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Apostila
Consultoria Empresarial
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9. Elaboração de Propostas de Consultoria
Em função de estarmos vivendo em uma economia de mercado, onde os clientes passam a exigem cada vez mais
profissionalismo de seus fornecedores, é natural a preocupação com a elaboração de propostas de negócio.
As propostas são escritas por uma empresa (o fornecedor) para persuadir outra (o cliente) para que esta
última contratar um serviço especializado da primeira. Se alguém está elaborando uma proposta, ele está na
verdade procurando vender, oferecer algo para algum cliente em potencial. Entendemos que elaborar uma
proposta é um projeto, assim sendo, ela exige disciplina e habilidades de planejamento de projeto. A proposta
proporciona um valioso meio de apresentar o que um proponente irá fazer, quão bem o proponente irá fazê-lo
e porque o proponente irá fazê-lo melhor do que qualquer outro.
Uma proposta adequada tem foco no cliente e demonstra um plano de ação de acordo com a realidade. O
conteúdo de uma proposta deve contemplar os pontos apontados na tabela abaixo.
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O item que trata da remuneração do consultor faz parte da negociação e deve estar alinhado ao valor que
agrega o consultor à empresa-cliente. Algumas formas de remuneração (OLIVEIRA, 2010) podem ser assim
discriminadas:
- valor fixo – quantia fixa, independentemente das atividades realizadas;
- valor variável – recebimento conforme as horas trabalhadas;
- por tarefa – recebimento de acordo com a realização de tarefas específicas;
- por resultado – recebimento conforme o resultado proporcionado à empresa-cliente;
- por disponibilidade – valor mensal determinado, ocorrendo trabalho ou não, para que o consultor
esteja disponível por algumas horas durante o mês;
- participação acionária – recebimento de cotas ou ações da empresa-cliente;
- permuta – recebimento de algum produto ou serviço da empresa-cliente.
Block (2001) apresenta uma sequência de passos a serem seguidos numa reunião de feedback , que é o
momento de o consultor apresentar uma devolutiva sobre o seu diagnóstico:
1) relembrar o contrato inicial em que o cliente mencionava o que queria e o consultor prometia oferecer;
2) explicar a estrutura da reunião, citando a agenda e o fluxo da reunião;
3) apresentar o diagnóstico – este é o momento em que resistências e defesas podem ser percebidas pelo
consultor;
4) apresentar as recomendações;
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5) solicitar as reações do cliente – é o momento de verbalização e avaliação das resistências, receios e outras
reações expressas em sentimentos;
6) na metade da reunião, perguntar ao cliente se as expectativas dele estão sendo atingidas – esse momento
pode gerar preocupações no consultor diante das reações do cliente;
7) decisão de prosseguir com o processo de consultoria, em busca de solução para o problema ou
necessidade;
8) testar e discutir as preocupações quanto ao controle e comprometimento do cliente e como gerenciar essas
preocupações;
9) o consultor deve perguntar a si mesmo se a sua expectativa foi alcançada – esse é o momento de uma
autoavaliação crítica e corrigir os rumos quando necessários;
10) dar apoio ao cliente diante da implementação do projeto.
Uma proposta técnica e comercial deve conter todos os aspectos que envolvem um projeto de consultoria,
com o cuidado de esclarecer o que se pretende realizar e como, sem deixar margem para interpretações
dúbias e falsas expectativas.
Vamos ver cada um dos itens que podem ser incluídos:
1 – CabeçalhoDeve conter não apenas o seu logo e o nome da empresa, mas você deve também nomear o
documento (Proposta Técnica ou Proposta Comercial ou ainda Proposta Técnica e Comercial) e o nome ou
assunto do projeto, assim como o nome do cliente.
2 – Carta, Considerações Iniciais ou Visão GeralInicie com uma breve carta, ou então com um ou dois
parágrafos com suas considerações iniciais, ou então visão geral, onde você deve mencionar o que ocasionou
a proposta.
4 – DiagnósticoEm seguida, diga qual é o seu diagnóstico, ou como você acredita que as necessidades do
cliente poderão ser atendidas.
