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DISCIPLINA:
PROFESSORA:
2022
Ministério da Educação
Secretaria de Educação Básica
Diretoria de Apoio à Gestão Educacional
CURRÍCULO INCLUSIVO:
O DIREITO DE SER ALFABETIZADO
UNIDADE 1 | ANO 3
Brasília
2012
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Sumário
Secretaria da Educação Básica – SEB
Diretoria de Apoio à Gestão Educacional
Iniciando a conversa 05
Aprofundando o tema 06
Ponto de partida:
currículo no ciclo de alfabetização 06
Alfabetização:
o que ensinar no terceiro ano do ensino fundamental 13
Aprendendo mais 44
Sugestões de leitura 44
unidade 01 07
dos acordos firmados nas escolas públicas e no esforço conjunto de todos os envolvidos levar a refletir sobre o Sistema como a ideia de atividade única a todos, ao
Os direitos de
aprendizagem
que tenham como finalidade a construção no processo para a consecução de um fim, de Escrita Alfabética, entender mesmo tempo, em todas as ações propostas
de crianças com de situações favoráveis de aprendizagem, podem nos ajudar no trabalho pedagógico. os textos que lê. Ensinar é uma aos alunos. A escolha de temas relevantes ao
necessidades
educacionais em uma perspectiva inclusiva, isto é, em O termo esforço neste texto é bastante apro- provocação e só ensina quem convívio das crianças na sociedade precisa
especiais são
discutidos no
uma perspectiva de garantia de aprendiza- priado uma vez que a tarefa de trabalhar a aprende, sem esta concientiza- ser compatível com o princípio de que todas
“Caderno de Edu- gem para todos. A busca por um currículo favor da inclusão de todos no processo de ção, não atingiremos o objetivo as áreas de conhecimento precisam ser
cação Especial - a
alfabetização de inclusivo rompe com os valores relativos à ensino-aprendizagem requer do professor desejado: as aprendizagens dos mobilizadas para fortalecer as capacidades
crianças com defici-
ência: uma propos-
competitividade, ao individualismo, à busca uma ação cuidadosamente planejada e que estudantes, em todas as áreas do de ação social dos estudantes. Esse é um dos Na unidade 2
há reflexão sobre
ta inclusiva”. de vantagens individuais. Os princípios de precisa ser constantemente retro-informa- conhecimento. pontos que tornam visíveis as contribuições o planejamento
no ciclo de
um currículo inclusivo incluem a definição da, ou seja, necessita de avaliação frequente trazidas por uma perspectiva de trabalho alfabetização.
de alguns conhecimentos a serem apropria- para que seja possível re-encaminhamentos interdisciplinar, em que as áreas do conhe-
dos por todos os estudantes, respeitando-se que propiciem a inclusão juntamente à Reafirmamos, portanto, que o acesso e a cimento são tratadas de forma articulada.
as singularidades, diferenças individuais e garantia do ensino da leitura e da escrita. compreensão de alguns direitos de apren- Paulo Freire, um dos educadores brasileiros
de grupos sociais. Em função dessa pre- É sobre tais necessidades que a professora dizagem a serem garantidos para todos é mais conhecidos internacionalmente e
missa da inclusão, deparamo-nos com uma Ivanise Cristina da Silva Calazans, do 2º ano uma forma de auxiliar cada escola a ter uma reconhecido por sua contribuição à edu-
pergunta que não quer calar: Como garantir da Escola Municipal Nova Santana, Camara- ação mais inclusiva. É importante que essa cação brasileira, apresentou princípios de
aprendizagem a todos? gibe – PE, trata no depoimento abaixo: difusão seja feita de modo que também trabalho que tomam como pressuposto a
Desde os tempos de Comênio, quando sejam consideradas as singularidades de articulação entre os diversos campos do
escreveu sua Didática Magna no século cada local, levando-se em conta os valores conhecimento. Em seus princípios vemos
XVII, há propostas de ensinar tudo a todos.
