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Alimentação saudável na gravidez

A alimentação equilibrada é um hábito que deveríamos ter durante toda a vida. Sabemos que não é
uma tarefa fácil, pois a cada dia temos menos tempo para sentar à mesa para um bom almoço, além
da invasão de produtos gordurosos. A mulher grávida tem uma responsabilidade ainda maior quanto
à sua refeição, já que em suas mãos (em sua barriga, melhor dizendo) estará o desenvolvimento
saudável de toda uma vida que está só começando.

Qual a importância de uma boa alimentação na gravidez?


A alimentação adequada ao longo do período gestacional exerce papel determinante sobre os
desfechos relacionados à mãe e bebê. Contribui para prevenção de uma série de ocorrências
negativas, assegura reservas biológicas necessárias ao parto e pós-parto, garante substrato para o
período da lactação, como também, favorece o ganho de peso adequado de acordo com o estado
nutricional pré-gestacional. Ressalta-se que a inadequação do ganho de peso durante a gestação tem
sido apontada como fator de risco tanto para a mãe quanto para a criança,.
O que não pode faltar no prato?
As refeições devem contemplar todos os grupos alimentares existentes. A gestante deverá ingerir
vegetais (folhosos e legumes); frutas; carne bovina, frango, fígado (uma vez por semana); ovos e
peixes (sardinha, salmão, atum, pescada, cavalinha); leguminosas (feijão, grão de bico, lentilha,
ervilha); cereais (arroz integral, batata, milho, entre outros); azeites (de preferência extra virgem);
leite e derivados do leite (fora do horário do almoço e jantar).
As carnes deverão ser assadas, grelhadas, ensopadas ou cozidas, evitando as frituras. Recomenda-se
não ingerir gordura vegetal hidrogenada, que pode comprometer o crescimento e o desenvolvimento
fetal.

Como deve ser distribuída as refeições ao longo dos dias?


As refeições devem ser distribuídas em seis vezes ao dia: desjejum, colação, almoço, lanche, jantar
e ceia. Os intervalos em média são de três horas entre uma e outra refeição.

Há uma estimativa de quantos quilos a mulher deve engordar durante a gestação?   


O ganho de peso na gestação deve ser suficiente para promover o desenvolvimento fetal completo e
também para armazenar nutrientes adequados no organismo materno para o aleitamento. Nenhuma
mulher deve perder peso durante a gravidez, independente do seu  Índice de Massa Corporal (IMC)
antes de engravidar. O Institute of Medicine (IOM) recomenda as faixas de ganho de peso ideal
durante a gestação.
No caso de gestação de feto único, o ganho de peso (Kg) recomendado é:
- Gestantes com baixo peso pré-gestacional: 15,0kg (média);
- Gestantes com peso adequado pré-gestacional (eutróficas): 12,5Kg (média);
- Gestantes com sobrepeso pré-gestacional: 9,0Kg (média);
- Gestantes com obesidade pré-gestacional: 7,0Kg (média).
 
No caso de gestação múltipla (dois ou mais fetos), o ganho de peso também dependerá do estado
nutricional pré-gestacional, podendo variar de 11,0 Kg (obesidade pré-gestacional) a 27,9 Kg (baixo
peso pré-gestacional).

Algumas mulheres, especialmente com gêmeos, perdem bastante peso durante e após a
gestação por causa dos filhos. Nesses casos, é recomendada a utilização de suplementos
nutricionais?
Tanto em mulheres com gestação de feto único quanto na gravidezes gemelares podem ocorrer
diminuição de peso devido às adaptações hormonais. A ação do estrogênio pode causar náuseas,
vômitos e anorexia, principalmente, no primeiro trimestre.
A perda de peso após o parto ocorre, geralmente, em maior intensidade nos primeiros três meses e
naquelas que amamentam exclusivamente.
Os suplementos nutricionais são recomendados nas situações em que a demanda nutricional não é
atendida por meio da dieta.
Chocolate está liberado?
O chocolate contém cafeína, então você vai precisar comer com moderação, para evitar o aumento
da pressão arterial. Se a vontade for grande, opte por aqueles que tem um maior teor de cacau na
composição, com menos gordura.
Alimentos restritos
Existem certos alimentos que devem ser evitados, como o café e bebidas energéticas, porque
elevam a pressão arterial e possuem muitos conservantes, o que prejudica o desenvolvimento do
bebê. Bebidas alcoólicas estão fora de cogitação, elas causam a má formação do feto, fique longe!
Chás
Você pode sempre tomar chás de camomila, erva doce e erva cidreira com moderação. O restante
dos sabores não são indicados, porque contém substâncias inflamatórias que podem causar diarreias
e até mesmo induzir aborto.

