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AULA 1 – Hematologia

Sangue: 55% plasma + 45% elementos figurados do sangue


Plasma = Água + proteínas
Elementos figurados = CÉLULAS – vermelhas (eritrócitos), brancas (leucócitos) e plaquetas
Funções:
 Eritrócitos: transporte de gases (O2 pulmão-tecidos e CO2 tecidos-pulmão)
o Disponibilizam O2 para os tecidos – produção de ATP
o ↓ eritrócitos no sangue = ↓ capacidade de transporte de O2 = ↓ ATP = CANSAÇO
o Anemia: ↓ hemoglobina (proteína dos eritrócitos) = ↓ capacidade de transporte de O2
o Cansaço = principal manifestação clínica do paciente com anemia
 Leucócitos: defesa imunológica
o Neutrófilos, eosinófilos e basófilos (granulócitos), Linfócitos, Monócitos (mononucleares)
o Neutrófilos = Processos AGUDOS (principalmente infecção bacteriana)
o Eosinófilos = Reação alérgica e Parasitoses
o Basófilos = Aumento MUITO acentuado indica NEOPLASIA
o Linfócitos = Defesa contra vírus, reconhecimento de Ag, Rejeição de transplante de órgãos
o Monócitos = Processos CRÔNICOS – Fase prodrômica ou convalescente – Final das
infecções (encaminhando a CURA)

Produção das células sanguíneas  MEDULA ÓSSEA (tutano do osso)


Medula óssea – com o passar dos anos sofre modificações:
 MEDULA OSSEA VERMELHA: Ativa, funcional – Está PRODUZINDO
 MEDULA OSSEA AMARELA: Não está produzindo mas pode voltar a produzir
o Está em “stand by” - RESERVA PRODUTIVA!
 MEDULA OSSEA CINZA: Afuncional – não produz mais células

8% peso corporal = Sangue

 Indivíduo ADULTO
o Apenas repõe (RENOVA) o sangue – células mortas (tempo de vida celular)
o Eritrócitos (duram 120 dias), leucócitos (duram poucos dias) e plaquetas (poucas horas)
o Renova o necessário – medula óssea vermelha praticamente só nos ossos centrais (crânio,
coluna, pelve) – vai ficando amarela das extremidades para o centro
o RESERVA PRODUTIVA (amarela) do adulto = quadros patológicos que levem a hemólise ou
processos hemorrágicos agudos (perda aguda de sangue) – REPOR RAPIDAMENTE –
Medula óssea repõe todas as células em torno de 21 dias

 Criança
o Está aumentando de tamanho = além de REPOR (renovar), precisa AUMENTAR A
QUANTIDADE
o Produção hematopoiética INTENSA (muito mais que um adulto) – Aproximadamente 99%
da medula óssea de todos os ossos é vermelha
Tecido hematopoiético – células sanguíneas = PRODUZIDAS NO ESTROMA DA MEDULA OSSEA
Osso – Medula Óssea – dentro da medula: espaços altamente vascularizados = ESTROMA
MEDULAR
ESTROMA = É um tecido rígido onde as células serão produzidas
 Constituição: Fibroblastos (sustentação tecidual); Adipócitos (reservas energéticas na
medula); Histiócitos (macrófagos da medula – proteção); Células hematopoiéticas e Fatores
de crescimento (FC)

Células sanguíneas - produzidas a partir de precursora comum = CÉLULA TRONCO


HEMATOPOIÉTICA

Células troncos: 2 tipos


 Totipotentes: pode produzir QUALQUER célula do nosso organismo
o Célula tronco EMBRIONÁRIA - Presente somente em até 72hrs no embrião
 Pluripotentes: Forma diferentes tipos de células porém de um MESMO TECIDO (já é
comprometida com uma linhagem)
o Ex: Células tronco hematopoiéticas – células hematopoiéticas (leucócitos, eritrócitos...)

Para ser chamada de CÉLULA TRONCO = 2 características:


AUTO-RENOVAÇÃO e PLASTICIDADE (capacidade de se transformar em outras células)

Célula tronco hematopoiéticas – Transformações – Origem ás células hematopoiéticas


Transformações = são bastante REGULADAS = REGULAÇÃO É FEITA PELOS FC
FATORES DE CRESCIMENTO: Substâncias endógenas que podem ser produzidas na medula ou fora
dela que regulam a hematopoese.
 Regular: Tanto estimular quanto inibir, dependendo do que está necessitando naquele
momento (Exemplo: um fator pode estimular um tipo celular e inibir outros)
ERITROPOIETINA (Epo): Estimula a produção de ERITRÓCITOS
 É produzida nos rins e é regulada pela CONCENTRAÇÃO DE O2 sanguíneo
 ↓ PO2 = Rim ↑ PRODUÇÃO Epo ↑ PO2 = Rim ↓ PRODUÇÃO Epo
 Ex: PO2 98% = produção de Epo não está aumentada, está normal (altitude = produção ↑)
Produção de Epo é INVERSAMENTE PROPORCIONAL a PO2
Indicações clínicas:
 Tratamento da anemia do Paciente nefropática (↓ produção Epo – ANEMIA) – tratamento com
Epo recombinante (não adianta suplementos porque a causa são é falta de nutrientes)
 Utilização como terapia adjuvante no tratamento da Hepatite C: O antiviral usado no
tratamento da Hepatite C causa hemólise (efeito adverso) – usa Epo para tratar esse efeito
adverso
Epo: utilizada como doping esportivo
↑ quantidade de Epo ↑ produção de eritrócitos ↑ transporte de O2 ↑ ATP ↑ força, resistência