A avaliação diagnóstica é im- culturais das comunidades, rumo à valoriza- a importância que as palavras geradoras
Embora tenhamos consciência de que não é
portante, pois possibilita elabo- ção de identidades de grupos sociais. assumem no processo alfabetizador. Essas
possível ensinar tudo a todos e que a escola rar o planejamento, atendendo palavras geradoras, escolhidas pelo grupo –
às necessidades gerais da turma Para que sejam ao mesmo tempo garantidas alunos e professores, são geradas após uma
é uma das esferas sociais em que o ensino algumas aprendizagens comuns às escolas
ocorre, mas não é a única, concebemos que e às individuais das crianças. ampla pesquisa em torno de seu cotidiano
Sabemos que não existe turma de todo o país e a apropriação de conhe- e de suas demandas de vida. Elas têm em
há conhecimentos que podem ser vistos cimentos singulares dos espaços sociais
homogênea, cada estudante tem comum o fato de conterem significados
como fundamentais na Educação Básica. É onde as escolas se inserem é necessário
suas especificidades, as quais importantes para os sujeitos envolvidos na
frente a essa constatação que investimos na planejar a organização do tempo escolar o
precisam ser atentamente ob- empreitada do ensino-aprendizagem da
busca de garantir alguns direitos de apren- que significa também considerar os “tem-
servadas, a fim de que possamos língua. Por exemplo, uma professora, depois
dizagem a todos e favorecermos condições pos de aprendizagem” dos alunos. Nessa
desenvolver atividades, aju- de conversar com sua turma sobre suas pre-
de aprendizagens coletivas, singulares a organização do tempo definimos quais ocupações em torno de seu cotidiano, chega
cada comunidade, a cada grupo social. dando-os a ganhar autonomia
são as prioridades, de modo a favorecer a um conjunto de palavras tais como traba-
em leitura e produção de texto. aprendizagens significativas, rompendo lho, salário, entrevista, emprego, demissão
Os princípios da inclusão, tendo em vista a
Sabemos que não é tão simples. com as tendências que impõem excesso e greve, que reúnem sentidos específicos
realização de um currículo calcado no reco-
Atender a todos os estudan- de conteúdo e pouca profundidade, bem para eles. A partir, portanto, dos centros
nhecimento das diferenças entre os sujeitos
tes implica provocar, desafiar,
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de interesse que essas palavras indicam, centros de interesse que existem na vida de correspondência entre escolas desen- a importância que atribuem à atividade
a professora pode lançar bases para um real permite que a alfabetização seja algo volvido por ela. Ao redigir junto com seus da leitura na escola, ao escolherem relatá-
trabalho de leitura e de escrita de diversos mais concreto para os sujeitos que estão alunos uma carta em que eles explicam o -la ao destinatário e, além disso, listarem
textos que remetem aos sentidos por eles engajados em tal processo. Freire e Faundez que fazem na escola, ela diz: todas as histórias lidas. Acreditamos que
compartilhados. É interessante notar que (1985, p. 49) explicam seu posicionamento: esse exemplo também estampa o que vem
o que é colocado em foco são os interesses “é preciso que o educando vá descobrindo a a ser os conteúdos da alfabetização. Eles
e as motivações que aparecem no grupo. relação dinâmica, forte, viva, entre palavra Fui escrever hoje a cartinha com se constituem a partir daquilo que cada
Não é relevante verificar se as palavras são e ação, entre palavra-ação-reflexão”. Os eles. Pra você ter ideia, eu esta- grupo decide estudar a partir das proble-
formadas por sílabas simples ou por grafe- autores sempre defenderam a relação direta va com as crianças escrevendo e matizações levantadas pelo professor. Não
mas que pertencem a uma mesma família entre o ensino na escola e o conteúdo da eles tinham que falar o que eles se reduzem à aprendizagem apenas da es-
morfossintática. Em função do encaminha- vida concreta e material de cada sujeito. faziam na escola. A primeira coi- trutura morfossintática da língua. Assim, a
mento dos trabalhos de aprofundamento do alfabetização se define e se desenha tendo
A alfabetização se caracteriza, assumindo- sa que eles lembraram foi assim:
estudo provocado pelas palavras geradoras, em conta as necessidades trazidas pela
chega-se a temas geradores que podem,
-se uma perspectiva interdisciplinar, por “A gente lê muita história”. O análise das preocupações de cada turma de
então, definir novas pesquisas para o grupo,
uma forma de trabalho em que o ensino da que eu achei muito legal ter vin- alunos com seu professor.
