Gêneros textuais do cotidiano digital

17/08/2021 Comunicação e Expressão
LAURICELLA, C. M.; SANDRONI, T. Dicas para escrever melhor. Rio

de Janeiro: Ciência Moderna,
8 GÊNEROS TEXTUAIS2013.DO COTIDIANO DIGITAL
LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 2005.

O desenvolvimento da internet alterou o modo como nos comunicamos. Não se
LISPECTOR, C. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
trata de uma mudança que atinge apenas os canais ou o tempo de comunicação. A
MARCUSCHI,
rede modificou L. A. eGêneros
a linguagem textuais
introduziu emergentes
ou modificou no contexto
gêneros textuaisda
no nosso
tecnologia
cotidiano. De acordodigital. In: MARCUSCHI,
com Marcuschi (2004, L.
p. A.;
13),XAVIER, A. C.
“na atual (org.). Hipertexto
sociedade da informação, a
internet e égêneros
uma digitais.
espécieRiodede Janeiro: Lucerna,
protótipo 2004. formas de comportamento
de novas
comunicativo”.
MARTINS, E. Manual de redação e estilo. 3. ed. São Paulo: O Estado
de S. Paulo,
Segundo Pierre 1997.
Lévy (2005), importante filósofo contemporâneo, as mídias
interativas eMEDEIROS,
as comunidades virtuais
J. B. Redação desterritorializadas
científica. abrem
São Paulo: Atlas, 2006. uma nova esfera
pública, que favorece a liberdade de expressão. Na sua visão, a internet cria um espaço
inclusivo deMEDINA, S. Memorial
comunicação, que dádemargem
Santa Cruz. São Paulo:
à renovação Mercado
profunda Aberto,
das condições da
1983.
vida pública no sentido de maior liberdade e responsabilidade dos cidadãos.
MEIRELES,
Lévy observa ainda C. Flor
que as de poemas. estão
webmídias 6. ed. liberadas,
Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
pelo menos no plano técnico,
1984. associadas a qualquer suporte particular existente. É viável editar, ao
das limitações
mesmo tempo e deJ. maneira
MELLO, A moral complementar, textos, imagens
e a ética no desenvolvimento dase crianças.
som, “com conteúdos
GGN.
organizados
2014. por temasDisponível
Adaptado. – eventualmente estruturados pelas preferências dos
em: http://jornalggn.com.br/noticia/a-
consumidores de informação – e não mais segundo grades de programação
moral-e-a-etica-no-desenvolvimento-das-criancas. Acesso em: 21 temporais
ou emissões
maiocronológicas”
2019. (Lévy, 2005, p. 369).
Diante disso, é importante

MORENO, estudarmos
A. C. Biólogo algumas
e quadrinista características
transformam decientífico
artigo gêneros textuais
do mundo digital,
sobre fundamentais
o ciclo para insetos
de vida dos a interação
em social.
história em quadrinhos. G1.
Disponível em: https://g1.globo.com/ciencia-e-
saude/noticia/2019/02/20/ biologo-e-quadrinista-transformam-
artigo-cientifico-sobre-o-ciclo-de-vida-dos-insetos-em-
historiaem- quadrinhos.ghtml?
Para estudar mais sobre o impacto da rede no nosso cotidiano, leia:
fbclid=IwAR3WtuRAFUmJDNlNyW35GcHL2y-
LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo:
739yLj5PuTjJZA4GfTaEKa4ybVRFN. AcessoEditora
em: 2034, 2005.
maio 2019.
NADÓLSKIS, H. Comunicação redacional. 13. ed. São Paulo: Saraiva,

2011.
ORLANDELI, W. A. e
8.1 Postagens Grump: um dia eu em
comentários chego lá! Sãosociais
redes Paulo: Sesi,
2016.

As redesPAES, J. P.
sociais Os melhores
possibilitam poemasdedealguns
a prática José Paulo Paes.
gêneros São Paulo:
textuais, como o post
Global,
(postagem) e o 1998.
comentário. Uma das características mais marcantes desses textos é o
hibridismo de linguagem, isto é, são usadas as linguagens verbal e não verbal (com os
QUINO. Toda Mafalda. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2010.
emoticons ou com os memes e gifs, por exemplo).
RABAÇA, C. A.; BARBOSA, G. Dicionário de comunicação. São Paulo:
Ática, 1998.
 8/8
RAMOS R Circuito fechado São Paulo: Globo 2012
https://sistemas.unip.br/ava/li/?token=5a8bd1d291f841209975248f8dd934d7&id=ad511191-c4c9-4c7e-9059-f3d41dae5f67 1/13
LAURICELLA,
O uso dos signos nãoC.verbais
M.; SANDRONI, T. Dicas
não é aleatório; elepara escrever
também melhor.sua
apresenta Riosintaxe e
de Janeiro:
seu impacto Ciência na
semântico Moderna, 2013. pois os emoticons expressam estados
mensagem,
emocionais LÉVY,
do enunciador e direcionam
P. Cibercultura. a interpretação
São Paulo: do que foi escrito. Vejamos o
Editora 34, 2005.
exemplo a seguir:
MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais emergentes no contexto da

