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GERENCIAMENTO E PRÁTICA PROFISSIONAL
INTRODUÇÃO
1
• Cálculo do preço dos serviços (estimativa de honorários) em função dos custos diretos,
com exemplos de aplicação em alguns tipos de serviços;
• Gerenciamento (coordenação) dos serviços;
Objetivos gerais:
Quando se está:
Importante:
Quando se quer fazer o escritório crescer no mercado e obter maior margem e
lucratividade, deve-se buscar um foco na área de atuação, e nas linhas de
“produtos” a desenvolver.
Isto permite o aprofundamento e a especialização no ramo, abrindo mais mercado,
e podendo oferecer o produto com maior preço e maior rentabilidade.
É bem melhor do que o escritório trabalhar como “arquitetura em geral”, “engenharia em
geral”, “design em geral”, ou “paisagismo em geral”, ou outras áreas “em geral”.
O escritório pode ter vários focos específicos, em função da expertise, e dos curricula
dos sócios. Neste caso, cada área de atuação deve ser desenvolvida em separado, para
cada tipo de cliente: por exemplo, se o escritório de engenharia tem curriculum em
fundações especiais e estrutura metálica de alumínio, não deveria fazer a divulgação
conjunta, porque são mercados bem diferentes. Não impede de, no caso especial no qual o
cliente necessite dos dois produtos, se oferecer os dois.
Para desenvolver mais os negócios profissionais, ou iniciar um novo negócio, após
escolher o foco e o segmento de mercado a atuar, é necessário demonstrar ao mercado,
pleno conhecimento dos “produtos” a oferecer, e ter “amostras” para divulgar, devendo:
Para se atingir estes objetivos os profissionais do escritório devem investir até 60% das horas
do dia de trabalho nas quatro fases do marketing:
Este gráfico foi elaborado pelo prof. Raimar Richers da FGV - Fundação Getúlio
Vargas e publicado no livro de sua autoria “O que é Marketing”, da editora Brasiliense, e
adaptamos para os serviços profissionais de arquitetura, engenharia, agronomia, geologia e
design.
As quatro fases sequenciais da dinâmica do sistema de marketing:
Analisando-se o gráfico verfica-se que a dinâmica do sistema de marketing
desenvolve-se em quatro fases seqüenciais, e de forma contínua.
A venda pessoal é a ação desenvolvida pelo próprio profissional, que vai ao possível
comprador pessoalmente, ou que se utiliza dos meios de comunicação. Essa ação é parte do
sistema de marketing, e deve ser levada a efeito dentro de um plano pré estabelecido. O
profissional já deve ter em mente uma proposta a fazer, com o “produto” já adaptado às
necessidades do cliente.
CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES:
Invista a maior parte do tempo do denominado horário comercial, nas atividades de
marketing e de comercialização. O ideal á ter um profissional do escritório só
trabalhando em marketing e comercialização..
O tipo e a quantidade de serviço profissional a ser oferecido ao cliente dependem do
mercado, e devem ser definidos através do conjunto de medidas de marketing.
O profissional deve procurar vender soluções para os problemas do cliente, e não
somente um projeto. Se for necessário, deve se associar a outros profissionais para
conseguir o contrato, sem precisar constituir uma firma. Pode ser uma associação só
para um ou mais serviços.
É preferível vender poucas horas de serviço a vender nada.
Se for um cliente que ainda não definiu bem o empreendimento dele procure vender
inicialmente algumas horas de consultoria, para ajudar o cliente a definir o
empreendimento. Dentro dessas horas, que ele está remunerando o seu trabalho,
procure vender o restante dos serviços, por partes.
Utilize esta metodologia a partir dos custos dos serviços como um instrumento de
venda, detalhando para o cliente, quando for o caso, o índice de documentos técnicos
ou de serviços, e a composição dos custos, sem revelar os segredos, mostrando dessa
forma porque o preço não pode se reduzido, a menos que se reduza o escopo dos
serviços.
Plano de Marketing
Para se conseguir aumentar a participação do escritório no mercado, e conseguir mais
contratos deve-se implantar no escritório um plano de marketing e uma comercialização
permanente, forte e eficaz, devendo incluir ações de diversos tipos:
No plano de marketing você irá elaborar a estratégia para colocar seu produto no seu
mercado alvo e alcançar sua missão.
Descrever seu produto;
Identificar seus clientes diretos e indiretos;
Demonstrar que realmente existe uma necessidade no mercado para seu produto e
estimar sua demanda;
Definir como você irá diferenciar seu produto da concorrência;
Planejar sua estratégia de Marketing - Demonstrar como você irá colocar o produto no
mercado, competir e alcançar suas metas.
No plano de marketing você irá elaborar a estratégia para colocar seu produto no
seu mercado alvo e alcançar sua missão:
Exemplo: após calculado o preço final do projeto pela Planilha de Orçamento dos
Custos e Preço do Serviço, chegou-se no preço final de venda (ítem 5.5) em R$ 10 000,00.
O preço de venda do projeto a ser cobrado do cliente para incluir a % do comercial
combinada de 5% será:
10 000,00 = 10 526,00
5
100
Então,
10 526,00 - 526,00 = 10 000,00
O profissional que irá executar o projeto irá receber, somando-se todas as parcelas, os
R$ 10 000,00 orçados como preço do serviço na planilha, e o comercial contratado irá receber
5% sobre o preço final de R$ 10 526,00 (preço orçado acrescido dos 5%), que corresponde a
R$ 526,00.
1. Se o seu escritório não tem ainda nenhum projeto ou desenho executado, porque você
é recem formado, e você não dispõe de nenhum da época da faculdade, crie
amostras de projetos. Elabore projetos para “clientes hipotéticos”. Invente os temas.
E apresente como estudos que você desenvolveu. O importante é demonstrar
competência.
3. Se tiver diversos tipos de serviços para oferecer NÃO coloque todos os tipos de
serviços e produtos no mesmo folder ou site. Faça um para cada tipo. Por exemplo:
não coloque no mesmo folder, ou site, que o seu escritório executa: projetos de
arquitetura, desenho de objeto, instalações elétricas e obras em geral. Porque o cliente
não considera confiável um escritório que afirma que tem competência em todos os
tipos e serviço.
4. Se o cliente quiser um serviço que o seu escritório não tenha competência para
realizar, associe-se a algum escritório, ou a um profissional ou firma que tenha
curriculum e competência no tipo de serviço que o cliente está solicitando. Isto não
significa que haja necessidade de abrir uma firma em conjunto. Faça um folder
incluindo a outra firma, como sendo associada.
5. Faça contato com profissionais de várias áreas: estrutura, construções, instalações
hidráulicas e outros, e convide para serem seus consultores e sub contratados nos
serviços que seu escritório está arranjando. E combine que você vai divulgar os nomes
deles junto com o seu. Se pegar o serviço eles farão a parte deles como
subcintratados. Ou seja, você estará vendendo serviços para eles (parte do seu
contrato vai ser executada pela outra firma).
AS BASES DA METODOLOGIA:
● Cada cliente é um cliente diferente e tem as suas próprias necessidades.
● Cada escritório de projeto é um escritório diferente e tem os seus próprios princípios
profissionais, e sempre considera fundamental a qualidade do serviço.
● Cada projeto é diferente dos demais, podendo variar o seu grau de detalhamento, e
consequentemente seu custo para executar.
● Gerenciam-se dados numéricos.
COMENTANDO O FLUXOGRAMA
Nesta metodologia denominamos “produto” o tipo de serviço que vai ser prestado, e
não a execução do projeto.
Por exemplo: o produto vai ser um estudo preliminar, para a partir desse estudo no
futuro o cliente decidir com os outros acionistas se vai implantar o empreendimento.
Ou, o produto vai ser um projeto completo, incluindo o projeto de arquitetura, de
estrutura, e das instalações.