integrando novos conceitos e teorias cons-
leitura e da escrita articula-se necessaria- do deles é que eles disseram “A
mente a demandas objetivas formuladas a gente lê”, isto é, não é a profes- Araújo (1998, p. 94) ressalta que a apro-
truídos no campo da ciência, em diferentes
partir de desafios reais. O conteúdo, por- sora que lê, mas é: “A gente que priação da linguagem nos primeiros anos
áreas de conhecimento, e em outros campos
tanto, da alfabetização se define pela ne- lê”. Eles fizeram uma relação de escolares deve “possibilitar vivências com
da atividade humana. Ainda no exemplo ci-
cessidade de se registrar conversas, obser- um monte de histórias que eu li, a leitura e a escrita que tenham relevância
tado, pode-se inferir que um dos temas que
vações feitas no grupo, que precisam ser e significado para a vida da criança, algo
podem ser desdobrados, relativos ao que as que nem eu lembrava que tinha
gravadas, ou seja, como forma de produzir que se torne uma necessidade para ela e
palavras inferem, pode se voltar aos desafios lido pra essa turma1 .
memórias, documentos a respeito do que que lhe permita refletir sobre sua reali-
do trabalhador no mundo urbano ou ainda
se discute e do que se aprende na escola. dade e compreendê-la”. A perspectiva de
ao ingresso no mercado de trabalho.
Assim, a leitura, a escrita, a fala e a escuta trabalho interdisciplinar, que entende o
Dito de outra forma, podemos depreender assumem centralidade por se constituírem Percebemos nesse relato o grau de en- diálogo mútuo entre os diversos campos de
que a proposta alfabetizadora de Paulo como atividades em que os conhecimentos volvimento das crianças nos trabalhos na conhecimento, possibilita que os problemas
Freire baseia-se na perspectiva da inter- emergentes de diferentes campos do saber escola e o quanto elas se reconhecem como tratados na escola se convertam em necessi-
disciplinaridade, em que os interesses e são mobilizados e medeiam as interações sujeitos ativos do processo de ensino. Ao dades em relação ao conhecimento, repletas
as curiosidades que mobilizam o grupo de sociais. Por esse motivo, é fundamental optarem por escrever na carta “a gente lê”, de significados para os alunos, quando estes
educandos tornam-se os grandes propul- que as crianças se sintam ativas. incluem-se como leitores. Tal afirmativa se reconhecem como agentes corresponsá-
sores do ensino, e não uma divisão estática revela não só a relação democrática de en- veis pelas tarefas que desempenham, o que
O sentimento de sujeito ativo sobre o qual sino vivida com a professora como também
de conteúdos por componente curricular. faz com que aquilo que se aprende na escola
comentamos no parágrafo anterior apare-
Um mesmo fenômeno pode ser abordado de esteja estreitamente relacionado com o que
ce na fala de uma professora da educação
modo a mobilizar conhecimentos gerados 1 Fragmento de uma entrevista do banco de dados do se vive na sociedade.
infantil da cidade de Campinas, estado projeto temático Fapesp intitulado “Formação do pro-
em diferentes campos da ciência. A ligação fessor: processos de retextualização e práticas de le-
de São Paulo, ao contar sobre um projeto tramento”, com coordenação geral da Prof. Dra. Angela
do ensino da leitura e da escrita com os Kleiman (processo n. 2002/09775/0).
10 unidade 01 unidade 01 11
Ministério da Educação
Secretaria de Educação Básica
Diretoria de Apoio à Gestão Educacional
Caderno de
Educação Especial
Brasília 2012
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Secretaria de Educação Básica – SEB
Diretoria de Apoio à Gestão Educacional
ISBN 978-85-7783-125-8
CDU 37.014.22
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1. Introdução
Tícia Cassiany Ferro Cavalcante
Rafaella Asfora
Wilma Pastor de Andrade Sousa
Carlos Antonio Fontenele Mourão
Ana Gabriela de Souza Seal
É importante ressaltar que a concepção de que os alunos não começam sua apropriação do
sistema de escrita alfabética do zero também é válida para as crianças com deficiência (REILY,
2004). A escola deve disponibilizar recurso e tecnologia assistiva, a fim de promover condições
de acessibilidade assegurando, assim, plena participação e possibilidade de aprendizagem às
crianças com deficiência em igualdade de oportunidade com as demais crianças.
2 Sugerimos, para reflexão acerca da importância da comunicação alternativa, o filme “o escafandro e a borbo-
leta”, por abordar a história de uma pessoa que tem muitos impedimentos motores e que estabelece uma forma
de comunicação alternativa com o piscar de um único olho.
3 A partir de 2004, com a Declaração de Montreal, a deficiência de ordem cognitiva que era denominada de
Mental passou a ser chamada de Deficiência Intelectual.
4 Esse tipo de classificação imperou nos laudos psicológicos até a década de 1990, determinando o tipo de
programação educacional. Atualmente, os diagnósticos não mais se baseiam unicamente no QI (Quociente de
Inteligência), mas buscam uma visão social da pessoa, valorizando as potencialidades de cada um dentro da
comunidade em que vive.