tecnologia digital. In: MARCUSCHI, L. A.; XAVIER, A. C. (org.). Hipertexto
e gêneros digitais. Rio de Janeiro: Lucerna, 2004.

Figura 42
de S. Paulo, 1997.

MEDEIROS, J. B. Redação científica. São Paulo: Atlas, 2006.
Trata-se de uma mensagem simples, de feliz aniversário. No entanto, o uso dos
signos não MEDINA, S. Memorial
verbais acrescenta de Santa
leveza, Cruz.
alegria São Paulo:
e afeto Mercado
às palavras. No Aberto,
aspecto verbal,
1983.o prolongamento do “a” para indicar a fala esfuziante e o termo informal
observamos
“niver”.
MEIRELES, C. Flor de poemas. 6. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1984.
Os emoticons são de fácil apreensão por quem lê e cumprem importante função
comunicativa nas mensagens. Por serem signos não verbais, seus significados são
MELLO, J. A moral e a ética no desenvolvimento das crianças. GGN.
universais, ou seja, podem ser decodificados pelo leitor, independentemente da língua
2014. Adaptado. Disponível em: http://jornalggn.com.br/noticia/a-
que ele fala. De forma sintética, eles expressam o sentimento de quem enuncia e
moral-e-a-etica-no-desenvolvimento-das-criancas. Acesso em: 21
auxiliam na identificação de alguns recursos, como, por exemplo, a ironia. Vejamos
maio 2019.
alguns emoticons e seus significados:
MORENO, A. C. Biólogo e quadrinista transformam artigo científico

sobre o ciclo de vida dos insetos em história em quadrinhos. G1.
Quadro 2
Emoticons Possíveis “traduções”
historiaem- Estou aplaudindo quadrinhos.ghtml?
739yLj5PuTjJZA4GfTaEKa4ybVRFN.Fiquei Acesso
feliz em: 20 maio 2019.
NADÓLSKIS, H. Comunicação redacional. 13.feliz

Amei e fiquei ed. São Paulo: Saraiva,
2011.
Estou gargalhando, achei muito engraçado
ORLANDELI, W. A. Grump: um dia eu chego lá! São Paulo: Sesi,
2016. Fiquei triste
PAES, J. P. Os melhores poemas de José Paulo Paes. São Paulo:

Estou assombrado(a), espantado(a)
Global, 1998.
Estou chateado(a)
RABAÇA, C. A.; BARBOSA, G. Dicionário de comunicação.

Em lágrimas, São Paulo:
estou chorando muito
Ática, 1998.
 8/8
RAMOS R Circuito
LAURICELLA, C. M.; fechado São Paulo:
SANDRONI, T. Dicas Globo
para 2012
escrever melhor. Rio
Estou revirando os olhos: expressão de
de Janeiro: Ciência Moderna, 2013. “não acredito”, ou “ai, meu Deus”

Estou com raiva
Tenho nojo, vontade de vomitar
Os emoticons
e gêneros também podem
digitais. Rio ser substituídos
de Janeiro: pela combinação de sinais gráficos.
Lucerna, 2004.
Por exemplo, o sinal composto por dois-pontos seguidos do fechamento de parênteses
corresponde à carinha feliz :)
de S. Paulo, 1997.
A internet alterou a linguagem escrita a tal ponto que se criou um neologismo para
defini-la: o internetês. Trata-se da “língua” informal da rede, marcada pelas abreviações,
pelas grafiasMEDINA,
não convencionais,
S. Memorial depelo vocabulário
Santa Cruz. Sãoespecífico, pelas onomatopeias
Paulo: Mercado Aberto, e
pelos signos
1983.não verbais.
Além dasMEIRELES,
postagensC.produzidas ou compartilhadas
Flor de poemas. pelos usuários,
6. ed. Rio de Janeiro: as redes sociais
Nova Fronteira,
permitem os comentários. Trata-se de uma forma de manifestar o apoio ou o repúdio
1984.
ao que foi publicado. Veja, por exemplo, os comentários em uma postagem da página
Planeta Sustentável, que compartilhou a criação de um “banco da amizade”, no qual,
para ficar equilibrado, é necessária a presença de duas pessoas.
maio 2019.

