraindicação.
Modo de Usar Aplicar topicamente sobre o ferimento 1 a 3 vezes ao dia.
Período de Troca Sempre que o curativo secundário estiver saturado ou no máximo a cada 24hs.
Observação Conservar sempre no interior da geladeira.
Creme Gel
Penetração endodérmica Penetração epidérmica
A apresentação em creme é preferível para casos A apresentação em gel é mais indicada nas seguintes situações:
de epitelização e escoriação.  ferida com tecido de granulação com pouco exsudato,
 necrose acompanhada de granulação com exsudato moderado a abundante
 úlcera venosa
Tratamento de ferida seca Tratamento para ferida úmida Prof Raquel Peverari de Campos

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Papaina Creme ou Gel 10%

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Curativos - Considerações
 Realizar o curativo em ambiente claro,
limpo e sem correntes de ar
 Expor somente o local do curativo
 Fazer o curativo após a higiene
corporal
 Desprezar a 1ª porção da solução no
lixo próprio, antes de colocá-la na gaze
 Despejar a solução na gaze e não
diretamente na ferida
 Iniciar os curativos pelas incisões limpas,
depois as abertas limpas, depois as
infectadas e com drenos e por último as
colostomias e fistulas em geral

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Curativos - Considerações
 Desprezar o material contaminado no saco
de lixo separado para o curativo, nunca no
lixo do paciente
 Colocar na bandeja apenas as soluções
específicas para o curativo a ser feito
 Limpar a bandeja antes e depois do curativo
 Usar luvas estéreis para os curativos abertos
com secreção, além do pacote comum. Deve
ter sempre 1 pessoa para auxiliar a
manipular os frascos e a abrir os materiais
 Usar pacotes de gaze o suficiente para o
curativo, abrir 1 pacote de cada vez para
evitar o desperdício
 Evitar conversar durante o curativo
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Curativos - Considerações
 Dispor os materiais estéreis dentro da bandeja de
tal forma que não cruze o braço sobre o campo
 Desprezar as gazes abertas que não foram
utilizadas ou encaminhá-las (se estiverem limpas) à
esterilização, de acordo com a padronização de
cada hospital. Nunca reutilizá-las sem a devida
esterilização
 Geralmente as feridas cirúrgicas limpas, após 24
horas da cirurgia, são deixadas expostas
 Ao dar banho por aspersão em pacientes com
curativo, geralmente é indicado aproveitar o
momento para lavar a ferida
 Os curativos devem ser trocados sempre que for
observado secreção ou sangue.
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Curativos - Materiais
Bandeja contendo:

• Pacote curativo: 1 pinça anatômica, 1 kocher e 1 tesoura Mayo


• 2 pares de luvas de procedimentos
• Frascos com solução antisséptica
• Frasco com soro fisiológico a 0,9%
• Esparadrapo ou micropore
• Fita adesiva para fixar o saco de lixo, se necessário
• Pacotes de gazes
• Saco plástico para lixo
• Forro: pano ou impermeável (se necessário)
• Quando indicados: pomadas, ataduras, seringas, cuba rim, clamp estéril
para mobilizar dreno, bolsa de colostomia, curativos especiais prontos, etc.

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Curativos
Curativos com drenos ( tubulares, penrose, Kherr etc.)

São tubos que podem


estar posicionados na
cavidade torácica,
abdominal, rins, etc, com
a finalidade de drenar
fluidos, secreções e gases
dessas cavidades.

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Curativos
Curativos com drenos - Dreno de Sucção

Sistema fechado de drenagem por sucção


contínua e suave, fabricado em polietileno ou
silicone.
É composto de um reservatório com mecanismo
de abertura para remoção do ar e do
conteúdo drenado, um tubo longo com
múltiplos orifícios na extremidade distal que
fica inserida na cavidade cirúrgica.
A remoção do ar do interior do reservatório
cria uma condição de vácuo, promovendo uma
aspiração ativa do acúmulo de secreções

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Curativos
Curativos com drenos - tubulares

Tubo confeccionado de borracha, plástico, látex,


PVC ou silicone.
É fenestrado, possui múltiplos orifícios laterais
em sua extremidade.
Está indicado na drenagem da cavidade
peritoneal, pelo fato de facilitar a remoção de
conteúdo líquido mais volumoso situado mais
profundamente na cavidade e na drenagem
visceral

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Curativos
Curativos com drenos - penrose
É um tipo de dreno laminar, confeccionado
de látex, mede aproximadamente 30 cm
de comprimento, podendo ser cortado na
medida da necessidade.
É apresentado nas larguras 1,2 e 3 ou fino,
médio e largo. Drena líquidos espessos e
viscosos

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Curativos
Curativos com drenos - Kerr
Introduzido na região das vias
biliares extra-hepáticas,
utilizados para drenagem
externa, descompressão ou,
ainda, após anastomose biliar
como prótese modeladora,
devendo ser fixado através de
pontos na parede duodenal
lateral ao dreno, tanto quanto na
pele, impedindo sua remoção
espontânea ou acidental.