TROMBOPOETINA: Estimula os trombócitos – induz a produção de PLAQUETAS


 Produzida no fígado e sua regulação ainda é parcialmente desconhecida (estudos acreditam
que sejam a concentração de plaquetas no sangue)

AULA 2 – HEMATOPOIESE
HEMATOPOIESE: Produção das células sanguíneas
Células sanguíneas: produzidas a partir da célula tronco hematopoiética (CTH) ou célula
progenitora hematopoiética.
FLUXOGRAMA
*Linfoblasto T – sai da medula e vai para o timo para diferenciação (maturação).
*UFC – MGE Meg – Unidades formadoras de colônia mista (comum a todas as células): Célula com
capacidade de multiplicação intensa – ficam na quiescentes (stand-by) na medula e quando são
estimuladas tem uma capacidade explosiva de multiplicação.
*UFC – E Meg: Unidades formadoras de colônia eritrócitos e megacariócitos
*UFC – GM: Unidades formadoras de colônia granulócitos e monócitos
Hematopoese – na MEDULA ÓSSEA (estroma) - Cél. diferenciadas saem para o sangue periférico.
Para as células serem lancadas para o sangue periférico em condições fisiológicas normais tem que
estarem prontas (diferenciadas - função). As células imaturas não tem função, só se multiplicam,
por isso não devem ir para o sangue (é patológico).
Estroma medular e sangue periférico são divididos pela BARREIRA MEDULAR – Faz a separação – é
quem detecta e organiza as células para que somente as células diferenciadas (prontas) saem para
o sangue periférico – ATRAVÉS DAS PROTEINAS DE MEMBRANA
Células sanguíneas possuem na sua superfície proteínas de membrana – ESPECIFICAM A
LINHAGEM DA CÉLULA E PERMITEM DETECTAR/AVALIAR O GRAU DE DIFERENCIAÇÃO DA MESMA
Ex: Linfocito TCD4 e TCD8 – essa diferença (função) é dada pela proteína de membrana - receptor
(CD4 e CD8)
Ex: CÉLULA TRONCO HEMATOPOIETICA MAIS INDIFENCIADA (CTH) = Expressa somente o CD34
(célula CD34 nu)
CÉLULA TRONCO HEMATOPOIETICA – pode expressar CD34 e CD38 – já deu um passo adiante
Qualquer célula que EXPRESSAR CD34, CD38 É INDIFERENCIADA (imatura)
Se não expressa CD34, CD38 = CÉLULA COM GRAU DE DIFERENCIAÇÃO = LIBERA PRO SANGUE
Então: se a barreira detectar o receptor CD34 ou CD38, em condições fisiológicas, não permite que
essa célula vá para o sangue.

Também usamos essas proteínas de membrana para avaliar e diagnosticas doenças. Ex: Existem
leucemias linfociticas e mieloides, com tratamentos diferentes, para saber qual o tipo de leucemia
para dar o tratamento = Imunofenotipagem – detecção dessas proteínas de membrana

TROMBOPOIESE = Formação das plaquetas (trombócitos)

FLUXOGRAMA
*Megacariócito: célula precursora direta das plaquetas – Possui citoplasma fragmentado – cada
fragmento é uma plaqueta. Cada megacariócito origina cerca de 2.000 a 3.000 plaquetas. Os
fragmentos saem da medula e vão para o sangue periférico.
*Normal: 140.000-440.000 plaquetas/uL ou mm3 de sangue

EXEMPLO:
Paciente A = 38.000 plaq/uL (trombocitopenia/plaquetopenia)
Riscos de hemorragia
CAUSAS:
1) DEFICIÊNCIA DE PRODUÇÃO ou INIBIÇÃO DE PRODUÇÃO (produziu pouco)
Exemplos: medicamentos, leucemia, metástase medula, doenças imunossupressoras
2) EXCESSO DE DESTRUIÇÃO (gastou muito)
Para descobrir qual a causa (avaliar a plaquetopenia)? ANALISAR A FÁBRICA (MEDULA ÓSSEA) –
precursores normais ou reduzidos – Então: PADRÃO OURO = AVALIAÇÃO DE MEDULA OSSEA

GRANULOPOIESE - MIELOPOIESE
CTH:

MIELOBLASTO Característica basofílica, núcleo arredondado e grande em relação a célula