Figura 43

As postagens e os comentários em redes sociais encontram-se no limite do público
739yLj5PuTjJZA4GfTaEKa4ybVRFN. Acesso em: 20 maio 2019.
e do privado. Ao mesmo tempo que a pessoa é “dona” do seu perfil, sua página pode
ser vista porNADÓLSKIS, H. Comunicação
muitas outras. Do mesmo modo,redacional.
aquilo13.
queed.seSão Paulo: em
comenta Saraiva,
outros posts
também 2011.
pode ser visualizado por milhares de “amigos” ou desconhecidos.
Ainda que ORLANDELI,

o acesso W.sejaA. Grump: aum
reduzido umdia eu chego
grupo, lá! São
nas redes, háPaulo: Sesi, da vida
exposição
2016.
particular, dos hábitos, dos passeios, das crenças etc. Você já deve ter lido sobre
pessoas quePAES,
foramJ. demitidas porquepoemas
P. Os melhores expressaram preconceitos
de José nasSão
Paulo Paes. redes sociais, por
Paulo:
exemplo.Global,
Por isso, há certas normas de conduta que devemos respeitar.
1998.
Leia na QUINO. sequência Toda o texto
Mafalda. de 2. Edgard
ed. SãoMurano. O neologismo
Paulo: Martins do título do texto
Fontes, 2010.
indica que é necessário seguir certas normas de etiqueta na internet.
Ática, 1998.
 A “netiqueta”: como se comportar corretamente 8/8 no mundo virtual

de Janeiro: Ciência Moderna, 2013.

Textos em maiúsculas (Caps Lock Em conversas informais, é normal que a
ativado), na maioria dos casos, dão a norma culta da língua seja posta de lado.
entender que você está gritando. Se O que não quer dizer que se possa
quiser destacar algo, sublinhe ou coloque escrever de qualquer jeito. Atenção para
entre aspas. Se o programa utilizado na os erros que podem mudar o significado
tecnologia digital. In: MARCUSCHI,
comunicação permitir, use o itálico ou o
L. A.; XAVIER, A. C. (org.). Hipertexto
do que se quis dizer, como usar “mais”
e gêneros
negrito, masdigitais.
sempre de Rio de moderada,
forma Janeiro: Lucerna,
em vez2004.
de “mas”, “e” em vez de “é”, “de”
para não poluir o texto. em vez de “dê” e assim por diante.
Questão cara em tempos de redes sociais,
de S. Paulo, 1997.
o cuidado com o que se publica é
MEDEIROS, J. B. Redação científica.essencial para Atlas,
São Paulo: evitar 2006.
mal-entendidos e
Ao enviar respostas em fóruns, listas de situações constrangedoras. Como o meio
MEDINA,
discussão S. Memorial
ou debates desociais
em redes Santa Cruz.
virtualSão Paulo:
permite Mercado
respostas Aberto,e
muito rápidas
como o Facebook, por exemplo, procure publicações instantâneas, pense antes de
1983.
ser claro sobre o que está falando ou a tornar públicos seus pensamentos. Por
que MEIRELES,
está se referindo. Copie
C. Flor de poemas. isso,
e cole um6. ed. pense,
Rio de escreva,
Janeiro:leia o queFronteira,
Nova escreveu e
trecho da questão, dê nome ao que você só depois publique na internet. Lembre-
1984.
pretende responder e evite deixar sua se de que suas opiniões ficarão
réplica solta, sem referências às registradas e podem ser facilmente
mensagens prévias nas quais você se associadas a seu nome numa busca
baseou. rápida. Evite também publicar
moral-e-a-etica-no-desenvolvimento-das-criancas.
informações que possam Acessolheem: 21
causar
maio 2019. problemas, como críticas ao seu chefe ou
o seu endereço.
MORENO,
Pontuação: por maisA. C. Biólogoque
informal e quadrinista transformam
seja o texto, artigo
o interlocutor científico
pode não conseguir
sobreo o
acompanhar ciclo
fluxo de de vida dos do
pensamento insetos em Daí
redator. história em quadrinhos.
a necessidade G1. Por isso,
de pausas.
atenção Disponível em: de parágrafos.
à pontuação e à divisão https://g1.globo.com/ciencia-e-

historiaem- Fonte: Campos e Rocha (2013, p. 270).
quadrinhos.ghtml?

