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TRANSTORNO DE ESTRESSE AGUDO


( TEA )

1-IDENTIFICAÇÃO

Nome:
CPF:
Idade:
Solicitante:
Nº Inscrição no CRP:
Finalidade:

2-DESCRIÇÃO DA DEMANDA

Joana, uma estudante do ensino médio de 15 anos, foi encaminhada para lidar com o estresse de
ter sofrido um acidente de carro grave duas semanas antes. No dia do acidente, ele estava no
assento do passageiro da frente quando, ao sair da pista de rolamento, o veículo foi abalroado
por um SUV em alta velocidade que passou o sinal amarelo. A colisão atingiu em cheio o lado
do motorista e fez com que o carro capotasse 360 graus. O choque de metal com metal foi
extremamente ruidoso. O motorista, um colega do ensino médio, ficou brevemente inconsciente
e sangrou de um talho na testa. Ao ver seu amigo machucado, Joana ficou com medo que ele
pudesse estar morto. A amiga no banco de trás tentava freneticamente desengatar seu cinto de
segurança.

A porta de Joana estava emperrada, e ele ficou com medo que o carro pegasse fogo com ele
preso ali. Depois de alguns minutos, o motorista, Joana e a outra passageira conseguiram sair
pelas portas dos passageiros e se afastaram do veículo. Perceberam que o motorista do SUV
estava ileso e já havia chamado a polícia. Uma ambulância estava a caminho.Todos os três
foram transportados para um pronto-socorro local, onde foram atendidos e liberados para a
guarda dos pais após algumas horas.
Joana não conseguia dormir direito desde o acidente. Com frequência acordava no meio da noite
com o coração acelerado, visualizando faróis vindo em sua direção.Tinha problemas de
concentração e não conseguia completar os deveres de casa. Seus pais, que começaram a levá-lo
e a buscá-lo na escola, perceberam que ele ficava ansioso toda vez que saíam de uma pista de
rolamento ou passavam por um cruzamento. Embora ele recém tivesse obtido sua habilitação
provisória, recusava-se a praticar a direção com o pai. Estava também atipicamente irritadiço
com os pais, com a irmã menor e com os amigos. Recentemente, foram ao cinema, mas saiu
antes do começo do filme, reclamando que o sistema de som estava muito alto. Seus pais
estavam preocupados e tentaram conversar com ele sobre seu estresse, mas ele os interrompia
com raiva. Contudo, depois de sair-se mal em um teste importante, aceitou o incentivo de um de
seus professores preferidos para consultar com um psicólogo.

3 PROCEDIMENTOS

Pessoas ouvidas no processo:


Número de encontros:
Duração do processo realizado:

APRESENTAR OS RECURSOS TÉCNICOS CIENTÍFICOS UTILIZADOS ESPECIFICANDO O


REFERENCIAL TEÓRICO METODOLÓGICO QUE FUNDAMENTOU SUA ANÁLISE,
INTERPRETAÇÃO E CONCLUSÃO. CITAR AS PESSOAS OUVIDAS NO PROCESSO DE
TRABALHO DESENVOLVIDO, AS INFORMAÇÕES, NÚMEROS DE ENCONTROS OU TEMPO DE
DURAÇÃO.

4 ANÁLISE

Durante a consulta, Joana descreveu mais dificuldades. Ele odiava o fato de ficar sobressaltado
com barulhos altos e não conseguia tirar da cabeça a imagem de seu amigo machucado e
desacordado. Tinha ondas de raiva direcionadas ao motorista do SUV. Relatou sentir-se
envergonhado e desapontado consigo mesmo por se recusar a praticar direção. Afirmou que,
aproximadamente cinco anos antes, testemunhou o quase afogamento de uma de suas irmãs
mais novas. Mencionou também que, no mês anterior, a morte do avô havia completado um
ano.

5 CONCLUSÃO

Joana satisfaz a reformulação diagnóstica do DSM-5 para transtorno de estresse agudo (TEA),
a qual exige apenas nove dos 14 sintomas de estresse agudo. Esse diagnóstico não requer mais a
presença de múltiplas reações dissociativas, como no DSM-IV e, ao contrário do diagnóstico de
transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) do DSM-5, não requer pelo menos um sintoma
dentro de cada categoria sintomática. O TEA pode ser diagnosticado três dias após a exposição
a uma situação traumática, ser uma resposta de estresse temporário que entra em remissão no
prazo de um mês ou progredir após um mês para TEPT.
Joana apresenta sintomas de TEA duas semanas depois de se envolver em um acidente
automobilístico grave. Seus sintomas estão associados a sofrimento clinicamente significativo,
prejuízo no funcionamento social e escolar e desligamento de tarefas atuais de
desenvolvimento (p. ex., aprender a dirigir). Durante a adolescência, essa ruptura aguda pode
ter consequências imediatas e de longo prazo, o que justifica o diagnóstico e a intervenção
imediatos.
Os sintomas de Joana relacionados ao estresse incluem memória perturbadora e intrusiva
recorrente do acidente; reações psicológicas e fisiológicas a evocações de memória; esforços
para evitar pensar ou ter sentimentos sobre o que aconteceu; esquiva de evocações externas
que limitam sua vida cotidiana; um sonho perturbador e recorrente em conjunto com uma
perturbação do sono que impede o sono reparador e o deixa cansado durante o dia;
comportamento irritável que perturba o relacionamento com os pais e os amigos; problemas
de concentração que prejudicam o desempenho escolar durante um ano importante do ensino
médio; e uma reação de sobressalto exagerada, que o deixa com a sensação de ser imaturo e
diferente dos amigos. Joana não tem história de transtorno de ansiedade anterior que explique
seus sintomas, os quais tiveram início após o evento traumático.
Assim como muitos adolescentes, Joana reluta em falar sobre sua experiência ou sintomas, em
parte porque isso o deixa com a sensação de que há algo errado com ele, uma preocupação a
mais na ansiedade adolescente relativa a ser diferente dos pares. Estratégias de intervenção
aguda podem ajudar os adolescentes a compreender suas reações ao estresse agudo,
desenvolver habilidades para lidar com evocações e planos com os professores para recuperar
gradativamente o nível anterior de funcionamento acadêmico. Experiências e perdas
traumáticas anteriores como o quase afogamento da irmã e a morte do avô podem exacerbar as
reações do indivíduo ao trauma atual e também intensificar a compreensão do perfil de
sintomas pelo clínico.

NA CONCLUSÃO INDICAM-SE OS ENCAMINHAMENTOS E INTERVENÇÕES, O DIAGNÓSTICO,


PROGNÓSTICO E HIPÓTESE DIAGNÓSTICA, A EVOLUÇÃO DO CASO, ORIENTAÇÃO OU
SUGESTÃO DO PROJETO TERAPÊUTICO

( Local – Data )

Nome de Profissional
CRP__/_____

RUBRICA-SE DA PRIMEIRA ATÉ A ÚLTIMA LAUDA, ASSINANDO A ÚLTIMA.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bryant RA, Friedman MJ, Spiegel D, et al: A review of acute stress disorder in DSM-5. De- press Anxiety 28(9):802–817,
2011

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