Você está na página 1de 11

19

A influência do estresse no aparecimento da acne

Juliana Nobre de TOLEDO1


Thaís Pinhatti DUARTE2
Danila Aparecida Buoro SCATOLIN3
Resumo: A pele é considerada um órgão de comunicação visível que se liga com o sistema nervoso; essa ligação acarreta
influências que correlacionam corpo e mente. A ligação entre corpo e mente é compreendida quando há uma disfunção na
pele que acaba por afetar a parte psíquica ou vice-versa. Fatores psicológicos como o estresse emocional afetam diretamente
a pele, podendo potencializar o processo acneico, uma vez que o estresse tem capacidade de provocar alterações hormonais,
sendo um desencadeador para o processo de formação e agravamento do quadro acneico. A acne é uma patologia que aco-
mete as unidades pilossebáceas, podendo aparecer em todas as áreas do corpo, porém afeta principalmente as regiões da face
e do tronco e é encontrada com maior frequência na fase da adolescência. A acne pode ser classificada em graus de I a V. O
estresse é o grau total de desgaste causado pela vida e tornou-se cotidiano para os indivíduos da sociedade contemporânea.
Além disso, faz parte do quadro de distúrbios físicos e emocionais acionados por diversos fatores, que, por consequência,
modificam o equilíbrio interno do organismo, resultando em doenças psicossomáticas nos seres humanos. A partir de estudos
sobre a relação entre corpo e mente, tornou-se possível ressaltar a influência do estresse no aparecimento e na agravação do
processo acneico, em função da comunicação com o sistema nervoso. O objetivo do estudo foi relatar a influência do estresse
na disfunção denominada acne. Realizou-se um levantamento bibliográfico a partir de sites de pesquisas gratuitas, como
Google Acadêmico e Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), e analisaram-se artigos científicos e pesquisas a partir de
livros da biblioteca do Claretiano – Centro Universitário publicados entre 2000 e 2017. Com base em estudos realizados por
meio de revisões literárias, notou-se que o estresse é um dos fatores que influencia na formação da acne por meio dos efeitos
que proporciona ao organismo. Assim, a pele, como órgão visível, demonstra as involuções que ocorrem dentro do corpo
humano. É importante ressaltar a importância não apenas física da patologia, mas também a importância do meio em que o
paciente está inserido e a dos hábitos adotados por ele, que agravam o processo acneico e acarretam involução no tratamento
da acne, visto que é primordial amenizar, primeiramente, o causador da disfunção para, depois, prosseguir com o tratamento.

Palavras-chave: Estresse. Acne. Pele.

1
Juliana Nobre de Toledo. Bacharelanda em Estética pelo Claretiano – Faculdade. E-mail: <juuhnobre@live.com>.
2
Thaís Pinhatti Duarte. Bacharelanda em Estética pelo Claretiano – Faculdade. E-mail: <mdatelie@hotmail.com>.
3
Danila Aparecida Buoro Scatolin. Mestra em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual Júlio de Mesquita
Filho (UNESP), campus Araraquara. Especialista em Farmácia Hospitalar Oncológica pelo Centro Universitário Herminio Ometto de Araras (UNIARARAS).
Especialista em em MBA Cosmetologia pela Universidade Brasil (UNIVBRASIL). Bacharel em Farmácia Industrial Oncológica pelo Centro Universitário
Herminio Ometto de Araras (UNIARARAS). Docente do Claretiano – Faculdade. E-mail: <danilascatolin@claretianorc.com.br>.

Medicina e Saúde, Rio Claro, v. 1, n. 2, p. 19-29, jul./dez. 2018


20

The influence of stress on the appearance of acne

Juliana Nobre de Toledo


Thaís Pinhatti DUARTE
Danila Aparecida Buoro SCATOLIN
Abstract: The skin is considered a visible communication organ that is connected with the nervous system; this connection
causes influences that correlate with body and mind. The connection between body and mind is understood when there is
a skin dysfunction that affects the psychic part. Psychological factors as emotional stress affects directly the skin and can
potentialize acne process, once that stress has the capacity to case hormonal changes, being a trigger of the formation process
and aggravation of acne. Acne is a pathology that affects the pilosebaceous units and can appear in all of the body, but affects
mainly the face and upper body regions and arises more frequently during the adolescent stage. Acne can be classify in degre-
es from I to V. The stress is the total degree of life’s decay and to the contemporaneous society is part of daily life. Besides,
it is part of physical and emotional disturbs charts that are fired by many factors that, by consequence, change the intern
organism equilibrium and results in psychosomatic diseases in human beings. From studies about the relation between body
and mind, became possible to emphasize the stress influence in the appearance and aggravation of acne process, in function
of the communication with nervous system. The purpose of work was report the stress influence in the acne dysfunction. A
bibliographic survey was carried out from free research sites, such as Google Academic and Scientific Electronic Library
Online (SCIELO), and scientific articles and researches were analyzed from books of the Claretiano – Centro Universitário
published between 2000 and 2017. Based on studies conducted through literary reviews, it has been noted that stress is one
of the factors that influences the formation of acne through the effects it provides to the organism. Thus, the skin, as a visible
organ, demonstrates the involutions that occur within the human body. It is important to emphasize the importance not only
of physical pathology, but also the importance of the environment in which the patient is inserted and the habits adopted by
him, which aggravate the acne process and lead to involution in the treatment of acne, since it is essential to soften, first, the
cause of the dysfunction and then proceed with the treatment.