8.2 Conversas in box
2011.
Quando estabelecemos um contato via WhatsApp ou Messenger, por exemplo,
dizemos que vamos “conversar”
ORLANDELI, com alguém.
W. A. Grump: um dia Oeuverbo
chegoescolhido revela, Sesi,
lá! São Paulo: na verdade,
uma característica
2016. essencial desse tipo de texto: sua proximidade com a oralidade.
Dessa forma,
PAES, trata-se
J. P. Osdemelhores
registrospoemas
escritosde
deJosé
formas de Paes.
Paulo dizer usadas comumente
São Paulo:
na fala. Global,
Além disso,
1998. são adotadas abreviações, onomatopeias, grafias diferentes e
figuras (linguagem não verbal). Veja a tirinha a seguir:

Ática, 1998.
 8/8


Figura 44

Observe que a resposta do sobrinho representa a entonação pelo prolongamento
de letras, e a grafia de palavras é baseada no som, e não na convenção da escrita.
Veja mais um exemplo, de um diálogo entre dois jovens:
de S. Paulo, 1997.

– Eae mano
MEDINA, vai fazerdeo Santa
S. Memorial q no feriado vamu
Cruz. São tomaMercado
Paulo: umas breja.
Aberto,
1983. – Não vou viajar.
1984.
Percebemos MELLO, J. A moral easa ética

nitidamente no desenvolvimento
questões referentes à das crianças.AGGN.
ortografia. grafia não
2014.éAdaptado.
convencional tão comum Disponível em: http://jornalggn.com.br/noticia/a-
nesses casos que muitos já leem “tomar” ou “tomá” quando
veem “toma”.
maio 2019.
Além dos problemas na grafia, notamos a ausência de pontuação. Essa
característicaMORENO,
faz com queA. C.oBiólogo e quadrinista
leitor, muitas transformam
vezes, tenha artigoocientífico
que adivinhar sentido da frase.
Observe,sobre o ciclo de
por exemplo, vida dosdo
a resposta insetos
amigo.em história emque
Entendemos quadrinhos.
ele não iráG1.viajar. No
entanto, Disponível em: depois do “não”,
se houver uma pausa https://g1.globo.com/ciencia-e-
que não foi marcada por vírgula (“Não,
saude/noticia/2019/02/20/
vou viajar”), biologo-e-quadrinista-transformam-
o sentido se altera completamente. Note, ainda, que a pergunta do colega
não estáartigo-cientifico-sobre-o-ciclo-de-vida-dos-insetos-em-
sinalizada com ponto de interrogação.
Sobre o modo de escrever em “internetês”, leia a crônica de Juremir Machado da
Silva:

