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Orientação gestante

Estimular:
-Fracionamento da dieta;
- Ingestão de vegetais;
-Consumo de alimentos fortificados;
-Consumo de alimentos assados, cozidos, grelhados;
-Consumo moderado de óleo nas refeições;
-Ingestão hídrica (mínimo 2 litros de água/dia);
-Grandes refeições - alimento - fonte de vitamina C;

Desencorajar:
-Ingestão de fast-food,
-Alimentos gordurosos, açúcares, alimentos industrializados;
-Tabagismo e bebida alcóolica,
-Ingestão exagerado de café e chá,
-Evitar comer carnes cruas.

Práticas alimentares na gestação

Cafeína
O excesso pode:
Restringir o aporte de nutrientes para o feto
Teratogênico
Baixo peso
Prematuridade
Restringir a 4 xícaras diárias o consumo de café.
No máximo 300mg ao dia de cafeína.
Alimentos fontes de cafeína: café, chá mate, chá preto e bebidas à base de
cola.

Conteúdo de Cafeína
•Café instantâneo: 0,78 mg/ml
•Café expresso: 0,92 mg/ml
•Café em pó: 0,61 mg/ml
Adoçantes

•A Associação Americana de Dietética (ADA, 1998) fez algumas considerações:

•Sacarina: gestantes deveriam restringir o uso desse adoçante, pois ele


demonstrou ser permeável à placenta, podendo permanecer nos tecidos fetais.

•Aspartame: fenilalanina → danos neurológicos. O uso não é considerado


nocivo durante a gestação pela impossibilidade de ingerir as quantidades
consideradas nocivas. (Fenilalanina sérica = 600 mcmol/L → 1 lata de
refrigerante diet a cada 8 minutos).

•Acessulfame K: sal de potássio com estrutura semelhante à sacarina.


Considera seu uso seguro.
•Sucralose: 600 vezes mais doce que a sacarose. Não fornece energia e é
excretado pela urina sem alterações. O uso em humanos não confere riscos
carcinogênicos, reprodutivos ou neurológicos.

•Esteviosídeo: composto natural da planta estévia. Poder adoçante 150 vezes


maior que sacarose. Pode ter sabor amargo.

•Sacarina e Ciclamato: Devido às limitadas informações disponíveis e ao seu


potencial carcinogênico em animais devem ser evitados durante a gestação.

•Sucralose e o acessulfame-K: não são tóxicos, carcinogênico ou mutagênicos


em animais, mas não existem estudos controlados em humanos. Porém, como
esses dois adoçantes não são metabolizados, parece improvável que seu uso
durante a gestação possa ser prejudicial.

•Estévia: substância derivada de uma planta nativa brasileira, não produz


efeitos adversos sobre a gestação em animais, porém não existem estudos em
humanos.

•Aspartame: tem sido extensivamente estudado em animais, sendo considerado


seguro para uso na gestação.
•Os agentes de corpo usados na formulação dos adoçantes (manitol, sorbitol,
xilitol, eritrol, lactilol, isomalte, maltilol, lactose, frutose, maltodextrina, dextrina
e açúcar invertido) são substâncias consideradas seguras para o consumo
humano.

•A indicação mais apropriada para o uso de adoçantes é para a gestante


diabética.

•Evitar sacarina e ciclamato.

•Ler os rótulos e cuidado com alimentos light e diet.


Chás na gravidez

•Polêmico (Secretaria de saúde do RJ, 2002).


–Erva-doce, espinheira santa, camomila, boldo, erva cidreira.
•Em ratas
–Sangramento e relaxamento uterino
–Efeito emenagoco (provoca menstruação).

Evitar no 1º trimestre de gravidez.

Situações comuns na gestação

Queixas clínicas comuns durante a gestação

Mal-estar matinal, náuseas e Vômitos


Picamalácia (pica)
Pirose (azia)
Constipação intestinal

Queixas na gestação: Mal-estar matinal, náuseas e vômitos

•Náuseas: 70% das gestantes relatam


•Vômitos: 50% das gestantes
•Período mais comum: 6ª - 14ª semana

Pode levar a perda de peso → sem prejuízo a nutrição do bebê

•Aconselhamento nutricional
–Refeições pequenas e mais fracionadas (6 a 8 refeições/dia)
–Café da manhã: evitar líquidos, optar por alimentos mais secos e ricos em
carboidratos (biscoitos)
–Evitar frituras, alimentos gordurosos e com odor forte ou que causem
desconforto
–Evitar uso de condimentos picantes
–A literatura científica recomenda consumo de gengibre – redução dos
sintomas
–Evitar deitar-se após as refeições ou escovar os dentes logo após as refeições
(associação forte com vômitos)

Picamalácia (pica)
• Ingestão de substâncias não-alimentares (terra, sabão, barro, tijolo, cal de
parede, cinza de cigarro)
• Prática pouco relatada → sub-relato
• Etiologia desconhecida:

- Alívio de náuseas e vômitos


- Suprimento de deficiências dos micronutrientes
Prática prejudicial à gestação
contaminação por substâncias tóxicas, diminuição do no aporte de nutrientes
saudáveis e risco de infecção por parasitas intestinais

