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10˚ Grupo

Ana Crizalda Alexandre


Nomen Samuel Feniasse
Pereira Faizal Luis
Esperanca Manuel Gimo
Blessing Thaimo

Educacao antes da colonizacao em mocambique


Licenciatura em Ensino de Geografia com Habilitações em História

Universidade Púngùe
Chimoio
2023
10˚ Grupo
Ana Crizalda Alexandre
Nomen Samuel Feniasse
Pereira Faizal Luis
Esperanca Manuel Gimo
Blessing Thaimo

Licenciatura em Ensino de Geografia com Habilitações em História

Trabalho cientifico a ser submetido na


faculdade de Geociência e Ambiente, como
resisto parcial para servir de requisito para
avaliação na cadeira de Fundamentos de
pedagogia Orientado por: Msc: Edson
Magande

Universidade Púngùe
Chimoio
2023
Índice
1. Introdução..................................................................................................................4
1.1. Objectivos...............................................................................................................4
1.1.1. Objetivo geral.....................................................................................................4
1.2. Objectivos específicos............................................................................................4
1.3. Metodologia............................................................................................................4
2. Educação antes da colonização em Moçambique..................................................4
2.1. Características da educação................................................................................5
3. Educação Tradicional em Moçambique.................................................................8
3.1. Rito......................................................................................................................8
3.2. Ritos de iniciação................................................................................................8
3.3. Rito de Iniciação Masculina...............................................................................8
3.4. Ritos de Iniciação Feminina...............................................................................8
3.5. Sistema Matrilinear.............................................................................................9
3.6. Sistema Patrilinear..............................................................................................9
3.7. Ensino tradicional em Moçambique...................................................................9
3.8. Ritos de gravidez................................................................................................9
3.9. Ritos de Nascimento.........................................................................................10
4. Educação dos Adolescentes..................................................................................10
5. Conclusão..........................................................................................................11
6. Referências Bibliográficas................................................................................12
1. Introdução

Neste presente trabalho introduz se que o sistema educacional em Moçambique


antes da era colonial era cooperativo e não individual, o conceito de qualidade e
responsabilidade condizia com qualquer habilidade, seja ela agropecuária ou ligada
atividade económica. No período pré-colonial, a educação tinha por objetivo formar
o Homem de modo a aderir e valorizar acultura moçambicana. Não existiam escolas,
mesmo assim as crianças eram educadas, elas aprendiam fazendo e vindo em
contacto com os mais velhos.

As crianças, como já foi dito anteriormente, tinham a sua função na comunidade e


não lhes era dado nenhum tratamento inferior. Sua educação não estava confiada a
ninguém em especial e sim à vigilância difusa do ambiente de maneira insensível e
através da espontânea assimilação do meio que as moldava de acordo com os
padrões exigidos pelo grupo.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objetivo geral
 Compreender como era a educação antes da colonização em Moçambique
1.2. Objectivos específicos
 Identificar as formas da educação antes da colonização
 Descrever as características da educação antes da colonização
 Definir educação tradicional

1.3. Metodologia

Para a realização do presente trabalho recorreu-se na revisão bibliográfica, que consistiu


na recolha de informações em várias obras que falam sobre o tema em pesquisa. A
Pesquisa Bibliográfica: consistiu principalmente a três (3) técnicas, a destacar: na
consulta e leitura de obras que falam sobre o tema em abordagem, virtual: consistiu na
consulta de artigos disponíveis na Internet, com objectivo de recolher informações de
modo a completar os conteúdos do trabalho.
2. Educação antes da colonização em Moçambique

O sistema educacional em Moçambique na era Pré-colonial era cooperativo e não


individual, o conceito de qualidade e responsabilidade condizia com qualquer
habilidade, seja ela agropecuária ou ligada atividade económica. No período pré-
colonial, a educação tinha por objetivo formar o Homem de modo a aderir e valorizar
acultura moçambicana. Não existiam escolas, mesmo assim as crianças eram educadas,
elas aprendiam fazendo e vindo em contacto com os mais velhos. “Ouvindo as histórias
dos mais velhos, aprendiam histórias tribais e o relacionamento de suas tribos com
outras”.

A educação era, portanto, informal e os conteúdos eram constituídos por três aspectos:

 Físico: O Homem era treinado de modo que o seu organismo se ajustasse as


condições do ambiente; ·
 Moral visava formar qualidades exigidas pela sociedade como: honestidade,
hospitalidades, integridade, respeito pelos outros e pelos bens da sociedade

 Intelectual visava treinar de modo a desenvolver capacidade de assimilação
e reprodução do que constitui valor ou bem para a sociedade.

