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ÉTICA, CIDADANIA

E INCLUSÃO SOCIAL
Ficha Catalográfica

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Ética, Cidadania e Inclusão Social

São Paulo
2019
FICHA TÉCNICA
Prof. José Fernando Pinto da Costa
Presidência da Mantenedora

Prof. Dr. Décio Correa de Lima


Vice-presidência Executiva

Prof. José Fernando Pinto da Costa


Reitoria

Sthefano Bruno Pinto da Costa


CEO

Profa. Ma. Patrícia Paiva Goncalves Bispo


Diretora do Núcleo de Educação a Distância

Prof. Me. Fernando Henrique Ferreira


Coordenador de Estudos Online

Prof. Me. James Riozo Takahama


Coordenador de Área

Prof. Me. James Riozo Takahama


Revisor de Conteúdo

Rogério Batista Furtado


Supervisor de Conteúdo

Profa. Ma. Márcia Aparecida da Silva Leão


Autoria

Este conteúdo foi produzido pelo Núcleo de Educação a Distância da


Universidade Brasil e sua reprodução e distribuição são autorizadas
apenas para alunos regularmente matriculados em cursos de
graduação, pós-graduação e extensão da Universidade Brasil e das
Faculdades e dos Centros Universitários que mantêm Convênios de
Parceria Educacional ou Acordos de Cooperação Técnica com a
Universidade Brasil, devidamente celebrados em contrato.
APRESENTAÇÃO

Car@ Alun@,

Valores éticos e morais são atualmente elementos tão solicitados e


argumentados para que possamos ter e conviver em uma sociedade justa,
com condições de crescer como grupo social equilibrado, cujo cada ser
humano respeite-se e multiplique esse tratamento em suas relações. Parece
uma tarefa muito difícil? Talvez, nem tanto, quando praticamos nossa
consciência e ações no processo de desenvolvimento social harmonioso e
saudável. O Bem-estar social é o objetivo fundamental desta tarefa e no
modo de pensar das sociedades. Portanto, preparem-se para refletirmos ao
longo destes encontros alguns conceitos e análises que nos farão
compreender a Ética, a Cidadania e a Inclusão Social em sua importância,
assim como, necessitamos respirar para sobreviver. Bons estudos!

Bons estudos!
ÉTICA, CIDADANIA E INCLUSÃO SOCIAL

1
ÉTICA E CIDADANIA NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
1. A ORIGEM DA ÉTICA COMO ELEMENTO SOCIAL FUNDAMENTAL..................... 7
1.1. Ética e valores sociais na Pré-História e na Antiguidade ............................. 7
1.2. Ética e valores sociais na Era Medieval....................................................... 10
2. ÉTICA E CIDADANIA CONSTITUEM UMA CIÊNCIA ............................................. 11
2.1. O Pensamento Moderno de Cidadania ........................................................ 12
2.2. A Ética faz a Guerra? ..................................................................................... 14
3. O NEOLIBERALISMO E A FORMAÇÃO DA CIDADANIA ....................................... 14
4. REVISÃO DA AULA ................................................................................................ 15
5. REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 16
AULA 1

ÉTICA E CIDADANIA NA
HISTÓRIA DA HUMANIDADE

Compreender a importância da Ética a partir da formação social


dos grupos na história da humanidade;

Refletir sobre os diferentes pensamentos e comportamentos


sociais a partir da evolução histórica de cada grupo;

Identificar quais foram os caminhos adotados pelas


sociedades para conviver em uma sociedade cada vez mais
complexa.

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1. A ORIGEM DA ÉTICA COMO ELEMENTO SOCIAL FUNDAMENTAL

Definitivamente, o homem não é um ser isolado, não nasceu para viver isolado da sua
espécie e muito menos, consegue viver sem o convívio de outras pessoas. Há indivíduos que
afirmam categoricamente que não precisam de outras para tocar a vida, mas sabemos que
isto não é uma verdade; afinal, mesmo que viva isolado em um ambiente, as relações com
outras pessoas são inevitáveis. Sob esta ótica, vejamos como isso se deu no decorrer da
evolução humana.