(pouco citoplasma), NUCLÉOLOS EVIDENTES
PROMIELÓCITO Característica basofílica, núcleo arredondado ou ovalar e grande em relação a
célula (pouco citoplasma), NUCLÉOLOS EVIDENTES e GRÂNULOS PRIMÁRIOS
MIELÓCITO Característica basofílica, núcleo arredondado ou ovalar, pouco menor e mais
para periferia da célula, GRÂNULOS
METAMIELÓCITO Característica basofílica, núcleo em forma de feijão (ferradura) e menor em
relação a célula (periferia ou não), membrana nuclear, GRÂNULOS
BASTONETE Característica basofílica, núcleo bastão e PEQUENO em relação a célula
(periferia ou não), citoplasma abundante, membrana nuclear, GRÂNULOS
SEGMENTADO Característica basofílica, núcleo segmentado e PEQUENO em relação a célula
(periferia ou não), citoplasma abundante, GRÂNULOS

* Nucléolos evidentes = atividade nuclear presente – síntese proteica e mitose


*Células de hemato – Características de coloração:
1) Basofilica (azul) = Azul de metileno – corante básico – afinidade – azul - basofílico
2) Acidofilica (vermelho) = Eosina – corante vermelho – afinidade – vermelho – acidofílico

AULA 3 – ERITROPOIESE
ERITROPOIESE – Formação dos Eritrócitos
CTH  Progenitor Mielóide  Eritroblasto basofílico  Eritroblasto policromático  Eritroblasto
ortocromático  Reticulócito
Eritroblasto ortocromático: perde o núcleo, joga ele pra fora da célula e se transforma em
RETICULÓCITO
RETICULÓCITO = É um eritrócito jovem que ainda possui mRNA (mesmas funções eritrócitos)
Fica 2 dias na MO e 2 dias na circulação sanguínea
Eritrócito = 120 dias de vida no SP (2 dias como Reticulócito)
Em condições normais: VR Contagem de eritrócitos = 3,5-5,5 mi/uL
*Paciente A = 2,5 mi eritrócitos/uL (↓) = Causas: Deficiência na produção ou excesso de
destruição
Sempre: CITOPENIAS = Causas: Deficiência na produção ou excesso de destruição
TÉCNICA LABORATORIAL PARA QUANTIFICAR OS RETICULÓCITOS
 VR Reticulócitos (2 dias-120) = 0,8-1,8%
Paciente A: 2,5 mi eritrócitos/uL e 0,2% de reticulócitos
 Causa da eritropenia: DEFICIÊNCIA NA PRODUÇÃO!
Paciente B: 2,5 mi eritrócitos/uL e 10% de reticulócitos
 Causa da eritropenia: EXCESSO DE DESTRUIÇÃO (Ex: Anemia hemolítica, malária, A.falciforme)
Então: Paciente com eritropenia – CONTAGEM DE RETICULÓCITOS:
1) ALTA: deficiência da PRODUÇÃO
2) NORMAL OU BAIXA: destruindo demais
Obs: Paciente com HEMORRAGIA: AGUDA OU CRÔNICA – Leva a anemia carencial pela perda de
nutrientes – Não leva a eritropenia por destruição.
Exemplos:
a) Paciente fez um transplante me medula e vai ser avaliado se esse transplante deu certo – se
deu certo a contagem de reticulocitos tem que aumentar!
b) Paciente com aplasia medular (medula para de funcionar) e está fazendo tratamento para
voltar – se estiver funcionando a contagem de reticulócitos tem que aumentar
c) Paciente com doença renal com deficiência de eritropoietina que começa a receber
eritropoietina exógena para estimular a eritropoiese – se estiver funcionando a contagem de
reticulócitos vai aumentar!
Na circulação sanguínea – NÃO É NORMAL TER ERITROBLASTOS
Estágios de diferenciação dos ERITROBLASTOS: BASOFÍLICO, POLICROMÁTICO E ORTOCROMÁTICO
O que induz essa diferenciação (maturação)???
 Condensação do núcleo e a síntese da principal proteína intraeritrocitária (HEMOGLOBINA)
Quanto mais hemoglobina dentro da célula, mais ela se diferencia!
Quantidade de hemoglobina dentro da célula que faz com que o núcleo se condense e que a célula
expulse o núcleo depois
SÍNTESE DA HEMOGLOBINA
Genes  Transcrição  mRNA  Citoplasma  Tradução  Proteína (Hemoglobina)
Quando a célula expulsa o núcleo, os mRNA ficam na célula (citoplasma) e são consumidos com o
tempo (traduzido) (Reticulócito – Eritrócito)
Constituição dos Eritrócitos = Membrana lipoproteica e proteínas intraeritrocitárias
Principal proteína intraeritrocitária = HEMOGLOBINA (≈ 1/3 ou 33% do eritrócito)
Hemoglobina: Proteína quarternária formada pela complexação de 4 globinas (proteínas
terciárias), sendo cada uma com 1 grupamento heme contendo 1 átomo de Ferro)
Proteína quarternária: é a mais complexa – Complexação de proteínas terciárias