É possível perceber que o trabalho com escrita. Análise sobre o início e o fim das
a familiarização dos contos infantis para palavras, contagem de letras, ordem das
crianças com deficiência visual agrega a letras, semelhanças e diferenças sonoras
necessidade de ampliação de suas instâncias e gráficas, relações entre pauta sonora e
de atratividade e ludicidade. Percebido isso, registro escrito são instâncias de exploração
a docente tece outros percursos para inserir da escrita alfabética que a professora também
as crianças em momentos de deleite no realiza com seus estudantes.
contato com o texto escrito. Faz isso levando-
as a construir representações por meio Qual o papel da escola e da
das descrições, como também incentiva prática pedagógica?
a brincadeira e criatividade à medida que
promove o acesso ao conteúdo do texto Toda escola deve ofertar material didático
via outros sentidos, como o olfato, por acessível para os alunos cegos e com baixa
exemplo. Em paralelo, a exploração do texto visão, como regletes e punção (ferramentas
no processo de alfabetização de crianças para escrita em braile), soroban (ábaco para
exige, além das situações de apreciação e o ensino do sistema numérico), ferramentas
reflexão das instâncias de circulação dos de comunicação, com sintetizadores de voz
gêneros textuais, atividades mais específicas que possibilitam a leitura e a escritura pelo
de análise acerca do sistema alfabético de computador, lupas manuais, eletrônicas,
6 O Decreto 5.626/2005 considera pessoa surda aquele que, por ter perda auditiva, compreende e interage
com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Libras; e
considera deficiência auditiva a perda bilateral, parcial ou total de 41 dB (perda moderada) ou mais.
7 Segunda língua
8 Decreto 5.626/05, Art. 16.
9 Língua majoritária do indivíduo
No caso dos estudantes surdos e com deficiência auditiva serão observadas as diretrizes e
princípios dispostos no Decreto no 5.626, de 22 de dezembro de 2005.
Ainda com relação a esse decreto 7.611/2011, artigo 3º, são objetivos do atendimento
educacional especializado:
Com o objetivo de dar suporte às escolas públicas na inclusão de crianças com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, estas salas
foram criadas. Buscou-se atender às demandas das crianças com deficiência em igualdade
de condições com os demais alunos do ensino regular. Para que as SRMF se efetivem
cabe ao gestor municipal, estadual ou federal, a garantia do profissional especializado e
a disponibilidade de um espaço físico para a sua instalação e funcionamento.
Alunos Surdos
• Ensinar a Libras.
• Coordenar oficinas de Libras.
• Promover o aprendizado da língua portuguesa na modalidade escrita.
• Encaminhar para os serviços de fonoaudiologia os que optarem pela oralização.
• Estabelecer parceria com o CAS.
• Adequar materiais didático-pedagógicos que promovam experiências visuais de ensino.
1. INTRODUÇÃO
1Mestre em Letras pela Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará. Professor de Língua
Portuguesa na E.M.E.F. Novo Horizonte, em Parauapebas - PA. E-mail:
ivan.valle.de.sousa@gmail.com.
Entretanto, a Educação Inclusiva não pode ser entendida como uma questão
de modismo, porém, como proposta efetivada na promoção dos direitos éticos. Aos
propositores das práticas socioeducativas e das estratégias de produção do saber,
competem possibilitar a participação do aluno com necessidades educacionais
especiais no campo científico do conhecimento. De todas as intervenções
metodológicas, as que se mostram urgentes são as formas de avaliação no contexto
inclusivo, que carecem de ser repensadas a partir de sua realização; é preciso rever
conceitos, readequar e construir outros à luz da averiguação das aprendizagens
acessíveis. Avaliar, nessa concepção, pressupõe possibilitar as condicionantes que
aproximem os sujeitos das metodologias de formulação do conhecimento.
As reflexões, aqui, ponderadas são, metodologicamente, de revisão da
literatura especializada e estão organizadas em dois tópicos discursivos. No
primeiro, a avaliação é focalizada no contexto da escola regular e, no segundo, as
reflexões são direcionadas ao processo avaliativo à luz da Educação Inclusiva,
perpassando pelas finalidades discursivas da avaliação escolar. Para isso, parte-se
do propósito relevante de destacar as adaptações curriculares como indicadores de
aprendizagem, mediante a flexibilidade no planejamento e na função do Parecer do
aluno como acompanhamento individual de suas carências, colocando a avaliação
como processo reflexivo e prático da avaliação na escola com todos e para todos.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BEYER, Hugo Otto. Inclusão e avaliação na escola de alunos com necessidades
educacionais especiais. 2ª ed. Porto Alegre: Editora Mediação, 2006.
