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CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC

CURSO TECNOLOGIAS EM GESTÃO AMBIENTAL


DISCIPLINA: LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS
PROFESSORA: SÔNIA REGINA NASCIMENTO DE OLIVEIRA
ALUNO: CACILDO CORDEIRO DA SILVA
TEMA: OS DIFERENTES OLHARES SOBRE A COMUNIDADE SURDA

Enunciado: Para esta produção textual individual, gosta ria que você
apresentasse um texto crítico e reflexivo respondendo as seguintes questões:

A) Em qual das duas visões você enquadraria a comunidade surda nos dias
atuais? B) Justifique este argumento.

A) A visão clínica e a visão socioantropológica são formas completamente distinta se


compreender a surdez, enquanto a clínica vê a surdez como uma patologia que
precisa ser tratada e corrigida com terapias de fala, a sócio antropológica trata a
surdez como uma diferença humana, o que consequentemente os fazem ter uma
linguagem própria que influência a sua cultura (DORNELES, 2011).
A comunidade surda passa por grandes desafios na atualidade, pois ainda hoje a visão
mais difundida é a visão clínica, que leva as pessoas a tratar a surdez como
uma deficiência, e isso conduz a exclusão dos surdos, pois a sua forma de ver o
mundo (visual – espacial) não é levada em consideração.
Assim, pode se concluir que os locais onde a visão socioantropológica da surdez é
respeitada e colocada em prática, são em organizações criadas pelos próprios surdos,
que criam espaços em que a cultura surda é validada, mas, mesmo nesses locais ainda é
possível identificar resquícios da visão clínica. É possível observar esse aspecto
na educação que muitos recebem, pois até mesmo nessas instituições de ensino que
fazem o uso do sistema bilingue, “[...] A língua de sinais é utilizada como meio para
ensinar a língua portuguesa e não enquanto razão que se justifica por si só: direito da pessoa
surda de usar a sua língua, uma língua que traduz a experiência visual.” (QUADROS,
2003, pág. 96). REFERÊNCIAS
b) JUSTIFICATIVA
Ocorre que o problema tem início na vida escolar do surdo, pois a educação não é inclusiva,
visto que o mesmo formato é aplicado integralmente e não há nenhuma avaliação se o
aprendizado é realmente eficaz para as minorias. O sistema educacional não contempla as
necessidades do aluno surdo que deveria aprender libras e suas particularidades desde o início
de seu aprendizado nas escolas. O plano de educação brasileiro deveria considerar as diferenças
e com isso construir um sistema justo e com uma essência de equidade. A Libras não é uma
adaptação da língua oral e nem é fundamentada pela língua portuguesa. Portanto, o que deveria
ser implementado na educação dos surdos desde o início é o ensinamento da língua brasileira
de sinais (LIBRAS) e por meio dela aprender a expressar ideias, opiniões e conceitos. Não
sendo calados ou silenciados. Educação bilingüe implica na utilização de duas línguas em
espaços diferentes dentro da escola. Há vários tipos de bilingüismo que não serão considerados
aqui em função da presente proposta limitar-se às implicações deforma geral. Cabe ressaltar
que todas as discussões sobre educação bilíngüeno mundo estão impregnadas de questões
políticas, sociais e culturais.

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