1.1. Ética e valores sociais na Pré-História e na Antiguidade

Na pré-história, por exemplo, durante o período Paleolítico (entre 2 milhões a.C. a 10


mil a.C. aproximadamente) os grupos humanos, com suas diferenças evolutivas andavam em
bandos, sem o reconhecimento da própria espécie, como identidade de grupo, mas já dividiam
e guerreavam por interesses de sobrevivência.

Temos aqui apenas o registro de uma base social complexa, sem nenhuma regra ou
modelo de convivência, entretanto, vale salientar que há registros investigativos que
comprovam por meio dos desenhos rupestres e vestígios encontrados por cientistas, que,
dificilmente o hominídeo estava só. A ética não existia como padrão de comportamento; cada
indivíduo defendia o seu modo de sobrevivência, usando da violência e de trapaça, entretanto
havia um certo respeito sobre aquele que dominava e defendia o seu território.

7
Figura 1 – Período Paleolítico ou Idade da Pedra.1
No período Neolítico , há um princípio de organização e formação social por meio do
2

modo de construção de uma sociedade coletora. Este é o período em que a prática nômade
diminui e algumas áreas já são tomadas por povos sedentários. As tarefas são distribuídas
entre homens, mulheres e crianças, no entanto, a ética se apresenta num contexto de trabalho
e modo de sobrevivência a partir dos recursos naturais. Formam-se as aldeias e com elas, as
primeiras cidades e aglomerados populacionais.

Figura 2 – Período Neolítico.3

É importante destacar que tanto no Paleolítico como no Neolítico as atividades sociais


se mesclavam, portanto, havia sociedades evoluídas no Paleolítico, assim como, havia
sociedades mais atrasadas e ainda sobrevivendo só da caça e da pedra lascada, no Neolítico.

1
Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada faz referência ao primeiro período da pré-história, que aconteceu há aproximadamente
2,5 milhões de anos a.C., em que o homem utilizava pedra lascada como principal arma de caça. Disponível em:
http://queconceito.com.br/paleolitico>. Acesso em: 02/07/2018.
2
O último período da pré-história é o Neolítico, que também é chamado de Nova Pedra e de Pedra Polida, teve duração de 10 a
6 mil anos a. C. e terminou com o surgimento da escrita, precedendo a Idade dos Metais. Disponível em:
http://4.bp.blogspot.com/-eh-ZljdZo98/URqDIlgbRRI/AAAAAAAAAN8/t9fq4_7CTfg/s1600/neolitico.jpg>.
Acesso em: 02/07/2018
3
O último período da pré-história é o Neolítico, que também é chamado de Nova Pedra e de Pedra Polida, teve duração de 10 a
6 mil anos a. C. e terminou com o surgimento da escrita, precedendo a Idade dos Metais. Disponível em:
http://4.bp.blogspot.com/-eh-ZljdZo98/URqDIlgbRRI/AAAAAAAAAN8/t9fq4_7CTfg/s1600/neolitico.jpg>.
Acesso em: 02/07/2018

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SAIBA MAIS

A análise sobre este princípio de evolução humana e as questões éticas


poderão ser processadas a partir do documentário do Discovery Channel em:
<https://www.youtube.com/watch?v=Nwt4WZN6ydk>

Com o crescimento das cidades e aumento da população, muitas organizações sociais


passaram a surgir, caracterizando um modo de vida baseado no controle e na liderança. Os
grupos desenvolveram o modo de vida política.

Antiguidade ou Idade Antiga é o período da história contado a partir do


desenvolvimento da escrita, mais ou menos 4000 anos a.C., até a queda do Império Romano
do Ocidente, em 476 da era Cristã. O privilegiado ou o dotado da habilidade de domínio da
escrita obteria o poder político e a tarefa de administrar a sociedade.

Desde os egípcios, passando pelos fenícios, hebreus, mesopotâmia até a formação


das sociedades grega e romana, esses grupos exercitaram um modo de cidadania e ética com
base nas diferenças sociais e na classificação socioeconômica de cada grupo.

FIQUE ATENTO

É neste contexto que as diferenças e classes sócias determinam o grau de


importância de cada indivíduo, conforme seu status social. Não podemos
deixar de lembrar que a variação estamental não acontecia; quem nascia
escravo, ele e sua linhagem seriam assim até o fim da vida e o oposto, quem
nascia na nobreza, teria sua linhagem nesta categoria.

