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Direito Civil - Exame de Ordem

Capacidade de direito e personalidade

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Direito Civil - Exame de Ordem
Capacidade de direito e personalidade

Apresentação
Olá estudante.

Meu nome é Reyvani Jabour Ribeiro, sou professora de Direito Civil, graduada
em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Sou Procuradora de Justiça
tendo ingressado no Ministério Público de MG em 1992. Atualmente atuo na Procuradora de
Direitos Difusos e Coletivos e palestrante, além de ministrar aulas de Direito civil em cursos
preparatórios para concursos públicos.

Para que você possa alcançar seu objetivo, desenvolvemos um guia de estudos com os princi-
pais tópicos de cada aula, de forma sintetizada e simples de todo o conteúdo abordado, a fim
de aprimorar seu aprendizado. Então, leia atentamente o material e acompanhe as videoaulas
que abordarão as principais questões e as polêmicas sobre cada tema. Mantenha o foco e
bons estudos!

Sumário

Artigos 1º e 2º,CC......................................................................................................................................... 3

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Direito Civil - Exame de Ordem
Capacidade de direito e personalidade

Artigos 1º e 2º,CC

Sujeitos do Direito
Toda pessoa é dotada de aptidão para titularizar direitos e contrair obrigações.
No direito moderno1, consideram-se pessoas tanto o homem, isoladamente considerado (Pessoa
Natural), como as entidades personificadas, grupos sociais que se unem para coletivamente rea-
lizarem alguma atividade econômica ou altruística, denominados Pessoas Jurídicas. (VENOSA,
2005, pág. 140)

Pessoa Natural
A expressão Pessoa Natural corresponde ao ser humano, sendo indiferente a raça, a idade, o
credo ou o sexo do indivíduo. Esse vocábulo é defendido doutrinariamente por Caio Mario da Silva
Pereira, Silvio Salvo Venosa, dentre outros que não concordam com o cunho patrimonialista que a
expressão Pessoa Física trazia.

Início da Personalidade

Doutrinariamente existem três correntes sobre quando se dá o começo da personalidade jurídica.


As três teorias são:
• Teoria Natalista (adotada pelo nosso código)
• Teoria da Personalidade Condicional
• Teoria Concepcionista

Teoria Natalista: Para os natalistas, a personalidade do indivíduo tem início a partir do nascimento
com vida. Para essa teoria somente o nascimento com vida basta, não se exige que no momento
do nascimento seja viável a vida.
Verifica-se o nascimento com vida por meio da respiração. Dá-se o nascimento com a positiva
separação da criança das vísceras maternas, pouco importando que isso decorra de operação natural
ou artificial. A prova inequívoca de o ser ter respirado pertence à medicina, através da realização
do exame chamado docimasia hidrostática de Galeno. Ou seja, é a presença de ar nos pulmões que
determina o início da personalidade. Assim, respirou, nasceu com vida, adquiriu todos os atributos
da personalidade civil.

1 Enquanto modernamente apenas o ser humano e o ser coletivo possui personalidade, antigamente a situação era
diferente pois também eram considerados portadores de direitos e deveres na ordem cívil o animais. Durante a idade
média os animais poderiam receber honrarias e benefícios, bem como figurar como réus em processos judiciais. (NADER,
2004, pág. 282).

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Capacidade de direito e personalidade

Essa teoria é adotada pelo nosso Código Civil, o artigo 2º do CC/2002 assim dispõe:

Art. 2º - A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida, mas a lei põe a salvo,
desde a concepção, os direitos do nascituro. (Grifo Nosso)

O nascituro2 apesar de não possuir personalidade civil, tem seus direitos garantidos por lei, como
é o caso do Direito ao feto de nascer – sendo à gestante vedado o aborto, salvo em alguns casos
taxativos da lei penal – bem como o direito que.
O nascituro é o feto que existe no ventre materno, ele poderá ser sujeito de direito no futuro.
Assim, enquanto não for concebido apenas existe uma mera situação de potencialidade de direitos.
Teoria da Personalidade Condicional: Para os adeptos a essa teoria, o nascituro possui uma per-
sonalidade jurídica formal e ao nascer com vida ele passaria a titularizar uma personalidade jurídica
material. Para os que defendem a tese o nascituro possui os seus direitos de personalidade sob a
condição suspensiva do seu nascimento, apesar de não ser uma pessoa completamente formada,
mesmo assim pode ser titular de direitos.
Teoria Concepcionista: Essa teoria defende que o nascituro já possui personalidade jurídica. Para
os seus defensores o nascimento com vida constitui apenas a aquisição do feto da capacidade de
fato, vez que desde a sua concepção já existe personalidade jurídica.

2 Nascituro é um ser concebido e como tal não se confunde com prole eventual, que ainda sequer foi concebida.

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