Fui até o João para passar a ele um recado que o Marcelo me pediu para
avisá-lo. Me pegou um pouco de surpresa quando o João disse logo em
seguida que queria ter uma conversa comigo, e já imaginei que seria a respeito de algum tema externo a minha graduação. Fiquei grato demais por essa primeira conversa, afinal, ele estava falando de um projeto que ele próprio havia pensado em desenvolver. E sou aluno dele: abordar com alguém a respeito de um projeto requer confiança, e ele teve em mim. Após uma conversa um pouco mais curta, desci pra comer um pão de queijo e depois fui até o 11° para encontrar novamente o João. Ele estava no telefone quando cheguei. Entrei na sala com cautela pois imaginei que o João estivesse num atendimento pois estava conversando. Ele estava de pé, me viu chegando e pediu para que eu entrasse. Aguardei até que o João terminasse a ligação e logo me chamou. Ele disse que estava conversando a respeito de um caso clínico dele. João pediu para que eu falasse a respeito da visão inicial que tive do projeto. Achei a ideia super interessante pois acho importante a existência de um olhar da psicologia no meio da guarda municipal e, de que haja, por meio de pesquisas e dados, uma análise diagnóstica da guarda municipal para poder realizar as melhorias que são demandadas. Depois de um tempo a conversa tomou outro rumo e partiu em direção a minha vida e a minha subjetividade. Fui perguntado sobre áreas de atuação que desejo ter no futuro e logo de cara não soube responder, afinal essa é uma das minhas maiores dúvidas e é essa dúvida que eu tento tirar no meu dia a dia. Disse que sou apaixonado com esporte, mais especificamente com futebol, e que seria um sonho trabalhar nesse ramo, dentro de um clube, não necessariamente na área de psicologia. Outra dúvida é a possiblidade de poder atuar também empreendendo, seguindo o passo de meus pais que tem restaurante, e poder abrir alguma empresa do ramo alimentício aqui em BH pois penso em morar aqui futuramente e com certeza eu teria o auxílio deles para poder abrir um negócio aqui. O João não me orientou sobre qual opção seria a melhor mas pediu para que eu buscasse dialogar comigo mesmo e realizar atividades, afinal, certeza temos poucas na vida, temos que trabalhar no dia a dia para passarmos a ter convicção de fato do que queremos para nós mesmos. A conversa correu para muitos lados pois nos dialogamos bem e ficou um aprendizado enorme para mim. Não é todo dia que um professor tira um tempo extra classe para o aluno e João, com a maior humildade do mundo, tirou esse tempo pois sentia que essa conversa era importante para mim; e foi.