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All content following this page was uploaded by Neuza Silva on 25 November 2015.
As respostas de coping podem ser definidas como esforços conscientes Crianças/adolescentes [Kidcope] Pais
[Brief-COPE]
e intencionais de regulação emocional, cognitiva e comportamental, em .01
Distração Apoio emocional .02
face de situações indutoras de stress (Lazarus & Folkman, 1984). Nos
Isolamento social Religião -.07 -.10
contextos pediátricos, a forma como as crianças e adolescentes lidam
Reestruturação cognitiva Reinterpretação positiva .22 .28**
com a sua condição de saúde, influencia o desenvolvimento, a maturação
Autocriticismo Expressão emocional -24* -.13
e os resultados de adaptação (Moos, 2002). Numa perspetiva diádica, as
Culpabilização dos outros Negação -.04 -.26*
estratégias de coping utilizadas pelos pais destas crianças/adolescentes
Resolução de problemas Uso de substâncias .07 -.40**
podem interferir, positiva ou negativamente, nos resultados de adaptação
Regulação emocional Humor .02 -.01
familiar (Lin, 2000). (externalizante)
Regulação emocional Confronto ativo .16 .32**
A adoção de um “coping focado na emoção” (e.g., negação, pensamento (internalizante)
Pensamento desiderativo Desinvestimento -.09 -.43**
desiderativo, evitamento) tem sido associada a piores resultados de
Apoio social Autoculpabilização .10 -.12
adaptação nos pais (Judge, 1998) e nas crianças/ adolescentes com
-.01
condições crónicas de saúde. Contudo, a investigação é escassa relativamente às Resignação
especificidades da PC pediátrica e ao estudo de estratégias de coping específicas, que * p ≤ .05, ** p ≤ .01, p ≤ .10
Nota: por apresentarem alfas de Cronbach inferiores a .60, as subescalas de Apoio Instrumental, Planificação, Aceitação e
permitiriam uma maior precisão na delineação de implicações clínicas, para além das noções
Distração, não integraram as análises do presente estudo.
gerais de “estilos de coping”.
O presente estudo teve como objetivo analisar o efeito direto das estratégias de coping nos Idade
B(SE) = -.77 (.38); t = -2.01*
resultados de qualidade de vida (QV) e qualidade de vida relacionada com a saúde (QVrS) –
aqui tomados como indicadores globais da adaptação – dos pais (cuidadores primários) e dos Idade Negação
B(SE) = -3.39 (1.40); t = -2.43*
B(SE) = -.92 (.55); t = -1.67
seus filhos com PC.
QVrS QV
Uso de
substâncias B(SE) = -9.24(2.24);t = -4.13**
Autocriticismo
B(SE) = 8.51 (3.92); t = 2.17* r2 = .12 r2 = .45
F(3,71) = 3.10* Confronto ativo F(6,93) = 11.61*
B(SE) = 4.55 (1.53); t = 2.97**
Reestruturação Reinterpretação
cognitiva positiva
Desinvestimento
Participantes
A amostra de conveniência para este estudo incluiu 105 pais (cuidadores primários) e,
quando possível, os seus filhos (n = 77) com idades compreendidas entre os 8 e os 18 anos,
diagnóstico clínico de PC, e QI ≥ 70. Esta amostra foi recolhida em dez Associações
portuguesas entre março de 2009 e julho de 2011.
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