KRAMER, Sonia. (Org.). Com a pré-escola nas mãos: uma alternativa curricular
para a Educação Infantil. São Paulo: Ática, 1992.
SIMÕES, Eleonora das Neves. Avaliação por parecer descritivo: solução? In: Anais
do X Congresso Nacional de Educação e I Seminário Internacional de
Representações Sociais, Subjetividade e Educação – EDUCERE/ SIRSSE. 7 a
10/11/2011. Pontifícia Universidade Católica do Paraná: Curitiba, 2011. Disponível
em: <educere.bruc.com.br/CD2011/pdf/6109_3882.pdf>. Acesso em: 25 ago. 2017.
SOUSA, Ivan Vale de. Atuação do professor itinerante na Educação Básica. In: II
Congresso Paraense de Educação Especial/ I Fórum Permanente de Educação
Especial do Sul e Sudeste do Pará. 12 a 14 de novembro de 2015. Disponível em:
<https://cpee.unifesspa.edu.br/images/Anais_IICpee/Ivan_Vale_de_Sousa.pdf>.
Acesso em: 25 ago. 2017.
1. O fazer docente pressupõe a realização de um conjunto de operações didáticas coordenadas entre si.
São o planejamento, a direção do ensino e da aprendizagem e a avaliação, cada uma delas desdobradas
em tarefas ou funções didáticas, mas que convergem para a realização do ensino propriamente dito.
LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 2004, p. 72 .
Considerando que, para desenvolver cada operação didática inerente ao ato de planejar, executar e
avaliar, o professor precisa dominar certos conhecimentos didáticos, avalie quais afirmações abaixo se
referem a conhecimentos e domínios esperados do professor.
I. Conhecimento dos conteúdos da disciplina que leciona, bem como capacidade de abordá-los de modo
contextualizado.
II. Domínio das técnicas de elaboração de provas objetivas, por se configurarem instrumentos
quantitativos precisos e fidedignos.
III. Domínio de diferentes métodos e procedimentos de ensino e capacidade de escolhê-los conforme a
natureza dos temas a serem tratados e as características dos estudantes.
IV. Domínio do conteúdo do livro didático adotado, que deve conter todos os conteúdos a serem
trabalhados durante o ano letivo.
2. Ao elaborar um currículo é necessário que os conteúdos que serão selecionados e a forma como esses
conteúdos será ensinada seja um consenso. Existe, portanto, por meio do currículo, uma legitimação de
determinados saberes e da forma como fatos e acontecimentos são vistos. Saberes contrários à visão de
mundo hegemônica devem ficar de fora do currículo, e para isso devem ser considerados incorretos ou
sem valor. Assinale a alternativa que apresenta uma estratégia utilizadas para legitimação de alguns
conteúdos e desvalorização de outros.
a) Censurar a aprendizagem de alguns conteúdos que não estão de acordo com a visão de mundo
dominante.
b) Desqualificar diferentes culturas e diferentes saberes para que sejam considerados incorretos,
inferiores ou impróprios.
c) Explicitar o contexto de luta de classes em nossa sociedade e esperar que os alunos optem por
aprender aqueles conteúdos que atendem aos interesses da classe social a qual pertencem.
d) Ensinar os diferentes pontos de vista sobre um mesmo conteúdo e explicar para o aluno qual deles é
o correto.
a) Currículo oculto é aquele estabelecido pelos sistemas de ensino ou pela instituição educacional. É
aquele que está expresso em diretrizes curriculares, com conteúdos e objetivos dentro das áreas das
disciplinas escolares.
b) Currículo oculto é aquele que acontece na sala de aula em decorrência de um projeto pedagógico e
dos planos de ensino. Ele nasce da prática dos professores e do uso que é feito do currículo formal.
Corresponde aqueles conteúdos que de são ensinados na escola.
c) Currículo oculto é aquilo que os alunos aprendem pela convivência com as práticas escolares, por
meio das atitudes, dos comportamentos, dos gestos comuns ao ambiente escolar. É uma forma de
currículo que não está prescrita no planejamento.
d) Currículo oculto é aquele que é ensinado pelo professor de maneira sistemática e planejada,
considerando os conteúdos prescritos nos currículos oficiais elaborados por sistemas e redes de ensino.
