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Compositor
Mário Pacheco é filho do guitarrista António Pacheco. Estudou
os grandes mestres Armandinho, Artur Paredes, Carlos Paredes,
Pedro Caldeira Cabral e Fontes Rochas. A partir dessa
aprendizagem construiu um estilo próprio, que esteve ligado às
grandes vozes do fado.
Como executante, destaca-se acompanhando Alfredo
Marceneiro, Hermínia Silva, Max, Ada de Castro, Fernando
Maurício, Paulo de Carvalho, Jorge Fernando, Mísia, Camané,
Ana Moura, Mariza e Amália Rodrigues.
Como compositor compõe para Carlos Zel, Mísia, Paulo
Bragança, Ana Sofia Varela. Camané Cuca Roseta, Carlos do
Carmo, Mariza, Amália e entre outros nomes importantes
https://www.youtube.com/watch?v=s2TLCGcj6y8
https://madeinportugalmusica.pt/livre-mario-pacheco/
Fado
A história do Fado pode começar a ser contada com sólido grau
de certeza a partir do sec. XIX, nascido nos contextos populares
da Lisboa. Cantava-se Fado principalmente em momentos de
convívio e lazer ou eventos festivos, nos bairros típicos, quer nas
ruas, tabernas, cafés de camareiras e casas, quer em operetas e
teatro de revista (um género desta arte). Expressado de forma
muitas vezes espontânea, cantava a narrativa do quotidiano,
amores e dissabores, vitórias e derrotas, alegria e dificuldades,
recorrendo à gíria e ao calão. A primeira cantadeira de fado de
que se tem conhecimento foi Maria Severa Onofriana.
A maneira como as expressões culturais centenárias como o
Fado, sofrem transformações na sua história, também é
influenciada por motivos políticos e económicos. Com o golpe
militar de 28 de Maio de 1926, veio a Ditadura (1926-1933) e
mais tarde Estado Novo de Salazar e Marcelo Caetano (1933-
1974). Isto teve profundo impacto no fado, que foi elevado a
categoria de símbolo cultural nacional, expressão de
portugalidade, ou do que é ser português. É também durante
este longo período que o Fado se afirma no palco internacional,
primeiro nas colónias e Brasil, e depois pelo mundo. Ícone deste
período áureo é a fadista Amália Rodrigues (1920 - 1999),
considerada ainda hoje como a “Rainha do fado”.
Em paralelo, o Fado tornou-se mais moral, apolítico,
carecendo da intervenção e provocação da sua origem. Os
artistas, companhias, salas de espetáculos eram vigiados de
perto. As letras passavam pela censura do regime. Afetou o
carácter de improviso que faz parte da sua matriz e induziu á
profissionalização de todos(as) aqueles que estavam ligados á
sua criação e expressão.
Com a revolução de Abril de 1974 é instaurado o Estado
democrático e a influencia da cultura de massas, da globalização,
da liberdade de pensamento e expressão. O fado sofre um
bocado nos anos de transição devido ao seu passado como
símbolo da ditadura, mas rapidamente acede ao consenso
nacional como património musical português. Figuras
incontornáveis desta nova transformação do fado foram Amália
Rodrigues e Carlos do Carmo, principalmente na década de 80.
A partir dos anos 90 o fado oferece, definitivamente,
nos circuitos da música internacional com fadistas como,
Camané, Mariza, Carminho, Mísia, Cristina Branco, Cuca Roseta,
Gisela João, Ana Moura. Apenas para dar alguns exemplos.
Atualmente o fado tem também sido explorado em mistura
com outros géneros e estilos de música. Para além do tradicional
ou típico, o Fado tornou-se experimental.
https://conservatoriodemusicadesantarem.pt/guitarra-
portuguesa/
ttps://www.youtube.com/watch?v=s2TLCGcj6y8