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ESTRUTURAS E NORMALIDADE Flávio Romero

A NOÇÃO DE NORMALIDADE
Normalidade como ausência de doença: em psicopatologia seria
aquele individuo que não é portador de transtorno mental.

Normalidade como percentagem majoritária de comportamento ou


pontos de vista.
A NOÇÃO DE NORMALIDADE
Normalidade como bem-estar: a OMS definiu, em 1946, a saúde
como o completo bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente
como a ausência de doença.
Normalidade funcional: o fenômeno é considerado patológico a
partir do momento em que é disfuncional, produz sofrimento para o
individuo ou para seu grupo social.
A NOÇÃO DE NORMALIDADE
Normalidade como processo: consideram-se os aspectos dinâmicos do
desenvolvimento psicossocial, das estruturas e das reestruturações ao
longo do tempo.
Normalidade subjetiva: aqui é dada maior ênfase à percepção
subjetiva do indivíduo em relação ao seu estado de saúde, às suas
vivências subjetivas.
PSICOPATOLOGIA
Ramo da ciência que trata da natureza essencial da doença mental –
suas causas, as mudanças estruturais e funcionais relacionadas a ela e
suas formas de manifestação.
É um conhecimento que se esforça para se sistemático, elucidativo e
desmistificante.
PSICOPATOLOGIA
Como conhecimento científico, não inclui critérios de valor, nem aceita
dogmas ou verdades a priori.
Assim, a psicopatologia é o estudo científico dos transtornos
psicológicos.
➢ Disfunção Psicológica
➢ Angústia
➢ Atípico ou Socialmente não esperado
PSICOPATOLOGIA
Disfunções comportamentais, emocionais e cognitivas que são
inesperadas em seu contexto cultural e associadas com angústia e
substancial inadequação no funcionamento

Causam SOFRIMENTO ao sujeito e não fazem LAÇO SOCIAL


PSICOPATOLOGIA
Três tipos de fenômenos:
1. Fenômenos semelhantes em todas as pessoas:
medo, ansiedade, desejo, raiva, tristeza, luto,
entre outros.
2. Fenômenos em parte semelhantes e em parte
diferentes: o homem comum experimenta, mas
apenas em parte são semelhantes aos que a
doença mental vivencia, ex: tristeza
depressão.
3. Fenômenos qualitativamente novos, diferentes: são
próprios apenas de certas doenças e estados
mentais.
A NORMALIDADE PATOLÓGICA
Estados Limítrofes: traços de caráter, não se encontram tão bem
estruturados no sentido neurótico ou psicótico, constituem-se de modo
durável, mas sempre precário, segundo arranjos diversos nem tão
originais que forçam esse sujeitos a “fazerem-se de gente normal”,
hipernormal, para não descompensar.
NORMALIDADE EM PSICOPATOLOGIA
Desdobramentos:
a) Psiquiatria Forense: a determinação do patológico pode definir o
destino social, institucional e legal de uma pessoa.
b) Epidemiologia: objeto de pesquisa para o aprofundamento do
conceito de normalidade em saúde.
c) Psiquiatria cultural e etnopsiquiatria: análise do contexto
sociocultural.
NORMALIDADE EM PSICOPATOLOGIA
d) Planejamento em saúde mental e políticas de saúde: para a
implantação de serviços assistenciais.
e) Orientação e capacitação profissional: capacidade e adequação
de sujeitos para atuarem em determinadas profissões.
f) Prática clínica: Avaliação, diagnóstico e conduta terapêutica.

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