Você está na página 1de 13

Escola Secundária de Pedro Nunes

ENSINO SECUNDÁRIO | BIOLOGIA E GEOLOGIA – 10º ANO

APRENDIZAGENS FORA DA SALA DE AULA


JARDIM BOTÂNICO DE LISBOA

Nº ___ NOME DO ALUNO: _______________________________________________ TURMA : ___

“Um jardim é um espaço ordenado onde se cultivam plantas para embelezar um sítio. Um
jardim botânico é, obviamente, mais que um mero jardim. O ser botânico indica que as plantas que nele
crescem, sem deixarem de ser belas e tornarem o ambiente ameno e propício ao recreio do espírito,
têm obrigatoriamente outras serventias, como o ensino, a investigação ou a conservação do património
genético vegetal.
Todos nós sabemos que o Homem sempre dependeu das plantas. Não admira assim que o
começo da aventura do pensamento e do conhecimento científico do mundo que nos rodeia, as plantas
tenham sido objeto de especial atenção e estudo. Para tal contribuíram primeiro os “hortos botânicos”,
coleções de plantas vivas, cuidadosa e sabiamente cultivadas em cercas resguardadas, junto de centros
em que se afundava e transmitia o saber e que foram o berço das universidades.
É precisamente nestas instituições que nascem os primeiros Jardins Botânicos e Arboretos. Aí
se começou a lidar com a diversidade do mundo das plantas e demonstrar a sua importância científica
e prática, à medida que as fronteiras do conhecimento se iam alargando. Tenha-se em conta que, na
sua importância científica e prática, à medida que as fronteiras do conhecimento se iam alargando.
Tenha-se em conta que, na sequência das descobertas, pelas novas rotas marítimas chegavam
constantemente à Europa plantas vindas dos quatro cantos do mundo.”

Prof. Fernando Catarino


(Biólogo, professor e ex-diretor do Jardim Botânico da FCUL)

Ensino Secundário da Escola Secundária Pedro Nunes | Biologia e Geologia – 10º ano 1
1ª paragem | ENTRADA DO JARDIM

O Jardim Botânico da Faculdade das Ciências da Universidade de Lisboa é um jardim científico que foi
projetado em meados do século XIX para complemento moderno e útil do ensino e investigação da botânica
na Escola Politécnica. O local escolhido, no Monte Olivete, tinha já mais de dois séculos de tradição no
estudo da Botânica, iniciado com o colégio jesuíta da Cotovia, aqui sedeado entre 1609 e 1759.
Para a sua instalação foi elaborado um projeto de regulamento em 1843. No entanto, é só a partir de
1873, por iniciativa de Francisco Manuel de Melo Breyner (4º Conde de Ficalho) e João Andrade Corvo,
professores na Escola Politécnica, que se inicia a sua plantação. O jardim divide-se em duas zonas: a Classe e
o Arboreto.

Fig. 1 | Mapa do Jardim Botânico da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

1. Assinale no mapa o local onde te encontras e que dá acesso à Classe.

2. A enorme diversidade de plantas plantadas, provenientes dos quatro cantos do mundo em que havia territórios
sob soberania portuguesa, pelos seus primeiros jardineiros, patenteava a importância da potência colonial que
Portugal então representava. Edmund Goeze, o primeiro jardineiro-chefe, delineou a ”Classe” com as suas plantas.
Relembre três características dos seres pertencentes ao Reino Plantae.