GRUPAMENTO HEME = é uma estrutura proteica sintetizada pelas mitocôndrias


Mitocôndrias – região perinuclear – sintetizam grupamento heme
Ferro = para se ligar com o grupamento heme e oxigênio tem que ser o 2+
*Metahemoglobina – ferro é oxidado – perde um elétron (3+) – não tem mais a ligação livre e não
consegue mais transportar o oxigênio
FERRITINA = proteína de armazenamento do ferro. Avalia a deficiência ou não de ferro
Ferro – para exercer função biológica – tem que ser o 2+
Ferro – fornecido para os eritroblastos através de uma proteína transportadora chamada
TRANSFERRINA
Transferrina: na medula óssea se complexa com os receptores presentes nos eritroblastos
Na membrana dos eritroblastos tem receptores da transferrina – ela se liga e o Ferro é
internalizado para dentro da célula. Complexado com transferrina o Ferro está estável
Quando internaliza – forma espécie de fagolisossomo – mantem o ferro 2+ estável dentro
O ferro vai para dentro da mitocôndria e é complexado ao grupamento heme
MITOCÔNDRIA = FORMAÇÃO DO COMPLEXO FERRO-HEMÍNICO

GLOBINAS:
ADULTO FETO
α – globina (ALFA)
HbA1 2α+2β (>6ºmês de vida)
β – globina (BETA)
HbA2 2α+2δ HbA1 97% -
γ – globina (GAMA)
Hbf (fetal) 2α+2γ HbA2 2% -
δ – globina (DELTA)
Hbf (fetal) 1% 100%
Embrionárias
Diferença entre elas: sequência de aminoácidos e tamanhos
Transcrição  mRNA  ribossomos (citoplasma)  Tradução
CÓDONS:
4 para cadeia alfa De acordo com as complexações  diferentes hemoglobinas (A1, A2 e
2 para cadeia beta fetal)
2 para cadeia gama Ex: Síntese cadeia α + outra α + uma β + uma β = se complexam = HbA1
2 para cadeia delta
Hemoglobina fetal: tem mais afinidade ao 02 que as outras. Importante para oxigenação do feto
porque o 02 que ele adquire vem dos eritrócitos da mãe (HbA1), para fazer essa passagem é
necessário que a sua Hb tenha mais afinidade pelo 02 se não, não passa de uma para outra.
HbA2 – utilizado no diagnóstico de doenças (Ex: talassemias). Normalmente seu aumento está
relacionado com doenças (porque só aumenta quando a HbA1 diminui)
 FORMAÇÃO DE TETRÂMEROS (α α α, β β β....) = É insolúvel e precipita dentro da célula – altera
membrana e a célula é destruída – NÃO É SAUDÁVEL – não transporta oxigênio.
Eles acontecem quando faltar a complementar! (Ex: deficiência no gene)
Talassemia alfa = deficiência no gene alfa
Talassemia beta = deficiência no gene beta
METABOLISMO DO FERRO
Fe = não sintetizamos – adquirido de fontes exógenas (dieta):
Origem animal: Fe2+
Origem vegetal: Fe3+
Não temos via de excreção de Fe – RISCO!
1) Na membrana dos enterócitos (luz do vaso) possui uma proteína chamada DMT-1
(transportador de metal DIVALENTE). Ferro é internalizado (absorvido) no enterócito através
da DMT-1
Fe2+ internaliza direto pelo DMT-1 mas NÃO CONSEGUE INTERNALIZAR O Fe3+
2) Superfície do enterócito têm uma enzima que oxida o ferro PORÉM ela possui efeito muito
limitado  Por isso é importante a VITAMINA C (ácido ascórbico – potente agente redutor)
faz essa oxidação (Fe3+  2+) para que consiga ser internalizado através da DMT-1
*Suplementação de ferro  junto com vitamina C!!
3) Dentro do enterócito (compartimentos intracelulares), o Fe é armazenado sob a forma de
FERRITINA
4) Na outra superfície do enterócito têm uma proteína chamada FERROPORTINA – a transferrina
(que transporta o Fe para os eritroblastos – passa na ferroportina e capta o Fe.
Ferroportina = Porta de saída do ferro (intra extracelular)

MARCADORES DO “STATUS” DO FERRO:

 Dosagem de Ferro sérico:


o Ferro ligado a transferrina (circulante)
o Cada transferrina transporta DUAS moléculas de Ferro!!!!!

 Dosagem da Ferritina sérica: 20-200 ng/mL


o Ferritina que é liberada pelos HEPATÓCITOS quando o Ferro está em excesso
o Quanto mais ferro é armazenado nos hepatócitos, mais ferritina (SOLÚVEL) é liberada para
circulação sanguínea
o Hepatócito também CAPTA ferritina da circulação quando necessita de Ferro
o Ferritina na circulação – reflete o estoque de ferro do organismo
o Muito estoque de ferro no organismo = Maior quantidade de ferritina
o Deficiencia de ferro no organismo = Menor quantidade de ferritina

 TIBC (capacidade total de ligação ao ferro) ou capacidade ferropéxica


o Quantidade de transferrinas LIGADAS OU NÃO ao ferro
o Capacidade da transferrina de transportar o ferro (a quantidade de LIGAÇÕES PREENCHIDAS
E NÃO PREENCHIDAS)
o Reflete a concentração da transferrina

