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Anbllse Psicalógica (1986), 1 (V): 186192

A consulta em Psicologia Educacional

MANUELA MACHADO (*)


RUI FERNANDES (**)

INTRODUCÃO Orientação de crianças para as Instituições


de Assistência aos Menores.
A prática psicométrica e o modelo psi- Contudo, progressivamente, temo-nos vin-
cológico tradicional, herdeiros do modelo e do a dar conta do desajustamento social
da prática médicas, foram até há poucos das nossas respustas e da ineficácia do mo-
anos os únicos referenciais do diagnóstico. delo de causalidade linear para crianças ou
Assim, através dos sintomas e pela utili- jovens com dificuldades de comportamento
zação dos recursos técnicos por si mesmos, e/ou de aprendizagem.
procurava-se identificar as causas no domí- O confronto com modelos anglo-saxónicos
nio do patológico (orgânico ou intrapsíquico) e a necessidade de ensaiar modalidades de
e prescrever tratamentos. intervenção psicopedagógica na formação
O Serviço de Consulta onde trabalhamos
de educadores e de professores por um lado
foi criado, no interior do C.O.O.M.P., há
e, o trabalho directo de orientação pico-
cerca de duas décadas.
pedagógica com professores de crianças com
Inicialmente, a consulta teve um cariz
graves desajustamentos sociais por outro,
rnédico/psicológico permitindo que se desen-
levaram os psicólogos do serviço a uma
volvesse um sofisticado processo de diagnós-
procura por vezes 'bem dolorosa de uma
tico.
nova linguagem que «servisse» efectiva-
Este facto é compreensível quando situado
mente m seus interlocutores. Assim, o
na época por cujas concepções foi profun-
enfoque posto no diagnóstico como finali-
damente marcado. Acresce ainda a razão
dade, deslocou-se definitivamente para a
de, por imperativo das atribui@es do Ser-
intervenção na realidade em que a criança
viço, a consulta se destinar ? selecção
i e
ou jovem identificados como (casos pro-
blemas)) estão inseridos.
(+) Psicóloga da Divisão de Serviços de For- A nossa convicção baseia-se na verificação
mação e Integração Sócio-Educativos da D. S. O. de que embora alguns dos problemas apon-
I. P. Docente no Ispa. tados se refiram a casos de disfunçáo ou
(**) Psicólogo da Divisão de Serviços de For-
mação e Integração Sócio-Educativos da D. S. O. deficiência da própria criança, na generali-
I. P.. dade, os problemas educativos situam-se

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efectivamente na interacção do indivíduo aparentemente de uma dificuldade de com-
com os seus diferentes contextos. portamento e ou de aprendizagem e, em
A consulta psicológica tem então de for- casos extremos, de uma deficiência ou mor-
necer pistas de actuação nos diferentes sec- bilidade. A queixa pode simultaneamente
tores da realidade como consequência da surgir quando se reconhece dificuldade em
detecção e da identificação das necessidades lidar com uma situação.
de cada criança ou jovem, especificadas em (e o caso de pais, professores, trabalha-
termos dos contextos reais da sua existência. dores sociais, etc.)
Dizemos «como consequência)) porque o O pedido de ajuda caracteriza-se pelo re-
conhecimento das necessidades específicas curso a consulta. Nem sempre surge explí-
de educação de uma criança deverão tradu- cita e verbalizadamente dependendo do
zir-se em objectivos de intervenção educa- grau de interiorização, de consciencializa-
tiva precisos e claros. Por outro lado, refe- ção, de expectativa e de disponibilidade de
rimo-nos aos «contextos reais da sua quem apresenta o pedido.
existência)), porque estes deverão determi-
nar as estratégias eficientes para que se
possam atingir os objectivos propostos. 11-Qwm pede uma ccrnsulta?

Ao nível dos educadores naturais recor-


I-Como se origina uma consulta? rem a um serviço de consulta como o nosso,
os pais, o pai, ou a mãe, as amas, os avós,
A consulta origina-se quando alguém
recorre a um Serviço apresentando uma Quadro ZZ
queixa e um pedido de ajuda.