2011. Uma questão de linguagem
– C ñ podia medescolá um trampo no CP, Ju?
2016.
–PAES,
Não J.apito
P. Osnada – respondi,
melhores poemasusando
de Joséuma
Paulolinguagem
Paes. Sãoque me
Paulo:
pareceu estranhamente anacrônica, embora dois minutos antes ainda
Global, 1998.
estivesse fresquinha na minha cabeça e ultrapassado fosse apenas um
QUINO.
colega meu Toda
que Mafalda.
fala “que2. pequena”
ed. São Paulo:
todaMartins
vez queFontes, 2010.gatinha
vê uma
maneira.
Ática, 1998.
– Sei, Ju, mas vctrampa no CP, ñ8 trampa?
 /8
–LAURICELLA,
Bem, acho queC. M.;
sim.SANDRONI,
Quer dizer, T. Dicas (fiquei
trampo para escrever melhor.
imaginando Rio
o mais-
de Janeiro: Ciência
que-perfeito Moderna,
do verbo 2013.
trampar).
–LÉVY,
EntãoP.pq
Cibercultura. Sãome
ñ faz fprça pra Paulo:
aju.Editora
Qrosaí 34, 2005.
de ksa.
–LISPECTOR, C.bem.
Não entendi A hora
Nãodapodes
estrela.escrever
Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
em português?
–MARCUSCHI, L. pra
Pô, Ju, já te flei A. Gêneros textuais emergentes no contexto da
naum c tiozinho.
– Tenhodigitais.
e gêneros as minhasRiolimitações.
de Janeiro: Lucerna, 2004.
–MARTINS,
:-) E. Manual de redação e estilo. 3. ed. São Paulo: O Estado
de–S.Hummm...
Paulo, 1997.
–MEDEIROS,
Tô 100% J. B. Redação científica. São Paulo: Atlas, 2006.
–MEDINA, S. Memorial
Por que não deemprego?
arranja um Santa Cruz. São Paulo: Mercado Aberto,
1983.
– :-(
– Qual é?
1984.
– É isso. Qro um trampo.
2014. Adaptado.
– Não é comigo. Disponível em: http://jornalggn.com.br/noticia/a-
– Pqvcnaumxegou na hr q eu t flei?
maio 2019.
– Pirou?
– C eh
sobre o um
ciclokra
deirado,
vida Ju,
dosnaum vacila.
insetos em história em quadrinhos. G1.
– Não, não estou irritado nem irado, moça. Só não sei do que tu
estás falando. Para mim tudo isso é grego.
– Naumflei q c tavairtdo. Flei q c eh irado.
– Chega dessa conversa fiada.
– Kd teu humor?
– Não tenho.
2011.
–ORLANDELI,
Qro c akicmg.W. A. Grump: um dia eu chego lá! São Paulo: Sesi,
2016.
– Isso não é chinês. É grego. Ou bula de penicilina. Acho que te falta
superego
PAES, ou
J. uma
P. Osterapia ocupacional.
melhores poemas de José Paulo Paes. São Paulo:
Global, 1998.
– Naumsaquei. Axo c tbenrldo.
–QUINO.
Qual é aToda Mafalda.
profissão 2. ed.
do teu São Paulo: Martins Fontes, 2010.
pai?
–RABAÇA,
Advgdo. C. A.; BARBOSA, G. Dicionário de comunicação. São Paulo:
Ática, 1998.
 – :-) 8/8
–LAURICELLA, C. M.;Irado!!!!!!
C vai rapdo, kra!!! SANDRONI, T. Dicas para escrever melhor. Rio
– Teu pai não te corrige quando tu usas esse internetês?
– Naum tem como. Ele usa data vênia em @.
– Ah.
– Ele eh mto
tecnologia 100In:
digital. noção. Axo esseL.trampo
MARCUSCHI, do vlhodoidao.
A.; XAVIER, A. C. (org.). Hipertexto
e gêneros
– O velhodigitais. Rio de Janeiro: Lucerna, 2004.
é doidão?
–MARTINS,
O trampo E. Manual de redação e estilo. 3. ed. São Paulo: O Estado
dele.
de S. Paulo, 1997.
– Hummm...
– Adoro qd tu eh clro assim.
MEDINA, S. Memorial de Santa Cruz. São Paulo: Mercado Aberto,
– Vai procurar a tua turma, fedelha.
1983.
– Pior eh o meu avô.
1984.
– Ah, bom! O que ele faz?
–MELLO, J. A moral e aQue

Eh desembargador. ética no desenvolvimento
trampo das crianças. GGN.
irado! Muito irado!!!!!!
– Tu és filha de advogado, neta de desembargador e pede trampo
pra mim. Por que não trampa no Judiciário?
maio 2019.
– Kra, agora naum dá . Depois da súmula vinculante 13, o bixopgou.
Naum tem mole.
– Qro um trampo
Disponível no CP, Ju.
em: https://g1.globo.com/ciencia-e-

Fonte: Silva (2009).
O autor revela seu estranhamento em relação à linguagem da jovem e como esse
uso afeta a comunicação entre eles, de gerações distintas.
2011.

2016.
8.3 Fóruns de discussão

Para quemPAES, J. P.um
realiza Oscurso
melhores poemasosde
a distância, José de
fóruns Paulo Paes. são
discussão São comuns
Paulo: na sua
Global, de
rotina. Trata-se 1998.
uma plataforma em que se aborda um assunto predeterminado por
meio da interação
QUINO.entre
TodaasMafalda.
pessoas2.do grupo.
ed. São Paulo: Martins Fontes, 2010.
As mensagens RABAÇA, sãoC.enviadas
A.; BARBOSA, de forma imediata para
G. Dicionário os membrosSão
de comunicação. da lista.
Paulo:É um tipo
de comunicação Ática, 1998. assíncrona, que permite que, antes de encaminhar a mensagem, o
 autor reflita, faça correções e, então, manifeste 8/8
suas ideias e seus posicionamentos
LAURICELLA,
sobre a questão proposta.C. M.; SANDRONI, T. Dicas para escrever melhor. Rio
Os fóruns têm finalidade pedagógica, pois a troca de ideias sobre o tema proposto
visa à melhorLÉVY,compreensão
P. Cibercultura.deSãoconceitos
Paulo: Editora 34, 2005.
estudados e à construção de novos
conhecimentos. Trata-seC.de
LISPECTOR, A uma
hora ferramenta quedeestimula
da estrela. Rio Janeiro:aRocco,
assimilação
1998. de conteúdo e
a explanação de dúvidas.
Nessetecnologia
ambiente,digital.
deve predominar
In: MARCUSCHI,a linguagem formal,
L. A.; XAVIER, com
A. C. a obediência
(org.). Hipertextoà norma
culta. É efundamental que Rio
gêneros digitais. o participante exponha2004.
de Janeiro: Lucerna, suas ideias e seus comentários de
forma clara e bem redigida.
de S. Paulo, 1997.
8.4 Blogs