Keywords: Stress. Acne. Skin.

Medicina e Saúde, Rio Claro, v. 1, n. 2, p. 19-29, jul./dez. 2018


21

1.  INTRODUÇÃO

A pele pode ser considerada um órgão de comunicação e percepção visível que se liga com o sis-
tema nervoso. Essa ligação entre o maior órgão do corpo humano com tal sistema faz com que ocorram
influências entre corpo e mente. A relação entre corpo e mente permite entender que quando existe um
quadro de doença de pele em um indivíduo, em conjunto, ocorre uma alteração psíquica (LUDWIG,
2008).
O estresse emocional ou o psicossocial são fatores psicológicos que afetam diretamente a pele,
desencadeando ou potencializando um quadro acneico. A influência do estresse deve-se à capacidade de
provocar alterações hormonais que promovem o aparecimento da acne ou a agravam (COMIN, 2011;
ZOUBOULIS, 2005).
Segundo Bays (2004), a vivência na sociedade contemporânea faz do estresse uma rotina diária
dos indivíduos, em que a busca pela adaptação a mudanças constantes é exigida a todo instante e em
todas as áreas da vida humana, acarretando, como consequência, o desencadeamento de doenças. As-
sim, é possível notar que os mecanismos do estresse causam adoecimentos em locais específicos como
também de uma forma geral. Panconesi (2000) menciona que cada pessoa tem um órgão geneticamente
vulnerável e que acaba por ser alvo das influências do estresse. Sendo assim, para alguns pacientes, as
influências seriam reações cardíacas, gástricas ou também reações de pele.
O stress, originalmente no inglês, ou estresse, em português, deriva-se do latim stringere, que
significa “apertar”, “cerrar” e “reprimir” (HOUAISS; VILLAR; FRANCO, 2001). O estresse é o grau
de desgaste total causado pela vida (GARRETT; RODRIGUES; OLIVEIRA, 2009). O estresse faz parte
do quadro de distúrbios físicos e emocionais que são acionados por diversos fatores que modificam o
equilíbrio interno do organismo, resultando em doenças para os seres humanos. A medicina passou a
considerar que muitas doenças de acúmulos de danos podem ser ocasionadas ou agravadas pelo estresse.
Conforme dados da Organização Mundial da Saúde, o estresse atinge mais de 90% da população mun-
dial, sendo considerado um agravante global (BAUER, 2002).
A acne é uma patologia que acomete, principalmente, as glândulas sebáceas e os folículos pilosos
da face e tronco, porém, também acomete outras partes do corpo humano (MANFRINATO, 2009).
Normalmente, é encontrada na fase da adolescência, período em que cerca de 80% dos adolescen-
tes são portadores dessa doença. Acredita-se que sua etiopatologia esteja ligada à dinâmica de quatro fa-
tores: hiperprodução de sebo glandular, hiperqueratinização folicular, dominação bacteriana do folículo
sebáceo e liberação de mediadores da inflamação no folículo (LIMA, 2006; PIMENTEL, 2008; ÁBILA,
MARTINS, 2009).
O grau e o aspecto acneico estão ligados à presença de comedões, pápulas, pústulas, nódulos e cis-
tos (MANFRINATO, 2009). O grau pode ser classificado de acordo com a quantidade e o acometimen-
to. Sendo assim, temos o grau I, com presença de comedões e pápulas; grau II, com presença de come-
dões, pápulas e pústulas superficiais; grau III, com presença de comedões, pápulas e pústulas profundas;
e grau IV, com presença de comedões, pápulas, pústulas profundas, nódulos e cicatrizes (PIMENTEL,
2008; MANFRINATO, 2009).
Os tratamentos de maneira geral promovem medidas para controlar o quadro e fazer assepsia, mas
também podem ser feitos com o uso de medicamentos, cirurgias e tratamentos estéticos (LIMA, 2006;
MANFRINATO, 2009).
Em virtude da relação entre corpo e mente, é preciso ressaltar a influência do estresse no apa-
recimento da acne, uma vez que a pele se comunica com o sistema nervoso e demonstra as alterações
psíquicas por meio de alterações fisiológicas, justificando, assim, o tema aqui proposto.
O objetivo do estudo foi relatar, por meio da exploração de mecanismos fisiológicos, a influência
do estresse em relação à disfunção denominada acne.

Medicina e Saúde, Rio Claro, v. 1, n. 2, p. 19-29, jul./dez. 2018


22

2.  METODOLOGIA

Realizou-se um levantamento bibliográfico a partir de sites de pesquisas gratuitas, como Google


Acadêmico e Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), e analisaram-se, a partir de livros e perió-
dicos da biblioteca do Claretiano – Centro Universitário, artigos científicos e pesquisas publicados entre
2000 e 2017.