Pirose (azia)
•Relato em aproximadamente 30% das gestantes
•Sintomas aparecem após as refeições
•Período mais comum: 3º trimestre
•Aconselhamento nutricional
–Dieta fracionada (6 a 8 refeições/dia) com menor volume
–Mastigar bem os alimentos
–Evitar consumo de líquidos junto com as refeições
–Evitar deitar-se logo após as refeições
–Evitar alimentos muito condimentados, cafeína, álcool e alimentos gordurosos
–Não utilizar leite como forma de neutralizar efeito (efeito rebote sobre a
secreção ácida)
–Consumir normalmente frutas cítricas

Constipação intestinal
•Relato em 10 a 40% das gestantes
•Período mais comum: a partir da 20ª semana
•Fatores etiológicos:
–Hormonal: ação da progesterona → relaxamento da musculatura intestinal →
redução do peristaltismo
–Pressão do útero sobre o intestino
–Exercícios diminuídos
–Baixa ingestão de líquidos
•Aconselhamento nutricional:
- Ingerir água, no mínimo 4 copos/dia, ingerir também alimentos fontes de
fibras.
- Estímulo a prática de atividade física leve (caminhadas)
Práticas alimentares na Gestação

Alimentação na gestação

Proteínas
Devido ao processo de construção de novas células do bebê e no próprio corpo
da gestante para abrigá-lo há um aumento das necessidades diárias de
proteínas, pois são nutrientes construtores e importantes para inúmeros
processos do corpo.
Temos como importante fonte proteínas as de origem animal (carnes, aves,
peixes, ovos, leite, queijo, iogurte) e as de origem vegetal (cereais integrais,
feijão, lentilha, ervilha, grão de bico).

Ácido fólico
Vitamina importante para redução do risco de malformações congênitas.
É encontrada em vegetais folhosos verdes, cenoura, gema de ovo, trigo integral
e farinhas integrais.

Cálcio
Durante a gestação a ingestão de cálcio nas recomendações adequadas é
essencial para a formação do feto e da manutenção do bom funcionamento do
organismo materno. Quando o consumo pela mãe do mineral é insuficiente, o
feto passa a resgatas as reservas de cálcio da mãe (dos ossos e demais
depósitos), podendo ocasionar queda de cabelo, unhas fracas e a longo prazo
poderá desencadear o enfraquecimento dos dentes e dos ossos (osteoporose).
São boas fontes de cálcio o leite, queijo, iogurte, alimentos fortificados com
cálcio, salmão, sardinha enlatada, sorvete de leite, espinafre, almeirão, couve,
tofu.

Vitamina D
Como a vitamina D auxilia na absorção de cálcio, tal como se uma demanda
maior de cálcio na gestação, recomenda-se conjuntamente o aumento de
vitamina D.
Encontramos vitamina D em fígado, peixes, ovos, manteiga.

Ferro
O ferro é parte da hemoglobina, que é um constituinte importante das células
sanguíneas, sendo responsável pelo transporte do oxigênio para todas as
células do organismo da mãe e do feto. A anemia ocorre muitas vezes na
gravidez, proporcionando sintomas como indisposição, fraqueza e tonturas.
Boas fontes de ferro são: vísceras, carnes vermelhas, aves, peixes, feijões e
hortaliças folhosas (ex.: couve, espinafre, brócolis), recomenda-se consumir
frutas cítricas depois de consumir estes alimentos.

Água
Deve-se ingerir pelo menos seis a oito copos de água (em torno de dois litros
ao dia). A água ajuda a manter o bom funcionamento do intestino, reduz risco
de infecções urinárias e posteriormente ao nascimento da criança, conforme
maior for a ingestão de líquidos, maior será a produção materna de leite. Dê
preferência à água, aos sucos naturais e à água de coco, pois esses últimos
além de hidratarem fornecem vitaminas e minerais.

Outras recomendações

Caso tenha náuseas e enjoos (comuns no primeiro trimestre gestacional)


procure tentar se alimentar de 5 a 6 refeições pequenas durante o dia, evitando
grandes volumes de alimentos e líquidos. Evite deitar-se ou sentar-se muito
inclinada logo depois de comer para não ter refluxos. Mastigue bem devagar os
alimentos, sem pressa, em locais e horários mais tranquilos para uma boa
digestão. Uma boa dica para a azia matinal é consumir 2-3 bolachas de água
antes de levanta-se da cama e aguardar o café da manhã para depois de se
sentir melhor.

Evitar excesso de sal e alimentos salgados para não ter um aumento de


pressão arterial e retenção hídrica (especialmente se a mãe já era hipertensa
antes da gravidez).
Procure se abster de álcool e cigarro, pois são substâncias danosas ao
organismo da mãe e do feto, o sangue recebe todos os nutrientes e atravessa a
placenta, atingindo o sistema circulatório do feto.
Tente consumir diariamente frutas, verduras, legumes e cereais integrais para
garantir um bom aporte de fibras que manter um trânsito intestinal adequado
(é comum a mãe sofrer de prisão de ventre na gestação) e garantir as
vitaminas e minerais que ela e a criança necessitam.

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