Ensino Secundário | 10º ano | Biologia e Geologia ..............................................................................................................Página 2 de 13


A CLASSE
2ª paragem| Ginkgo biloba

A Ginkgo biloba é o único representante viva da família Ginkgoaceae que viveu à cerca de 150-250 milhões de
anos. Esta espécie pertence a um grupo que se reproduz por sementes, embora não protegendo ainda os seus
óvulos (a semente não é encerrada); nestas plantas, o transporte da célula masculina é assegurada pelo vento e
a semente é nua apesar de existir um revestimento carnoso que a envolve. Normalmente associamos as
estruturas reprodutoras do grupo, à qual pertence esta espécie, às pinhas. No entanto existem algumas espécies,
como este exemplar, em que não há disposição em pinhas. É uma espécie que se pensava extinta, daí que seja
considerada um fóssil vivo. É por isso objeto de
veneração e culto pelos japoneses e chineses,
que usaram as suas folhas como moeda de
troca. A sua folha é muito rudimentar com
nervação dicotómica – nervação muito
primitiva. Alguns exemplares resistiram às
radiações da bomba atómica de Hiroxima, na 2ª
Guerra Mundial e, por este motivo, no Japão,
esta árvore simboliza a paz e a esperança.

Fig. 2 | Folhas de Gikgo biloba que poderão ser


encontradas no Jardim Botânico da Faculdade de
Ciências da Universidade de Lisboa.

3. De acordo com as informações do texto, indique o grupo de plantas a que pertence a Gikgo biloba.

4. Através do telemóvel realize uma pesquisa sobre o conceito de fóssil-vivo e partilhe com a turma.

5. Classifique esta planta quanto ao modo de nutrição e à posição que ocupa nos ecossistemas.

6. As folhas são verdes, tornando-se de um amarelo-dourado intenso no outono, antes da queda. Explique
perante a turma a razão desta mudança de tonalidade.

Ensino Secundário | 10º ano | Biologia e Geologia ..............................................................................................................Página 3 de 13


3ª paragem| Ficus macrophylla

Adjacente à fachada Norte do Museu de História Natural da Faculdade de Ciências da Universidade de


Lisboa, existe um “arruamento” que apresenta canteiros retangulares contíguos ao jardim da Classe, ao longo dos
quais se encontram diferentes espécies do género Ficus, nomeadamente a figueira-da-Austrália (Ficus
macrophylla), Ficus microcarpa e Ficus sur Forssk, com particular destaque para o notável exemplar de figueira-
da-Austrália situado no extremo Ocidental. O seu largo tronco tem casca áspera e acinzentada.
O seu sistema radicular, embora muito escultórico, é bastante agressivo. Esta espécie é nativa das
florestas chuvosas da costa leste da Austrália. Neste ambiente cresce mais frequentemente sob a forma de
estrangulador do que de árvore. A germinação das suas sementes ocorre geralmente na copa de uma árvore
hospedeira. A nova planta emite raízes que após tocarem o solo permitem que se torne autónoma e acabe por
estrangular o hospedeiro.

7. Analisando o painel das Figueiras encontra-se a expressão “flores unissexuais”. Investiga se as plantas
unissexuais serão as que tem a componente masculina junto com a componente feminina ou serão as plantas que
tem apenas a componente masculina ou componente feminina, definindo o conceito.

8. No chão, podes observar a existência de dezenas de folhas caídas das figueiras. Pega numa dessas folhas e
observa com uma lupa a página inferior das mesmas. Refere a razão pela qual a página inferior apresenta uma
coloração mais clara e menos brilhante que a página superior.

9. As raízes desta planta são bem diferentes daquelas que se encontram enterradas no solo. Estas raízes por
exemplo não possuem pêlos. Indique a importância dos pêlos presentes nas raízes subterrâneas.

Fig. 3 | Raízes de Ficus macrophylla no Jardim Botânico da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

Ensino Secundário | 10º ano | Biologia e Geologia ..............................................................................................................Página 4 de 13


4ª paragem| Lago de Cima

O sistema de circulação de água no jardim remonta aos seus primeiros tempos. Para além dos riachos,
cascatas e sistemas de regas, podemos constatar a existência de três lagos – um deles é designado de Lago de Cima
e localiza-se na Classe. Neste lago observam-se plantas aquáticas catalogadas, tal como a presença de alguns peixes
e anfíbios, como a rã. As plantas atraem insetos e as rã-verde alimenta-se deles.