5 – DetalhamentoEste próximo tópico detalha como você pretende executar o projeto. É o momento de
explicitar as suas qualificações técnicas, detalhando quais as intervenções previstas, os objetivos e resultados
esperados, benefícios do projeto, público envolvido e beneficiado.
Deve incluir todas as fases ou etapas do projeto e profissionais envolvidos na sua realização, recursos
necessários, recursos disponíveis, custos envolvidos, necessidade de recursos externos/contratação de
serviços de terceiros, prazos, produtos finais, formato e condições de entrega, e o que você precisa da
empresa para poder executar o projeto (disponibilização de informações ou recursos, etc).
O detalhamento inclui também as atividades previstas (por exemplo, entrevistas com profissionais da empresa,
etc).
7 – Plano de AçãoPode incluir cronograma de atividades e atribuições, produtos finais de cada fase e prazos.
Deve fornecer um retrato completo da execução do projeto (Quem, Quando, Como, Recursos, Verba).
No Plano de Ação, é também conveniente estabelecer um plano de comunicação com o cliente.
8 – AtribuiçõesÉ interessante detalhar as atribuições de todos os envolvidos no projeto, uma vez que o
trabalho de um impacta todos os demais. Neste sentido, também as responsabilidades do cliente devem ser
especificadas, como disponibilização de recursos e informações, envolvimento de funcionários, etc.
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9 – InvestimentoValor de cada produto ou cada etapa, e valor total.
13 – Sobre a EmpresaDar um breve perfil da empresa, clientes atendidos e projetos realizados. Este item
pode ser um dos primeiros.
Alguns cuidados:
O mais importante é tomar muito cuidado com gramática, ortografia, acentuação, pontuação, formatação e
distribuição dos temas.
Todos os itens acima são muito importantes, e podem fazem a diferença. Prefira um texto claro e objetivo, sem
se preocupar em “falar bonito”. Como uma proposta técnica e comercial costuma ter muitos itens, tenha o
cuidado de não ocupar o tempo do seu cliente “enchendo lingüiça”. Ao contrário, é importante não deixar
espaço para interpretações dúbias e não omitir informações para evitar muito mal-entendidos mais tarde.
Ao redigir as especificações técnicas da proposta, seja realista quanto às qualificações dos envolvidos no
projeto, assim como quanto às soluções propostas.
Portanto, ao citar outros autores, é importante sempre dar os devidos créditos, mencionando fonte e autor.
Um último item que pode ser incluído, dependendo do projeto, é a Bibliografia.E a última dica: faça um
modelo básico pré formatado, com todos os itens de uma proposta, e veja quais se aplicam para cada caso.
No mais, só me resta desejar boa sorte, e bons negócios!
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10. Postura e competências do consultor
ÉTICA NA CONSULTORIA
A partir de uma definição mais ampla de consultoria, como sendo um processo de ajuda, onde um agente
externo utiliza seus conhecimentos habilidade para orientar uma empresa-cliente, um dos elementos
essenciais é a postura que este profissional deverá adotar. Neste contexto, uma atitude ética passa a ser uma
exigência do mercado. Antes de ser uma concessão, é uma exigência. Em outras palavras, não é somente
uma distinção do profissional, é uma condição básica para a contratação do serviço.
Portanto, independentemente do motivo que impulsione o consultor a agir ou a proposta realizada pelo
contratante, acima de tudo a atitude ética é o caminho a seguir para quem quer sobreviver no mercado.
Especificamente para o consultor empresarial, não existe um código de ética universalmente aceito, existem
sim algumas propostas e recomendações. Como propõe Oliveira (2011), por ter uma responsabilidade
profissional e social, fruto de sua atuação e influência na empresa-cliente, o consultor empresarial precisa
adotar seu código de ética.