MEDINA,
O blog surgiu S. Memorial
como de Santa
uma espécie Cruz.virtual
de diário São Paulo: Mercado
público. Nele, aAberto,
pessoa expõe
1983.
atividades do seu cotidiano ou aborda questões referentes a um tema específico. As
postagens mais recentes
MEIRELES, vão
C. Flor se sobrepondo
de poemas. 6. ed. Rioàsdemais antigas,
Janeiro: Nova que permanecem
Fronteira,
registradas na página.
1984.
Com o tempo,
MELLO,os
J. blogs foram
A moral se transformando
e a ética em páginas
no desenvolvimento de conteúdo
das crianças. GGN. político,
cultural ou acadêmico.
2014. Trata-se
Adaptado. de um
Disponível gênero que pode apresentar variados formatos,
em: http://jornalggn.com.br/noticia/a-
com o uso de imagens e vídeos também.
maio 2019.

Disponível
Os blogs em:
compostos essencialmente de vídeos
https://g1.globo.com/ciencia-e-
recebem o nome de vlogs. Os que
apresentam fotos como principal postagem são os fotologs.
A consolidação do gênero deveu-se, especialmente, ao fato de ser uma ferramenta
NADÓLSKIS,
sem custo, de fácil uso eH.capaz
Comunicação
de tornarredacional. 13. ed. um
qualquer pessoa São produtor
Paulo: Saraiva,
de conteúdo.
2011. assumem atualmente a profissão de blogueiro, e seu desempenho
Muitas pessoas
depende doORLANDELI,
número de W. seguidores queum
A. Grump: conseguem. O sucesso
dia eu chego lá! Sãode um blog
Paulo: Sesi, na rede
pode render
2016.a seu autor patrocínios e outras formas de renda.
Os blogsPAES,
são construídos com base
J. P. Os melhores no hipertexto,
poemas de José isto é, com
Paulo Paes.a sugestão de outros
São Paulo:
links queGlobal,
levam1998.
o leitor a novas páginas. Além disso, permitem a interatividade por
meio de comentários.
Hipertexto é uma forma de leitura não linear em que o indivíduo tem a
possibilidadeRABAÇA, C. A.;
de trilhar BARBOSA,
outros G. Dicionário
caminhos, de comunicação.
que complementam São Paulo:
(ou mesmo alteram) o
Ática, 1998.
tema pesquisado. No texto da internet, veem-se palavras em destaque. Ao clicar sobre
 8/8
LAURICELLA,
elas, o usuário é levado C. M.; SANDRONI,
a outra T. alguns
página. Em Dicas para escrever
casos, melhor.
ele pode nemRio
retornar à
página inicial.
Com o LÉVY, P. Cibercultura.

tempo, São Paulo:osEditora
surgiram também blogs34,cooperativos,
2005. ou seja, aqueles
construídos LISPECTOR,
por mais deC.uma pessoa.
A hora É o que
da estrela. Rioocorre com oRocco,
de Janeiro: blog Brasil
1998.Acadêmico, que
se afirma como o “blog do acadêmico descolado”. Como o nome indica, trata-se de
uma página com notícias e textos sobre o universo acadêmico, destinado
especialmente a estudantes.
A figura a seguir mostra uma postagem dessa página:
de S. Paulo, 1997.

1983.

1984.
Figura 45
maio 2019.
Blogosfera é o nome que indica o conjunto de weblogs que formam uma
comunidade virtual.
historiaem- 8.5 Memes quadrinhos.ghtml?
739yLj5PuTjJZA4GfTaEKa4ybVRFN.
O meme, como o conhecemos, é um gênero Acessotextual
em: 20 que
maionasceu
2019. na rede. Sua
característicaNADÓLSKIS,
básica é oH. humor. Com redacional.
Comunicação base em fatos
13. ed.cotidianos
São Paulo:eSaraiva,
em temas do
momento, como política, por exemplo, o meme viraliza rapidamente e expõe críticas
2011.
que provocam riso.
Na maioria
2016. dos casos, trata-se de um texto híbrido, ou seja, composto por
linguagem verbal e não verbal. No aspecto verbal, predomina a informalidade e são
aceitos desvios em relação à norma culta.
Global, 1998.
Em muitos casos, o meme é construído por meio da intertextualidade, com
referência a falas de personalidades, a imagens de figuras públicas ou a obras
conhecidas. RABAÇA,
São comuns,
C. A.; por exemplo,
BARBOSA, os memes de
G. Dicionário que se apropriam
comunicação. SãodaPaulo:
capa de um
Ática, 1998.
 8/8
livro, de umaLAURICELLA, C. M.;

cena de novela ouSANDRONI,
de uma sérieT.para
Dicas para escrever
construir melhor. Rio
sua mensagem. É o que se
observa deno Janeiro:
meme aCiência
seguir, Moderna,
montado 2013.
com base na máxima do filósofo iluminista Jean-
Jacques Rousseau
LÉVY, P.(“O homem nasce
Cibercultura. Sãobom,
Paulo:a Editora
sociedade
34, o2005.
corrompe”).


de S. Paulo, 1997.