Cada cliente é diferente dos demais. Há clientes que querem um projeto sofisticado e
detalhado, e estão dispostos a pagar por esse produto. Outros clientes estão preocupados
com a obra, e não consideram importante um projeto bem completo. Querem gastar o mínimo
possível no projeto.
Por exemplo: um profissional arquiteto pode vender para o cliente, desde que o cliente
esteja interessado, um projeto completo, incluindo, alem do projeto de arquitetura, os projetos
de estrutura e de instalações. Neste caso vai elaborar o projeto de arquitetura e sub-contratar
os demais projetos com os profissionais de estrutura e de instalações. O mesmo pode ser
feito pelos outros profissionais, vendendo um projeto completo, elaborando o projeto da sua
especialidade e sub contratando os demais projetos.
O profissional sai da reunião que teve com o cliente, na qual analisou as necessidades
do cliente e imaginou um “produto” a ser vendido para esse cliente, e vai para o escritório para
elaborar a proposta.
Com base na quantificação dos hh (homens hora) necessários para a elaboação dos
documentos técnicos orçam-se os custos diretos.
Os custos diretos são os custos da mão de obra e das outras despesas com a
elaboração do projeto, como será explicado mais adiante.
Esta metodologia baseia-se nos custos do escritório para a elaboração do projeto. E
permite que se prepare o preço para quaisquer tipos de serviços, e adequado às necessidades
do cliente, porque o preço é definido em função do que se pretende oferecer ao cliente, e que
atenda aos princípios profissionais do escritório.
Com base nos custos diretos orçados e nos custos indiretos calculados o profissional
calcula o preço do serviço. O preço do serviço (honorários) é consequência dos custos
orçados. Quanto maior os custos, maior o preço.
O preço é a soma: dos custos diretos orçados para cada serviço (plano, ou projeto,
ou consultoria, ou gerenciamento, etc.) + os custos indiretos + a margem + o custo financeiro
+ os impostos, como será explicado mais adiante.
Lembre-se:
1. Quem determina o preço do serviço é o mercado (ou um nicho do mercado, ou um
cliente específico). O Brasil é um país capitalista de economia de mercado
(Constituição de 1988).
2. Quem orça o preço para que a proposta fique dentro do preço de mercado é o
profissional.
3. Para atender ao cliente e ao escritório o profissional deve ofertar um produto de
qualidade com uma quantidade de serviço, que tenha um custo para o escritório, que
resulte em um preço que o cliente possa e queira pagar, e que seja rentável para o
escritório.
4. Utilizando esta metodologia o profissional poderá formatar um produto que atenda os
seus princípios, mas que seja adequado ao preço que aquele mercado esteja disposto
a pagar.
5. Não se deve reduzir o preço do serviço para se atender ao mercado ou ao cliente
específico. Deve-se propor um serviço adequado ao mercado, e que seja rentável para
o escritório.
CUSTOS
Custos Diretos
Custo do hh = salário
175
Onde 175 é a quantidade de horas úteis trabalháveis em 1 mês, adotado como padrão,
devendo-se adotar sempre essa quantidade de horas como urna constante. Considera-se
somente os dias efetivamente trabalhados, de segunda à sexta feira, não incluindo-se
sábados, domingos e feriados, para uma média de até 41 horas semanais.
O ideal é se adotar sempre 175 horas por pessoa, como uma constante para todos
os meses, no orçamento dos custos de mão de obra para uma proposta de honorários para
um serviço.
Cada pessoa que trabalhe custa por hora o seu salário (retirada mensal) ÷175.
Portanto cada pessoa vai ter um custo-hora diferente. Pessoas que ganham mais terão o
custo hora mais alto.
Conclui-se que dois escritórios com salários diferentes terão custos diferentes, e
consequentemente terão preços diferentes.
Fica portanto impossível se definir um único preço para um mesmo serviço para ser
executado por dois escritórios diferentes.
Quantificação das horas: O critério adotado universalmente para se quantificar as
horas de um serviço profissional de projeto é:
- A partir da quantidade de horas de trabalho necessárias para elaborar um desenho
formato
- A1 (ou outro formato mais adequado para o serviço a ser orçado).
- Não existem normas nem tabela para se definir a quantidade de hh.
Cliente: DATA:
Serviço: descrever o serviço
Preparado por:
Total de hh
COMENTÁRIOS:
Com o Indice de Documentos Técnicos formata-se e quantifica-se o serviço.
Preencher o cabeçalho com os dados do serviço a ser orçado;
Coluna “Quantidades”- indicar quantos desenhos estão previstos: por exemplo -
detalhes de esquadrias 4 desenhos.
Coluna “Descrição dos serviços” - Descrever de forma detalhada o serviço: por
exemplo - “Visita ao terreno e à Prefeitura local”. Ou - “Armadura das lajes e vigas do
1º pavimento escalas 1/50 e 1/20”.
Coluna “Quantidade de hh por documento”- Quando a quantidade for maior que 1,
indicar quantos hh, os quais multiplicados pela quantidade de documentos resultará
no total de hh a ser indicado na coluna seguinte.
Coluna “Toral de hh” indicar quantos hh estão previstos para o serviço ou desenho.
QUANTIDADE DE hh POR
DESENHO OU DOCUMENTO
CONTEÚTDO DO DESENHO OU TÉCNICO – Obs.: adotar no
DOCUMENTO TÉCNICO mínimo 8 hh por desenho. E
múltiplos de um período de
trabalho de 4 hh.
Arquit. - Plantas de 16 a 24
Arquit. - Cortes de 16 a 24
Arquit. - Fachadas de 12 a 16
Arquit. - Detalhes de 16 a 24
Arquit. - Perspectiva de 24 a 32
Estrut. Concreto - Fundações de 24 a 32
Estrut. Concreto - Fôrmas de 16 a 24
Estrut. Concreto - Armadura de 16 a 24
Inst. Hidr. Pred. - Plantas de 12 a 16
Inst. Hidr. Pred. - Detalhes de 16 a 32
Inst. Hidr. Pred. - Isométrico de 24 a 32
Inst. Elétricas - Diagrama Unifilar de 24 a 32
lnst. Elétricas - Plantas de 16 a 24
Inst. Elétricas - Detalhes de 20 a 24
Inst. Ar Condic. - Planta unifilar de 16 a 24
Inst. Ar Condic. - Planta tubulações de 16 a 20
Inst. Ar Condic. - Detalhes de 16 a 32
Mecânica - Tubulação - Planta de 16 a 32
Mecânica - Tubulação - Isométrico de 24 a 32
Mecânica - Tubulação - Det. suporte de 16 a 24
Outros Documentos de Projeto
Especificações de 2 a 3
Lista de Materiais de 3 a 4
Requisição de Compras de 2 a 3
Memória de Cálculo de 3 a 4
Estes índices não podem ser considerados uma tabela padrão, porque a quantidade de
hh por desenho ou documento de projeto varia em função da complexidade do projeto, e da
capacidade da equipe de cada escritório. Cada escritório deve definir o seu índice, considerando
também o grau de exigência de cada cliente.
O escritório deve ter uma estrutura de mão de obra tipo uma pirâmide, onde para
cada profissional deverá haver vários técnicos ou desenhistas de menor custo.
O escritório que trabalha com igual número de profissionais e desenhistas opera com um
custo médio do hh muito elevado.
A meta a ser atingida por um escritório para obter um custo médio de mão de obra
num valor competitivo é de se distribuir os hh na proporção de:
- Até 30 % dos hh orçados para o serviço devem ser para profissionais arquitetos,
engenheiros, agrônomos ou geólogos.
- 70 % dos hh orçados para o serviço devem ser para mão de obra de menor custo:
projetistas, tecnólogos, técnicos, desenliistas, auxiliares de desenhistas e estagiários.
30 % hh para Profissionais
70 % hh para Desenhistas
Exemplo: Um serviço que tenha sido quantificado para ser executado com 1 000 hh,
deve-se considerar que no máximo 300 hh são para ser utilizadas na elaboração do serviço
por profissionais. Os demais 700 hh devem ser utilizados por técnicos e desenhistas.