Block (2001) sugere alguns posicionamentos que podem ser adotados pela consultor para a composição de
seu código de ética:
- Não fazer promessas extravagantes, nem verbalmente, nem por correspondência, por algo que não
estaria disposto ou não seria possível cumprir;
- Não reter fatos importantes nem fazer declarações evasivas nas quais você não esta, tecnicamente,
dizendo inverdades ou exagerando a verdade, mas está deliberadamente enganando o cliente ou o
cliente em potencial e induzindo-o a acreditar em algo que você não disse explicitamente;
- Ser escrupuloso no que se refere à confidencialidade de todas as informações privilegiadas do cliente
e às suas relações empresariais com os clientes;
- Fazer uma contabilidade estritamente honesta das horas quando o contrato o determinar e, de
qualquer modo, negociar francamente com todos os clientes e clientes em perspectiva;
- Não envenenar o poço de todos os consultores; abster-se cuidadosamente de censurar, condenar ou
desmerecer os concorrentes, seja genérica ou especificamente;
- Ter uma política firme de entregar tudo aquilo que prometer ao cliente.
- Conduzir-se com dignidade profissional em todos os assuntos e em todos os momentos;
- Negociar com os vendedores e/ou agentes como faria com seus clientes.
Em termos de Brasil, o Instituto Brasileiro dos Consultores de Organização (IBCO) apresenta o Código de
Ética do Consultor Empresarial, aprovado em 17/05/90. Outra colaboração importante à discussão da ética na
consultoria é apresentada pelo SEBRAE-GO (2001) na forma de mandamentos.
Os 10 mandamentos do Consultor:
I – Aceite somente aqueles serviços que você pode realizar nas condições previstas no contrato e para os
quais você esteja plenamente qualificado.
II – Jamais aceite comissões ou favores sobre serviços e suprimentos adicionais de terceiros que você
recomenda e que são envolvidos na consultoria.
III – Mantenha sigilo de todas as informações referentes aos negócios e acontecimentos da empresa-cliente.
IV – nunca trabalhe sob restrições ou condições que interfiram na objetividade, independência ou integridade
dos processos que recomenda.
V – Jamais preste consultoria a empresas com atividades conflitantes sem o consentimento delas.
VI – Não faça nem indique qualquer oferta de emprego a funcionários da empresacliente, durante ou depois da
consultoria.
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VII – Nunca use informações, material técnico ou procedimentos originários de outros consultores sem a
permissão dos autores.
VIII – Somente emita opiniões sobre o trabalho dos colegas consultores quando as referências forem positivas.
IX – Nunca confunda alternativas com soluções. Planeje, demonstre e controle adequadamente a implantação
das decisões.
X – Deixe claro que a solução de problemas depende menos do consultor e mais da sinergia empresarial.
Primeiro remova as objeções. Depois, estimule as pessoas.
Apesar de não existir um Código de Ética universalmente aceito, podemos afirmar, com certeza, que no atual
estágio das relações empresariais envolvendo os serviços profissionais de consultoria, o consultor que não
pautar suas ações dentro de uma postura ética adequada está fadado ao insucesso e a tornar-se um
profissional com pouco crédito e conseqüentemente encontrará muitas dificuldades em manter seus serviços
no mercado.
A RELAÇÃO CLIENTE-CONSULTOR
A busca do entendimento e explicitação dos aspectos emocionais imbuídos nos processos de mudança, já
explanados anteriormente, são pilares para a relação de confiança.
A confiança é elemento que se também como princípio subjacente das propostas geradas e da condução das
intervenções que, em última instância, resguardam objetivos relacionados à geração de valor das pessoas
para o negócio.
Se um trabalho será realizado em parceria haverá necessidade de que consultor e gerente demonstrem
continuamente a intenção convergente de seus propósitos e do comprometimento com as decisões.