10. Analisando a Figura 4 é possível observar o sistema circulatório dos peixes (em geral). A pares, procure
responder às questões sobre o respetivo sistema circulatório e as trocas gasosas nos peixes. Para cada uma das
opções, selecione a opção mais correta.

Fig. 4 | Sistema de circulatório dos peixes

1. Os peixes apresentam circulação


(A) simples e o seu coração recebe sangue arterial vindo das brânquias.
(B) incompleta e o seu coração impulsiona sangue arterial para todo o organismo.
(C) simples e o seu coração recebe sangue venoso vindo de todo o organismo.
(D) incompleta e o seu coração impulsiona sangue venoso para as brânquias.

2. Nos peixes, nas lamelas branquiais, o mecanismo de contracorrente implica que o sentido do fluxo de sangue

(E) seja oposto ao movimento da água que banha as lamelas.


(F) esteja de acordo com o tipo de circulação.
(G) seja igual ao movimento da água que banha as lamelas.
(H) esteja dependente do teor de oxigénio da água.

3. Nas brânquias, o mecanismo de contracorrente favorece a do gradiente dos gases respiratórios entre a
água e o sangue, permitindo que o se difunda ao longo de toda a brânquia para o sangue.
(A) manutenção … dióxido de carbono
(B) diminuição … dióxido de carbono
(C) manutenção … oxigénio
(D) diminuição … oxigénio

Ensino Secundário | 10º ano | Biologia e Geologia ..............................................................................................................Página 5 de 13


11. Analisando a Figura 5 é possível observar o sistema circulatório da rã-verde. A pares, procure responder às
questões sobre o respetivo sistema circulatório e as trocas gasosas nos anfíbios. Para cada uma das opções,
selecione a opção mais correta.

Fig. 5 | Sistema de circulatório na rã-verde

1. Nos vertebrados, como a rã, o sistema circulatório é e a existência de permite a circulação do


sangue num só sentido.
(A) aberto … válvulas
(B) fechado … válvulas
(C) fechado … vasos
(D) aberto … vasos

2. Em comparação com os mamíferos, na rã-verde a circulação é e permite que haja uma


eficiência no fornecimento de oxigénio aos tecidos.
(A) dupla incompleta … menor
(B) dupla incompleta … maior
(C) dupla completa … maior
(D) dupla completa … menor

3. Os insetos apresentam sistema circulatório , e o fluido circulante os gases respiratórios.


(A) aberto … transporta
(B) fechado … não transporta
(C) aberto … não transporta
(D) fechado … transporta

Fig. 6 | Lago de Cima, na Classe do Jardim Botânico da Faculdade de Ciências da Univ. de Lisboa
Ensino Secundário | 10º ano | Biologia e Geologia ..............................................................................................................Página 6 de 13
O ARBORETO
5ª paragem| Coleção de Xerófitas

Num jardim botânico, o arboreto é constituído por árvores e arbustos. Jules Daveau foi, a partir de 1876,
o responsável pelo Arboreto do JBL, que inclui grandes árvores de diversas zonas do globo, conferindo um cunho
tropical e subtropical à paisagem. Após 1892, deve-se a Henri Cayeux a introdução e criação de plantas ornamentais.
Merecem destaque as coleções de gimnospérmicas, particularmente as cicadófitas, as palmeiras e as figueiras
tropicais. São ainda de destacar os lagos do meio e de baixo e a Rua das Palmeiras que dá acesso ao portão para a
Rua da Alegria. A primeira paragem no Arboreto transporta-nos para um espaço que nos faz lembrar o México. As
plantas apresentam uma morfologia e fisiologia que nos mostram que estão adaptadas a climas secos, com pouca
disponibilidade de água. Os catos e as eufórbias dominam a paisagem ... mas quem se destaca é o Dracaena draco
L., ou seja, o Dragoeiro, uma planta endémica da região da Macaronésia.