 Saturação da transferrina
o % de transferrina que está LIGADA ao Ferro
EXEMPLO: Fe-TRANSFERRINA-Fe
Fe-TRANSFERRINA-Fe
Ferro sérico = 4
-TRANFERRINA-
TIBC = 10 -TRANFERRINA-
Saturação da transferrina = 40% -TRANFERRINA-

Avaliação da deficiência de ferro – não pode ser por ferro sérico porque a concentração de ferro
varia muito com a DIETA
ANEMIA – SOMATÓRIO DESSAS AVALIAÇÕES – Talvez não é deficiência de ferro – Se suplementar
– tóxico!!!
Padrão ouro de Fe = Análise da Medula óssea (aspirado) – não é comum (riscos)

HEMOGRAMA
Parâmetros do hemograma (quantidade varia): Liberados por aparelho
Análise da série vermelha, série branca e série plaquetária

RDC - 3,5-5,5 milhões/Ul (106)


 Células vermelhas do sangue = ERITROMETRIA
 Quantidade de eritrócitos por microlitro de sangue
 AUMENTO = Eritrocitose
 DIMINUIÇÃO = Eritrocitopenia
 Exemplo de causas: Diminuição da produção (doenças renais – diminuição da eritropoietina,
leucemia) ou aumento da destruição (autoimune)

HGB - Mulheres >12,0 g/dL / Homens >13,0 g/dL / Crianças e Grávidas >11,5 g/Dl
 Hemoglobina no sangue
 Diagnóstico de ANEMIA! (Tem ou não tem, mas não diz causas)
 ANEMIA = ↓ HGB
 Anemia – sempre CONSEQUENCIA (desnutrição, hemólise, doença renal...) (*nunca é causa)

HCT - 35-55%
 Volume eritrocitário no sangue – HEMATÓCRITO
 Volume que os eritrócitos ocupam no sangue
 Ex: 100mL – eritrócitos ocupam 30% = HCT 30%

VCM ou MCV - 80-98 fL (fentolitros)


 Volume corpuscular médio
 É a média do tamanho dos eritrócitos
 MAIOR que o normal – Macrocitose – deficiência de ácido fólico e vitamina B12 (anemias
megaloblasticas) – produz muita hemoglobina
 MENOR que o normal – Microcitose – deficiência de Ferro por falta de hemoglobina (anemia
ferropriva)

HCM ou MHC - 28-32 pg


 Hemoglobina corpuscular média
 É a média do tamanho (MASSA!!!) da hemoglobina DENTRO DA CÉLULA
 Mesma coisa que tirar a hemoglobina de dentro das hemácias, pesar e fazer a média!
 ↑ - Hipercromia ou ↓ - Hipocromia (Porque a hemoglobina que DÁ COR ao eritrócito)
 **Iguais exemplos que VCM

CHCM ou MCHC - 32-35%


 CONCENTRAÇÃO hemoglobínica corpuscular média
 É a % da ocupação da Hemoglobina no Eritrócito
 Relaciona o TAMANHO DA HEMOGLOBINA (HCM) com o TAMANHO DO ERITRÓCITO (VCM)
↑↑ CHCM – 3 situações
1) ESFEROCITOSE HEREDITÁRIA (<1%)
2) ANEMIA HEMOLÍTICA POR Ac (<1%)
3) Erro na análise laboratorial (MAIS COMUM) HCM = 28 29 30
*muitos na rotina = erro = ALERTA se aumentar
CHCM = 90% 40% 5%

RDW – CV - <15 % ou não (pode ser valor absoluto)


 ↑ = Anisocitose = Alteração do tamanho dos eritrócitos de acordo com a PRODUÇÃO DA
MEDULA (muita produção tende a produzir tamanhos muito diferentes – rapidez)
 REFLETE A AMPLITUDE DA CURVA DO GRÁFICO EM 50%
 Curva mais homogenea = RDW MAIOR
 QUANTO MENOR O RDW – CELULAS COM TAMANHO MAIS UNIFORME
 CURVA MAIS ABERTA (Células Heterogêneas) = MAIOR RDW
 Mede a variação de tamanho dos eritrocitos (homogeneidade – padrão – uniformidade)

*poiquilocitose = ≠ formas dos eritrócitos

GRÁFICO DE DISTRIBUIÇÃO DOS ERITRÓCITOS


Eixo X = TAMANHO DOS ERITRÓCITOS
Eixo Y = QUANTIDADE DOS ERITRÓCITOS

RDW – SD
REFLETE A AMPLITUDE DA CURVA EM 1/4!
Não muito utilizado na clínica

*RDC-SD – é mais sensível que o CV (começo de alterações ou recuperações – detecção precoce)


mas é menos preciso porque só avalia ¼ das células
*Curva que reflete dupla população de eritroblastos = APÓS TRANSFUSÃO – Bolsa de sangue
Uma normocítica outra microcítica

SÉRIE PLAQUETÁRIA

pLT – PLAQUETOMETRIA – 140.000-440.000/uL


 Plaquetopenia ou trombocitopenia e Trombocitose
 Quantidade de plaquetas
 Mais = risco de trombos // Menos = risco de hemorragias
 MAIS IMPORTANTE