3.  REVISÃO LITERÁRIA

O estresse tornou-se um assunto eloquente, uma vez que, na atualidade, convive-se com níveis
elevados de estresse. O mundo capitalista, envolto pelas empresas, globalização, tecnologia, programas
elevados de produtividade e qualidade; levam o indivíduo a uma insatisfação constante, nervosismos,
ansiedade, preocupação constante e exagerada com o futuro, insônia, medos e inseguranças que, em sua
somatória, geram o estresse (MARINS, 2003).
O estresse tem sido foco de estudo para muitos pesquisadores, pois nota-se sua relação com a saú-
de (SANTED-B; SANDÍN-P; CHOROT apud SILVA, 2002). Foi no século XVII que a palavra stress
passou a significar fadiga e cansaço. No século XVIII e XIX, o vocábulo de origem latina passou a ser
utilizado em inglês para designar força, esforço e tensão (SILVA, 2010).
O termo estresse foi utilizado pela primeira vez na área da saúde por Hans Selye, em 1926, que
definiu o estresse como um conjunto de reações observado em pacientes que sofriam com diversas do-
enças. Em 1936, o pesquisador definiu a reação do estresse como uma síndrome geral de adaptação e,
em 1974, Hans redefiniu o termo estresse como uma resposta não específica do corpo a qualquer exi-
gência (GARRETT; RODRIGUES; OLIVEIRA, 2009). Sendo o estresse um conjunto de reações que
o organismo desenvolve ao ser submetido a uma situação que exige esforço, o estressor, são os fatores
que provocam a reação de estresse, sejam de natureza física, mental ou emocional (CARVALHO; SE-
RAFIM, 2002).
Sendo assim, foi observado nos estudos de Selye que o estresse produz reações de adaptação e
defesa diante dos estressores. As reações apresentam três fases evolutivas: fases de alarme, resistência e
exaustão (CAMELO; ANGERAMI, 2004; SILVA, 2002).
A fase de alarme é considerada a de reconhecimento, ou seja, a fase em que há o reconhecimento
do agente estressor. Ela é também considerada a de preparação, em que o organismo se prepara para
a ação, que pode ser de fuga do estresse ou de luta contra ele (BAUER, 2002). Na fase de resistência,
ocorre adaptação do corpo à nova situação e reequilíbrio interno (CAMELO; ANGERAMI, 2004; SIL-
VA, 2002). E na última fase, chamada de exaustão, ocorre o fim da resistência e o início do desequilíbrio
interno, que consequentemente, provoca doenças (BAUER, 2002).
É importante ressaltar que foi identificada uma nova fase evolutiva, entre a fase de resistência e
exaustão. Essa nova fase é conhecida como quase exaustão e é caracterizada pela não resistência e adap-
tação ao estressor, levando ao aparecimento de doenças não tão graves (LIPP, 2000).
Sabe-se que o corpo humano está adaptado para encarar o estresse, desde o mais simples até o
mais agudo e conflitante. Porém, o organismo não está apto para encarar tal situação constantemente. A
ação repetitiva irá promover o desgaste do organismo (BAUER, 2002).
Segundo Carvalhal (2008), a visão biopsicossocial do estresse está ligada ao particular e ao mundo
no entorno, ou seja, uma relação que compreende particular, ambiente e consequências a que se é sub-
metido que exijam mais que as próprias habilidades e condições, colocando o bem-estar do indivíduo
em um estágio de desconforto.
O estresse desencadeia uma série de doenças que afetam os sistemas do organismo, e leva ao
desequilíbrio interno do corpo. Consequentemente, o estresse relaciona-se com a parte física do organis-
mo, promovendo sintomas e sinais como sudorese, tensão muscular, hipertensão, aperto da mandíbula,
ranger de dentes, mãos e pés frios, hiperatividade, úlceras, crises de pânico, náuseas, gastrites, diarreias,

Medicina e Saúde, Rio Claro, v. 1, n. 2, p. 19-29, jul./dez. 2018


23

obesidade, micose e comprometimento dos órgãos sexuais (ROCHA; GLIMA, 2000). O estresse tam-
bém se relaciona com o psicológico, desencadeando sintomas como ansiedade, tensão, insônia, angús-
tia, alienação, incertezas pessoais, preocupações excessivas, raiva, ira, hipersensibilidade emotiva e
dificuldade de relaxamento e de concentração em assuntos que não o relacionado ao estressor, conforme
ilustra a Figura 1 (CAMELO; ANGERAMI, 2004).
Figura 1. O que o estresse faz com seu corpo?

Fonte: Durante (2013). Disponível em: <http://www.ipom-org.com.br/artPesquisa.php?lang=pt-br&id=5>. Acesso em: 18


out. 2017.

A reação do estresse em cada organismo é diferente, uma vez que cada indivíduo interpreta deter-
minada situação e reage a ela de maneira distinta. Algumas pessoas se apresentam descontroladas, in-
quietas e não conseguem enfrentar certo acontecimento, enquanto outras conseguem encará-lo de forma
controlada. A maneira como a pessoa lida com determinadas situações do estresse também pode estar
ligada à sua personalidade (CAMELO; ANGERAMI, 2004).
Quando não iniciado um tratamento para aliviar a tensão causada pelo estresse, o indivíduo pode
cada vez mais se aprofundar na exaustão e na depressão e diminuir sua energia diária. A falta de trata-
mento específico para o indivíduo pode ocasionar o aparecimento de doenças mais graves, como infarto,
diabetes, acidente vascular cerebral e até mesmo câncer (CAMELO; ANGERAMI, 2004).
O estresse não pode ser eliminado do cotidiano totalmente, pois, para que isso ocorra, é neces-
sário que o indivíduo esteja morto. A morte é vista como a única saída definitiva para a ausência total
de estresse. Portanto, o certo a fazer é tomar medidas que ajudem a controlar o nível de estresse, já
que eliminá-lo totalmente é impossível. As medidas que devem ser feitas constantemente são procurar
reduzir o estresse que a sociedade proporciona, transformar a visão de um caso estressante em algo po-
sitivo, impedir que o estresse se torne um obstáculo que atinja o desempenho pessoal e a felicidade, e,
principalmente, evitar que o estresse atinja o desempenho da saúde física e mental do indivíduo (CAR-
VALHO; SERAFIM, 2002).
Segundo Azambuja (2002), a relação entre mente e corpo permite ressaltar a conexão entre estres-
se e doenças de uma maneira geral. O estresse pode agravar ou causar doenças ligadas à pele humana.
Essas doenças dermatológicas são: herpes, psoríase, vitiligo, dermatite seborreica e atópica, desidrose,
lúpus e acne.