12. Assinale no mapa da página 2 o local onde te encontras e que dá acesso ao Arboreto.

13. Com o telemóvel, pesquise onde se localiza a Macaronésia e recorde o que significado de espécie endémica.

14. As folhas e as raízes desta coleção estão “adaptadas a climas secos”. Explique o significado das expressões da
tabela.

Caules e folhas suculentos


Folhas sob a forma de espinhos
Folhas rijas revestidas com ceras
Raízes longas

15. O Dragoeiro é uma planta através da qual se extrai “sangue de dragão”, ou seja, uma substância usada para
fins tintureiros e para envernizar alguns instrumentos musicais. Esta planta, tal como todas aquelas que se
encontram neste jardim, são constituídas por células. Recorde a legenda de uma das células desta planta, indique
função dos seus organelos (de uma forma geral) e atribua uma legenda à célula.

C
D
Organelo Função
E B A
B
C
F A D
E
F
G
G
H
I
Legenda da célula: _________________________
H
I Fig. 7 | Esquema representativo de uma célula de um dragoeiro

Ensino Secundário | 10º ano | Biologia e Geologia ..............................................................................................................Página 7 de 13


Fig. 8 | Dracaena draco do Jardim Botânico de Lisboa

16. O Dracaena draco é uma planta vascular de ramificação dicotómica a correr após cada afloração, apresenta
agregados de folhas espessas em forma de lança na extremidade dos ramos. A pares, procure responder às
questões sobre as plantas vasculares. Para cada uma das opções, selecione a opção mais correta.

1. As plantas vasculares caracterizam-se por possuírem tecidos especializados


(A) de suporte e de proteção.
(B) para a realização da fotossíntese.
(C) de transporte e de suporte.
(D) de captação de água.

3. As plantas vasculares são também designadas por ____ e podem sementes sem flor como as ____.
(A) traqueófitas ... magnoliófitas (como o Castanheiro da Índia)
(B) traqueófitas ... pinófitas (como o pinheiro-manso)
(C) briófitas … magnoliófitas (como o Castanheiro da Índia)
(D) briófitas... pinófitas (como o pinheiro-manso)

17. Na parte central da escadaria encontra-se o busto do médico Bernardino António Gomes (o pai) que se
notabilizou pela identificação e isolamento do princípio ativo contra a malária a partir do estudo da quina, uma
planta da América do Sul. Junto à mesma (de um lado e de outro) encontram-se duas plantas que se destacam
pelas cores das suas flores: a Strelitzia reginae (ou ave do paraíso) e a Hibiscus Rosa-Sinensis L. (ou rosa da China).
Ambas as plantas apresentam folhas, um importante órgão fotossintético. Observe a Figura 9 que representa um
corte de uma folha e complete a sua respetiva legenda.

Fig. 9| Esquema representativo do corte de uma folha

Ensino Secundário | 10º ano | Biologia e Geologia ..............................................................................................................Página 8 de 13


6ª paragem| Lago do Meio

O Lago do Meio do Jardim Botânico de Lisboa, no Arboreto, apresenta alguns exemplares de patos-selvagens
e é rodeado por várias espécies do Reino Plantae, como os fetos, as hepáticas e a vasculares e a Paineira (Ceiba
crispiflora).

18. Refira a que grupo de plantas pertencem as espécies que se observar junto ao Lago do Meio do Arboredo e
que também estão identificadas na Figura 10 e com a ajuda do teu professor procede à sua identificação.

Fig. 10| Espécies de plantas que se podem encontrar junto ao Lago do Meio

19. Se analisarmos uma folha de Ceiba crispiflora ao microscópio provavelmente iremos observar estruturas tal
como a que podemos visualizar na Figura 11. Faça a respetiva legenda.