7
A queixa é geralmente o reconhecimento
UTILIZADORES
de uma situação) de mal-estar resultante

Quadro I : Fases da cmsulta

ACEITACAO
DA QUEIXA
E DO PEDIDO
DE AJUDA ORGANISMOS E
PROFISSIONAIS iNSmUicbES

-PAIS EDUCADORES DE -DIRECTORES DE ESCOLAS


INFANCIA
-PAI ou MhE PROFESSORES -DIRECTORES DE TURMA
REGULARES
-AVOS PROFESSORES DE APOIO -CONSUHOS DIRECTIVOS

-OUTROS FAMILIARES MONITORES DE -DIRECTORES DE LARES


T. LIVRES
-PAIS ADOFTNOS EXPLICADORES - NOCLEOS TERRITORIAIS
-AMAS OUTROS -ESTABELECIMENTOS OFICIAIS

-OUTROS -1. P. P. S.r


PLANEAMENTO
DE MEDIDAS
EDUCATIVAS -l"AL DE MENOIW

UTROS

i 86
as pais adoptivos e outros familiares (nor- blema (processo de avaliação) e em segundo
malmente tios e irmãos). lugar ouvir o pedido de ajuda e atendê-lo
Ao nível dos educadores profissionais o (processo de planeamento educativo).
pedido de ajuda surge da parte dos educa- Entendemos por processo de avaliação a
dores de infância, dos professores regulares, utilização de um conjunto de recursos e
dos professores de apoio, dos explicadores, meios técnicos que permitam melhor iden-
dos monitores de tempos livres, etc. tificar as necessidades especiais de educação
Ao nível dos educadores profissionais o de uma criança ou jovem não só no con-
pedido de ajuda surge da parte dos educa- texto da sua vida actual como nas condições
dores de infância, dos professores regulares, em que ele será normalmente confrontado
dos professores de apoio, dos explicadores, no futuro,
dos monitores de tempos livres, etc. Encaramos estes contextos e condições
Ao nível das Organizações e das Institui- numa óptica ecossistémica na medida em
ções, recorrem a um serviço deste tipo os que se privilegiam os lugares e as pessoas
directores das escolas primárias, os directo- em que o jovem está inserido e com quem
res de turma do ,preparatório e do secun- se inter-relaciona.
dário, os conselhos directivos, os directores Nos diversos contextos de vida, existem
de lares e de outros estabelecimentos, direc- para cada situação avaliada forças disrupti-
tores de colégios particulares, etc. e orga- vas ou desiquilibrantes, a que chamámos
nizações ligadas & Segurança Social desig- ((fontes de conflito)), forças essas responsá-
nadamente os Núcleos Territoriais, os esta- veis por riscos potenciais ou mesmo ccrnfli-
belecimentos oficiais e as Instituições Pri- tos actuais. Existem também nas mesmas
vadas de Solidariedade Social e ainda os situações cyutras forças susceptíveis de pro-
Tribunais de Menores, etc. vocarem situações de maior equilíbrio, a
que chamámos forças motivadoras.
Avaliar é pois identificar cada uma delas,
I11 - Finalidades dai consulta compreender o seu papel e a interacção que
jogam umas com as outras. Mas avaliar é
A finalidade da consulta é em primeiro ainda reconhecer os meios e recursos exis-
lugar ouvir a «queixa» e identificar o pro- tentes e disponíveis cuja utilização vai 'per-

ECOSSISTEMAS SUBSISTEMAS
(ambiente ertmo) (ambiente interno)

I I I
t
I

* Sistemi da FAMLLU. I S u b s i s t a s do indivíduo:

* Comunidade em que B famüia se insere. - COGNiTiVO


I

Sistema ESCOLAR (erlabeleOmenla e número de


' - SOCIO.EFECTIV0
tumas, w0pu1-o esm~ar, pmgramas. estruiur*
e o r m h v i o da sala de zuli, esliio de ensino, I
ambiente de npcendirsgem. intcrnc@o professor- 4
-aluno, diripluin. possibilidades de a&). I

Merado de emprego e oportunidades de prepa- f


ra@o para o Irabalho. I

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mitir através de medidas educativas ade- O segundo nível considera a família como
quadas a normalização das situações de sistema alvo da consulta: 6 a respeito da
comportamento e de aprendizagem. família que é produzida a queixa e o pedido
O segundo processo ou segunda finalidade de ajuda é feito por alguém da comunidade
da consulta consiste no planeamento das ou das Organizações e Instituições Sociais
medidas consideradas possíveis e das estra- (vizinhos, escolas, Núcleos Territoriais, Cen-
tégias a adoptar, de acordo com as necessi- tros de Saúde, etc.).
dades especiais avaliadas. O terceiro nível é o da própria comuni-
dade.
As queixas aqui apresentadas traduzem-
IV -Níveis de avaliação -se em situaç6es de graves carências sociais,
económicas, carência de equipamentos so-
Consideramos a existência de 4 níveis de ciais, necessidades de formação de técnicos,
sistema. dificuldades no acesso da popdação liinfor-
Assim entendemos o próprio indivíduo mação.
como um sistema em si, e como elemento Se o pedido de ajuda é feito nalguns casos
estrutural dos outros 3 sistemas: família, por elementos deste sistema a maioria das
comunidade e sociedade. Estes são portanto vezes é a própria sociedade que reconhece
06 seus ecossistemas. essas carências e necessidades e se utiliza
O exemplo dado constitui o nível elemen- do serviço de consulta como recurso para
tar de avaliação em que as situações de satisfação destas, (Por exemplo as próprias
conflito ou de disfunção do indivíduo são atribuições de um serviço, políticas, secto-
consideradas a resultante da interacção das riais, governamentais ou autárquicas, insti-
forças de conflito e das forças motivadoras tuições escolares, etc.)
interagindo nos seus ecosistemas. O quarto nível é o das Instituições e
Neste nível de avaliação, a consulta é Organizações que representam a sociedade
feita a propósito da queixa identificada num como um todo organizado.
indivíduo e o pedido de ajuda é feito por Estas organizações podem ser considera-
elementos dos seus ecosistemas. das como «sistemas» que dispõem de pes-

Quadro IV

ECOSSISTEMAS SUBSISTEMAS
(ambiente interno)

Cnrneterírlicar do bairm ou da zona de. I


hsbitmo. Tipo de habitavh

Aefiuidzder emilórmcnr predominantes. Rendimentos do agrepldo

0 Oportunidades de ocups@a dos tempor Iivrer.


I

Equipamentos wxiair (rcrviwr de Uúde, i


de X~LUUISIsocid. de educigP0, de 1
emprego. eu.). I

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Quadro V

S iS TEMA

DA COMUNIDADE
SUBSISTEMAS
ECOSSISTEMAS
(ambiente inteinal
(ambiente externo)

*
.
Famíim.
poiitie.r s e m d a i r do Governo. I

Plana de desenvolvimento regional.


, Infraertr"t"rsr

Actua$o sutárauici. I Equipamentos sociais.


,
AetuscLo doi agentes emdmicos e acessos dar t S ~ N ~ W eS institui*$ implantadas na ire8
popuiac6er aos bens matetiair.
Poder local.
Actuacio dor dinamizadores culturds 5 aECSS0 da
pop"la$" I euitura. I
1

SiNaGO do emprego c do trabalho.

Quadro VZ

DA SOCIEDADE EM GERAL
ORGANIZACOES
DAS ORGANIZACOES (Organisnior e Serviws. Inrtituic6eer.

,,
* Política geral do Governo e IegirlaçLo. 9 Pessoal.
Cowntuia económica. I Saber (iknoru.hawn1.
Cultura do País. Meios e recurror.
Desenvolvimento cientifim. temológico e profis- 1 * objectivos prmseguida pela m8miza@o
sional.