Cada relação consultor-cliente é singular e por isso mesmo, será conduzida à luz dos princípios e valores de
seus atores. São peculiares a esta relação, no entanto, norteadores como a parceria e a independência que se
assim consensados, deverão ser concretizados em cada etapa do processo de consultoria:
- No diagnostico, pelo empenho do consultor em obter informações para o entendimento da situação a ser
resolvida ou aprimorada, com base em plano definido com seu cliente, sem ultrapassar os limites devidos ao
escopo do trabalho, mas sem se curvar à superficialidade e deixar de trazer à tona o que eventualmente, não
seria do agrado ou conveniente ao cliente;
- Na apresentação do diagnóstico, na atenção dada à forma como expõe e esclarece sobre aspectos de
vulnerabilidade ou deficientes da área e da ação do gerente;
- Na formulação da proposta e decisão da intervenção, pela consideração de ações que possibilitem a
autonomia do gerente e que estimulem o autodesenvolvimento dos que forem nela envolvidos;
- Na transferência de metodologia e ferramentas, disponibilizando todas as informações, sem elos futuros de
dependência e respeitando a capacidade de absorção do cliente (Crocco e Guttmann, 2005);
- No sigilo e confidencialidade das informações estratégicas ou pessoais obtidas no decorrer do trabalho;
- No reconhecimento do consultor de suas capacidades para atuar no projeto, bem como em seu empenho no
autodesenvolvimento;
- Em posicionamentos assertivos e compatíveis aos seus valores pessoais e profissionais.
A enumeração de aspectos relevantes a respeito de uma relação ética entre consultor e seu cliente, poderia
ser continuada em muitos outros itens. Porém, quaisquer que sejam, devem passar por três crivos : o da
consciência, o da liberdade e o da responsabilidade, os quais serão descritos na sequência em texto original
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da Profª Maria do Carmo Whitaker para não se correr risco de desvirtuá-lo em interpretação:
“Consciência - Cada pessoa é portadora da chave, do segredo para conhecer com profundidade o ser
humano. Dispõe da lei da consciência, inserida no seu próprio ser. Trata-se de uma lei, que, no dizer de Lewis
(1997:38), não foi criada pelo ser humano, da qual ele não consegue se livrar, mesmo que o tente, e à qual
sabe que deve seguir, e quando não a segue sente desconforto”.
“Liberdade - A verdadeira liberdade é aquela que permite à cada pessoa agir como convém ao ser humano,
cujo anseio é a felicidade. A integridade, honradez, a coerência entre o modo de ser e de agir, são o caminho
para alcançar o bem e a verdade. Assim, a pessoa será tanto mais livre quanto mais próxima estiver de atingir
esses valores”.
“Responsabilidade - A responsabilidade, por sua vez, corresponde à resposta a um imperativo que cada
cidadão percebe em seu íntimo. O exercício da solidariedade, a cidadania, a responsabilidade social, a busca
do bem comum são valores da humanidade e nenhum cidadão pode se eximir dessas práticas”.
Desenvolvimento do Consultor
Como se viu no item anterior, o desempenho competente da especialidade do consultor se fundamenta em:
• um conjunto articulado de conhecimentos gerais e específicos,
• colocados em prática por métodos e técnicas adequados à realização de todas as etapas do processo de
consultoria,
• facilitados por características pessoais e interacionais e direcionados por valores éticos consistentes.
Porém, não prescinde da experiência como fundamental balizador da aplicação consistente de tais elementos
para obter os resultados esperados, a cada circunstância que se deparar para resolver problemas, superar
desafios ou facilitar a introdução de inovação.
Não há uma prescrição educacional ou acadêmica formal para o exercício das atividades de consultoria
interna. No entanto, para atender aos objetivos a que se propõe a formação do profissional deve merecer
especial atenção. É fundamental que sua formação seja ampla e equilibrada, resguardando sua
especialização na área de atuação específica. Por exemplo, ter graduação em Contabilidade para atuar neste
setor.
Parece assim, também importante que o consultor interno possua formação em nível de pós-graduação na
área de gestão para se colocar em conformidade aos parâmetros de exigência do mundo dos negócios e se
qualificar na atuação como expert.
Além de lhe proporcionar subsídios para o desenvolvimento da visão sistêmica, cursos desta natureza, como
explicam Leite et al (2005), respaldam a atuação do consultor no que tange à uma postura embasada nos
procedimentos de pesquisa científica.