A elaboração completa de um desenho formato Ai desde a fase de criação até a
emissão final para o qual tenham sido previstos 30 hh, deverá ter a seguinte proporção de
participação:
- 0,30 x 30 = 9 hh de profissionais e
- 0,70 x 30 = 21 hh de técnicos e desenhistas
ÍNDICE DE SERVIÇOS
ÍNDICE DE SERVIÇOS:
Cliente:
Serviço:
Hh por mês
ETAPA /SERVIÇO EQUIPE
01 02 03 04 05 06 07 08
SALÁRIO MÍNIMO
Para jornada de trabalho de 6 (seis) horas diárias, piso de 06 (seis) salários mínimos
- R$ 3.270,00 (três mil duzentos e setenta reais);
Para jornada de trabalho de 7 (sete) horas diárias, piso de 7,25 (sete vírgula vinte e
cinco) salários mínimos, pois para cada hora adicional da 6ª hora diária, acrescenta-
se aos 6 salários mínimos, mais 1,25 Salário Mínimo - R$ 3.951,25 (três mil
novecentos e cinquenta e um reais e vinte e cinco centavos);
Para jornada de trabalho de 8 (oito) horas diárias, piso de 8,5 (oito e meio) salários
mínimos, obedecendo o critério estabelecido acima - R$ 4.632,50 (quatro mil
seiscentos e trinta e dois reais e cinquenta centavos).
Não é uma tabela salarial. São valores de mercado, sujeitos a variações para mais ou
para menos. Os valores devem ser reajustados para a realidade local, em função da época e
do mercado.
Não vale como base para reivindicação salarial. Não vale como dado oficial do
Sindicato, do IAB, do IE, de Associações ou do CREA OU CAU.
Importante: Consulte o Sindicato da categoria para saber o valor atualizado do piso salarial
(valor mínimo que pode ser pago) para 8 horas e para 6 horas/dia de trabalho.
Os custos totais dos salários para se executar os serviços será obtido através da seguinte
planilha:
O escritório já tem estes valores Orçar para cada Proposta
Dados de Abril de 2012
Transporte, frete e malote - Deve-se prever quando for o caso despesas com
transporte urbano (ônibus, taxi), e frete ou malote quando o cliente estiver situado em
outra cidade.
Diárias e estadias - Sempre que houver previsão de viagem, deverá haver tambem
previsão de custos de meias diárias (para despesas com refeição) quando não houver
pernoite, ou com hotel e despesas com refeição.
Seguros - Deve-se considerar despesas com seguros quando for o caso de:
equipamentos que devam permanecer fora do escritório em local com pouca
segurança; ou quando o veículo do escritório for permanecer muito tempo a disposição
do serviço e houver riscos; e outras situações como por exemplo houver necessidade
de pessoas da equipe tiverem que prestar serviços na firma do cliente, e esta exigir
seguro devido a situações de risco; ou ainda quando for o caso de seguros contra
erros profissionais que ponham em risco o funcionamento futuro de instalações
complexas do cliente. Este tipo de seguro denomina-se “performance bond”.
Custos Indiretos
Os custos indiretos são todos aqueles que existem para o profissional, mesmo
que ele não esteja desenvolvendo nenhum serviço. Eram antigamente denominados
custos fixos.
Esses custos devem ser pagos por cada projeto (ou serviço) em elaboração,
multiplicando-se o total a ser gasto com a mão de obra produtiva (salários + encargos
sociais) por um índice.
Quanto mais serviços em andamento, menores os custos indiretos por serviço. Cada
escritório tem o seu índice de indiretos, que é calculado dividindo-se o valor total dos custos
indiretos pelo total de mão-de-obra alocada aos serviços.
Ver exemplo a seguir.
Quanto menor o índice de custos indiretos, mais competitivo se torna o
profissional e mais serviços consegue vender.
INTRODUÇÃO
O preço do serviço é quanto o escritório vai arrecadar com a prestação daquele
serviço, ou seja, equivale ao valor estabelecido no contrato. Se o serviço previsto no contrato
for totalmente executado e aprovado e pago pelo cliente, a receita será igual ao total de
dinheiro que entrará para o escritório proveniente do serviço prestado.
PREÇO = os CUSTOS DIRETOS (precisa ser orçado para cada serviço) + os CUSTOS
INDIRETOS (é um índice %) + a MARGEM (é um índice % que define um ganho líquido sobre
o preço) + os IMPOSTOS + o CUSTO FINANCEIRO.
K = k1 x k2 x k3
Sendo:
k1 = 1+ % de encargos sociais
k2 = 1+ % de custos indiretos do escritório
k3 = 1+ % de margem
Composição da % de encargos sociais. Os encargos sociais podem ser de 2 tipos:
3. Algumas firmas adotam para 175 horas / mês efetivamente trabalhadas este mesmo
percentual de 80 %, calculados por outras fontes. Outras firmas de projeto que atuam
no mercado, devido às muitas variáveis, adotam percentuais de encargos sociais que
variam de 76 % a 84 %.
4. Os Encargos Sociais Básicos (itens A1, A3, A4, A5, A6 da Planilha de Demonstrativo
da Composição Analítica da Taxa de Encargos Sociais)perfazem um total de 35,8 %,
para 175 horas / mês efetivamente trabalhadas, dos quais 20,0 % correspondem ao
INSS (item A1 — Previdência Social). No caso de firmas com grau de risco, que não
é o caso de escritórios de projeto, acrescenta-se mais 1 % de Grau de Risco,
perfazendo um total de 36,8 %.
5. O item Aviso Prévio Remunerado (ítem B.5 do grupo “B”) é um item que nem sempre
ocorre. Significa que o empregado vai trabalhar durante as 2 horas que tem direito a
se ausentar por dia, quando está em aviso prévio, por concordância de ambas as
partes, e vai ser remunerado por estas horas.
6. O item Aviso Prévio Indenizado (item C.1 do Grupo “C”) significa o valor previsto para
o pagamento do aviso prévio, quando o empregado não cumpre os 30 dias. A %
depende de muitas variáveis: tempo de trabalho na firma (os 4,96 % são considerados
sobre o salário mensal), a possibilidade de o empregado cumprir os 30 dias
trabalhando, e outras.
7. A Licença Maternidade não é considerada nos 80 % porque atualmente a firma paga
o salário diretamente à empregada que está em Licença Maternidade, e o INSS
reembolsa no valor integral.
9. A Indenização Compensatória por Demissão (ítem C.2 do grupo “C”) somente ocorre
eventualmente, quando a demissão do empregado ocorrer dentro do período de 30
dias que antecede o Acordo Coletivo da Categoria. Não é possível se adotar no cálculo
um índice exato. Adotou-se 3,81 % com base na média dos 3 últimos anos ocorrida
na firma, podendo variar para cada firma e em diferentes situações e épocas. Não
recebem a incidência do “ Grupo A “ da composição de encargos sociais porque não
estão previstos.
A. Para o pessoal que NÃO pode ser registrado em carteira de trabalho: pessoal
sócio da firma, ou que prestem serviços esparços como firma, fornecendo
nota fiscal:
Apesar da legislação em vigor não exigir pagamentos de encargos sociais para
prestadores de serviços nestas condições é importante lembrar que o dono do
escritório, e os demais participantes do trabalho devem ter recursos para eventuais
necessidades. Deve-se considerar sempre uma % de encargos sociais mesmo
que não haja vínculo empregatício, para atender à algumas necessidades básicas
para cada pessoa que trabalha no escritório: seguro saúde, previdência privada,
INSS, remuneração para dias parados devido à falta de serviço, dias de férias, e
outros que achar conveniente.
Deve-se considerar nos custos da mão de obra pelo menos 30 % de encargos
sociais.