VPM ou MPV - 8-11 fL ou 8-12 fL


 Volume plaquetário médio
 Tamanho das plaquetas
 Plaquetas maiores reagem mais
 Estudos – antes dos eventosde infartos há aumento do VPM

PDW (?)
 Semelhante RDW
 Não incluído na clinica

LEUCOGRAMA

WBC – LEUCOMETRIA – 4.000 – 11.000/uL (mm3)


 Contagem global (quantidade) de leucócitos (células brancas)
 Aumento = LEUCOCITOSE // Diminuição = LEUCOPENIA

Análise diferencial de leucócitos - 2 formas: Absoluta (uL) ou relativa (%)

Célula ABSOLUTA RELATIVA AUMENTO DIMINUIÇÃO


Neutrófilos 5.000 – 10.000 /uL 50 – 100 % Neutrofilia Neutropenia
Eosinófilos 0 – 500 /uL 0–5% Eosinofilia Eosinopenia
Basófilos 0 - 500 /uL 0–5% Basofilia Basopenia
Monócitos 200 – 800 /uL 2-8% Monocitose Monocitopenia
Linfócitos 1.000 – 4.000 /uL 10 – 40 % Linfocitose Linfopenia

Diferenças Relativo x Absoluto:


• O relativo pode enganar, exemplo: 100 pessoas: 30 H e 70 M = 30% homens e 70% mulheres.
• Se 20 mulheres saem, fica 50% homens e 50% mulheres = Só que não foram os homens que
aumentaram, foram as mulheres que saíram
• IMPORTANTE CUIDAR EM LEUCOPENIAS!!! - O relativo é afetado pelos outros valores
*Doenças que afetam a MO – Aplasias (temporárias ou indeterminadas) – parada da produção de
células – Quando o paciente entra em aplasia começa a ter LINFOCITOSE (até linfócitos em até 70-
80%) – WBC em 1500 – ENTÃO NÃO É QUE O PACIENTE ESTEJA COM NUMERO MUITO ELEVADO
DE LINFOCITOS, É QUE AS CELULAS NÃO ESTÃO SENDO PRODUZIDAS

ANEMIAS

ANEMIA = ↓ Hb = CANSAÇO! (Menor capacidade de transporte do O2  Menos Energia - ↓ ATP)


*Cansaço é a primeira manifestação clínica da Anemia
Em função do tempo: ANEMIA CRÔNICA  Outras consequências clinicas que vão ficando graves:
CIANOSE (hipóxia dos tecidos) e alteração do débito cardíaco (coração acelera para aumentar a
circulação para melhorar oxigenação sanguínea = alterações cardiovasculares)
Anemia = SEMPRE CONSEQUÊNCIA!!! - Existem vários tipos de anemias – CLASSIFICAÇÃO:
 CARENCIAIS: Deficiência de Nutrientes (Ferro e Vitamina B12)
 APLASICAS: Diminuição da produção da MO
 HEMOLÍTICAS: Destruição dos eritrócitos (lise)
 HEMORRÁGICAS: Perda de sangue
Anemias Hemorrágicas

 AGUDA:
o Hemorragia momentânea e passageira até recuperar o sangue que perdeu
o No momento da hemorragia – estabilização do paciente (volume plasmático) – SORO =
mas perdeu massa de eritrócitos - ↑ eritropoiese para recuperar - ±21 dias!
o ↑ Contagem de RETICULÓCITOS (a partir 7º dia) – avalia se a MO está recuperando (se
está produzindo)

 CRÔNICA:
o Perda contínua de pequenas quantidades de sangue
o Causas: Hemorroidas, úlceras intestinal, estomacal, parasitas
o Anemia pela depressão do FERRO = ANEMIA FERROPRIVA – Por causa da perda de
sangue, perde muito ferro junto, que não é reposto no mesmo nível (os eritrócitos tu
produz pela MO mas o ferro que tu perdeu tu não repõe o suficiente – é difícil)
Anemias Carenciais
Anemia FERROPRIVA

 É a Principal Causa de:


o Anemia Normocítica (VCM – tamanho normal) e Normocrômica (HCM – quantidade de
Hb dentro - Cor normal)
o Anemia Microcítica (VCM alterado – Eritrócitos menores) e Hipocrômica (HCM –
quantidade de Hb dentro alterada - menos cor)

 Causas:
o Hemorragia Crônica – Úlceras, Hemorroidas, parasitas
o Menor ingestão de Ferro (alimentação deficiente de Ferro)
o Alteração proteína do metabolismo de Ferro
o Alteração transferrina
o Gastrectomias – Bariátrica – Menor digestibilidade pela menor secreção de HCl e Menor
absorção de nutrientes (Fe, ácido fólico, vitamina B12)

 Manifestações Clínicas:
o Coloníquia – Alteração unhas (formato de colher)
o Glossite – Inflamação e dor da língua
o Queilite angular – Ferida no canto da boca (lábios)
o Sensação de Pica – Vontade de comer coisas estranhas (terra, gelo)
o Outros sintomas comuns de anemia: Cansaço, fraqueza, hipóxia, alterações cardíacas