A ética tornou-se um padrão de afirmação para a existência de instituições políticas


complexas, uma hierarquia social diversificada e de outros sistemas e convenções que se
aplicam largamente a uma população. Os valores eram conduzidos de acordo com as
vontades do líder, do chefe, do imperador.

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1.2. Ética e valores sociais na Era Medieval

Conforme o homem foi evoluindo e subsequentemente foi aprendendo a controlar poe


meio da política a capacidade de concorrer entre si para chegar ao poder, atingiu patamares
jamais imaginados hoje.

A Era medieval foi marcada pela chegada do clero ao poder e seu domínio territorial e
econômico. Graças à fragilidade da monarquia neste processo de dominação e concorrência
territorial por meio de guerras e de conflitos entre grupos.

SAIBA MAIS

Em: HUBERMAN, Leo; Dutra, Waltensir (trad). A História da Riqueza do


Homem. 21ª. Rio de Janeiro: LTC, 2008.

A Idade Média teve início na Europa com as invasões germânicas (bárbaras) no século
V, sobre o Império Romano do Ocidente. Essa época estende-se até o século XV, com a
retomada comercial e o renascimento urbano. A Idade Média caracteriza-se pela economia
ruralizada, enfraquecimento comercial, supremacia da Igreja Católica, sistema de produção
feudal e sociedade hierarquizada.

Este cenário demonstra sociedades extremamente desvalorizadas e desprezadas em


seus valores. Ainda, a falta de mobilidade social elevava aspectos do favoritismo político por
meio do sistema de vassalagem4 , todo esse processo distanciava questões éticas como
característica democrática e justa para a sociedade.

FIQUE ATENTO

Todos os poderes jurídico, econômico e político concentravam-se nas mãos


dos senhores feudais, donos de lotes de terras (feudos). Sendo o Clero,
também dono de feudos e controlador cultural (aplicava a cultura do medo,
do pecado), não havia a menor possibilidade de praticar a cidadania.

4
O suserano era quem dava um lote de terra ao vassalo, sendo que este último deveria prestar fidelidade e ajuda ao seu
suserano. O vassalo oferecia ao senhor, ou suserano, fidelidade e trabalho, em troca de proteção e um lugar no sistema de
produção. As redes de vassalagem se estendiam por várias regiões

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As diferenças no modo de vida entre Senhores Feudais e Camponeses eram gritantes,
desde a moradia, passando pelas vestimentas e alimentação. O Poder tinha que estar
destacado para fomentar a subserviência.

Figura 3 – A sociedade medieval5

2. ÉTICA E CIDADANIA CONSTITUEM UMA CIÊNCIA

Todo abuso tem limites; talvez fosse essa a base, o princípio, para definir o que é Ética
e Cidadania, afinal? Vimos que até a Era medieval, a evolução do homem em sociedade,
apenas postulou o modo de vida política e econômica num contexto da desigualdade e
injustiça social.

Se considerarmos que ao final da Era medieval, o desenvolvimento da prática racional


e a busca pelo ordenamento jurídico levaram as sociedades a refletirem seus aspectos sócio
históricos, ético-histórico, na busca pela moralidade e identidade social, podemos considerar
que estes são os sinais da chegada da Era Moderna. Era dos questionamentos, das
contestações e sobretudo dos julgamentos baseados no corpo do indivíduo e não, somente,
numa base política autoritária (pelo menos foi o princípio de alguns movimentos ou
manifestações).

A ciência responsável por fomentar este novo comportamento do indivíduo foi a


filosofia. O berço da filosofia é a sociedade grega que abordou os temas da ética e cidadania.

5
Fonte: < https://pt.slideshare.net/carla77/a-sociedade-medieval-parte-1-11240435>. Acesso em: 02/07/2018.

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O discurso ético filosófico grego é um discurso de afirmação da cidadania no sentido mais
completo do termo, ou seja, a participação ativa e efetiva nas decisões da cidade, participação
nas riquezas coletivas e gozo de direitos definidos coletivamente. No período medieval, esta
caracterização de cidadania desaparece. Impõem-se os valores e crenças religiosas e o
interesse por questões espirituais em detrimento de questões materiais e políticas. Com o
advento da modernidade crescem as necessidades de manifestações de interesses
particulares em espaços públicos, formando assim, sociedades com somas de seus desejos
comuns para o bem-estar de todos.