Este percentual deverá ser definido por cada escritório a partir de uma análise destes
custos com o contador.
- Aluguel R$ 1.200,00
- Condomínio, luz, agua, tel. R$ 980,00
- Aux. Admin. = 1.000,00 x 1,80 enc. soc. R$ 1.800,00
- Faxineira R$ 560,00
- Comercialização R$ 1.500,00
- Horas ociosas R$ 560,00
- Outros R$ 300,00
- Total dos custos indiretos no mês R$ 6.900,00
Custos da mão de obra produtiva alocada nos serviços no mesmo mês: (não
atualizados)
- Arq ou (Eng / Agr / Design) Titular (sócio majoritário) – 8.000,00 x 1,30 R$ 10.400,00
- Arq ou (Eng / Agr / Design) Auxiliar (sócio minoritário) – 4.500,00 x 1,30 R$ 5.850,00
- 2 Des. CAD – 2 x 2.000,00,00 x 1,30 R$ 5.200,00
- Total dos custos da mão de obra produtiva........................................... R$ 21.450,00
k2 = 1 + 0,32 = 1,32
Observação: cada escritório deve calcular a % de custos indiretos, em função do total de
custos indiretos no mês e do total da mão de obra produtiva no mesmo mês. Quando houver
variação significativa em um dos totais, deve-se calcular novamente a % de custos indiretos.
Se a proposta de preço de um serviço está sendo elaborada para um cliente que pode
pagar mais pelo serviço, ou em um mercado que normalmente se pratica preços maiores, o
que se recomenda é que se calcule o preço com uma margem de até 15 % para se saber
qual seria o preço para um mercado normal, e se acrescente um valor adicional que o
mercado aceite, para fechar o preço da proposta. Este valor adicional é denominado “over
price”, um sobre-prêço de mercado.
O cliente não precisa saber que a margem tem um adicional acima dos 15 %.
Esta é uma regra de mercado. Outras vezes o profissional vai ser obrigado a colocar uma
margem próxima de zero, porque é uma disputa que vai obrigar a reduzir a margem.
k3 = 1 + 0,15 = 1,15
EXEMPLO DE MULTIPLICADOR k DE UM ESCRITÓRIO HIPOTÉTICO:
k = k1 x k2 x k3
k1 = 1 + 0,80 = 1,80
k2 = 1 + 0,32 = 1.32
k3 = 1 + 0,15 = 1,15
k1 = 1+ 0,30 = 1,30
k2 = 1+ 0,32 = 1,32
k3 = 1+ 0,15 = 1,15
Multiplica-se o custo total dos salários orçados para a execução do serviço pelo
coeficiente multiplicador k do escritório.
Exemplo:
Consideremos o exemplo do escritório hipotético utilizado anteriormente para ilustrar
os custos da mão de obra.
Recapitulando:
Vamos admitir que foi elaborado o índice de documentos para um determinado serviço,
e que foram orçados 779 hh na Planilha de Documentos Técnicos.
Total de hh da proposta:
- Acrescentar ao total de 779 hh orçados uma previsão de hh para a coordenação do
projeto: quantificar em função da dificuldade do projeto e do prazo.
Por exemplo: vamos considerar que o prazo para elaboração desse projeto seja de 3
meses. Deverão haver reuniões e contatos com outros escritórios que elaborarão os
projetos complementares. Se admitirmos uma média de 6 hh por semana, neste caso,
para a coordenação interna no escritório e externa com outros escritórios, deveremos
prever 6hh x 12 semanas = 72hh para coordenação (gerenciamento) do projeto.
- O total de hh será: 779 + 72 = 851hh
- Deve-se ainda considerar mais 10% de horas para imprevistos:
851 hh x 0,10 = 85 hh
851 hh + 85 hh = 936 hh
Vamos admitir tambem que este escritório opere com um multiplicador k = 1,97.
Este será o valor de venda da mão de obra para a execução do serviço com 936
hh, para este escritório hipotético que tem aqueles profissionais com aqueles salários.
Cada escritório opera com os seus salários. Portanto deve-se aplicar esta sequência de
cálculos considerando-se os salários reais de cada escritório.
Para se definir o preço total que deverá ser vendido o serviço deve-se somar ao preço da mão
de obra o preço (receita) dos outros custos diretos, conforme mostrado a seguir.
Eles devem gerar uma receita que inclua uma margem sobre os custos.
Isto significa na prática que o escritório tem direito de receber uma margem sobre todos os
serviços prestados de: administração dos subcontratados, consultores, maquetista, e outros,
bem como sobre serviços de impressão, transporte no veículo próprio ou do escritório, e
outros serviços prestados para o cliente.
k4 = 1+ % de margem
Da mesma forma que o k3 (margem sobre os salários) deve-se considerar que em termos de
um mercado normal, no Brasil não se deve orçar um ganho acima de 15 % como margem
sobre os outros custos diretos. Para um mercado que paga mais, pode-se aumentar a
margem. A margem poderá ser qualquer valor de O a 15 %. Adotando-se por exemplo 10 %
de margem, o multiplicador k4 será:
O preço de venda dos serviços que compõem os outros custos diretos será:
Total dos outroa custos diretos orçados x 1,10
Isto significa na prática que o profissional estará ganhando 10% sobre todas as despesas com
plotagens, uso de veículo, etc.
A seguir apresenta-se um modelo da PLANILHA DE ORÇAMENTO DOS CUSTOS E DO
PREÇO DO SERVIÇO, com base na qual se calculam os custos do escritório para
executar os serviços previstos no Índice de Documentos Técnicos e o preço de venda
dos serviços a partir dos custos:
Introdução
Esta metodologia para a elaboração da proposta técnica e comercial de um serviço
profissional para um cliente, tambem denominada proposta de preço do serviço, baseia-se
nos custos do escritório ou do profissional que vai realizar o serviço, sobre os quais são
aplicados índices que irão gerar a receita total, que é o preço de venda.
Ao orçar o preço o profissional estará compondo seus custos e, dessa forma, terá
como controlar tanto os custos quanto os ganhos, sendo, portanto uma atividade integrada
de gerenciamento de projeto e da organização do escritório.
Exemplo 1
Projeto que gera muitos desenhos
Elaboração de uma Proposta Técnica e Comercial (ou de preço) a preço global fixo
para execução de projeto arquitetônico para uma escola técnica com 3 000 m2 de área
construída, com 2 edifícios térreos, sendo um tipo galpão industrial e outro de escritório e
instalações de apoio, localizado no município de São José dos Campos SP (distante 110 km
de S.Paulo onde situa-se o escritório de arquitetura), incluindo levantamento planialtimétrico
e cadastral e projeto de um auditório para 100 lugares.
Cada cliente é um cliente diferente, cada projeto (ainda que tenha o mesmo programa
de uso) é diferente do outro devido à especificidades de terreno, fluxos, materiais, linguagem
a ser adotada, etc.,e cada escritório é um escritório diferente dos demais, devido à forma de
trabalhar e devido aos custos.
O primeiro passo é atender perfeitamente às necessidades deste cliente, definindo
detalhadamente que serviço será oferecido.
Quantificação do
Formatação do serviço - Continuação
serviço
Quant. Hh Quant.
Especificação dos Serviços
p/ Docum. Hh Total
Quant. 4. PROJETO EXECUTIVO E DETALHAMENTO
Desenh.
Adaptação do anteprojeto
2 Reuniões com o cliente 8 32
Adaptações do Anteprojeto 8
1 Planta de locação da obra esc. 1:100 16
1 Planta do estacionamento e quadras esc. 1:100 20
2 Planta e corte do auditório esc. 1:50 e 1:25 16 32
2 Planta do edifíci de escritórios esc. 1:50 16 32
2 Planta do galpão industrial esc. 1:50 16 32
Total de hh da proposta:
- Acrescentar ao total de 779 hh orçados uma previsão de hh para a coordenação do
projeto: quantificar em função da dificuldade do projeto e do prazo.