Medicina e Saúde, Rio Claro, v. 1, n. 2, p. 19-29, jul./dez. 2018


24

Na pele, o estresse provoca a ereção dos pelos, aumenta a atividade das glândulas sebáceas e dimi-
nui ou aumenta a circulação sanguínea, causando palidez ou rubor (AZAMBUJA, 2002).
O corpo humano é composto por tecidos, órgãos, células e sistemas. A pele é considerada o maior
órgão participante do organismo, cuja formação consiste em camadas e anexos. Após o processo de fer-
tilização do óvulo, no início da terceira semana, fica perceptível que o disco embrionário é trilaminar,
ou seja, composto de endoderme, mesoderma e ectoderma; formando, então, linha primária, notocorda,
tubo neural, crista neural, somitos e celoma (GOBBO, 2010). 
A pele faz parte do sistema tegumentar, proporcionando, assim, para o corpo humano uma espécie
de revestimento, e, por possuir terminações nervosas sensoriais, também participa da regulação de tem-
peratura, além de executar mais funções. No corpo adulto, a pele possui em média 2 m², e sua espessura
varia de 1 a 4 mm, variando de indivíduo para indivíduo ou de acordo com a região na qual se encontra.
É importante notar que as regiões mais espessas da pele encontram-se em superfícies anteriores. Já re-
giões que sofrem com as pressões cotidianas, como pálpebra dos olhos, palmas das mãos e plantas dos
pés, tendem a ser mais finas que as demais áreas (DANGELO; FATTINI, 2007).
A pele é o órgão mais visível, ou seja, sua importância é inquestionável, pois determina completa-
mente a aparência do ser e afeta a inserção deste na sociedade, envolvendo uma ampla função na comu-
nicação do indivíduo com o meio social (ONGENAE et al., 2006). Ela é o maior e mais desenvolvido
órgão do corpo humano e é responsável pelo aprendizado do que é o meio ambiente e pela maneira como
percebemos o mundo exterior (AZAMBUJA, 2002).
Há duas camadas reconhecidas na pele, à epiderme e a derme. A epiderme é a camada mais su-
perficial, possuindo cinco estratos: córneo, basal, espinhoso, granular e lúcido. As células da epiderme
são constantemente substituídas, uma vez que esse processo de renovação celular da epiderme dura, em
média, 26 dias. A derme está abaixo do estrato basal, no qual são encontrados os folículos pilosos e as
glândulas sebáceas e sudoríparas; na derme, é possível a identificação de apenas dois estratos córneos,
o papilar e reticular. A derme encontra-se acima da tela subcutânea, antigamente conhecida como hipo-
derme, essa tela subcutânea é reconhecida por ser rica em tecido adiposo (DANGELO; FATTINI, 2007).
A epiderme possui uma espessura que varia conforme a região do corpo, de 1,3 mm, comum na
palma da mão, até 0,06 mm, encontrado geralmente na face. A principal função da epiderme é agir como
uma espécie de barreira, em função da necessiddae de proteção contra o ambiente externo, evitando que
substâncias estranhas entrem no organismo e assegurando a integridade do próprio organismo (HAR-
RIS, 2016). 
A derme é responsável pela formação da parte estrutural do tegumento corporal; sua espessura
varia de 0,5 mm a 3 mm, sendo mais espessa em homens do que em mulheres. A derme se associa às
células de Langerhans da epiderme, sendo, assim, responsável, em parte, pela termorregulação, pelo
suporte da rede vascular e pela defesa imunológica (HARRIS, 2016).
A região intermediária entre a derme e a epiderme é a membrana basal; sua espessura varia de
60 nm a 140 nm, e, em sua extensão mais profunda, encontra-se uma “teia” de colágeno de estrutura
totalmente emaranhada. A membrana basal é responsável por apresentar uma quantidade significativa
de antígenos, que atuam no processo de defesa, constituindo-se como uma barreira do organismo contra
substâncias externas e microrganismos (HARRIS, 2016).
A pele apresenta inúmeras funções necessárias para o organismo e, consequentemente, para a
sobrevivência do ser. Entre elas, podem ser ressaltadas: proteção mecânica dos órgãos contra impactos
externos; barreira hídrica que permite o controle de hidratação do organismo; excreção de células não
necessárias; termorregulação; defesa imunológica contra as mais diferentes infecções possíveis; partici-
pação no processo da síntese de vitamina D; e percepção sensorial e sexual (GOBBO, 2010).
A percepção é considerada uma função muito importante que a pele possui, pois os elementos
nervosos que estão distribuídos na derme permitem o reconhecimento de sensações especiais, entre elas,
a sensação térmica e a sensação do tato, fazendo parte, assim, do mecanismo de defesa essencial para a
sobrevivência (BAYS, 2004).