Nº Nome da estrutura
1
2
3
4

Fig. 11| Estrutura responsável pelas trocas gasosas em algumas plantas

Ensino Secundário | 10º ano | Biologia e Geologia ..............................................................................................................Página 9 de 13


7ª paragem| Anfiteatro Fernando Catarino

O Jardim Botânico de Lisboa, ocupa aproximadamente 4 hectares e integra cerca de 1500 espécies. O
jardim está sujeito ao clima do sul da Europa, cada vez mais quente, pelo que é possível que circulação de água
seja por vezes mais limitada, o subcoberto possa surgir mais seco no verão, ou exemplares mais vulneráveis,
possam sofrer danos causados pelo calor ou tempestades, permitindo que muitas folhas no chão.
20. Explique a razão pela qual as folhas das árvores que se encontram no chão não apresentam todas a mesma
tonalidade.

21. As moléculas referidas na questão 21 encontram-se num organelo das células eucarióticas vegetais. Nomeie
esse organelo e faça a respetiva legenda.

Fig. 12| Organelo das células eucarióticas

Para quem visita o Jardim


Botânico de Lisboa poderá
encontrar o Hotel de Insetos
instalado no meio do arvoredo
logo ao lado do anfiteatro. Mas o
Hotel de Insetos tem uma dupla
função. Para além de servir de
albergue para as abelhas
solitárias nidificarem, tem como
função dar a conhecer ao público
a importância destes insetos
para a manutenção dos
ecossistemas e biodiversidade.

Fig. 13| Hotel dos insetos junto ao Anfiteatro Fernando Catarino

Ensino Secundário | 10º ano | Biologia e Geologia ..............................................................................................................Página 10 de


13
8ª paragem| Lago de baixo

O Lago de Baixo do Jardim Botânico de Lisboa data da sua fundação e tem sofrido requalificações desde o
final do século XIX. Muito perto desta massa de água doce temos duas esculturas representativas de espécies
pertencentes ao reino Fungi.

22. Hipoteticamente foi realizada uma pequena colheita dessa água para as aulas de Biologia e Geologia. Essa água
foi utilizada como meio de montagem na observação de células vegetais. Selecione, justificando, a letra do
esquema representativo dessa atividade laboratorial.

__________________
__________________
3.1. __________________
__________________
__________________
__________________
__________________
A B C __________________
__________________
__________________
__________________
__________________

Fig. 14| Célula eucariótica vegetal em diferentes meios de montagem

23. Todos os seres vivos necessitam de obter materiais e energia do meio. Classifique como verdadeiras ou falsas
cada uma das afirmações relativas ao ser da escultura representada na imagem e que poderá ser encontrada muito
perto do Lago de Baixo.

(A) Nestes organismos não ocorre digestão mecânica.


(B) Estes organismos não produzem hidrolases.
(C) As hifas dos fungos garantem uma grande superfície para a
absorção.
(D) Os fungos e as bactérias processam alimentos de dimensões
reduzidas.
(E) As hifas foram o micélio.
(F) Estes organismos são seres heterotróficos por ingestão.
(G) Estes seres são muito importantes para os ecossistemas uma vez
que são decompositores, permitindo a reciclagem da matéria nos
ecossistemas.
(H) Estes seres são considerados macroconsumidores.

Fig. 15|Esculturas de fungos no Arboredo

Ensino Secundário | 10º ano | Biologia e Geologia ..............................................................................................................Página 11 de