Por exemplo: vamos considerar que o prazo para elaboração desse projeto seja de 3
meses. Deverão haver reuniões e contatos com outros escritórios que elaborarão os
projetos complementares. Se admitirmos uma média de 6 hh por semana, neste caso,
para a coordenação interna no escritório e externa com outros escritórios, deveremos
prever 6hh x 12 semanas = 72hh para coordenação (gerenciamento) do projeto.
- O total de hh será: 779 + 72 = 851hh
Deve-se ainda considerar mais 10% de horas para imprevistos:
851 hh x 0,10 = 85 hh
851 hh + 85 hh = 936 hh
- Adotar no calculo dos custos de mão de obra o total de 936 hh
COMENTÁRIOS:
A especificação dos serviços foi elaborada com base nas informações obtidas da
reunião preliminar com o cliente, para se entender perfeitamente as necessidades
daquele cliente.
Ao se especificar os serviços que serão oferecidos ao cliente deve-se lembrar que:
- Cada cliente é um cliente e tem urna necessidade diferente;
- Cada projeto é um serviço diferente, mesmo que seja para o mesmo tipo de
projeto;
- Cada escritório tem uma maneira de trabalhar. O serviço não existe “à priori”
definido.
É o profissional que define a especificação de serviço a ser vendido para cada
cliente.
Depois de elaborado o índice de documentos deve-se fazer uma análise crítica no
sentido de se verificar se o serviço oferecido é suficiente ou se está exagerado para
aquele cliente. Pode-se aumentar ou reduzir o serviço ou a quantidade de hh por
documento técnico;
O custo para o escritório elaborar o serviço vai ser maior ou menor em função da
quantidade de hh total;
O custo da mão de obra dos serviços é calculado com base na seguinte sequência:
Através do índice de documentos técnicos definem-se a especificação dos serviços e
o total de hh;
Aplica-se a pirâmide de distribuição das horas na proporção de 30 % para os
profissionais arquitetos, engenheiros, agrônomos e geólogos, e 70 % para técnicos,
projetistas, desenhistas, estagiários e auxiliares técnicos;
Calculam-se os salários-hora dividindo-se o salário de cada categoria profissional
previsto para trabalhar no projeto por 175.
Multiplica-se o valor de cada salário-hora pelo total de hh previstos para cada categoria
profissional. Denominam-se custos dos salários dos serviços ou custos dos salários
da proposta.
Multiplica-se o total dos salários pelo índice de encargos sociais. Obtem-se então o
total de custos da mão de obra que é dado por: salários x k1 (1 + % de encargos
sociais).
Para esta Proposta Técnica e Comercial consideramos um escritório que opera com
diversas categorias profissionais, com os valores dos salários iguais aos indicados na planilha
mostrada anteriormente.
Deve-se subtrair do total de hh os hh para coordenação do projeto, os quais poderão ser
incluidos nos hh do arquiteto titular ou do arquiteto auxiliar, dependendo de quem irá
coordenar (gerenciar) o projeto.
Vamos adotar nesta proposta que o arquiteto titular irá coordenar o projeto.
936 hh – 72 hh = 864 hh
Aplicando-se a pirâmide de proporção entre os hh dos profissionais e dos técnicos
teremos:
864 hh (do índice de documentos anterior) x 0,30 (30 % de hh para profissionais) = 260 hh
Divide-se os 260 hh de forma aleatória entre o arquiteto titular e o arquiteto auxiliar, em função
da capacidade de cada um, do tempo de dedicação futura à esse projeto e outros fatores de
cada escritório:
Para esta proposta vamos adotar:
100 hh para o arquiteto titular e 160 hh para o arquiteto auxiliar.
O arquiteto titular irá coordenar o projeto. Somam-se aos 100 hh os 72 hh de coordenação.
100 hh + 72 hh = 172 hh para o arquiteto titular.
Cálculo dos hh para os desenhistas:
864 hh x 0,70 = 604 hh para os desenhistas.
Dividindo-se pelo mesmo critério aleatório podemos ter por exemplo:
254 hh para o desenhista e 350 hh para o desenhista auxiliar.
Observação: Neste exemplo estamos admitindo que o projeto tem um prazo de 3 meses.
Para trabalhar tempo integral neste projeto cada um deveria trabalhar 175
hh x 3 meses = 525 hh. Como a previsão é de menos hh para cada um, admite-se que cada
um irá trabalhar em mais de um projeto. Caso neste período o escritório só tenha este
contrato, os demais hh de cada um serão pagos pelo escritório como custo indireto,
consumindo o lucro do escritório.
São denominadas horas ociosas.
No caso de haver somente este projeto, e não haver previsão de ser
contratado mais serviço, o escritório deveria dispensar o arquiteto auxiliar e o
desenhista auxiliar, para não ter prejuízo.
O ideal é que o escritório tenha contratos suficientes para pagar os hh de todos que
trabalham no escritório.
Observações:
Este é o custo total dos salários sem encargos sociais para o escritório executar este
serviço especificado no índice de documentos, e com os salários adotados neste
exemplo. Variando o total de hh ou os salários, o valor total dos salários tambem será
alterado (para mais ou para menos).
Ao calcular os custos de mão de obra de uma proposta o escritório deve considerar os
seus valores reais de salários.
Neste exemplo fica claro que como cada escritório tem um valor de salário, mesmo
que considerasse a mesma quantidade de hh por categoria profissional, ainda assim
os custos seriam diferentes.
Como os custos serão diferentes, os preços tambem serão diferentes para um
mesmo serviço, o que demonstra que não é possível se tabelar (fixar) um preço único
para um serviço profissional.
Pode ocorrer que o próprio profissional venha a elaborar os desenhos. Neste caso,
considerar o valor dessas horas como valor da hora do desenhista.
Este custo direto de salários no valor de R$ 20.026,00 deverá ser lançado no ítem
correspondente da Planilha de Orçamento dos Custos e do Preço do Serviço mostrada a
seguir.
Para se calcular o total do custo direto de mão de obra deste serviço deve-se
multiplicar o total dos salários pelo K1 (1 + % de encargos sociais).
Vamos admitir que neste exemplo os arquitetos são sócios do escritório. E os
desenhistas têm uma firma ltda de desenho e prestam serviços esparços para o escritório.
Neste caso será adotado o índice de 30 % de encargos sociais.
R$ 20.026,00 x k1(1 + 0,30 = 1,30) = R$ 20.026,00 x 1,30 = 26.033,00 – lançar no item 1.3 da
Planilha a seguir.
5.1 Preço mão de Obra = salários item 1.2 x k } k=k1xk2xk3 =1,30x1,32x1,15 = 1,97 39.451,00
5.2 Preço (receita) dos outros custos diretos: valor item 2.17 x 1,15 (15% margem) 8.291,00
5.3 Preço Parcial (não inclui os impostos) item 5.1 + item 5.2 47.742,00
5.4- Impostos % sobre o preço final (varia de acordo com o tipo de firma): Colocar no
5% ISS + 0,65% PIS + 3% COFINS + 1% Contribuição Social + cálculo do
item 5.5
3,84% Imposto Renda + 0% Outros Imposto =Total 13,57 % ou 0,1357
5.5- Preço Final de Venda = Preço parcial item 5.3 = 47.742,00 = 47.742,00 = 55.237,00
1 – 13,57 0,8643
100
5.6- Margem (lucro) sobre o preço parcial (sem impostos) Valor do (item 5.3) - (item 4) 6.170,00
1. Preço para esta quantidade de serviço oferecido - O preço calculado é para executar
a concepção do projeto e os desenhos que foram previstos no Índice de Documentos
Técnicos. Se forem oferecidos mais desenhos do que estes previstos o custo para
executar será maior, e o preço, maior.