Partimos do pressuposto de que, sendo a filosofia a ciência do pensamento e da


lógica, caminhou-se no oposto do Clero que pregava pela fé e o medo, bem como ao oposto
também da monarquia que pelo sistema de servidão e dependência, afastou qualquer
possibilidade para o exercício da lógica e do raciocínio.

2.1. O Pensamento Moderno de Cidadania

Trata-se de um espaço de debates com a função política de transformar pessoas


privadas em sujeitos da esfera pública (Habermas, 1984). Tendo como definição e princípio
ético a ideia de que Ética é o nome dado ao ramo da filosofia dedicada aos assuntos morais.
A palavra ética é derivada do grego, e significa aquilo que pertence ao caráter. A palavra “ética”
vem do Grego “ethos” que significa “modo de ser” ou “caráter”6 .

Contudo, ao analisarmos a necessidade que cresce na primeira metade da Era


moderna, ou seja, considerar cada cidadão responsável pelos seus atos e comprometido com
as práticas políticas no modo de organização social, veremos que a ética e a moral têm uma
grande influência na cidadania, pois dizem respeito à conduta do ser humano. A ética e
cidadania estão relacionados com as atitudes dos indivíduos e a forma como estes interagem
uns com os outros na sociedade.

Para os grupos, passa a ser natural questionar as contradições e as distorções que


sustentavam os privilégios que a nobreza e o clero insistiam em manter, logo, houve, por isto,

6
https://www.significados.com.br/etica-e-cidadania/

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fortalecimento de uma cidadania essencialmente mais próxima da experiência clássica7, uma
vez que a igualdade e a liberdade tornaram-se seus princípios básicos.

Durante o regime Absolutista, a cidadania era aceita como obra Divina ou outorgada
pelo poder, como se fosse por meio do autoritarismo e posição da monarquia, que viria o
resultado de um modelo social. O Estado Hobbesiano, o Leviatã, nasce como uma solução
para evitar anarquia social: o homem é lobo do homem, fundamental no fornecimento da base
jurídica às grandes revoluções burguesas. Antes do Estado, havia um estado de natureza,
onde havia liberdade e igualdade. Os indivíduos decidiam livremente, por contrato social,
instituir o Estado, que passa a representar a vontade de todos, assim como bem comum, pela
ótica de Rousseau.

Esse ânimo de mudança se deu com o retorno do ideal republicano do mundo clássico.
O Renascimento permitiu a construção das bases para o nascimento da moderna cidadania,
em pleno século XVIII, enquanto aconteciam as Revoluções dos Estados Unidos, de 1776, e
Francesa, de 1789. A incompatibilidade entre a monarquia absoluta e a cidadania (de
inspiração greco-romana e sua liberdade civil), obriga os pensadores modernos a redefinir o
que seja sua própria cidadania.

A partir do pensamento de Rousseau, o monarca não poderia ser mais confundido com
o Estado, em seu contrato social, não há espaço para um poder absoluto e centralizado nas
mãos do rei ou do clero, pois a soberania é a vontade geral, a vontade do povo, e esta vontade
não se representa. Na República Moderna os direitos civis além de serem direitos naturais,
são os direitos do povo8.

As Experiências trazidas no Iluminismo por meio de pensadores como:

 Thomas Hobbes - Ele introduziu uma teoria do contrato social baseada na relação
entre o soberano absoluto e a sociedade civil;
 John Locke - Seu trabalho contribuiu grandemente para o desenvolvimento das
noções de contrato social e direitos naturais;
 Montesquieu - Seu trabalho de teoria política, particularmente a ideia de
separação de poderes, moldou o moderno governo democrático;

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Essa experiência clássica está relacionada à primeira experiência social de cidadania que ocorreu na Grécia antiga.
8
Uma singela leitura da Declaração dos Direitos do Homem da Revolução Francesa basta para se constatar os direitos
conquistados, como a igualdade e o direito de propriedade, que é pilar também para a economia moderna de mercado.

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 Voltaire - Atacou a Igreja Católica e defendeu a liberdade religiosa, a liberdade de
expressão e a separação entre Igreja e Estado.