1983.

1984.

Figura 46

Outra estratégia muito utilizada na elaboração de memes é o uso de imagens de
maio 2019.
animais com expressões ou comportamentos risíveis, como se vê nas figuras a seguir:

2011. Figura 47

2016.

Global, 1998.

Ática, 1998.
 8 / 848
Figura

RESUMO 
Questão 1

LISPECTOR,
(Cespe-UnB C. A horaConsidere
2010, adaptada) da estrela.oRio de Janeiro:
requisito Rocco, 1998.
abaixo.
MARCUSCHI,
A redação oficial deve L.caracterizar-se
A. Gêneros textuais emergentes no
pela impessoalidade, usocontexto da culto de
do padrão
tecnologia
linguagem, clareza, digital.
concisão,In: formalidade
MARCUSCHI,e L. A.; XAVIER, A. C. (org.). Hipertexto
uniformidade.
Fonte: Manual de redação da presidência da República. 2002.
Assinale MARTINS,
a opção em E. que
Manual de redação
o fragmento e estilo. 3. ed.
apresentado São aPaulo:
atende O Estado
esse requisito.
de S. Paulo, 1997.

Ficamos felizes com o resultado da análise porque foi melhor do que
A
imaginávamos.
1983.
Talvez seja bom rever o assunto do pedido de análise. Consideramos um tanto
B
quanto MEIRELES,
questionável
C. aFlor
suaderealização,
poemas. 6.que
ed.para
Rio nos daria muito
de Janeiro: Novatrabalho.
Fronteira,
1984.
C A produção não atendeu à legislação, à qual deverá ser revista.
2014. Adaptado.
O presidente Disponívelde
falou claramente em: http://jornalggn.com.br/noticia/a-
que a decisão é inteligente e mais simples do
D
que moral-e-a-etica-no-desenvolvimento-das-criancas.
a lei vigente. Acesso em: 21
maio 2019.
A adequação dos produtos às normas legais implica risco diminuído de acidentes
E MORENO, A. C. Biólogo e quadrinista transformam artigo científico
aos consumidores.
-      -
saude/noticia/2019/02/20/ Acertou!
biologo-e-quadrinista-transformam-

historiaem-
Análise da questão 
quadrinhos.ghtml?

Questão 2
2011. o post e as afirmativas a seguir:
Considere
2016.

Global, 1998.

Ática, 1998.
 8/8



de S. Paulo, 1997.

FiguraCruz.
MEDINA, S. Memorial de Santa 49 São Paulo: Mercado Aberto,
1983.
I – O post apresenta
MEIRELES, C.um
Florargumento
de poemas.concreto contra
6. ed. Rio uma ideia
de Janeiro: NovadoFronteira,
senso comum: a
de que as pessoas depressivas não têm momentos de alegria.
1984.
II – O post utiliza
MELLO, J. Alinguagem informal
moral e a ética e apresenta desvios
no desenvolvimento em relação
das crianças. GGN.à norma
padrão. 2014. Adaptado. Disponível em: http://jornalggn.com.br/noticia/a-
moral-e-a-etica-no-desenvolvimento-das-criancas.
III – O post tem estrutura predominantemente descritiva, com Acesso em: 21principal
a intenção
de relatarmaio 2019.
um episódio.
É corretoMORENO, A. C. Biólogo
o que se afirma em: e quadrinista transformam artigo científico

A I, II e III.
B I e II,fbclid=IwAR3WtuRAFUmJDNlNyW35GcHL2y-
apenas.
C II e III, apenas.
2011.
D I e III, apenas.
2016.
E II, apenas.
Global, 1998. -      -
QUINO. Toda Mafalda. 2. ed.Acertou!
São Paulo: Martins Fontes, 2010.
Resolução  RABAÇA, C. A.; BARBOSA, G. Dicionário

de comunicação. São Paulo:
Ática, 1998.
 8 / 8
LAURICELLA, C. M.; SANDRONI, T. Dicas4 para escrever melhor. Rio

Interatividade

Eles surgiram como
LÉVY, P. diários virtuais
Cibercultura. e hoje
São Paulo: são 34,
Editora fontes
2005.de geração de renda para
muitos especialistas. Eles são:


A Os Sites.
de S. Paulo, 1997.
B Os Blogs.
C Os e-mails.
1983.
D As redes sociais.
1984.
E Os jogos virtuais.
2014. Adaptado. Disponível
-  em: http://jornalggn.com.br/noticia/a-
    -
maio 2019. Acertou!