Medicina e Saúde, Rio Claro, v. 1, n. 2, p. 19-29, jul./dez. 2018


25

A hemorregulação e a termorregulação da pele fazem parte de suas funções, as quais, por meio de
complexos vasculares e corações periféricos, mais conhecidos como “gomos”, possibilitam a regulação
do débito circulatório (BAYS, 2004).
As secreções de ceratina, melanina, sebo e suor devem ocorrer através da pele. A excreção, por
sua vez, ocorre a partir das glândulas que secretam água e eletrólitos. A metabolização dos hormô-
nios é também uma das grandes características da pele. A capacidade da pele de sintetizar testosterona,
progesterona, estrógenos e glicocorticoides, além de ter uma importância significativa na fabricação e
metabolização da vitamina D, é de extrema relevância para a sobrevivência e o equilíbrio do organismo
humano (BAYS, 2004).
Há uma ligação intrínseca entre a pele e a mente, verificada na origem do organismo humano,
uma vez que a epiderme, ou seja, a pele, e o sistema nervoso, cujo órgão central é o cérebro, possuem a
mesma origem embrionária durante a formação do embrião. A pele e o sistema nervoso derivam-se do
ectoderma, o folheto externo do embrião, que, por meio de sua evolução, se dobra e forma o tubo, co-
nhecido como tubo neural. A parte externa do tubo neural forma a pele, enquanto a parte interna do tubo
se desenvolve para formar o sistema nervoso. Sendo assim, a pele está ligada diretamente com o sistema
nervoso, enviando informações sobre o meio externo constantemente (AZAMBUJA, 2002).
As mensagens de comunicação entre o sistema nervoso e a pele são realizadas através de substân-
cias químicas, conhecidas como neuropeptídios, capazes de transmitir o código de pensamentos realiza-
dos na mente diretamente para a pele. Invertendo esse sentido, a pele também envia ao cérebro mensa-
gens através de mediadores químicos que são produzidos por suas células, transportados até o sistema
nervoso central pelo sangue ou até mesmo pelos nervos, o que ocasiona os pensamentos (AZAMBUJA,
2002).
Segundo Azambuja (2002), a pele mantém ligações diretas com o sistema nervoso, tornando-a
extremamente sensível em relação às emoções, possibilitando o estreitamento de contato com necessi-
dades, desejos e medos presentes até mesmo no inconsciente. Há um forte impacto emocional, indepen-
dentemente da causa nos problemas de pele.
A pele reflete para o mundo exterior o que acontece dentro dela e do corpo humano. Assim, se
houver alguma patologia visível na pele, o indivíduo pode estar sofrendo influência de um conjunto de
fatores da mente que permite ressaltar o aparecimento de doenças dermatológicas como a acne e estabe-
lecer questões sobre como se evidencia a relação entre corpo e mente (HISADA, 2003).
A acne apresenta diagnóstico clínico e acomete principalmente os adolescentes (MANFRINATO,
2009).
Apesar de ter maior probabilidade de ocorrência em adolescentes, hoje em dia, não pode ser mais
considerada uma doença que aparece apenas nessa fase da vida, mas, sim, uma doença genético-hormo-
nal crônica (KEDE; SABATOVICH, 2015).
A acne é considerada a doença dermatológica mais comum, afetando tanto homens quanto mu-
lheres e sendo a motivação de 14% das consultas dermatológicas do Brasil (PAGANI; COSTA, 2010).
Segundo Cerqueira (2004), a acne acomete cerca de 8% dos adultos entre 24 e 34 anos. Já na idade
entre 35 a 44 anos, estima-se uma porcentagem menor que 3%.
O quadro acneico ocorre devido ao acometimento das unidades pilossebáceas de algumas partes
do corpo. Geralmente, são acometidas as regiões em que há maior quantidade de glândulas sebáceas,
como face, tórax e dorso (VAZ, 2003).
A etiopatogenia da acne está ligada a alguns fatores, como hiperprodução do sebo, hiperquera-
tinização folicular, alteração da flora bacteriana e liberação de mediadores de inflamação no folículo
(LIMA, 2006; PIMENTEL, 2008; ÁBILA; MARTINS, 2009).
A hiperprodução do sebo ocorre devido a fatores hereditários, elevados níveis de hormônios sexu-
ais, má alimentação, menstruação desregulada e estresse (GOBBO, 2010).