13
9ª paragem| Imperadores, Briófitas e relações simbióticas

Árvore classificada pela IUCN (International Union for Conservation of Nature and Natural Resources) como
uma espécie em perigo, enfrentando um risco de extinção na natureza. É nativa da Mata Atlântica (do Rio de
Janeiro até ao sudeste de Minas Gerais, Brasil) e existia em abundância na época do Brasil colonial. Árvore de
grande porte, esta espécie de madeira muito dura, de grande beleza e frutos saborosos, era muito apreciada
pelo Imperador D. Pedro I (1768-1834) e
pelo seu filho, Pedro II (1825-1891), que
a instituiu como “oferta imperial”,
enviando espécimes para vários jardins
botânicos do mundo, entre os quais o de
Sydney, na Austrália, onde continua a ser
conhecida por Royal Tree. No final de
1889, com o advento da República no
Brasil, e dada a identificação tão
chegada ao anterior regime, “caiu em
desgraça”. A sua utilização na
construção naval passou a ser intensiva,
a sua presença em parques, jardins e
ruas começou a desaparecer. No Jardim
Botânico de Lisboa poderás encontrar
uma das angiospérmicas mais raras de
Portugal
Fig. 16| A Chrysophyllum imperiale, ou Árvore-do-imperador.

24. As plantas vasculares podem apresentar sementes com ou sem flor. Complete os espaços em branco
de como a que seja construído um quadro resumo das diferenças entre estes dois importantes grupos.

Plantas Vasculares com semente


• A água ________ necessária para a fecundação.
• Presença de sementes.

Classe
Gimnospérmicas Angiospérmicas
• Óvulos a descoberto. • Óvulos _______ do ovário.
• Sementes __________ no pericarpo. • Sementes encerradas no pericarpo.
• O agente de polinização é o _____. • A polinização é essencialmente feita pelos
___________ ou outros animais.

25. Um pouco mais à frente temos o espaço onde predominam as Briófitas e os Líquenes. Refira a que
grupo pertence as Briófitas e que espécies constituem os Líquenes.

Ensino Secundário | 10º ano | Biologia e Geologia ..............................................................................................................Página 12 de


13
10ª paragem| A sequoia, a alameda de palmeiras e as cicadófitas

No Arboredo do Jardim Botânico de Lisboa podemos encontrar espécies de


grande porte como a Sequia sempervirens (Sequóia). Também podemos
encontrar espécies de grande longevidade (verdadeiros fósseis vivos),
vulneráveis ou em perigo de extinção, com distribuição confinada a algumas
áreas restritas das regiões tropicais e subtropicais, designadas por cicadófitas.
Dos Açores, da Madeira, das Canárias e de Cabo Verde temos as Palmeiras, onde
podemos encontrar as maiores folhas e frutos. A coleção de Palmeiras do Jardim
Botânico de Lisboa é uma das maiores da Europa.

26. A pares, procure responder às questões sobre a distribuição da matéria


nas plantas. Para cada uma das opções, selecione a opção mais correta.

1. Numa planta, o movimento ascendente da seiva elaborada ocorre


quando
(A) as reservas são armazenadas ao nível da raiz.
(B) há frutos localizados acima dos órgãos fotossintéticos.
(C) se verifica uma taxa de transpiração muito elevada.
(D) a absorção radicular supera a transpiração foliar.

2. A saída de sacarose e água do floema verifica-se em


(A) órgãos produtores de matéria orgânica, como as sementes.
(B) órgãos acumuladores de matéria orgânica, como os frutos.
(C) órgãos de absorção de matéria orgânica, como as raízes.
(D) todos os órgãos das plantas, independentemente da sua função.

3. A conversão de glicose em sacarose, nas células de companhia do


floema, ocorre por através de ligações glicosídicas.
(A) condensação … da quebra
(B) hidrólise … da quebra
(C) condensação … do estabelecimento
(D) hidrólise … do estabelecimento

4. O movimento de ascensão da seiva bruta no xilema pode ser explicado


pelos modelos da
(A) pressão radicular e da adesão-coesão-
-tensão.
(B) pressão radicular e do fluxo de massa.
(C) adesão-coesão-tensão e do fluxo de massa.
(D) pressão radicular, da adesão-coesão-tensão e do fluxo de massa.

Fig. 17| Sequóia

Ensino Secundário | 10º ano | Biologia e Geologia ..............................................................................................................Página 13 de


13

Você também pode gostar