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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
2021
Biografia (1904-1990)
• 1930- 1940
- Cargo de professor e investigador na Universidade de Minnesota
- Ganha uma bolsa de pesquisas do National Research Council.
- 1º Livro (1938): The Behavior of Organism
• 1945
– Escreve o livro Walden Two, um romance utópico que retratava uma
sociedade na qual os problemas haviam sido resolvidos pela
engenharia comportamental
• 1960 – 1980
– Escreve diversos livros sobre o comportamento humano,
nomeadamente: Beyond Freedom and Dignity (1971), About Behaviorism
(1974), Behaviorism and Society (1978)
Visão Geral
– Skinner acreditava que a maioria dos comportamentos humanos são aprendidos através de
condicionamento operante. A chave para o condicionamento operante é o reforço imediato
de uma resposta. O condicionamento operante altera a frequência de uma resposta ou a
probabilidade de que esta resposta ocorra através do reforço
Condicionamento operante
No condicionamento operante, Skinner introduziu a noção de modelagem (procedimento
pelo qual o experimentador ou o ambiente reforçam aproximações sucessivas e, aos
poucos, modelam os comportamentos)
No condicionamento operante estão presentes três condições: antecedente (o ambiente
ou o setting dentro do qual ocorre o comportamento); o comportamento; a
consequência (recompensa – reforço e punição)
• difusão dos seus efeitos: o menino pode afastar-se dos pais ou evitar a irmã, o que
provoca um sentimento e comportamento inapropriados em relação à família
Skinner não negava a existência de estados internos, como sentimentos de amor, ansiedade ou
medo, no entanto acreditava que a sua observação era limitada.
• Autoperceção: Skinner acreditava que os humanos não apenas tinham consciência como
também perceção das suas consciências. O comportamento é função do ambiente e parte
desse ambiente está dentro do corpo do individuo. Cada pessoa está subjetivamente ciente
dos seus próprios pensamentos, sentimentos, memórias e intenções.
• Impulsos: Sob o ponto de vista do behaviorismo radical, os impulsos não são as causas dos
comportamentos, mas apenas ficções explicativas; os impulsos referem-se aos efeitos da
privação e da saciedade e à probabilidade correspondente de que o organismo responderá.
Skinner explica que cada indivíduo é controlado por uma variedade de forças e
técnicas sociais, de acordo com distintas categorias:
Condicionamento Operante: a sociedade exerce controlo sobre os seus membros por meio dos
seguintes métodos de condicionamento operante: reforço positivo, reforço negativo,
punição (adição de um estímulo de repulsa; remoção de um estímulo positivo).
Contingências Descritivas: outra técnica de controlo social é a descrição das contingências de
reforço envolvendo linguagem, normalmente verbal, para comunicar às pessoas
consequências dos seus comportamentos ainda não emitidos (ex: ameaças e promessas,
propaganda).
Privação e Saciedade: o comportamento pode ser ainda controlado tanto pela privação quanto
pela saciedade; embora a privação e a saciedade sejam estados internos, o controlo
origina-se no ambiente. Ex: as pessoas privadas de alimento têm uma maior probabilidade
de comer; as saciadas apresentavam uma propensão menor de comer mesmo face a
alimentos deliciosos.
Restrição Física: as pessoas podem ser controladas através de restrições físicas. Ex: segurar as
crianças para mantê-las longe de um precipício ou prender infratores da lei.
Embora a restrição física represente um meio de negar a liberdade de um indivíduo,
Skinner sustentava que o comportamento nada tem a ver com a liberdade pessoal.
Controlo do comportamento
humano
• Autocontrolo: Skinner afirma que do mesmo modo que as pessoas podem alterar
variáveis num determinado ambiente, podem também manipular as variáveis dentro
do seu próprio ambiente e, desta forma, exercer uma medida de autocontrolo. As
contingências do autocontrolo não residem no interior do indivíduo e não podem ser
escolhidas livremente; há diversas técnicas que as pessoas podem utilizar para
exercitar o autocontrolo:
– podem lançar mão de subsídios físicos, como instrumentos, máquinas, recursos financeiros;
– podem modificar o seu ambiente, dispondo-o de forma que lhes seja possível escapar de
um estímulo de repulsa ao produzir a resposta adequada;
– podem ingerir drogas, por ex., podem ingerir tranquilizantes para tornar o seu
comportamento mais calmo.
Skinner tinha uma visão determinista da natureza humana e conceitos como a escolha
individual não tinham lugar na sua análise. O autocontrolo depende, segundo este
autor, de variáveis ambientais e não de força interior. Esta abordagem nega
constructos como a força de vontade ou a responsabilidade.
As pessoas não são autónomas, mas a ilusão da autonomia persiste devido a uma
compreensão incompleta do histórico do individuo. Quando as pessoas não
compreendem o comportamento atribuem-no a conceitos internos como crenças,
intenções e motivos.
À primeira vista, para Skinner, o conceito de humanidade poderia ser pessimista, porém,
a atitude é otimista. Como o comportamento humano é modelado pelos reforços, a
espécie humana é bastante adaptável, pois dentro de todos comportamentos apenas
os mais satisfatórios tenderão a aumentar de frequência.