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ORGANIZADORES
BELÉM – PARÁ
2015
Miguel Chaquiam
67 p.
CDD 510.7
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Coleção IV - Educação Matemática na Amazônia - V. 10
APRESENTAÇÃO
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MIGUEL CHAQUIAM
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO............................................................. 11
2. A LINGUAGEM MATEMÁTICA...................................... 19
3. USO E IMPLICAÇÕES.................................................. 29
3.4. GEOMETRIA.................................................................. 53
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................... 60
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA........................................ 63
SOBRE O AUTOR............................................................. 67
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INTRODUÇÃO
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[...] o fato de a matemática ser uma linguagem (mais fina e precisa
que a linguagem natural) que permite ao homem comunicar-se sobre
fenômenos naturais, consequentemente, ela se desenvolve no curso
da história da humanidade desde os “sons” mais elementares, e,
portanto intimamente ligada ao contexto sociocultural em que se
desenvolve – por isso falamos em matemática grega, matemática
hindu, matemática pré-colombiana (D’AMBROSIO, 1985, p. 35).
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Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional
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aprendizagem de Matemática são mediatizados pelos diversos tipos de
linguagens, principalmente pelas linguagens matemática e materna.
A seguir apresento situações que podem ocorrer em sala de aula e
gerar implicações no ensino de Matemática. Ressalto a importância do uso
correto das linguagens materna e matemática no ensino de Matemática e
apresento situações que podem ser evitadas.
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A LINGUAGEM MATEMÁTICA
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de conceitos que irão prejudicar o desenvolvimento das atividades
matemáticas pelo aluno.
Embora alguns estigmas sejam associados à Matemática, como o de
ser uma disciplina difícil, estéril e destinada à compreensão de poucos
“iluminados”, deve-se atentar ao fato de que cada forma de linguagem,
materna e matemática, apresentam suas dificuldades específicas, portanto,
deve-se observar que as imbricações entre elas e o não entendimento de
uma das linguagens venha prejudicar a compreensão da outra.
A Matemática, enquanto disciplina no currículo de qualquer nível, é
quase sempre elitizante, alienada e responsável pelos altos índices de
reprovação e evasão e, além disso, a maioria dos estudantes a considera
um amontoado de coisas inúteis, onde uma parte considerável do conteúdo
é tratada como "receita de bolo" sem qualquer relação com o seu
cotidiano.
Existem pessoas que estudam "48 horas por dia" mais não
aprendem a matéria. Aprendem sim, apenas algumas técnicas de cálculo,
mas não conseguem aplica-las em um problema novo.
Embora a Matemática esteja presente no mundo a nossa volta, o
que ensinamos na Educação Básica nem sempre tem que servir a um fim
material específico do nosso cotidiano.
Entendo que o processo ensino e de aprendizagem poderá atingir o
ápice se forem observados três pontos básicos:
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precedentes a regularidades futuras, embora não seja essencialmente
definida como um raciocínio que vai do particular para o geral. Esse tipo
de generalização é frequentemente utilizado na ciência experimental, onde
a generalização e/ou formulação decorre baseada, quase sempre, em um
número relativamente reduzido de observações empíricas.
De um modo geral, a generalização corresponde a um aumento do
conhecimento, embora não seja possível em todos os casos abranger todas
as particularidades associadas, principalmente se lhes são essenciais.
Segundo Platão, toda a Matemática existe eternamente,
independentemente do homem, e o objetivo do matemático é descobrir
estas verdades matemáticas, ou seja, descobrir os objetos matemáticos
existentes no mundo platônico. Por outro lado, podemos entender que a
matemática é resultante da construção humana e seus entes não existem
no mundo real, daí a necessidade de concretizá-los de modo que venha
favorecer o seu ensino.
Adquirimos conceitos por meio do processo de percepção das
similaridades entre os objetos “parecidos” e abstração da semelhança para
formar novos conceitos a partir deles, assim como temos a capacidade de
formar e lidar com conceitos em função da nossa habilidade de ordenar e
arranjar os elementos, agrupando-os de modo a aprimorar e aprofundar
nossos conhecimentos e até gerar novos.
Entendo que a abstração empírica ocorre com a identificação dos
símbolos (por memorização apenas), enquanto que a abstração reflexiva
consiste em estabelecer relações dentro de um contexto, considerando os
seus vários significados e interpretações, ou seja, a capacidade de alguém
representar os símbolos é considerada abstração empírica, enquanto que
sua compreensão na linguagem matemática, usando esses sinais, é
considerada abstração reflexiva.
Neste sentido, o conhecimento lógico-matemático consiste na
criação e coordenação de ações e relações mentais do aluno sobre o objeto
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equação é verdadeira apenas para x = 4 e x assume qualquer valor real em
(iv). Os significados atribuídos a x depende da maneira como é usado em
conexão com os demais símbolos, logo, é necessário que o aluno seja
sabedor do significado de cada símbolo e o que este representa em cada
uma das situações apresentadas.
Machado (201) nos adverte para o caso das linguagens formais em
que os signos são definidos ou caracterizados a partir das relações que
estabelecem com os outros, no interior do formalismo, expressam o
resultado da combinação de regras simbólicas e suas relações.
Considerando que a Matemática possui linguagem própria e formal,
com uma extensa simbologia, deve-se observar que no processo de
comunicação é necessário que, quando o professor falar de Matemática na
língua materna, o aluno faça essa codificação, transforme a língua materna
na linguagem matemática. E nesse processo de transformação de
linguagens que o aluno irá lidar com os símbolos de forma significativa e
acontece a aprendizagem.
