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2020
GESTÃO DE
RECURSOS HUMANOS
Palavras-chave:
2.3. Contribuição de Fisher para a evolução dos modelos de gestão de pessoas ....... 8
7. Conclusão .................................................................................................................. 23
8. Bibliografia ................................................................................................................ 24
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2. Evolução da Gestão de Recursos Humanos
Logo, depois, surgem as teorias sistémicas (entre 1950 e 1970), com a aplicação da
teoria dos Sistemas de Ludwing Von Bertalenffy (1901-1972) às organizações sociais por
Katz e Kahn, assim a organização deixa de ser um sistema fechado, pois apresenta
relações de intercâmbio e de troca com o ambiente que as envolve, por meio de entradas
e saídas de informação, matéria e energia.
Segundo Chiavenato (1999), uma organização precisa sempre de pessoas para alcançar
os seus objetivos e vice-versa, uma vez que para as pessoas se sentirem realizadas
pessoalmente também necessitam das empresas. Desta forma, o gestor de pessoas deve
estar preparado para esta necessidade, indispensável, de relação entre o colaborador e a
organização. Assim, o Chiavenato propõe a evolução da gestão de recursos humanos em
três momentos: as relações industriais (era da industrialização clássica), a administração
de recursos humanos (era da industrialização neoclássica) e a gestão de pessoas (era da
informação). As características de cada fase estão no quadro seguinte.
Fisher (2002) define o modelo de gestão de pessoas como o modo como a empresa se
organiza de modo a orientar o comportamento das pessoas no trabalho. Este modelo é
determinado por fatores internos e externos à própria organização, assim são encontradas
diferentes modalidades de gestão. Desta forma, o modelo deve diferenciar a empresa no
mercado, contribuindo para a sua imagem e competitividade. Para que tal aconteça,
estrutura-se a empresa definindo princípios (valores e crenças adotados pelas
organizações), políticas (diretrizes a serem seguidas pela organização), processos
(métodos utilizados para a execução das atividades e a obtenção dos resultados desejados)
e por fim o estilo dos gerentes (modelos de relacionamento e de comportamento).
Serón, A. 1998
3.1. Conceito
Só com a junção perfeita destes dois elementos resultará uma força de trabalho
produtiva, motivada e identificada com o projeto da empresa.
Para garantir que o negócio não tenha a sua continuidade operacional comprometida
por deficiências de capital humano, a função de gestão de pessoas deve ser capaz de reter
os colaboradores na organização e manter atualizado o conhecimento necessário à
sustentabilidade das suas atividades.
◦ Objetivos do P.R.H
Para uma organização desenvolver uma força de trabalho efetiva, deve determinar
antecipadamente o número e as qualidades das pessoas necessárias, encontrá-las e
contratá-las.
O planeamento de recursos humanos consiste em determinar aquilo que deve ser feito
para conseguir os empregados necessários à prossecução dos objetivos por parte de uma
dada organização.
A empresa tem de antecipar onde, de acordo com a sua estratégia global, vai ter falta
de pessoal, onde poderá ter excesso, a melhor ocupação a dar ao pessoal que já tem ao
seu serviço ou ainda avaliar o impacto das novas tecnologias ou de novas formas de
organizar o trabalho.
Efetivamente, é fulcral para uma organização perceber o que é necessário ser feito para
só depois proceder à parte do recrutamento e seleção. Deste modo, é importante conhecer
as qualidades necessárias para o que se pretende fazer, de forma a mais tarde escolher um
indivíduo que corresponda inteiramente a esse perfil.
Na verdade, a análise de funções consiste, tal como o próprio nome reflete, no estudo
das tarefas, atividades e responsabilidades de uma função. A constante e detalhada
recolha de dados será, então, o primeiro passo para se proceder à análise de funções, e
assim, através desta, seja realizado o diagnóstico sobre a situação da empresa. Desta
forma, quanto mais aprofundada for esta recolha, melhor será a tomada de decisões acerca
das funções e mais produtivo tornar-se-á esse posto de trabalho. Algumas das principais
técnicas de análise utilizadas são o inventário de análise de funções, a técnica do incidente
crítico e o questionário de posição.