2. “Overprice” ou sobre preço de mercado - Este é o preço calculado com a margem usual
para um mercado no qual não se pode obter ganhos excepcionais. Se depois de calculado
este preço eu concluir que para este mercado (ou cliente) para o qual foi oferecido eu
posso cobrar mais, eu cobro mais. Coloco um sobre preço de mercado, denominado
“overprice”. Se neste exemplo, eu concluisse que poderia cobrar mais uns R$
10.000,00, eu colocaria na proposta R$ 65.500,00, e se o cliente aceitasse, eu estaria
tendo uma margem líquida de R$ 6.170,00 + 10.000,00 = R$ 16.170,00.
3. % a colocar no preço para negociação – Ninguem compra nada se o vendedor não der
um desconto. Deve-se colocar de 5% a 10% de acréscimo no final para negociação com
o cliente. Neste exemplo: 0,07 (7%) a mais = 55.237,00 x 1,07 = R$ 59.105,00. SE na
negociação do preço com o cliente eu abaixar até R$ 4.000,00, ainda fico no preço
calculado, com a margem de 15%.
4. Moeda que o cliente queira utilizar: É comum o cliente perguntar: “Quanto você cobra
o projeto por m2?”. Ou ele trabalha com soja: “quantas sacas de soja você cobra?”. “ Eu
posso pagar em dollar?” Quantos dollars você cobra?” ou, “quanto você cobra por folha
de desenho?”
Neste caso recomenda-se calcular o preço como demonstrado, e depois converter para a
moeda do cliente.
Veículo: 110 km ida até São José dos Campos + 110km volta = 220 km
+ 10% área urbana = 244 km
Hardwares e softwares - Deve ser orçado por hora. Considera-se 2 000 horas/ano,
e uma vida útil de 3 anos, resultando em 6 000 horas de vida útil. Divide-se o total
investido na compra dos computadores, softwares e periféricos, por 6 000 horas, e
obtem-se o custo/hora.
Exemplo: o escritório investiu R$ 7 500,00. Divide-se 7 500,00 por 6 000 e obtem-se
o custo/hora de R$ 1,25 por hora. Multiplica-se o total de horas orçadas para a
elaboração do projeto, nesta proposta 936 hh, e obtem-se quanto de custo direto de
equipamentos e softwares este projeto vai gastar: 936 hh x 1,25 = R$ 1 170,00.
Material de consumo: Foi prevista uma verba de R$ 100,00 para papeis, cd, cartucho
de tinta, etc.
Preço dos outros custos diretos: Neste exemplo foi adotado 15% de margem sobre
os outros custos diretos, resultando em um k4 = 1,15. Poderia ser maior ou menor.
Preço parcial: O preço parcial é a soma do preço da mão de obra + o preço dos outros
curtos diretos. É o preço da venda do serviço sem incluir os impostos. É o que se
denomina “preço operacional” . É com base neste preço que se calcula a margem.
Cf = I x (DP – 5)
30
I = Taxa cobrada pelos bancos (varia com a política de juros do Banco Central).
Neste exemplo adotou-se uma taxa de 4%, que é a atual taxa cobrada pelos bancos para
empréstimos pessoais.
DP = Dia previsto para recebimento efetivo da parcela. Neste exemplo foi adotado 20 dias
após a entrega da nota fiscal para o cliente. Varia em função do contrato com cada cliente.
Normalmente quando o cliente é uma firma, o prazo normal é de 10 dias corridos após a
entrega da nota fiscal relativa à parcela a receber.
5 = Dia a partir do qual começa a contar o custo financeiro. É um valor fixo. Considera-se, em
geral, como sendo a partir do 5° dia após o término do mês, devido aos pagamentos do
escritório serem feitos após o 5° dia.
30 = Dias do mês. É um valor fixo.
Por exemplo: Cf = 0,04 x (20-5) x custos totais (custos diretos + custos indiretos) = 0,02 ou
30
2% dos custos totais.
Preço final de venda: Considerando-se que os impostos incidem sobre o preço final
de venda dos serviços, deve-se calcular o preço final de venda aplicando-se cálculo
pelo inverso:
Preço = preço parcial (item 5.3) + custo financeiro (se houver)
1 - % impostos
100
Margem: A margem operacional é um cálculo a ser feito para saber quanto vai se
ganhar com o serviço, antes dos descontos dos impostos e custo financeiro. Para se
obter a margem operacional (lucro) subtrai-se os custos totais (ítem 4), do preço parcial
(item 5.3). O valor do item 5.3 - item 4. A % de margem obteve-se dividindo-se o valor
do item 5.6 pelo ítem 5.3 que é o preço parcial.
Análise do preço final de venda do serviço: O preço de venda calculado gerou uma
margem líquida (lucro) de 15,00% sobre o preço parcial, que é uma sobra de dinheiro
depois de tudo pago, inclusive os impostos.
O preço de venda corresponde à sustentação de parte do escritório por 3 meses (prazo
deste projeto), pagando parcialmente os salários e encargos sociais da equipe: 2
profissionais e 2 desenhistas, e parcialmente a secretária, e mais os outros custos
diretos e os custos indiretos.
Se quiser ter um valor de referência poderá ainda comparar o preço final de venda
com o valor do cálculo de honorários elaborado com base na tabela de honorários do IAB, do
Instituto ou Clube de Engenharia, Associação de Geólogos e do Sindicato, ou ainda
comparando com a porcentagem sobre o valor do empreendimento.
Se o preço dos serviços calculado por esta metodologia estiver abaixo do valor de
mercado para aquele tipo de serviço, devido ao tipo de cliente que pode pagar mais pelo
serviço, deve-se adicionar um sobrepreço (“overprice”), aumentando-se o preço de venda e o
lucro.
Se estiver acima do valor de mercado para aquele tipo de serviço, e em função do
cliente, deve-se diminuir a quantidade de serviço oferecido ou diminuir as quantidades de hh
por documento, simplificando-se o serviço oferecido, sem diminuir a sua qualidade. Significa
que o escritório está oferecendo mais serviços do que aquele mercado compra.
Procedimento:
a) Conversar com o cliente para saber os dados sobre o empreendimento:
- o investimento previsto;
- prazo de implantação;
- grau de complexidade;
- serviços pretendidos como gerenciamento;
1 A ou E Coord 40 80 80 80 80 80 80
5- Gerenciamento da 1 Arq. Sen. 40 175 175 175 175 175 175
obra 1 Tec. Admin. 80 80 80 80 80 80 80
1 Secretaria 40 40 40 40 40 40 40
1 Arquit. Coord 30 30
6- Compra de equip.
1 Engenh. Mec. 175 175
e máquinas
1 Secretaria 80 80
7- Inspeção de
fabric. Dos equip. E 1 Engenh. Mec. 90 90 90 90 90
maquinas
TOTAL hh 80 160 160 160 270 400 600 750 465 465 465 465
d) Definir o preço do serviço: Por ser um serviço que exige equipe com experiência em
um tipo de serviço mais complexo, com equipe multidisciplinar, em um mercado que
pode pagar mais, e no qual predomina a mão-de-obra, adotaremos um multiplicador
K maior que no exemplo 1, aumentando-se o valor do k3.
K¹ = 1,30
K² = 1,32
K³ = 1,18
K = K¹ x K² x K³ = 1,30 x 1,32 x 1,18 = 2,02
2.18 TOTAL DE CUSTOS DIRETOS (Mão de obra + outros custos diretos) = 140 546,00
5.3- Preço parcial (não inclui os impostos e o custo financeiro) item 5.1 + 5.2 = 211 761,00
5.4- Impostos: % sobre o preço final - Varia de acordo com o tipo de firma:
5 % ISS + 0,65 % PIS + 3 % COFINS + 1,00 % Cont. Soc. +
+ 3,84% Imp.Renda + ------ % outros impostos = Total 13,49%
5.7 – Margem (ou lucro) sobre o preço parcial (sem impostos e custo financeiro) = 30 913,00
(Valor do ítem 5.3 – ítem 4) % de margem = 30 913,00 ÷ 211 761,00 = 0,1421 ou 14,21% do preço parc.