1. Peixes crus e carnes mal passadas


Os peixes crus, como sushi, e as carnes mal passadas devem ser evitados porque podem estar
contaminados com a bactéria listeria, que pode causar aborto e parto prematuro, ou com doenças
como a cisticercose, que pode afetar o sistema nervoso e prejudicar o funcionamento do cérebro.

2. Ovos crus
Os ovos crus e mal passados devem ser evitados porque podem conter a bactéria salmonella, que
pode causar diarreias graves, vômitos, febre e morte.
Por isso, também é importante evitar o consumo de sobremesas, molhos e temperos caseiros que
usam ovos crus na receita, como a maionese caseira e o molho Caesar.
3. Leite não pasteurizado
Os leites não pasteurizados, como leites vindos diretamente de sítios ou de fazendas, devem ser
evitados porque contêm elevado número de bactérias que causam infecções intestinais, diarreias e
mal estar.
Assim, deve-se sempre consumir leites pasteurizados ou leite UHT, que passam por tratamentos em
temperaturas elevadas para eliminar os micro-organismos que possam estar presentes no alimento.

4. Queijos pastosos e não pasteurizados


Queijos pastosos como brie, camembert, gorgonzola e danish blue, contêm muita água e podem ter
a bactéria listeria, que pode causar dores de cabeça, tremores, convulsões e meningite, afetando
também o sistema nervoso do bebê e, nos casos mais graves, levando à morte.

5. Frutas e legumes mal lavados


As frutas e os legumes mal lavados são fontes de contaminação da doença toxoplasmose, que pode
causar aborto, parto prematuro, mal formações e morte do bebê.
Assim, todos os vegetais devem ser bem lavados antes do consumo, e deve-se evitar ingerir vegetais
crus fora de casa. Veja os sintomas e como prevenir a toxoplasmose.

6. Atum em lata
Peixes como atum, cavala, peixe-espada, cação e garoupa devem ser evitados durante a gravidez
porque contêm elevados níveis de mercúrio, metal que pode prejudicar o desenvolvimento
adequado do sistema nervoso do feto.
Por isso, deve-se preferir peixes como sardinha, truta, arenque, pescada, cavalinha e atum de
viveiro, pois são mais seguros para a saúde da grávida e do bebê.

7. Café
Alguns estudos mostram que o excesso de cafeína pode causar abortos, e por isso recomenda-se que
mulheres grávidas consumam no máximo 300 mg de cafeína por dia, o que equivale a 2 ou 3
xícaras de café.

8. Alimentos com cafeína


Para evitar o excesso de cafeína, alimentos que contenham essa substância também devem ser
evitados pelas grávidas, como refrigerantes do tipo cola, chá verde, chá preto e chá mate. Veja uma
lista completa de chás que devem ser evitados durante a gravidez.

9. Adoçantes
Apesar de maior parte dos adoçantes serem seguros para a saúde, as grávidas devem evitar
adoçantes artificiais, como ciclamato e aspartame, preferindo adoçantes naturais à base de sucralose
ou estévia, que são seguros para o bebê mesmo em quantidades elevadas.
10. Bebidas alcoólicas
As bebidas alcoólicas devem ser evitadas porque o álcool se acumula no organismo do feto, que não
tem a capacidade de eliminar essa substância do corpo, podendo causar parto prematuro, atraso no
crescimento e malformações cardíacas.

Remédios caseiros para Enjoo na Gravidez


1. Comer gengibre 
Comer pedacinhos de gengibre é uma boa estratégia natural para eliminar os enjôos típicos da
gravidez. Para quem não gosta muito do sabor do gengibre cru, pode optar por balas de gengibre ou
fazer um chá com esta raiz e tomar quando estiver frio, porque alimentos mornos tendem a agravar
as náuseas. 

2. Usar pulseiras contra enjôo


A pulseira anti-enjoo possui um botão que deve ser posicionado um ponto específico no pulso, que
é um ponto de reflexologia chamado Nei-Kuan, que quando é estimulado consegue combater a
sensação de enjoo. Para que se tenha o efeito esperado, deve-se utilizar uma pulseira em cada
pulso. Esta pode ser comprada em algumas farmácias, drogarias, lojas de produtos para grávidas e
bebês ou pela internet. 

3. Comer alimentos frios 


A grávida também pode experimentar comer alimentos frios, como iogurte, gelatina, picolé de fruta,
saladas, água com gás e evitar comer muito de uma só vez, mas comer sempre de 3 em 3 horas,
evitando ficar muito tempo sem comer, mas comer sempre em pequenas porções. 
Outras estratégias que auxiliam nessa fase são evitar cheiros fortes, evitar comer alimentos muito
gordurosos e condimentados. No entanto, cheirar limão e pó de café ajuda a combater as náuseas
rapidamente. 
Em certos casos, o obstetra poderá indicar a toma de remédios específicos

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