AbcRurn ao estrangeiro (em termos de impotia- I


@e$, quer de mstétias e de energia, quer de
saberes e outra). I

soal, saber, meios técnicos e financeiros, tégias do tipo A ( 1 . O e 2."níveis de avaliação)


orientados para atingir objectivos específicos e estratégias de tipo B (3." e 4." níveis de
que se traduzem em serviços prestados a avaliação).
comunidade e).
A -Estratégias de tipo A
V -Estratégias de avaliqão
Ao avaliarmos a criança e/ou família o
Para tornar mais clara a e x p i ç ã o subdi- nosso objectivo não é o resultado final ex-
vidimos as estratégias de avaliação em estra- presso num diagnóstico ou num rótulo mas o
«como» a criança e/ou família se revelam
C) As avaliações no 1.* e 2.* níveis são geral- perante situações diversificadas tendo em
mente realizadas em gabinete. As do 3." e 4.* vista a tomada de decisão sobre questões
níveis são realizadas no próprio campo. educativas.

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Consideramos como fundamentalmente A consulta assume um carácter de com
importante na avaliação de situações disfun- sultadoria em que a avaliação é realizada
cionais em crianças e jovens a identificação com base nos relatos de situação fornecidos
das suas características e atributos desig- pelos próprios clientes (professores, traba-
nadamente os que se relacionam com o lhadores sociais ou outros profissionais).
(comportamento alvo -queixa» e com as O consultor tem agora necessidade de
necessidades especiais de educação. conhecer concreta e pormenorizadamente,
Assim incluímos as seguintes actividades: todo o sistema alvo de tal forma que não
só fique conhecedor de todos os factos que
Entrevista se desenvolvem na área de funcionamento
Recolha de informações e observação do mesmo, como também que se tome
directa da criança conhecido pelos elementos que trabalham
Análise de dados de outras fontes de nesse sistema.
intervenção (relatórios de professores, A avaliação então desenvolvida identifi-
de terapêutas, etc.). ca-se não s6 com a necessidade de uma pes-
Estas actividades podem no entanto ocor- quisa sistemática e objectiva dos factos con-
rer ou não em sequência, dependendo de cretos do sistema, como também com o
cada situação em análise. registo desses mesmos factos para documen-
tar convenientemente os conhecimentos
B -Estratégias de tipo B adquiridos.
Para proceder a pesquisa dos factos o
As situações problemáticas ou conflituais consultor conta, entre outros, com os se-
traduzidas em queixas e apresentadas quer guintes métodos básicos.
por elementos da comunidade quer pelas
Instituições e Organizações Sociais, acom- Entrevista
panhados de pedido de ajuda, são por nós Observação indirecta controlada pelo
analisadas no próprio campo, exigindo estra- consultor
tégias diversas, embora comparáveis, das da Questionários e inquéritos
observação directa. Pesquisa de documentos.

Quadro VZZ

ESTRATEGIAS DE AVALIACAO

SISTEMAS-ALVO
I CARACTENSTICAS

INDIVIDUOS - Avalia$%.apredominantemente em gabinete.