 DIAGNÓSTICO:
VCM = N ou ↓ (Normocitose a Microcitose – eritrócitos com tamanho normal ou diminuído)
HCM = N ou ↓ (Normocrômico a Hipocrômico – Quantidade da Hb na célula normal ou diminuída)

Ferro sérico = ↓ (não é o principal porque é muito influenciado pela dieta e inflamação aguda)
Ferritina = ↓ (PRINCIPAL EXAME PARA DIAGNOSTICAR FERROPENIAS - Reflete estoque de ferro)
**
TIBC = ↑ (porque aumenta a quantidade de transferrina ligada ou não ao ferro – mas como a
saturação esta baixa, essa transferrina NÃO está ligada ao ferro – Esse aumento é causado pelo
organismo para quando eu ingerir (suplementar) ferro eu ter transporte rápido – sente a falta)
Saturação = ↓ (muitas transferrinas mas tudo vazia – sem ferro para transportar – maioria livre)

Proteína IRP - É complexada a tranferrina quando o FERRO está complexado – Se eu não tenho
Ferro ou tenho menos ferro sendo transportado na transferrina – a IRP fica LIVRE – Vai para o
Fígado e INDUZ a transcrição gênica da transferrina (proporcional)

Pequena porcentagem de paciente com Anemia Ferropriva com todos os parâmetros de acordo
mas com Ferritina NORMAL: Paciente com inflamação aguda junto – Ferritina é uma proteína de
fase AGUDA – paciente produz ferritina mesmo com quantidade baixa de ferro dentro para lançar
na circulação porque está com processo inflamatório agudo.
3 opções para diagnóstico:
- Avaliação Receptor Solúvel de Transferrina – ↑ - Na deficiência de Ferro, menos Ferritina vai se
ligar aos eritroblastos – os receptores dos eritroblastos desprendem e vão para a circulação - ↑
- Avaliação do ZPP – ↑ - Na formação do Heme, se não tiver Ferro, o Zinco se liga – Vai para
circulação = ZPP (↑)
- Avaliação do Ferro na MO (*PADRÃO OURO QUANTIDADE DE FERRO NO ORGANISMO – NÃO É
FEITO – Muito invasivo – só se coletar para biópsia)
Reticulócitos = N ou ↓ (Produzindo normal ou produzindo menos – produção tende a decair com
o tempo porque falta Ferro para produzir Heme – longo prazo)
Tratamento = Suporte paliativo (Ex: transfusão) + Suplementação Fe + Combater Causa

SITUAÇÃO CLÁSSICA DA ANEMIA DA INFLAMAÇÃO ou ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA

Ferro sérico ↓ - significa que o Ferro na circulação está baixo


Ferritina N ou ↑↑ - significa que o estoque de ferro do organismo está normal ou ALTO – tem
ferro mas não consegue biodisponibilizar (usar) ele – o problema não é a falta de ferro!
TIBC (N) – o problema não é na transferrina
Saturação ↓ - porque não tem ferro ligado às transferrinas (não está circulando)

 O paciente TEM estoque de ferro mas não tem o ferro circulando


Processo inflamatório – secreção de proteínas de fase aguda = HEPSIDINA é uma delas
HEPSIDINA: Bloqueio gradativo da FERROPORTINA – Tem ferro armazenado (ferritina) mas não
consegue biodisponibilizar (sair do MIC – MEC) – não consegue sair do enterócito-circulação (após
absorver), nem do hepatócito-circulação (liberação estoque ferritina para circulação)
NÃO ADIANTA SUPLEMENTAR COM FERRO!
*Doenças autoimunes!!!!
Sintomas clínicos: anemia semelhante à ferropriva (dados, hemogramas) – porque em ambas falta
ferro para a síntese da Hb, porém da ferropriva o paciente está com falta de ferro no organismo e
na da inflamação ele tem mas não consegue fazer com que chegue no eritroblasto.
Tratamento = TRATAR INFLAMAÇÃO!
*Em casos de doenças crônicas, o paciente pode precisar de transfusão até tratar e controlar a
doença.

ANEMIA MEGALOBLÁSTICA

Células da medula – multiplicação rápida! – por MITOSE


Para que ocorra a mitose – necessário duplicação do DNA - A TIMINA é produzida a partir do
ÁCIDO FÓLICO, e como co-fator a VITAMINA B12.

Ácido fólico ----Vitamina B12--- > Timina

Gestantes – primeiro sistema a se formar no feto é o nervoso – é necessário ter suplementação de


ácido fólico e vitamina b12 para que o feto não tenha deficiência e falte o nutriente para formar o
DNA – sequências neurológicas leves ou graves
Se falta TIMINA (deficiência – não para totalmente) – MITOSE CELULAR COMPROMETIDA –
Velocidade menor