2.1. Características da educação

As principais características da educação pré-colonial foram: carácter social, coletivo,


informal e funcional.

Carácter social

 A educação refletia aos objectivos da sociedade;

Carácter colectivo

 É uma ocupação de todos os indivíduos;

Carácter informal

 Não obedecia as regras estruturadas e reconhecidas e

Carácter funcional

 Baseava-se no princípio “Aprender fazendo.


Esse período era caracterizado por indivíduos livres, com direitos iguais e a mínima
divisão do trabalho assegurava a não existência da submissão de gênero ou idade. Como
não havia desenvolvimento das técnicas de produção e uma grande submissão aos
recursos naturais, a produção era apenas para subsistência e não havia a acumulação de
bens. O interesse coletivo sempre se impunha sobre os interesses individuais.

As crianças, como já foi dito anteriormente, tinham a sua função na comunidade e não
lhes era dado nenhum tratamento inferior. Sua educação não estava confiada a ninguém
em especial e sim à vigilância difusa do ambiente de maneira insensível e através da
espontânea assimilação do meio que as moldava de acordo com os padrões exigidos
pelo grupo.

Se a criança precisasse aprender a nadar, ela nadava; se quisesse aprender a pescar, ela
pescava. Ou seja, o ensino se dava para a vida e através da vida ou pela simples
imitação das gerações anteriores.

Essa educação todo o modelo social no qual está inserida deixam de existir no momento
em que a sociedade começa a ser dividida em classes e quando surge a propriedade
privada.

A dicotomia entre as forças mentais e as forças físicas resulta em uma existência de


indivíduos livres do trabalho material, embora isso não seja o suficiente para definir
uma divisão de classes sociais

De fato, a princípio, o trabalho mental (ou seja: o trabalho ligado à religião, a


organização da comunidade ou o saber científico necessário para acompanhar a cheia
dos rios e a fertilização do solo) era considerado tão útil quanto o trabalho físico e não
havia uma submissão do segundo em relação ao primeiro.

A escassa produção invariavelmente resultava em guerras entre as comunidades, mas a


dependência dos recursos naturais era tão grande que era comum exterminarem todos os
membros das comunidades dominadas por não haver como mantê-los vivos com os
recursos adquiridos.

Com o advento da propriedade privada em detrimento do bem coletivo e a produção de


excedentes (conseguida através do avanço das técnicas de produção), surge o conceito
de “fortuna”. A partir daí os prisioneiros de guerra passam a ser desejados como
escravos, o trabalho braçal se submete à quem não precisa executá-lo, a mulher se
submete ao homem, os homens se submetem aos deuses, as crianças se submetem aos
adultos.

A educação, portanto, passa a ser diferenciada de acordo com os interesses antagônicos


e a criança passa a sofrer castigos e reprimendas para assimilar de maneira forçada o
que lhes ensinavam.

Em suma, a existência de classes traz consigo a exigência de uma pedagogia capaz de


mantê-la.

Nas comunidades antes do colonialismo não existiam escolas, a educação entre grupos
ocorria de forma espontânea e integral, ou seja, as crianças aprendiam por imitação ao
observarem os maiores em suas atividades e incorporava tudo o que era possível receber
e elaborar. Sua educação não estava confiada a ninguém e sim á vigilância difusa do
ambiente.

Por exemplo: se a criança precisasse aprender a nadar, ela nadava; se quisesse aprender
a pescar, ela pescava, ou seja, o ensino se dava para a vida e através da vida. Nesse
caso, elas não eram castigadas, mas teriam que ser responsáveis em exercer seu papel
em ajudar na comunidade, além de prestar muita atenção na forma que era regida a
comunidade e como deveria se comportar em meio a ela, como era passado a gerações.

A criança enquanto era ensinada, sua mãe a deixava para amadurecer, enquanto era
introduzido um ideal pedagógico de grande relevância para a sobrevivência da
comunidade e a de si, a qual esse seria que nada poderia ser superior aos interesses e
necessidades da tribo. As crianças tinham sua função na comunidade e não lhes era
dado tratamento inferior.

Contudo, com as divisões de classes, a educação começava a sofrer lentamente


transformações. Assim o processo educativo que era homogêneo para todos, começou a
ser desigual, devido à desigualdade

 Não existia educação na forma de escolas;


 Objetivo era ajustar a criança ao seu ambiente físico e social, através da
aquisição das experiências;
 Chefes de família eram os primeiros professores e em seguida os sacerdotes
3. Educação Tradicional em Moçambique

As crianças aprendem a vida por meio da vida, o indivíduo sofre uma tripla integração,
pessoal, social, e cultural, aprende se imitando os adultos nas atividades diárias, sem
que alguém esteja especialmente destinado para a tarefa de ensinar.