Já os testes de aptidão física, não são realizados para todos os cargos, apenas para os
quais é necessária uma certa capacidade corporal.
Por último, as entrevistas, sendo estas a parte mais importante de todo o processo. Dito
isto, é nesta etapa que o candidato tem a oportunidade de defender e apontar os pontos
mais relevantes do seu currículo. Assim, são obtidos dados complementares, tais como
competências comportamentais, expectativas acerca do trabalho, entre outras.
Adicionalmente, são fornecidas ao candidato informações sobre o cargo a exercer, a
organização, benefícios sociais e valores de remuneração. Existem três tipos de
entrevistas: tradicional, situacional e comportamental.
Direção
Colegas
Novo Chefia
membro
RH
Esta avaliação é realizada através de escalas de medidas e estas devem ser universais
e igualmente coerentes. Com isto, é essencial não criticar o trabalho do colaborador, mas
sim, através do reconhecimento de fragilidades, dar apoio e preparação, trazendo uma
perspetiva do que é necessário fazer no futuro de modo a estimular as suas competências
ao máximo e consequentemente, gerar níveis mais elevados de produtividade.
◦ Individual – tem por objetivo avaliar um dado desempenho profissional (ao nível
pessoal), bem como os requisitos necessários para desempenhar uma dada função da
melhor formal possível.
Figura 7- Os três
de formação
necessidade
Análise Organizacional
Análise da
tipos de análise da
necessidade de
Análise Operacional formação.
Análise Individual
A formação propriamente dita pode ser de diversos tipos, sendo os dois mais comuns:
formação presencial e formação à distância. A escolha do método depende, entre
outros fatores, do número de pessoas, do tempo disponível, do tipo de conteúdo e dos
custos envolvidos.
Consiste num método de formação que tem por base o contacto direto entre formador
e formando num espaço físico, como uma sala de aula ou um auditório. São exemplos
aulas e simulações.
De uma maneira geral, o regulamento define o que se pode ou não se pode fazer dentro
de uma organização, e deve ser cumprido tanto pelos funcionários como pelos
empregadores.
Ele prevê cláusulas sobre os deveres éticos e comuns aos funcionários, política para
uso de uniformes, máquinas, ferramentas, computadores e veículos da empresa, jornada
de trabalho, regras sobre atrasos e ausências, forma de pagamento dos benefícios e outros
temas dessa natureza.
Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, a remuneração não se foca apenas
no salário. Existem várias outras formas de compensar o trabalho exercido por um
trabalhador dentro da sua empresa, podendo ser gratificado por meio de diversos tipos de
bens ou serviços:
Deste modo, é importante para cada organização estudar e analisar os seus objetivos e
as suas metas, para, posteriormente, escolher o mecanismo de recompensa que melhor
se adequa às sua necessidades.
No entanto é preciso ter em conta que as despesas são também um fator que limita os
tipos de remuneração. Assim sendo, é recomendável fazer uma análise minuciosa da
relação de custo-benefício dos diferentes tipos de remuneração.
O ser humano possuidor de uma essência única e com características peculiares, faz
com que a previsão das suas reações seja difícil, motivo pelo qual não é fácil estabelecer
uma sequência de atividades a serem seguidas como se estes fossem máquinas. Tal como
acontecia na era Industrial em que as empresas procuravam atingir eficiência,
previsibilidade e rotina, contudo só a máquina consegue concretizar todos estes conceitos
e não o ser humano. Devido a este acontecimento verificou-se que os trabalhadores
estavam desmotivados e com falta de energia, facto que levou as chefias a concluir que o
produto final dependia das relações sociais e das condições de trabalho. Foi neste
ambiente que surgiram as equipas de Gestão de Recursos humanos, com o objetivo de
satisfazerem as pessoas e deste modo tornar a empresa mais eficiente e produtiva. Por
este motivo, a gestão dos Recursos Humanos vem assumindo um papel fundamental na
eficácia das organizações, uma vez que apenas as pessoas conseguem otimizar e conciliar
os recursos a seu dispor.
Finalizando, são os indivíduos que estão nas organizações que lhes dão a ação e a
cultura, porque como é obvio estas não têm vida própria. Além disso, é importante referir
que o sucesso das organizações depende da valorização do individuo.