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Curativos com Drenos


 Limpar a pele ao redor com soro
fisiológico e posteriormente o dreno
(menos contaminado para o mais
contaminado)
 Limpar a extensão do dreno da
extremidade distal para a proximal.
 Colocar uma gaze sob o dreno e outra
sobre ele.
 Fixar com esparadrapo, fazendo um
curativo oclusivo.
 Após a retirada do dreno fazer curativo
no local até eliminar toda a secreção.
 Anotar sempre o volume e o aspecto da
secreção no prontuário.
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Curativos com drenos e coletor de secreções


 Fazer a anti-sepsia da pele e limpeza
do dreno conforme técnica anterior
 Introduzir o dreno com auxílio de uma
pinça dentro da bolsa de colostomia
(de plástico), através do orifício da
mesma, e aderi-la na pele, primeiro na
parte inferior e depois na superior.
 A bolsa coletora, ou de colostomia deve
ser trocada sempre que necessário.

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Curativos - Ostomias
 Ostomia é um desvio do intestino para o exterior,
feito cirurgicamente em consequência de
problemas no trato intestinal.
 O cuidado com a pele ao redor do estoma é de
maior importância, pois as fezes irritam a pele.
 Quanto mais próximo de estômago o estoma for
colocado (jejunostomia) maior a acidez das fezes
e maior o cuidado com a pele ao redor.

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Curativos - Ostomias
 Na abertura abdominal (estoma)
será fixada uma bolsa coletora de
fezes.

 A bolsa coletora poderá ser aberta


ou fechada.

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Curativos -
Ostomias
 O curativo deve ser feito
sempre que houver
extravasamento de fezes.

 A bolsa deverá ser trocada


imediatamente.

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Curativos - Ostomias
 A limpeza ao redor do estoma
deve ser feita com soro
fisiológico.
 Não se deve usar éter para
desengordurar a pele para
fixação da bolsa.
 Esse procedimento tira a
proteção da pele propiciando
escarificação.

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Curativos – Fixação de AVP


Os propósitos das coberturas são os de
proteger o sítio de punção e minimizar a
possibilidade de infecção.

Qualquer cobertura para cateter periférico


deve ser estéril, podendo ser semioclusiva (gaze
e fita adesiva estéril) ou membrana
transparente semipermeável

Utilizar gaze e fita adesiva estéril apenas


quando a previsão de acesso for menor que
48h. Caso a necessidade de manter o cateter
seja maior que 48h não utilizar a gaze para
cobertura devido ao risco de perda do acesso
durante sua troca. Prof Raquel Peverari de Campos

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Curativos – Fixação de AVP

Fitas adesivas não estéreis (esparadrapo


comum e fitas do tipo microporosa não
estéreis, como micropore) não devem ser
utilizadas para estabilização ou coberturas
de cateteres.

Rolos de fitas adesivas não estéreis podem


ser facilmente contaminados com
microrganismos patogênicos.

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Curativos – Fixação de AVP

A cobertura não deve ser trocada em


intervalos pré-estabelecidos.

A cobertura deve ser trocada


imediatamente se houver suspeita de
contaminação e sempre quando úmida,
solta, suja ou com a integridade
comprometida.

Manter técnica asséptica durante a troca

Proteger o sítio de inserção e conexões com


plástico durante o banho.
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20/10/2019

Curativos – Ferida Cirúrgica Fechada

 Realizar os curativos de
forma independente e
sempre iniciar o curativo
pela ferida mais limpa.

 Realizar a limpeza sempre


em sentido único e usando
todas as faces da gaze

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Curativos – Ferida Cirúrgica Fechada


Complicações

 Hemorragia e perda de líquido intersticial


 Hematomas
 Infecção
 Deiscência
 Evisceração
 Fístulas

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20/10/2019

Curativos – Retirada de Pontos


 Ocorre após a cicatrização da ferida, o que varia de
sete a dez dias, dependendo da localização, eficiência
da irrigação sanguínea dos tecidos e evolução do
processo cicatricial e tipo de cicatrização (primeira,
segunda ou terceira intenção).
 Antes da retirada, observar se todos os pontos estão
secos e cicatrizados. No caso de sinais flogísticos não
retirar os mesmos.
 O número de pontos deve ser contado antes e após a
remoção.
 Em suturas contínuas, inicia-se a retirada por uma das
extremidades da incisão.
 Para as suturas não continuas, inicia-se a retirada pelo
ponto central, extraindo-se os demais pontos
intercaladamente
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Fim

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