3.1. Rito é um conjunto de cerimonias religiosas diferentemente reguladas,


segundo as diversas comunhões ou em diversas sociedades.
3.2. Ritos de iniciação são cerimonias de caráter tradicional e cultural
praticado nas sociedades africanas que vis preparar o adolescente para encarar a
outra fase da vida, isto e a fase adulta.

Na sociedade Moçambicana, os ritos de iniciação não se manifestam da maneira


homogênea. Eles variam de província de província para província, de região para
região, de religião para religião e de sexo para sexo.

Os objetivos dessa cerimonia e de preparar os rapazes e as raparigas para a vida


matrimonial e social e com rito de iniciação os rapazes e as raparigas tem o acesso a
participação e ao conhecimento de certos mistérios.

3.3. Rito de Iniciação Masculina

Eles subscrevem se em realizar a circuncisão e todas as actividaddes a ela inerentes


durante o período de preparação, e ensinando aos jovens tudo o que possa a vir a
encontrar na vida e que necessite conhecer para a luta.

3.4. Ritos de Iniciação Feminina

Iniciam com a menstruação as raparigas menstruadas pela primeira vez, são conduzidas
a uma palhota, no meio do mato, longe de povoação, e ali sob a direção de mestras
idôneas, aprendem tudo o que uma mulher deve saber.

Conforme CIPIRE (1996:42) a prepararão das adolescentes para o lar, para o casamento
e para o próprio acto sexual, faz parte dos currículos de educação feminina.
Durante as aulas nessa escola tradicional temporária, as mestras ensinam as raparigas
muitos ritos os seguintes:

 Ritos de higiene,
 Ritos de virgindade,
 Ritos de menstruação
 Ritos de tatuagem.

3.5. Sistema Matrilinear

Consiste na transmissão da herança para as mãos do sobrinho, filho da irmã (CIPIRE,


1996:51).

O mesmo autor diz que a rapariga e considerada riqueza familiar em duplo sentido:

 Sendo ela geradora de novas criaturas


 É ela que deve ocupar posições cimeiras na sua família.

O marido e visto mais como aliado cooperando na reprodução que como membro da
família da mulher, ele e expulso quando origina conflitos.

No sistema matrilinear as jovens casam se entre os 13-14 anos de idade.

3.6. Sistema Patrilinear

E aquele que a herança dos bens se transmite diretamente para o filho varão. Nesse
sistema o indivíduo encontra se sob autoridade e controle do pai e dos paternos

3.7. Ensino tradicional em Moçambique


3.8. Ritos de gravidez

Neste período ela recebe muitas e variadas instruções das mais velhas dependendo dos
ritos de cada comunidade ou família, as instruções estão ligadas a: Alimentação,
tratamento, comportamento social, escolha de parteira.
3.9. Ritos de Nascimento

Há cerimonias especificas para cada momento e para cada sexo

 Corte do planceta conforme o sexo


 Defesa do recém-nascida contra maus espíritos
 Evitar que a criança se assuste se encontrar com outra pessoa ou animal.

4. Educação dos Adolescentes

E ensinado tudo o que possa vir encontrar na vida, necessita conhecer para a luta. Ele
aprende a sofrer com resignação, a comer pouco e a beber menos e até a caca e
ensinado.
5. Conclusão

Neste presente trabalho conclui se que o sistema educacional em Moçambique na antes


da era colonial era cooperativo e não individual, o conceito de qualidade e
responsabilidade condizia com qualquer habilidade, seja ela agropecuária ou ligada
atividade económica. No período pré-colonial, a educação tinha por objetivo formar o
Homem de modo a aderir e valorizar acultura moçambicana. Não existiam escolas,
mesmo assim as crianças eram educadas, elas aprendiam fazendo e vindo em contacto
com os mais velhos.
6. Referências Bibliográficas
1. Basílio, G. (2010). O estado e a escola na construção da identidade política em
Moçambique (Tese de Doutoramento). Pontíficia Universidade Católica de São
Paulo, São Paulo.
2. Belchoir, M. D. (1965). Evolução política do ensino em Moçambique. In
Moçambique, curso de extensão universitária - ano 1964-1965 (p. 637-674).
Lisboa, PT: Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina da
Universidade Técnica de Lisboa, Lisboa.
3. Ponce, Aníbal. "Educação e luta de classes", capítulo I, pgs 17-34, tradução de:
José Severo de Camargo Pereira, 6ª ed, São Paulo: Editora Cortez, 1986,
Coleção Educação contemporânea
4. https://pt.scribd.com/document/468432905/Educacao-tradicional-de-
Mocambique#

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