Essas experiências e pensamentos trouxeram novos comportamentos e dimensões


flexíveis para o debate sobre a importância da cidadania na formação da democracia.

Dessa forma, a diferença das classes é o elemento formatador da amplitude dessa


cidadania, limitando ou não os direitos do cidadão. A sua evolução histórica, conduzirá
autores do materialismo histórico, pensadores liberais do “século das luzes” e até mesmo
pesquisadores atuais à problemática central das limitações que são sua prática no presente.

2.2. A Ética faz a Guerra?

Se analisarmos todo esse avanço sobre os diferentes modos de organização social,


veremos que muito se conquistou, porém, as complexidades deram conta de sustentar
algumas “brechas” deixadas pelo caminho. A ética é um campo do conhecimento científico
que estuda a conduta humana, os valores e os costumes do indivíduo ou do grupo; desta
forma está habilitada também, para analisar, estudar outros grupos. Se considerarmos esse
ponto de vista como uma “brecha”, teremos neste contexto, uma breve explicação para a
pergunta acima, pois, considerando os motivos e razões de cada líder político na
contemporaneidade, e seus argumentos para invadir e atacar territórios, veremos que a
origem das grandes Guerras e os conflitos armados que ocorrem até hoje são sustentados
pela visão de que existe uma política, em nome do Estado e que representa o povo... Paro aqui
a explanação e convido-o a responder a pergunta acima de acordo com a sua lógica e seu
exercício democrático.

3. O NEOLIBERALISMO E A FORMAÇÃO DA CIDADANIA

A expressão Neoliberalismo está ligada a novas tentativas de implantar numa


sociedade democrática ações sócio, política e econômica que revertam aspectos positivos à
sociedade, sendo assim, o conceito de cidadania muda sua estrutura novamente porque no

14
“jogo” do capitalismo, percebemos uma nova postura do Estado e sua crescente (des)
responsabilidade pelos direitos do Cidadão. A origem, cada vez maior, das ONG´s mostra o
reflexo disto, assim como, crescem as sensações do abandono do Poder Público sobre as
necessidades básicas que cada sociedade precisa e busca para viver com dignidade.

4. REVISÃO DA AULA

Nesse processo de transformações dos direitos sociais, surge um novo padrão de


cidadania, baseado no protagonismo da sociedade civil, a qual é entendida pelo
neoliberalismo como sendo um corpo homogêneo, marcado por relações solidárias e
comunitárias (GOHN, 2005). Esse novo padrão de cidadania traz a ética na transferência de
boa parte de serviços sociais antes prestados pelo Estado para a sociedade civil, marcando
uma nova etapa na história da humanidade.

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5. REFERÊNCIAS

CORTELLA, Mário Sérgio; RIBEIRO, Renato Janine. Política: para não ser idiota. 9ª ed.
Campinas: Papirus 7 Mares. 2011.

CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. 6ª ed. São Paulo: Editora Ática. 1997.

GIDDENS, Anthony. Classe, soberania e cidadania. Em. O Estado-nação e a violência: Segundo


volume de uma crítica contemporânea ao materialismo histórico. São Paulo. Edusp, 2001.

GOHN, Maria da Glória. O protagonismo da sociedade civil: movimentos sociais, ONGs e


redes solidárias. São Paulo. Cortez, 2005.

HABERMAS, Jürgen. Direito e democracia: entre facticidade e validade. Vol. II. Rio de Janeiro.
Tempo Brasileiro, 1997.

HARDIE, W.F.R. O bem final na ética de Aristóteles In: Sobre a Ética Nicomaqueia de
Aristóteles: textos selecionados. Coordenação Marco Zingano. São Paulo. Odysseus Editora,
2010, pp. 103-124.

HUBERMAN, Leo. História da Riqueza do Homem. 21ª, revista. Rio de Janeiro: LTC, 2008.

Este conteúdo foi produzido pelo Núcleo de Educação a Distância da Universidade Brasil e sua reprodução e distribuição são autorizadas
apenas para alunos regularmente matriculados em cursos de graduação, pós-graduação e extensão da Universidade Brasil e das
Faculdades e dos Centros Universitários que mantêm Convênios de Parceria Educacional ou Acordos de Cooperação Técnica com a
Universidade Brasil, devidamente celebrados em contrato.
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