Medicina e Saúde, Rio Claro, v. 1, n. 2, p. 19-29, jul./dez. 2018


26

Já a hiperqueratinização é causada pelo aumento de queratina produzida pelo queratinócito, o que


causa a obstrução do canal folicular e impede a saída do sebo pela glândula sebácea (COSTA, 2008).
A Propionibacterium acnes é uma bactéria que habita a pele do ser humano e se manifesta no
quadro acneico, estimulando o processo inflamatório. A proliferação dessa bactéria ocorre devido aos
acontecimentos anteriores da etiopatogenia, e é mais propício seu aparecimento em peles mistas ou ac-
neicas, sendo que, quanto mais úmida a pele, maior seu índice de proliferação (GOBBO, 2010).
A acne provoca lesões na pele que afetam os aspectos físicos e emocionais dos indivíduos, uma
vez que proporciona o aparecimento de comedões, pápulas, pústulas, cistos e nódulos, que, consequen-
temente levam à formação, muitas vezes, de cicatrizes e manchas (LIMA, 2006; MANFRINATO, 2009).
Os comedões podem ser fechados ou abertos. Os fechados ou os de ponto preto ocorrem quando
os orifícios não se dilatam, e os abertos ou os de ponto branco são os precursores de lesões inflamatórias
(VAZ, 2003). A pápula é uma lesão rosada ou avermelhada, com menos de cinco milímetros de diâme-
tro. A pústula é a evolução da pápula com presença de pus, conhecida popularmente como espinha, e
aparece com mais frequência nas regiões de maxilar, submandibular, peito e costas. Já o nódulo é uma
lesão sólida e elevada, com diâmetro maior que cinco milímetros (VAZ, 2003).
Segundo Cerqueira (2004), a gravidade da acne está associada à presença de lipídios nos querati-
nócitos e à retenção deles nos ductos hiperproliferados.
O sebo é composto por colesterol, cera, esteroides, escalenos, ésteres e triglicérides. Nos indiví-
duos seborreicos, a comedogênese está ligada ao aumento de escaleno, ésteres e cera, e à diminuição de
ácidos graxos (CERQUEIRA, 2004).
Os tipos de acne se classificam conforme a tipologia; assim, há acne vulgar, hiperandrogênica, ia-
trogênica, cosmética, escoriada, neonatal, conglobata, fulminante, comedônica, pápulo-pustulosa grave,
nódulo-quisto e da mulher adulta (GIACHETTI, 2008; MANFRINATO, 2009).
O quadro acneico é classificado de acordo com a quantidade e o acometimento, havendo, assim,
cinco graus visíveis da acne (PIMENTEL, 2008; MANFRINATO, 2009). O mais comum é a acne co-
medoniana, ou também conhecida como acne de grau I. Ela apresenta como manifestação a presença de
comedões abertos ou fechados (MACEDO, 2005).
Quando ocorre processo inflamatório, a acne deixa de ser grau I e passa a ser classificada como
grau II. O grau II da acne, também conhecido como acne pápulo-pustulosa, apresenta como manifesta-
ção a presença de comedões abertos e fechados, pápulas, pústulas, havendo variação na intensidade de
lesões (MACEDO, 2005).
Já o grau III, por sua vez, apresenta comedões abertos e fechados, pápulas, pústulas, e nele surgem
também nódulos e cistos. Esse grau também é conhecido como acne nódulo-cística (MACEDO, 2005).
No grau IV, ou acne conglobata, encontramos comedões, pápulas, pústulas, nódulos e cistos puru-
lentos. Nesse grau, o nível do processo inflamatório é elevado e, com isso, as chances de cicatrizes são
maiores (PIMENTEL, 2008; MANFRINATO, 2009).
E por último, há a acne de grau V ou acne fulminans. Ela é extremamente rara e surge repentina-
mente, acompanhada de quadro de febre, hemorragia, necrose, poliartralgia, leucocitose e eritema em
algumas lesões, que se dissipam pelo rosto, pescoço, tórax, colo e nádegas, provocando o aparecimento
de cicatrizes e marcas que afetam o físico e o psicológico do indivíduo (MACEDO, 2005).
Os tratamentos para a patologia denominada acne, de maneira geral, promovem medidas que
buscam controlar o quadro e também fazer assepsia. O uso de medicamentos, cirurgias e tratamentos
estéticos são algumas das opções encontradas na área da saúde (LIMA, 2006; MANFRINATO, 2009).
Dentro da estética, um dos principais procedimentos para o cuidado e tratamento do quadro acnei-
co é a higienização facial. A limpeza de pele profunda é de extrema importância, pois previne a prolife-
ração de bactérias, principalmente as lipídicas, auxiliando na manutenção das glândulas sebáceas. Tam-
bém promove o aumento da oxigenação, facilitando a transpiração e a lubrificação da pele, mantendo,
assim, as estruturas equilibradas (MAUAD, 2003).

