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Introdução..........................................................................................................................2
Noção e caracterização......................................................................................................3
Conclusão..........................................................................................................................6
Bibliografia........................................................................................................................7
Introdução
O sentimento daquilo que se passa connosco e/ou o testemunho ou julgamento secreto
da alma que aprova as ações boas ou rejeita as más, denomina-se consciência moral.
Entretanto, neste trabalho aborda-se o tema “Consciência Moral”, onde falar-se-á das
etapas do seu desenvolvimento, a sua formação e desenvolvimento segundo Jean Piaget
e Lawrence Kohlberg. Por fim se destacará o ponto de vista dos filósofos antigos e
contemporâneos/modernos.
Consciência Moral: etapas do seu desenvolvimento
Noção e caracterização
Os animais não humanos regem-se cegamente pelas leis da sua natureza e pelos seus
instintos e, através dessa obediência, alcançam o seu próprio destino e finalidade. Em
contrapartida, o Homem carece de uma base comum que o orienta para determinadas
tarefas e o impulsione para um modo específico de ser ou comportar-se. A sua evolução
e o seu progresso devem ser alcançados através de um processo de aprendizagem. Serge
Moscovici
Eis o motivo pelo qual o Homem se deve esforçar por refrear os seus impulsos
emocionais e instintivos, provenientes da sua natureza animal. Para tal, o Homem
precisa que tais impulsos sejam suplantados pela consciência moral.
Por consciência entende-se o estado ou a faculdade de alerta, que nos permite perceber
o mundo intrínseco e extrínseco a nós mesmo e fazer juízos de valor sobre eles,
enquanto estamos mentalmente sadios.
Todos os homens, de todos os povos, sentem esta consciência moral que os louva ou,
pelo contrário, os acusa. A Consciência moral é o “sentimento daquilo que se passa
connosco”. Por isso, ela pode ser definida como o estado do sujeito quando está atento
ao valor moral dos seus atos, julgando-os como bons ou maus.
Pela sua natureza, pode dizer-se que a consciência moral é: voz interior que anuncia um
dever ou uma obrigação (não devo roubar, nem devo desrespeitar os outros); sentimento
que antecede, acompanha ou sucede as nossas deliberações, decisões e ações. E, como
tal, ela manifesta-se como um sentimento de satisfação e aplauso (quando se trata de
uma ação praticada conforme as normas morais), ou remorso, culpa, censura e vergonha
(quando a ação praticada é reprovada); juiz interior que condena ou aprova os nossos
atos (valeu a pena ter arriscado ter arriscado a vida para salvar alguém); força que nos
impele (arrasta ou coage) a um determinado ato; espaço de tensão e conflito que se
verifica quando queremos satisfazer objetos antagónicos (contrários/opostos); fonte e
critério subjetivo de avaliação moral, independentemente de qualquer cânone ou norma;
é intimidade, porque é algo íntimo, e, por isso, inviolável, devendo merecer das outras
pessoas o devido respeito.
Por fim, numa terceira etapa: (dos 12 anos em diante), encontramos no jovem ou no
adulto, a moral de Equidade ou Autonomia. Aqui aparece o altruísmo, ou interesse pelo
outro e a compaixão, e a moral torna-se autónoma. Daí que a observância pelas normas
que permitem a convivência social entre os seres humanos assuma um carácter pessoal.
Formação e desenvolvimento da consciência moral segundo Lawrence
Kohlberg
Paralelamente, Lawrence Kohlberg considera que a consciência moral se forma num
processo de conhecimento que decorre de fases de aprendizagem social. Na sua opinião,
há três etapas de desenvolvimento moral, todas elas baseadas na noção que cada um tem
de justiça. Segundo ele, cada pessoa estará num determinado estádio de
desenvolvimento moral de acordo com as suas respostas a dilemas morais.