O documento discute uma proposta didática para ensinar metalinguagem no contexto de um curso de tradução. A proposta enfatiza o desenvolvimento da autorregulação e do espírito crítico dos alunos por meio de unidades didáticas focadas em tarefas de tradução que utilizam objetivos de aprendizagem e abordagem cognitivo-construtivista.
O documento discute uma proposta didática para ensinar metalinguagem no contexto de um curso de tradução. A proposta enfatiza o desenvolvimento da autorregulação e do espírito crítico dos alunos por meio de unidades didáticas focadas em tarefas de tradução que utilizam objetivos de aprendizagem e abordagem cognitivo-construtivista.
O documento discute uma proposta didática para ensinar metalinguagem no contexto de um curso de tradução. A proposta enfatiza o desenvolvimento da autorregulação e do espírito crítico dos alunos por meio de unidades didáticas focadas em tarefas de tradução que utilizam objetivos de aprendizagem e abordagem cognitivo-construtivista.
proposta didática de base cognitivo-construtivista Doutorando: Filipe M. Neckel Orientadora: Drª Maria Lúcia B. de Vasconcellos Localização da pesquisa Por quê?
• Todos os campos do saber, de uma forma ou
de outra, possuem uma metalinguagem específica; • Ensino da metalinguagem como forma de incrementação do comportamento auto- regulatório; • O desenvolvimento do espírito crítico por parte dos alunos sobre suas escolhas tradutórias. O ensino da Metalinguagem em um curso de tradução
Delisle (1993) aponta como primeiro objetivo
para uma formação completa em um curso de introdução à tradução geral, o conhecimento metalinguístico específico dos Estudos da Tradução. Para isso, apresenta um glossário com aproximadamente 200 termos importantes e propõe estratégias para o seu ensino. Autorregulação
•A aprendizagem autorregulada está ligada aos
processos de concentração de pensamentos, sentimentos e ações para atingir metas. •É um reflexo da consciência metacognitiva. •Requer que o aprendiz compreenda a tarefa e busque estratégias para realizá-la. •É uma coordenação de funções mentais, como a memória, o planejamento, a avaliação e a síntese. O desenvolvimento do espírito crítico
O espírito crítico é um dos objetivos de
aprendizagem apresentados por Hurtado Albir (1999) e se propõe a desenvolver uma maior segurança nos alunos para que estes saibam justificar e defender suas soluções tradutórias. O quê?
Produção de material didático que esteja
fundamentado em uma metodologia ativa, apropriada para desenvolver as competências que se deseja desenvolver em um aprendiz de tradução, tendo um foco especial no ensino da metalinguagem, na autorregulação e no desenvolvimento do espírito crítico do aluno. Como?
• Objetivos de aprendizagem;
• Abordagem por tarefas de tradução;
• Unidades Didáticas (Uds).
Objetivos de aprendizagem
Os objetivos de aprendizagem, definidos por
Jean Delisle (1993) descrevem a intenção de uma atividade pedagógica, precisando as mudanças duradouras de comportamento que ocorrem ao estudante. (Delisle, 1993,p.38) Abordagem por tarefas de tradução
Tarefa de tradução é definida como uma
unidade de trabalho em sala de aula, representativa da prática tradutória, dirigida intencionalmente à aprendizagem e desenhada com um objetivo concreto, estrutura e sequência de trabalho (Hurtado Albir, 2005, p.43-4). A Abordagem por tarefas pressupõe um marco flexível, integrando a metodologia e os objetivos, sendo possível adaptá-la a cada situação educativa. Unidades Didáticas (UDs) As unidades didáticas (UDs) são configuradas como um conjunto de tarefas encaminhadas à realização de um objetivo específico e são desenvolvidas para se chegar à uma tarefa final. Cada UD está estruturada da seguinte forma: Por fim • Ensino da Metalinguagem como parte do espírito crítico do aprendiz, desenvolvendo sua capacidade de entender e justificar suas escolhas tradutórias;
• Um dos pontos no caminho da aquisição da
competência tradutória;
• Além disso, a aquisição e uso de convenções
metalinguísticas podem facilitar a compartilhamento de conhecimento. O papel da metalinguagem “O uso de uma terminologia coerente pode ser uma maneira de empoderamento. Tanto a projeção social – e o prestígio – dos profissionais de tradução frente a outros profissionais, quanto a projeção acadêmica – e prestígio – dos pesquisadores de tradução frente a outras comunidades de pesquisa dependeria, em grande medida, da habilidade de usar uma terminologia reconhecida ao tratar com clientes, editores, colegas e agências governamentais”. (MARCO, 2009, p.74) Referências AGOST, Rosa. Enseñar la teoría de la traducción: diseño de competencias y explotación de recursos pedagógicos. In. Quaderns. Revista de traducció. Barcelona: 2008, n. 15, p.137-152. DELISLE, Jean. L’Analyse du discours comme methode de traduction. Editions de l’Université d’Ottawa, 1980. ______________. La traduction raisonnée. Les Presses de l’Université d’Ottawa, 1993. FRANCIS, Mariana ; DURÃO, Adja B. 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filipe_neckel@hotmail.com Universidade Federal de Santa Catarina