Medicina e Saúde, Rio Claro, v. 1, n. 2, p. 19-29, jul./dez. 2018


27

Mauad (2003) afirma também que, para potencializar os resultados da higienização facial dentro
de estudos de casos com acne, a utilização de substâncias cosméticas é essencial, pois os resultados são
mais efetivos e prolongados.
Segundo a Dr.ª Monica Polenghi, da Itália, a acne pode ser desencadeada por estresse, personali-
dade, humor e ativação do eixo hipotálamo-hipófise suprarrenal (AZAMBUJA, 2005). Verificou-se que
é comum o aparecimento da acne durante um acontecimento estressante e, também, que há uma pre-
disposição no aparecimento em pessoas com traços de personalidade depressiva, agressiva, rancorosa e
irritada. Porém, é óbvio que não se estabelece uma exclusividade para tais fatores, sendo assim, outros
meios podem provocar seu aparecimento, como fatores alimentares, climáticos, enzimáticos e genéticos
(AZAMBUJA, 2005). O estresse, entretanto, é um dos elementos que podem, em certas circunstâncias,
tornar-se decisivo (AZAMBUJA, 2005).
Essa relação passou a ser mais clara com a pesquisa realizada em Berlim coordenada por Zouboulis
(2002), na qual os pesquisadores descobriram que as glândulas sebáceas da pele, as quais são unidades
anatômicas em que se desenvolvem a acne, possuem receptores para neuropeptídios e são acionadas por
um sistema similar ao eixo hipotalâmico-pituitária adrenal (HPA), envolvido com reações a situações de
estresse. O autor afirmou também que o estresse pode aumentar a produção de neuropeptídios na pele.
O hormônio liberador da corticotropina (CRH), um mediador que foi excretado pelo hipotálamo e acio-
nado especialmente nas respostas ao estresse, é biologicamente ativo nas células e induz ao aumento da
produção de sebo como uma forma de manter o equilíbrio interno, sendo essa a etapa introdutória para
formação da acne. O estudo mostrou ainda que, em situações difíceis, o efeito do hormônio CRH sobre
a pele também foi influenciado pela presença de outros hormônios que estão elevados nessas situações,
como androgênios e testosterona.
Segundo Zouboulis (2002), é difícil assegurar se o estresse causa a acne ou só agrava essa condi-
ção. A tensão psicológica pode reduzir a velocidade de cura da ferida em até 40%, o que pode ser um
fator que reduz a velocidade de reparação das lesões da acne. A tensão também induz à liberação de
substâncias neuroativas dentro da epiderme que podem ativar processos inflamatórios na pele (CHIU;
CHON; KIMBALL, 2003).
Essa descoberta esclarece a existência de uma razão fisiológica para que o estresse intensifique
a acne. Como em todos os processos psiconeuroimunológicos, o estímulo parte do nível mental, passa
pelo hipotálamo e segue pelos mensageiros químicos hormônio liberador da corticotrofina, hormônio
adrenocorticotrófico, adrenalina e cortisol (GARRETT; RODRIGUES; OLIVEIRA, 2009).

4.  CONSIDERAÇÕES FINAIS

A influência do estresse no aparecimento da acne ou como fator agravante desta tornou-se mais vi-
sível na atualidade, uma vez que acúmulo de obrigações, corridas incessantes pelo sucesso, consumismo
e exigências diárias tornam o indivíduo inserido na sociedade suscetível ao estresse, o que, consequen-
temente, aumenta a possibilidade de desenvolvimento do quadro acneico. Com base em estudos realiza-
dos a partir de revisões literárias, notou-se que o estresse é um dos fatores que influencia na formação da
acne por meio dos efeitos que proporciona ao organismo. Assim, a pele, como órgão visível, demonstra
as involuções que ocorrem dentro do corpo humano. É importante ressaltar a importância não apenas
física da patologia, mas também a importância do meio em que o paciente está inserido e a dos hábitos
adotados por ele, que agravam o processo acneico e acarretam involução no tratamento da acne, visto
que é primordial amenizar primeiramente o causador da disfunção para prosseguir com o tratamento.

REFERÊNCIAS

ÁBILA, C. M.; MARTINS, R. M. Tratamento da acne com ativos da Amazônia. Revista Personalité, São Paulo, v. 1, n. 61,
p. 10-20, jan. 2009.

AZAMBUJA, R. D. Acne e estresse. Rio de Janeiro, 2005. Disponível em: <http://www.dermatologia.net/cat-a-pele/acne-e-


estresse/>. Acesso em: 18 out. 2017.

Medicina e Saúde, Rio Claro, v. 1, n. 2, p. 19-29, jul./dez. 2018


28

______. Pele e psiquismo. Rio de Janeiro, 2002. Disponível em: <http://www.dermatologia.net/a-pele/pele-e-psiquismo/>.


Acesso em: 18 out. 2017.

BAUER, M. E. Estresse: como ele abala as defesas do corpo. Revista Ciência Hoje, Rio Grande do Sul, v. 30, n. 179, p. 20-
25, jan./fev. 2002.

BAYS, I. Correlação entre estresse e exacerbação da acne. 2004. 42f. Monografia (Especialização em Fisioterapia
Dermatofuncional) – Instituto Brasileiro de Therapia e Ensino, Curitiba. 2004.

CAMELO S. H. H.; ANGERAMI E. L. S. Sintomas de estresse nos trabalhadores atuantes em cinco núcleos de saúde da
família. Revista Latino-Americana Enfermagem, Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, p. 14-21, jan./fev. 2004.

CARVALHAL, C. R. Como lidar com o estresse em gerenciamento de projetos. Rio de Janeiro: Brasport, 2008.

CARVALHO, A. V.; SERAFIM, O. C. G. Administração de recursos humanos. 2. ed. São Paulo: Pioneira, 2002.

CERQUEIRA, A. M. M. Acne vulgar. In: ______. Dermatologia estética. São Paulo: Atheneu, 2004. p. 95-97.

CHIU, A.; CHON, S. Y.; KIMBALL, A.B. The responses of skin diseases to stress / Changes in the severity of acne vulgaris
as affected by examination stress. Revista Jama Dermatology, v. 139, n. 7, p. 897-900, jul. 2003.

COMIN, A. F. Relação entre carga glicêmica da dieta e acne. Scientia Medica, Porto Alegre, v. 21, p. 37-43, 2011.

