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Classificação da Mutação

Ilustração de cinco tipos de mutação cromossômica.

A sequência de um gene pode ser alterada de diversas maneiras. Mutações genéticas têm
diferentes efeitos na saúde, dependendo de onde ocorrem e se alteram a função de proteínas
essenciais. Estruturalmente, mutações podem ser classificadas em:

 Mutações de pequena escala, como aquelas que afetam um pequeno gene em


um ou poucos nucleotídeos, incluindo:

o Mutação pontual: geralmente causada por substâncias mutagênicas ou erros


na replicação do DNA, há a troca de um único nucleotídeo por outro. A mais
comum, conhecida por transição, ocorre quando há a troca de uma purina por
outra purina (A ↔ G) ou uma pirimidina por outra pirimidina (C ↔ T).
Transições podem ser causadas por Ácido Nítrico, erro de pareamento entre as
bases, ou mutagênicos análogos, como 5-bromo-2-desoxiuridina (BrdU). Um
tipo de mutação pontual menos comum é a transversão, em que há a troca de
uma purina por uma pirimidina, ou vice-versa (A/G ↔ C/T). Mutações
pontuais que ocorrem dentro da região codificadora da proteína podem ser
classificadas em três tipos, dependendo do tipo de expressão apresentado
pelo códon mutado:

o Mutação silenciosa: O códon codifica para o mesmo aminoácido;

o Mutação “Missense”: Codifica para um aminoácido diferente;

o Mutação sem sentido: Codifica para um códon de parada, que interrompe a


proteína antes de seu término.

o Inserção: ocorre pela adição de um ou mais nucleotídeos na sequência de


DNA. Geralmente, esse tipo de mutação é causado por transposons ou erros
durante a replicação de elementos repetitivos (sequências AT, por exemplo).
Inserções na região codificadora de um gene podem alterar o corte (splicing)
do mRNA, ou causar mudança no quadro de leitura dos códons. Ambas
alterações podem alterar significativamente o produto gênico;

o Deleção: Há a remoção de um ou mais nucleotídeos da sequência de DNA.


Assim como inserções, essas mutações podem modificar o quadro de leitura
do gene. Geralmente elas são irreversíveis; apesar de teoricamente a mesma
sequência poder ser restaurada por inserção, elementos de transposição
capazes de reverter uma deleção muito curta (com uma ou duas bases) em um
dado local são muito improváveis ou mesmo inexistentes.[carece de fontes] É
importante notar que uma deleção não é o oposto exato de uma inserção.
Enquanto deleções são aleatórias, inserções consistem de uma sequência
específica sendo inserida em locais que não são completamente aleatórios.

 Mutações de grande escala da estrutura do cromossomo, incluindo:

o Amplificação (ou duplicação gênica): Criação de várias cópias de uma


região cromossômica, aumentando a dosagem dos gênes dentro dela;

o Deleção de regiões cromossômicas, levando à perda dos genes presentes


nessas regiões;

o Mutações cujo efeito é unir partes do DNA anteriormente separadas,


potencialmente unindo genes de tal forma que surjam genes
fundidos funcionalmente distintos. (por exemplo). Esse tipo de mutação
inclui:
 Translocação cromossômica: ocorre a troca de porções de
cadeias de DNA entre cromossomos não homólogos;
 Deleção do interstício: Há a deleção de um segmento de DNA de
um cromossomo, agrupando, assim, genes anteriormente
distantes. Por exemplo, células isoladas de um astrocitoma, um
tipo de tumor cerebral, têm uma deleção cromossômica que
remove as sequências entre entre os genes "fundido em
glioblastoma" e "receptor da tirosina kinase" .O resultado da
união entre esses genes é uma proteína de fusão, denominada
FIG-ROS. Essa proteína tem uma atividade de kinase que causa
transformação oncogênica (a transformação de células normais
em cancerígenas).

 Inversão cromossômica: Ocorre a inversão da orientação de um


segmento do cromossomo.

o Perda de heterozigozidade: Há a perda de um alelo por deleção


ou recombinação num organismo que originalmente possuía dois alelos.

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