- A obremacão 6 directa

COMUNIDADES I - ~ v n ~ i r c apredominantemente
o no campo

I 90
Para registar os factos recorre-se a do- Devemos esclarecer todavia que a imple-
cumentação escrita traduzida geralmente mentação da consulta de nível social e
em descrições narrativas, considerando-se comunitário tem servido de filtro em rela-
actualmente a necessidade de implementar ção as primeiras, permitindo a estabilização
outras técnicas de registo, nomeadamente o da procura.
vídeo. A complementariedade destas duas moda-
Uma vez detentor do conhecimento do lidades de consulta tem contribuído para
sistema, toma-se necessária uma apreciação anular as diferentes estratégias utilizadas,
dos factos, analisados sob o ponto de vista na medida em que na consulta individuali-
dos objectivos que se pretendem alcançar. zada se procura sempre uma avaliação num
Ainda neste caso continua a ser neces- plano mais global (entrevista com o profes-
sário identificar as forças de conflito ou sor, envio de questionários, reuniões com
disruptivas e as forças motivadoras do sis- directores de turna, etc.), procurando-se
tema, bem como o meio e recursos utilizá- transformar a consulta individual em con-
veis para que qualquer medida que vier a sulta institucional, desenvolvendo necessida-
ser proposta obedeça aos condicionamentos des de apoio e consultadoria futuras.
do próprio sistema.
Parece-nos importante salientar que o VI -Estratégias de planeamento
nosso serviço começou por utilizar estraté-
gias de avaliação de tipo A e apenas essas Após a síntese dos dados colhidos e a ava-
eram consideradas como consulta. liação ecossistémica das fontes de conflito
P a r a 1e 1a m en t e, iam-se desenvolvendo e +das forças motivadoras, procede-se ao
acções de intervenção escolar comunitária estudo dos meios e recursos existentes e
e social que poucas relações nutriam com disponíveis com o objectivo de:
actividades de consulta.
Recentemente demo-nos conta da unidade
existente nessas duas práticas. 1.O -Descobrir as medidas educativas
especiais que estes meios e recursos
Consideramos hoje que há mais vantagens
permitem;
na consulta de tipo B do que na de tipo A
essencialmente por dois tipos de razões. 2." -Ponderar as soluções encontradas;
A primeira é porque se toma mais rendível, 3."-Seleccionar e articular as medidas
dado que a incidência educativa da acção mais adequadas e menos dispendio-
de um técnico do Serviço de consulta sas de acordo com as necessidades
abrange maior número de crianças, jovens especiais de educação da criança ou
e adultos. A segunda razão é porque a jovem que vem a consulta.
actuação ao nível comunitário e ou social
assume um carácter predominantemente Após a elaboração do plano educativo
preventivo. (que consta essencialmente de um ou mais
Vimos a necessidade de reduzir a consulta objectivos a atingir, das respectivas estraté-
nos níveis individual e familiar para aumen- gias e das condicionantes da acção) d e é
tar a consulta nos níveis comunitário e apresentado como uma resposta ao pedido
social, mas dada a realidade portuguesa e de ajuda, cuja eficácia depende da negocia-
a habituação das populações a este tipo ção entre o técnico do serviço consultor e
de recurso, a redução merece da parte do as partes interessadas, partes eonstitutivas
serviço uma reflexão cautelosa. dos diferentes níveis de intervenção.

191
Quadro VZZZ

AVALIACÃO
PLANEAMENTO

CONCLUSÃO vez que o cliente que recorre aos nossos ser-


viços não é mais o indivíduo isolado, mas
A nossa actividade tende a identificar-se também as famílias, comunidades e orga-
cada vez mais com o processo de resolução nizações no seio das quais os indivíduos
de problemas, o que quer dizer que exige vivem e se desenvolvem.
da nossa parte um esforço maior de cria- Ao contrário do que se possa todavia ima-
tividade, na medida em que não existem ginar, o foco da consulta não se detem
soluções previamente determinadas, que nos apenas no nível sistémico alvo mas oscila
impede que a investigação seja feita por si em direcção a todos 05 níveis no momento
mesma, que a utilização dos instrumentos de uma mesma consulta.
clássicos é condicionada por razões da sua Em terceiro lugar, damos um maior relevo
utilidade pontual e que as orientações resul- ii planificação já que a preocupação central
tantes da consulta não são mais ideais, mas deixou de ser o diagnóstico para passar a
condicionadas pelo próprio contexto do pro- ser a intervenção.
blema. Encaramos todavia que o plano educativo
Em segundo lugar, o conteúdo do con- não é um programa pré-montado, mas um
ceito de consulta tornou-se mais amplo uma conjunto de projectos negociáveis.

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