1) a alfabetização e o letramento.
2) o desenvolvimento das diversas formas de expressão, incluindo o aprendizado da Língua Portuguesa,
da Literatura, da Música e demais Artes, da Educação Física, assim como o aprendizado da Matemática,
de Ciências, de História e de Geografia.
3) a continuidade da aprendizagem, tendo em conta a complexidade do processo de alfabetização e os
prejuízos que a repetência pode causar no Ensino Fundamental como um todo e, particularmente, na
passagem do primeiro para o segundo ano de escolaridade deste para o terceiro (Parecer CNE/CEB
11/2010).
Para tanto, é necessário considerar os três anos iniciais do Ensino Fundamental voltados para ampliar
as oportunidades de sistematização e aprofundamento das aprendizagens básicas, imprescindíveis para
o prosseguimento dos estudos, a todos os alunos. E, ainda, devem ser considerados como:
I – Existem alguns fatores fundamentais no processo de aquisição da leitura e escrita, como os fatores
cognitivos que estão relacionados com a percepção, a atenção e a memória.
II – O ambiente social da criança também é relevante, pois uma atmosfera letrada, com estímulo de
jornais, revistas e livros, é fator positivo.
III – Para aquisição da leitura, a criança deve diferenciar visualmente as letras e saber que cada
símbolo corresponde a um determinado som.
6. A alfabetização é a aquisição do código da escrita e da leitura, esta se faz pelo domínio de uma
técnica: grafar e reconhecer letras, usar o papel, entender a direcionalidade da escrita, pegar no lápis,
codificar, estabelecer relações entre sons e letras, de fonemas e grafemas, a criança percebe unidades
menores que compõem o sistema de escrita (palavras, sílabas, letras). Já o letramento é a utilização desta
tecnologia em:
a) práticas de pesquisas.
b) práticas de ensino da leitura.
c) práticas de codificação da escrita
d) práticas sociais de leitura e de escrita.
7. A realidade social é dinâmica e está constantemente em mudança; o indivíduo é o agente ativo que
constrói e dá sentido à realidade; o programa educativo não é um produto considerado à margem do
contexto e dos sujeitos que o desenvolvem. Desta forma, na avaliação do processo de ensino e
aprendizagem,
8. Um aspecto fundamental quando se fala do currículo e sua organização nos tempos e espaços
escolares é a forma como se avalia as aprendizagens que os alunos efetivam durante seu
desenvolvimento. Ou seja, currículo e avaliação da aprendizagem escolar são faces indissociáveis de
uma mesma moeda e que, portanto, ocorrem simultaneamente. Sobre estes aspectos, é correto afirmar
que:
9. Antes de mais nada “Para aprender a ler e escrever, a criança precisa construir um conhecimento de
natureza conceitual.” (BRASIL, 2001, vol. 3, p. 122). Com base na citação significa defender a
alfabetização como:
I. função da maturação biológica.
II. desenvolvimento de capacidades relacionadas à percepção, memorização e treino de um conjunto
de habilidades sensório-mecânicas.
III. um processo de construção de conhecimento pelas crianças por meio de práticas que têm como
ponto de partida e de chegada o uso da linguagem e a participação nas diversas práticas sociais e de
escrita.
IV. aquisição de um código de transcrição da fala.
Está(ão) correto(s) apenas o(s) itens(s):
A) I.
B) II.
C) III.
D) IV.
E) I e IV.
10. De acordo com uma atividade de linguagem escrita, Laura (6 anos) escreveu: “LEITI” (leite) então
a professora pede que ela leia o que escreveu e como pensou sobre aquela escrita.
Refletindo em suma do trabalho da criança, a principio de uma perspectiva que considere o
conhecimento um processo a ser construído a partir da relação entre o que se sabe e o objeto de
conhecimento, a professora constatou que a aluna
A) afinal ainda não conhece bem a relação fonema-grafema e, por isso, errou ao escrever a letra “I” no
lugar da letra “E”, ao final da palavra.
B) apresentou uma relação de transcrição direta da fala para a escrita, porque em comum no processo
de construção da base alfabética.
C) errou por estar desatenta em seu trabalho, sendo então melhor que repita a atividade.
D) não aprendeu ainda a grafia das letras do alfabeto e por isso não completou a escrita da letra E ao
final da palavra.
E) errou por não ter aprendido adequadamente a família do TA-TE-TI-TO-TU, todavia deve repetir
essa unidade.