COSTA, A. Fatores etiopatogênicos da acne vulgar. Revista Anais Brasileiros de Dermatologia, Rio de Janeiro, v. 83, n. 5,
p. 451-459, set./out. 2008.

DANGELLO, J. G.; FATTINI, C. A. Sistema tegumentar. In: ______. Anatomia humana sistêmica e tegumentar. 3. ed. São
Paulo: Atheneu, 2007. p. 215-216.

DURANTE, M. Como lidar com o estresse e a ansiedade no trabalho. Instituto de Pesquisa e Orientação da Mente (IPOM),
2013. Disponível em: <http://www.ipom-org.com.br/artPesquisa.php?lang=pt-br&id=5>. Acesso em: 18 out. 2017.

GARRETT, V. C.; RODRIGUES, M. L. F.; OLIVEIRA, S. P. Pele e estresse. 2009. 11f. Trabalho de Conclusão de Curso
(Graduação em Tecnologia em Estética e Imagem Pessoal) – Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba. 2009.

GIACHETTI, A. Acné: conceptos actuales. Revista Conexion Pediátrica, Buenos Aires, v. 1, n. 2, p. 1-6, mar. 2008.

GOBBO, P. C. D. Acne. In: ______. Estética facial essencial: orientações para o profissional de estética. São Paulo: Atheneu,
2010. p. 107-120.

______. Anatomia da pele. In: ______. Estética facial essencial: orientações para o profissional de estética. São Paulo:
Atheneu, 2010. p. 11 –12.

______. Embriologia e história da pele. In: ______. Estética facial essencial: orientações para o profissional de estética. São
Paulo: Atheneu, 2010. p. 1-2.

HARRIS, M. N. C. Pele: do nascimento à maturidade. São Paulo: Editora Senac, 2016.

HISADA, S. Fatores emocionais nas doenças de pele. In: ______. Conversando sobre psicossomática. Rio de Janeiro:
Revinter, 2003. p. 63-70.

HOUAISS, A.; VILLAR, M. S.; FRANCO, F. M. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. 6. ed. Rio de Janeiro: Objetiva,
2001.

KEDE, M. P. V.; SABATOVICH, O. Acne. In: ______. Dermatologia estética. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2015. p. 177-206.

LIMA, L. A. Acne na mulher adulta e tratamento. Revista Médica da Santa Casa de Maceió, Maceió, v. 1, n. 1, p. 26-29,
jan. 2006.

LIPP, M. E. N. Manual do inventário de sintomas de stress para adultos de Lipp. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000.

LUDWIG, et al. Psicodermatologia e as intervenções do psicólogo da saúde. Mudanças – Psicologia da Saúde, p. 38-42,
jan./jun. 2008.

MACEDO, O. R. A construção da beleza. São Paulo: Globo, 2005.

MANFRINATO, G. L. Acupuntura estética no tratamento da acne (estudo de caso). 2009. 58f. Monografia (Especialização
em Acupuntura) – Instituto Brasileiro de Therapias e Ensino, Maringá. 2009.

Medicina e Saúde, Rio Claro, v. 1, n. 2, p. 19-29, jul./dez. 2018


29

MARINS, L. A. Livre-se dos “Corvos”. São Paulo: Harbra, 2003.

MAUAD, R. Estética e cirurgia plástica. São Paulo: Editora Senac, 2003.

ONGENAE, K. et al. Psychosocial effects of vitiligo. Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology,
p. 1-8, jan. 2006.

PANCONESI, E. Psychosomatic dermatology: past and future. Journal of Dermatology, p. 732-734, out. 2000.

PAGANI, B. B. COSTA, L. V. M. Higienização de pele com extração através de sucção: uma demonstração da técnica e
resultados. 23f. Monografia (Graduação de Cosmetologia e Estética) Univali, Santa Catarina, 2010.

PIMENTEL, A. S. Peeling, máscara e acne: seus tipos e passo a passo do tratamento estético. São Paulo: Livraria Medica
Paulista Editora, 2008.

ROCHA, E. L; GLIMA, D.M.R. Distúrbios Psíquicos Relacionados ao Trabalho. In: JÚNIOR, M.F. Saúde no Trabalho.
Temas básicos para o profissional que cuida da saúde dos trabalhadores. São Paulo: Editora Roca Ltda, 2000. p.320-348.

SILVA, J. F. C. Estresse ocupacional e suas principais causas e consequências. 2010. 44f. Monografia (Especialização em
Gestão Empresarial) – Instituto a Vez do Mestre, Universidade Cândido Mendes, Rio de Janeiro. 2010.

SILVA, R. C. Metodologias participativas para trabalhos de promoção de saúde e cidadania. São Paulo: Vetor, 2002.

VAZ, A. L. Acne vulgar: base para seus tratamentos. Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Lisboa, v. 19, n. 6,
p. 561-570, 2003.

ZOUBOULIS, C. C. Pathogenesis and treatment of acne and rosacea. London: Springer, 2002.

______. Regulação neuroendócrina dos sebócitos: uma ligação patogenética entre o estresse e a acne. Experimental
Dermatology, p. 31-34, out. 2005.

Medicina e Saúde, Rio Claro, v. 1, n. 2, p. 19-29, jul./dez. 2018

Você também pode gostar