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Tragédia
Objetos da tragédia
Mito/fábula: imitação das ações e composição dos atos. O efeito trágico reside no mito.
“A fábula/mito é imitação da ação. Chamo fábula a reunião das ações.” (p. 43) (fábula =
trama, o arranjo das ações)
Sem ação não haveria tragédia, mas poderia havê-la sem caracteres.
Peripécia é a alteração das ações que produz um efeito contrário ao esperado (revelações
que deveriam sossegar, mas causam agonia, por exemplo); reconhecimento é a
passagem do desconhecimento ao conhecimento. A mais bela de todas as formas de
reconhecimento é a que se dá juntamente com a peripécia.
A fábula/mito bem-feita é simples; nela não se deve passar do infortúnio à felicidade, mas
da felicidade ao infortúnio. Não por maldade, e sim por algum erro da personagem, que
deve tender mais para melhor do que para pior, afinal, a tragédia retrata homens
superiores à média.
Caráter: aquilo que nos leva a dizer que as personagens possuem tais ou tais qualidades.
Não aparece nas falas proferidas. É percebido quando as personagens tomam decisões
de aceitar ou rejeitar algo.
“Os homens possuem diferentes qualidades, de acordo com o caráter, mas são felizes ou
infelizes de acordo com as ações que praticam. Assim, segue-se que as personagens, na
tragédia, não agem para imitar os caracteres, mas adquirem os caracteres para realizar
as ações. Desse modo, as ações e a narrativa constituem a finalidade da tragédia e, de
tudo, a finalidade é o que mais importa.” (p. 44)