COMENTÁRIOS:
O preço final de venda do serviço gerou uma margem de 14,21 %, a qual é razoável,
além de sustentar o escritório por 12 meses, e pagar parte do salário do arquiteto (ou
engenheiro) titular, dos outros profissionais e parte da remuneração para pagar os custos
indiretos.
Recomenda-se que após o cálculo do preço final de venda, este seja comparado com
um índice de percentagem sobre o valor do empreendimento. Este índice varia de 3 a 6 %.
Projeto de reforma de urna fachada de uma loja, para um amigo que não quer gastar muito.
Proceda da mesma forma que nos exemplos 1 e 2. Comece elaborando um índice de
documentos técnicos:
Se o preço final estiver acima do que o cliente pretendia pagar, reduza o serviço,
reduzindo o total de hh calculado.
É importante ter em mente que uma vez definido o serviço e o preço, na hora da
elaboração, o que foi orçado deverá ser seguido rigorosamente, ou seja, não se deve oferecer
mais do que foi orçadopara o serviço, a menos que o cliente aceite uma complementação do
preço.
Proceda como no exemplo 2. Comece elaborando uma planilha com a listagem do serviço,
da equipe (1 profissional + 1 economista) por exemplo, e distribua as horas nos meses.
Continue o raciocínio definido os outros custos diretos, os indiretos, a receita, e defina o preço
final de venda aplicando a planilha de estimativa de honorários corno no exemplo 2.
EXEMPLO 4 – PROPOSTA DE PREÇO PARA UM PEQUENO SERVIÇO QUE
NÃO GERA DESENHOS.
Utiliza-se o preço do hh para cobrar do cliente serviços que não geram desenhos:
O preço do hh a ser cobrado do cliente é calculado com base na retirada mensal (salário
ou prolabore) de cada pessoa do escritório.
O valor a ser cobrado pela venda do hh para o cliente deve remunerar: os custos diretos
da mão de obra, outros custos diretos, custos indiretos e a margem.
Deve-se prever uma quantidade fixa de hh para executar o serviço, calculada com base
no que será executado, quantas pessoas serão necessárias, e o grau de dificuldade ou
complexidade do serviço.
Retirada mensal xk
Preço hh = 175 hh/mês
1 – imposto
100
Onde:
k = k1 (1 + % de encargos sociais) x k2 (1 + % de custos indiretos) + k3 = (1 + % de margem)
EXEMPLO DE APLICAÇÃO:
Quando nós fomos participar da reunião com o cliente para poder fazer a proposta
de preço, ele nos mostrou as instalações existentes, e nós anotamos todos os serviços do
levantamento.
Importante: O que vai variar o preço para cada serviço é: a quantidade de hh a serem
previstas em função do tipo e extensão de cada serviço, e as retiradas mensais dos
arquitetos e técnicos de cada escritório.
Tanto no setor público quanto no setor privado poderá ocorrer o interesse do cliente
em definir o preço do projeto, antes do contato inicial com o profissional.
No setor público: o órgão público abre uma licitação para contratar um projeto e no
Edital já vem definido o preço do projeto.
O profissional que apresentar o menor preço ganha a licitação. No geral acaba
ganhando a licitação o profissional que oferecer um preço de 20% a 30% menor que
o proposto pelo órgão público. Algumas vezes o órgão público estabelece que o preço
não poderá ser menor que 10 % do valor estabelecido para o projeto pelo órgão público
para esta licitação. Neste caso deve-se apresentar o preço mínimo permitido.
No setor privado: o cliente diz ao profissional que tem urna verba para executar o
projeto, e estabelece o quanto ele está disposto a pagar pelo projeto. E pergunta ao
profissional: “você quer elaborar este projeto por este preço ?“
Como proceder para elaborar um bom projeto pelo preço definido pelo cliente e ganhar
dinheiro com o projeto:
Comentários:
1. Se a quantidade de hh não for suficiente para se elaborar o projeto de forma a
atender aos princípios profissionais do escritório significa que o valor definido pelo
cliente para pagar o projeto é insuficiente, e o profissional não deverá aceitar a
proposta do cliente.
2. O profissional deverá adequar os serviços a serem propostos ao cliente de forma a
conseguir propor um serviço que atenda ao cliente e ao escritório, para a situação
imposta pelo cliente, a qual deverá ser entendida como uma situação especial.
3. Neste exemplo o preço definido pelo cliente parece em principio viável, porque se
considerarmos que não é um projeto complexo (é uma loja), e se considerarmos
uma média de 13 hh por desenho, resultaria em 20 desenhos A1, e mais uma
especificação com 10 páginas. Se for necessária uma média maior, resultaria em
menos desenhos.
5. No caso de uma licitação pública: se para ganhar a licitação (de menor preço) for
necessário ofertar um preço de projeto, por exemplo, 25% abaixo do proposto pelo
órgão público, quando possível, deve-se partir do preço com o desconto de 25% e
calcular para se concluir se é viável.
CAPÍTULO 5
GERENCIAMENTO DE PROJETO:
Denominado no Brasil – Coordenação de Projeto
INTRODUÇÃO
O profissional para exercer a sua profissão não precisa ter, a princípio, nenhuma firma
ou estrutura administrativa e fiscal mais complexa. É suficiente que disponha de um
computador e uma prancheta e um mínimo de espaço para guardar seus instrumentos de
trabalho.
Recomenda-se que o profissional constitua uma firma.
Por mais simples e pequeno que seja o serviço, ou por mais difícil que seja a
sua elaboração, o profissional deve ter sempre em mente que um serviço profissional
jamais deve dar prejuízo. O profissional deve ganhar sempre. Daí a importância de se
ter um sistema de controle das operações do escritório que seja simples, mas eficiente.
CLIENTE COORDENADOR
Sistema de Contas:
E assim por diante, à medida que vai se iniciar um novo serviço abre-se nova conta
interna.
Após o término do serviço, a conta deverá ser encerrada com um balanço final para
se saber qual foi o resultado operacional; se a margem foi maior ou menor que a orçada.
NOME
FUNÇÃO MÊS ANO
HH P/ DIA DO MÊS
8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 176
- Coloque o seu nome, função, mês e ano no cabeçalho.
- A cada dia lance no quadro correspondente o número de hh horas trabalhadas, sendo
a unidade mínima 1 hh.
- Indique na coluna “conta “, o número da conta interna correspondente ao serviço que
se está realizando.
Nenhuma atividade ou serviço do escritório pode ser feito fora de uma conta
interna. Todas as pessoas do escritório, consultor externo ou subcontratado, deverão
sempre estar trabalhando em uma conta.
Quando a pessoa estiver ociosa porque acabou o serviço no qual estava participando,
deve lançar as horas na conta “horas ociosas”, que é custo indireto do escritório.
Nos dias em que não houver trabalho não se lança hh. As colunas vazias são os
sábados e domingos. A cada 2 dias verifique os hh lançados para controlar os gastos,
e evitar que exceda a quantidade orçada, e para que haja tempo de tomar as
providências gerenciais necessárias. E no final do mês, some na coluna ‘total’ todas
as horas trabalhadas em cada atividade e conta.
- Reuna todas as folhas preenchidas e proceda à soma das horas por
documento e por conta.
- Faça para cada conta um controle separado. Numa cópia do índice de
documentos lance mensalmente as horas gastas por documento. Some as
horas de cada conta, e indique na folha correspondente e as horas gastas no
mês e as acumuladas.
- Se o total parcial até aquele mês estiver acima do programado, adote as
medidas urgentes para diminuir o consumo de hh, simplificando o serviço,
sem alterar a qualidade do projeto, ou diminuindo a participação de pessoas
no serviço.
Montagem da equipe:
Assim, para 2 profissional terem trabalho por 3 meses é necessário que tenham
sido vendidos 1.050 hh. Deve-se ter em média pelo menos 3 meses de horizonte de trabalho
pela frente.