FIGURAS E ILUSTRAÇÕES 
saude/noticia/2019/02/20/ biologo-e-quadrinista-transformam- REFERÊNCIAS 

2011.

2016.

Global, 1998.

Ática, 1998.
 8/8

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17/08/2021 Comunicação e Expressão

LAURICELLA, C. M.; SANDRONI, T. Dicas para escrever melhor. Rio

LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 2005.

Diante disso, é importante

NADÓLSKIS, H. Comunicação redacional. 13. ed. São Paulo: Saraiva,

MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais emergentes no contexto da

MARTINS, E. Manual de redação e estilo. 3. ed. São Paulo: O Estado

NADÓLSKIS, H. Comunicação redacional. 13.feliz

PAES, J. P. Os melhores poemas de José Paulo Paes. São Paulo:

RABAÇA, C. A.; BARBOSA, G. Dicionário de comunicação.

de Janeiro: Ciência Moderna, 2013. “não acredito”, ou “ai, meu Deus”

LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 2005.

MORENO, A. C. Biólogo e quadrinista transformam artigo científico

Ainda que ORLANDELI,

LAURICELLA, C. M.; SANDRONI, T. Dicas para escrever melhor. Rio

LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 2005.

RABAÇA, C. A.; BARBOSA, G. Dicionário de comunicação. São Paulo:

LAURICELLA, C. M.; SANDRONI, T. Dicas para escrever melhor. Rio

LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 2005.

MEDEIROS, J. B. Redação científica. São Paulo: Atlas, 2006.

Percebemos MELLO, J. A moral easa ética

–MELLO, J. A moral e aQue

MORENO, A. C. Biólogo e quadrinista transformam artigo científico

Com o LÉVY, P. Cibercultura.

MEDEIROS, J. B. Redação científica. São Paulo: Atlas, 2006.

MEDINA, S. Memorial de Santa Cruz. São Paulo: Mercado Aberto,

MEIRELES, C. Flor de poemas. 6. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,

livro, de umaLAURICELLA, C. M.;

LISPECTOR, C. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais emergentes no contexto da

MARTINS, E. Manual de redação e estilo. 3. ed. São Paulo: O Estado

MEDEIROS, J. B. Redação científica. São Paulo: Atlas, 2006.

MEDINA, S. Memorial de Santa Cruz. São Paulo: Mercado Aberto,

MEIRELES, C. Flor de poemas. 6. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,

MELLO, J. A moral e a ética no desenvolvimento das crianças. GGN.

NADÓLSKIS, H. Comunicação redacional. 13. ed. São Paulo: Saraiva,

ORLANDELI, W. A. Grump: um dia eu chego lá! São Paulo: Sesi,

PAES, J. P. Os melhores poemas de José Paulo Paes. São Paulo:

QUINO. Toda Mafalda. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

RABAÇA, C. A.; BARBOSA, G. Dicionário de comunicação. São Paulo:

LAURICELLA, C. M.; SANDRONI, T. Dicas para escrever melhor. Rio

PAES, J. P. Os melhores poemas de José Paulo Paes. São Paulo:

QUINO. Toda Mafalda. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

RABAÇA, C. A.; BARBOSA, G. Dicionário de comunicação. São Paulo:

LAURICELLA, C. M.; SANDRONI, T. Dicas para escrever melhor. Rio

LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 2005.

LISPECTOR, C. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais emergentes no contexto da

MARTINS, E. Manual de redação e estilo. 3. ed. São Paulo: O Estado

MEDEIROS, J. B. Redação científica. São Paulo: Atlas, 2006.

Resolução  RABAÇA, C. A.; BARBOSA, G. Dicionário

LAURICELLA, C. M.; SANDRONI, T. Dicas4 para escrever melhor. Rio

NADÓLSKIS, H. Comunicação redacional. 13. ed. São Paulo: Saraiva,

ORLANDELI, W. A. Grump: um dia eu chego lá! São Paulo: Sesi,

PAES, J. P. Os melhores poemas de José Paulo Paes. São Paulo:

QUINO. Toda Mafalda. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

RABAÇA, C. A.; BARBOSA, G. Dicionário de comunicação. São Paulo:

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