CONSEQUÊNCIAS DESSA DEFICIÊNCIA DE TIMINA NO TECIDO HEMATOPOIÉTICO


Falta/diminui matéria prima pra fabricação das células
Maturação dos precursores hematopoiéticos vai sofrer duas alterações:
1) MATURAÇÃO MAIS LENTA! (Hb fica mais tempo dentro da célula
2) ALTERAÇÕES QUALITATIVAS (formato/morfologia)
Células da medula – HISTIÓCITOS (macrófagos da medula) – Fagocitam células alteradas – VÃO
DESTRUIR OS PRECURSORES HEMATOPOIÉTICOS DURANTE A HEMATOPOIESE POR ELES ESTAREM
ALTERADOS = MENOR NUMERO DE CÉLULAS SENDO FORMADAS – ERITROCITOPENIA – depende
do grau de deficiência e do tempo dela
MATURAÇÃO LENTA – Produção de Hb fica ocorrendo mais tempo dentro da célula – Células ficam
maiores – Por isso anemia megaloblástica
Acaba tendo MENOS células e maiores
Reticulócitos = ↓
VCM = ↑ (Macrocitose)
HCM = N ou ↑
*É um dos raros tipos de anemias macrocíticas e hipercrômicas
Causas de anemia megaloblástica: Deficiência de ácido fólico E/OU deficiência de vitamina B12
Causas de deficiência de ácido fólico E/OU deficiência de vitamina B12 = SÃO MUITAS!

Metabolismo:

Deficiência de vitamina B12 é mais comum que a deficiência de ácido fólico


Ácido fólico – absorvido diretamente pelo intestino
Vitamina B12 – é extremamente sensível ao pH estomacal – se destrói em contato com HCl
Células do estômago – secretam o Fator intrínseco (FI) – se complexa e protege a Vitamina B12
contra o ácido do estômago – o complexo segue para o intestino – na superfície do enterócito, o
receptor do FI absorve o FI complexado com a vitamina B12.
Causas da deficiência: Falta do FI, deficiência genética do receptor, falta de suplementação em
dieta vegetariana/vegana, cirurgia bariátrica (não secreta mais o FI e precisa suplementar via
intramuscular), úlceras (provocam deficiência da secreção do FI e do HCL)
Não tem complicações/riscos de super suplementação de ácido fólico e vitamina B12 – não
causam malefícios com excesso – excretado na urina direto
Anemia Perniciosa - Anemia megaloblástica em decorrência da deficiência do fator intrínseco (FI)
- Toda anemia perniciosa é anemia megaloblástica porém nem toda anemia megaloblástica é
anemia perniciosa.
Hemograma na ANEMIA MEGALOBLASTICA (geral):
RBC = ↓ (eritrocitopenia)
HGB = ↓ (ANEMIA)
VCM = ↑ (macrocitose)
HCM = N ou↑ (N ou hipercrômica)
Retic = ↓
CHCM – variável (depende)
RDW = ↑ (anisocitose – porque falta nutriente e as células são formadas em diferentes tamanhos)

*DESVIO A DIREITA OU HIPERSEGMENTAÇÃO:


Blastos-PróM-Miel-MetaM-Bastonetes-Segmentados (3-4 lóbulos)
Desvio a direita = Neutrófilos mais segmentados (mais lóbulos - 6-8)
Isso acontece porque o turnover das células fica mais lento – Neutrófilos ficam mais tempo na
circulação – núcleo se segmenta mais que o normal – hipersegmentação
Diagnóstico definitivo/específico = Dosagem de ácido fólico e vitamina B12
Diagnóstico da anemia PERNICIOSA: tentativa-erro clínica (suplementa oral e se não funcionar é
perniciosa - suplementa intramuscular) e TESTE DE SCHILLING (sobrecarga vitamina B12 marcado
com Ag fluorescente e coleta urina 24hrs)
Tratamento: Paciente que apresenta anemia macrocítica e hipercrômica já suplementa com ácido
fólico e vitamina b12 porque é barato e não traz malefícios (sem riscos).

ANEMIA POR DEFICIÊNCIA DA MEDULA

Paciente com uma linhagem alterada (Ex: RBC ↓ e tudo normal – deficiência de produção ou
excesso de destruição dos eritrócitos – Anemia megaloblástica ou doença renal com diminuição da
Epo)

Paciente com 2 ou 3 linhagens alteradas (2 ou 3 penias) = BICITOPENIAS ou PANCITOPENIAS -


Provavelmente é um ACOMETIMENTO DE TODA A MEDULA (metástase, tumor, medicação,
APLASIA**)
Aplasia (medula para! – desliga):

Aplasia de medula – AVALIAÇÃO NO MEDULOGRAMA e BIOPSIA DE MEDULA – Lâmina:


 Redução em dois (SUSPEITA) ou três tipos de linhagens da medula – Bicitopenia ou
Pancitopenia no sangue periférico
 Celularidade ABAIXO de 30% (redução da celularidade hematopoiética)
 AUMENTO de Adipócitos na medula (Sobra espaço na medula que é ocupado por
ADIPÓCITOS - predominam)

Causa mais comum = Idiopática (+50% casos)


Outras: Infecções virais, radiação, imune, medicação, substâncias tóxicas...
Tratamento: Tratar doença de base (se possível) + terapias de suporte (Ex: transfusão), hormônio
e FC para tentar fazer a medula voltar a produzir, transplante de progenitores hematopoiéticos
(última)

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