Com base nesse raciocínio, só contrate mais pessoas se tiver garantido, em contrato, HH
suficiente para essa pessoa.
Controle da Receita
Existem dois conceitos de receita, a receita econômica e a receita financeira:
- A receita econômica corresponde à previsão de dinheiro a receber, sendo o
total da receita o valor do contrato (preço). Obtém-se a receita econômica a
partir da aplicação dos coeficientes multiplicadores nos custos. É um valor
teórico, que mede uma potencialidade de ganho.
- A receita financeira é a entrada real de dinheiro. Esta é correspondente às
parcelas recebidas em função da entrega parciais do serviço e dependem do
cronograma fisico - econômico do contrato.
O controle da receita financeira deve ser feito juntamente com o de custos reais. Deve
ser montado um fluxo de caixa que identifique os pagamentos e recebimentos de cada projeto
e do total do escritório, de cada mês, a eventual defasagem, e a parcela a ser complementada
que deverá vir de outras fontes, como por exemplo, um empréstimo no banco, ou cheque
especial, gerando portanto um custo financeiro.
Uma antiga (e sábia) regra de administração diz que numa operação (execução do
serviço do contrato), só se deve pagar as despesas com o dinheiro que entrou da
própria operação. Essa regra força o profissional a se empenhar a receber o quanto
antes a parcela que lhe cabe. Evita também a necessidade de ter capital de giro.
Essas fases de aprovação por parte do cliente são importantes para o profissional
porque, uma vez que o desenho foi aprovado pelo cliente e emitido para a construção, ele
passa a ser um documento técnico de validade jurídica. Qualquer modificação posterior, a
menos que seja devido a erro ou imperfeição deverá ser cobrada do cliente como serviço
adicional, se o contrato for por preço global.
(ver como cobrar no modelo de contrato no final desta apostila).
Vimos também que os custos com aluguel, telefone, condomínio, etc, são custos
indiretos, que oneram o multiplicador de mão-de-obra e conseqüentemente o preço final de
venda. Quanto maior o custo indireto, menos competitivo se torna o escritório e menor o lucro.
O valor do aluguel é dado em função do valor do imóvel, e corresponde a 0,008 do valor
comercial do imóvel por mês, mesmo que o profissional seja o proprietário do imóvel.
Arquitetura
Quando houver comentário porque houve uma modificação no projeto por parte de
alguma área, a modificação deverá ser indicada no próprio desenho que foi circular pelas
áreas envolvidas.
Ao redor da modificação indicada deve-se colocar uma ameba, com a data e o nome
da pessoa que modificou.
Depois de circular pelas áreas do projeto envolvidas, o desenho deve retornar para o
coordenador, o qual após analisar a revisão deve enviar para a área que emitiu para
comentários, para que esta possa incorporar os comentários, antes de emitir o desenho para
aprovação da coordenação e do cliente.
Uma cópia do desenho comentado deverá permanecer no arquivo do projeto.
Prezados Senhores,
Atendendo à sua solicitação vimos apresentar nossa Proposta Técnica e Comercial para
elaboração do (por exemplo: projeto de arquitetura para um edificio de escritórios com loja de
“fast food” no térreo, com 3 000m2 de área construida, em terreno situado no município de
Campinas, incluindo o Levantamento Planialtimétrico e Cadastral).
Atenciosamente
Arq. ___________________________
MODELO DE PROPOSTA TÉCNICA E COMERCIAL
1. OBJETO
O objeto dapresente proposta é apresentar à___________________, doravante denominada
_________________ as condições pelas quais o Escritório profissional _________________,
propõe-se a executar os serviços profissionais de _________________ sob a modalidade de
Preço Global Fixo, para o empreendimento _________________ a ser implantado no
Município de _________________, no estado de_________________.
3. APRESENTAÇÃO DO SERVIÇO
Todos os documentos técnicos necessários à compreensão dos serviços objeto desta
proposta serão apresentados de acordo com os padrões do nosso escritório, com base nas
Normas Brasileiras e outras normas técnicas aplicáveis.
Os desenhos serão executados em AUTO CAD (ou Vector, ou outro sofiware).
Os desenhos e documentos técnicos após concluídos pelo nosso escritório serão enviados
para aprovação da _________________ (colocar o nome da firma do cliente).
4. ENCARGOS DO PROFISSIONAL
Colocar à disposição da (colocar o nome da firma do cliente) para a realização do serviços,
objeto desta proposta, pessoal tecnicamente capacitado, compreendendo profissionais e
técnicos necessários ao bom desempenho e ao pleno cumprimento dos serviços. Fornecer
todo o material, utensílios e equipamentos necessários, e responder pelo pagamento de todos
os impostos, e taxas vigentes na data de apresentação desta proposta, direta ou indiretamente
relacionados.
Credenciar junto à (colocar o nome da firma do cliente) um coordenador do projeto, que atuará
em nome do nosso escritório, perfeitamente habilitado a tomar as providências pertinentes e
necessárias ao bom andamento dos serviços.
5. ENCARGOS DO CONTRATANTE
Designar un representante seu para, devidamente investido de poderes, acompanhar os
serviços prestando esclarecimentos e dirimindo dúvidas.
Fornecer as informações e documentos, em tempo hábil, quando solicitada, colaborando com
o profissional, para que os serviços sejam executados de acordo coma boa técnica
profissional e dentro dos prazos programados.
E assegurado à (colocar o nome da firma do cliente) o direito de fiscalizar os serviços
prestados pelo profissional. Seus representantes serão autorizados pelo coordenador do
projeto a ter acesso aos locais de trabalho, para obter os esclarecimentos que sejam
necessários.
Atender às condições de pagamentos estipuladas na presente proposta.
6. EQUIPE TÉCNICA
A direção dos serviços será exercida pelo coordenador do projeto, cujos encargos serão:
a orientação geral da equipe, a condução administrativa dos serviços, e o contato com a
_________________ (colocar o nome da firma do cliente).
A equipe para o desenvolvimento dos serviços será formada por profissionais de elevada e
reconhecida experiência, e cuja definição final para cada posição será feita segundo as
necessidades dos serviços, objeto da proposta, e da disponibilidade destes na época da
realização dos serviços.
7. PRAZO
O prazo para a execução dos serviços descritos no ítem 2. Escopo dos Serviços é de
____ dias corridos, assim subdivididos:
(subdividir por partes, por exemplo: entrega do estudo preliminar - 20 dias corridos após a
assinatura do contrato; entrega do anteprojeto - 10 dias corridos após a aprovação do estudo
preliminar; etc).
Os serviços serão iniciados após o recebimento da Autorização de Início de Serviços emitida
_________________ pela (colocar o nome da firma do cliente), e o recebimento da parcela
inicial, e de todos os dados necessarios.
8. PREÇO
O preço global fixo para a execução de todos os serviços descritos no ítem 2. Escopo dos
Serviços é R$_________, incluindo mão-de-obra (salários e encargos sociais), despesas
diretas, custos indiretos e remuneração para a realização dos trabalhos, e impostos, objeto
desta proposta.
9. FORMA DE PAGAMENTO
O pagamento deverá ser feito em parcelas, contra a entrega de cada parte do serviço,
conforme indicado a seguir: (exemplo:)
Na assinatura do contrato, R$
Na entrega do estudo preliminar - 20 dias corridos após a assinatura do contrato
‘Na entrega do anteprojeto - ‘10 dias corridos após a aprovação do estudo preliminar R$
;etc.
Será emitida Nota Fiscal de Serviço para cada parcela a receber, as quais deverão ser
pagas em até 10 dias subseqüentes à data de sua apresentação.
10. VALIDADE
A presente proposta é válida pelo prazo de 30 dias a contar do prazo de sua entrega. Após
esse prazo estará sujeita a confirmação por parte do profissional.