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USO E IMPLICAÇÕES
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k) Corolário é uma proposição que se deduz daquilo que foi
demonstrado anteriormente e não reque qualquer prova particular.
Por exemplo:
Teorema de Bolzano-Cauchy ou do Valor Intermédio - Seja f uma
função contínua no intervalo [a, b] e um valor entre f(a) e f(b).
Então existe pelo menos um valor ∈ [a, b] tal que f() = .
Corolário do Teorema de Bolzano-Cauchy: Seja f uma função
contínua no intervalo [a, b] tal que f(a).f(b) < 0. Então a função f
tem pelo menos um zero no intervalo ]a, b[.
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substituir a implicação por sua contrapositiva torna a
demonstração mais clara:
Se p2 é um número natural par, então p é um número natural par
P1 P2
2
Se p é um número natural ímpar, então p é um número natural ímpar
P2 P1
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=1
Esta análise contém um erro conceitual envolvendo limites.
Sabe-se que para valores cada vez maiores de n, a fração 1/n se
aproxima de 0, porém nunca assumirá o valor 0. Então podemos
Portanto, lembre-se = e.
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considerava a segunda, pois as pessoas não "apreciavam" raízes
negativas.
Gerônimo Cardano (1501 – 1576) considerava que o
aparecimento de raízes quadradas de números negativos na
resolução de um problema indicava que o mesmo não tinha
solução. No entanto, foi Cardano que, em 1545, mencionou pela
primeira vez os números complexos. Na sua obra Ars Magna de
Cardano, falava do seguinte problema: "Determinar dois
números cuja soma seja 10 e o produto seja 40". Para tal,
considerou as expressões 5 + e 5 – . Cardano ficou
por aqui, não dando significado a estas expressões, pondo de
lado a "tortura mental" envolvida, mas, teve o mérito de ter sido
o primeiro a considerá-las, até porque neste tempo os números
negativos eram evitados.
A partir disto é possível derrubar a ideia errada de que os
números complexos surgiram com as equações do segundo
grau. Os números complexos apareceram sim, a partir das
equações de terceiro grau. Mas, foram preciso cerca de 25 anos
para este tema ser de novo considerado, por Raffaelle Bombelli
(1526 – 1572) numa obra de nome Algebra. Ao resolver a
equação x3 = 15x + 4, Bombelli utilizou a "fórmula de Cardano"
obtendo a seguinte solução (em notação moderna):
x= + .
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a+b =
a–b =
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(1745 – 1818) representou, pela primeira vez, geometricamente
os números complexos, estabelecendo uma correspondência
bijectiva entre estes e os pontos do plano. Este trabalho foi
levado ao esquecimento, talvez por ter sido publicado em
dinamarquês e só por volta de 1806, quando publicado em
francês por Jean Argand (1768 – 1822) ganhou o devido
respeito. Por este motivo, esta representação ficou,
indevidamente, ligada ao nome de Argand.
O símbolo i, para a representação de , foi criado por
Leonard Euler mas, só após o seu uso por Gauss (1777 – 1855)
em 1801, é que foi aceite. A expressão número complexo foi
introduzida em 1832, por Gauss. É, então, possível dizer que,
apesar da sua história ser recente, os números complexos
envolveram o trabalho de vários matemáticos e continuando,
ainda hoje, muitas questões em aberto.
Gauss (1777 – 1855) pensava nos complexos como pontos do
plano. Por sua vez de Moivre (1667 – 1754), Euler e
Vandermonde (1735 – 1796) tiveram a mesma idéia, pois, ao
tentarem resolver a chamada equação ciclotômica
xn – 1 = 0
imaginaram as soluções como vértices de um polígono regular
de n lados.
A álgebra demonstra-nos que qualquer polinômio de grau n
em C tem n soluções. A equação anterior admite 1 como
solução e, se desenharmos no plano complexo um polígono
regular com n lados centrado na origem, com um vértice no
ponto 1, os números complexos que correspondem aos demais
vértices são as soluções da equação. Essas soluções são as
raízes de índice n da unidade. Aos números que são solução de
uma equação ciclotômica é costume denominá-los de Números
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f Função f
f: X Y Função f de X em Y
f(x) Imagem do elemento x via função f
f(x) = y Imagem x associada ao elemento y do contradomínio
D(f) = X Domínio da função f
CD(f) = Y Contradomínio da função f
Im(f) Conjunto imagem da função f definido por:
Im(f) = { y Y x X; f(x) = y}
G(f) Gráfico da função f definido por:
G(f) = { (x, y) X x Y y = f(x)}
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a) y = x2
b) y = 2.x – 1
c) y = (x + 1)1/2
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3.4. GEOMETRIA
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i. r ’ = r ’’ = ’ ’’ = .
ii. ’ e ’’ são conjuntos convexos.
iii. Todo segmento de extremidades A e B, com A ’ e B ’’,
intersecta a reta r num único ponto.
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Teorema de Euler
V–A+F=2
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V – A + F = 16 – 32 – 16 = 0
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
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DALCIN, Andréia. Um olhar sobre o paradidático de Matemática.
Campinas, 2002. Dissertação de Mestrado. Unicamp.
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http://www.significados.com.br/hipotese/
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