Várias pesquisas vêm demonstrando que o desenvolvimento a aprendizagem de competências gerenciais e
profissionais podem ser decorrentes tanto da aprendizagem formal (atividades estruturadas, oferecidas em
instituições de ensino) e da aprendizagem informal (atividades não estruturadas, representadas por diferentes
circunstâncias da vida pessoal e profissional):
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Maria do Carmo Whitaker é Advogada, Consultora de empresas na área de Ética, Professora Universitária e Coordenadora do Site de
Ética Empresarial do Portal Academus.
htttp://www.eticaempresarial.com.br/site/pg.asp?cat_pai=106&pag=1&subcat=1&tit=1&m=2&mdata=sim&nomeart=s&ordenacao=DESC&
mcat=2&nomecat=n&pagina=subcategorias&tit_pagina=ARTIGOS 9
Sobretudo, evidenciou-se na pesquisa de D’Amelio (2007) que o aprendido na prática do trabalho,
isoladamente, não é suficiente para a atuação atualizada e fundamentada. Por outro lado, a aprendizagem
formal adquire novo sentido quando as pessoas já possuem experiência prática, demonstrando que a
competência se fundamenta na combinação entre as duas. Assim sólida formação teórica aliada à experiência
garante o desenvolvimento das competências que poderão conferir ao profissional uma atuação
multidisciplinar e visão estratégica.
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Habilidades: Reportam-se ao conhecimento específico que o consultor aplica na situação de trabalho.
• Técnicas – métodos e técnicas para o fornecimento dos serviços (organizar e planejar são exemplos);
• Relacionais: comunicação, liderança, interação positiva com os diversos atores envolvidos em seu trabalho
e motivação (para contaminar outras pessoas a aderirem a suas propostas e atingirem os resultados).
• Gerenciais: administração de recursos financeiros, físicos, de tempo para assegurar cumprimento de
prazos.
CROCO: GUTTMANN
O consultor empresarial se relaciona e interage com pessoas. Essa interação deve estar pautada em valores e
princípios éticos norteadores do ponto de vista individual e social. O Instituto Brasileiro de Consultores
Organizacionais (IBCO) elaborou o Código de Ética do Consultor Organizacional, estabelecendo normas de
conduta nos relacionamentos e responsabilidades.
O uso de suas competências, baseadas em valores e princípios éticos, vai contribuir para o sucesso da
atividade de consultoria, especialmente na negociação, pois durante todo o processo, o consultor estará
negociando, criando, inovando, relacionando e auxiliando a empresa-cliente na tomada de decisões.
Devido ao mercado de consultoria ser bastante competitivo, o consultor encontra dificuldades na venda de
seus serviços. Mocsanyi (2003) ressalta o “tripé da venda de consultoria: 1) o nome da empresa, a grife, as
referências; 2) a metodologia de trabalho; e 3) a reputação, bagagem e conhecimentos do consultor.”
Para um profissional ser realmente considerado um consultor, é necessário que ele siga certas premissas de
independência, automotivação, perícia escrita e verbal, capacidade analítica, autenticidade e ética.
Um consultor, como qualquer outro profissional ligado à área empresarial, deve ter como característica
pessoal o que se chama de "CHA" no estudo da administração de empresas, ou seja, deve possuir
conhecimentos, habilidades e atitudes. Não basta saber o que fazer, é preciso saber como e querer fazer algo.
O comportamento de um consultor deve exteriorizar valores, emoções e seu conhecimento. É preciso ter a
capacidade de se comunicar dentro da empresa de forma produtiva, porém tranqüila, deixando claro a todos
os colaboradores que acredita no que faz e está disposto a ajudar a empresa. O posicionamento deve ser
como de um colega dos demais funcionários, como o de alguém que está ali para ajudá-los, é imprescindível
para que estes criem confiança e não atrapalhem no seu trabalho.
As habilidades do consultor devem estar focadas preferencialmente nos métodos e instrumentos utilizados, no
compartilhamento de idéias sobre a empresa e na criação de um clima favorável e na motivação.
O consultor empresarial deve saber também quais as melhores formas de se realizar a coleta de dados para o
diagnóstico, observando a cultura organizacional de onde está realizando a consultoria, e respeitando-a. Isso
vai garantir uma relação tranqüila com a empresa-cliente, gerando sempre resultados positivos, que podem
resultar também em contratações futuras por essa mesma organização e por outras que podem ter
conhecimento dos bons resultados.
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