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01/07/22, 12:23 Cláusulas abusivas de contrato. Como identificar e o que fazer?

- Especialista em Aposentadoria - Jácome Advocacia

Lembre-se, embora o Código expresse diversas circunstâncias, o rol possui


caráter meramente exemplificativo, já que no ‘caput’ da norma verifica-se o
termo ‘entre outras’, indicativo de que se trata de listagem aberta, não
exaustiva, podendo o juiz, diante das circunstâncias do caso concreto, entender
ser abusiva e, portanto, nula determinada cláusula contratual.

Como requerer a nulidade das cláusulas e o que o individuo lesado poderá


fazer?

O Código de Defesa do Consumidor, instituído por meio da Lei n. 8.078/1990,


tem por premissa fundamental proteger o consumidor. Portanto, o
consumidor que se deparar com uma cláusula abusiva poderá recorrer à Justiça
para pleitear sua nulidade, e, consequentemente, livrar-se da obrigação nela
prevista.

Isto porque o consumidor, de modo geral, é parte hipossuficiente nas relações


de consumo e, muitas vezes, acabam tornando-se refém dos contratos
unilateralmente confeccionados e impostos pelos fornecedores. Assim, o Código
de Defesa do Consumidor visa proteger a parte mais fraca da relação
contratual, assegurando-a contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no
fornecimento de produtos e serviços.

Quais são as penalidades e sanções das cláusulas abusivas?

O Código é bastante claro ao definir as sanções das cláusulas abusivas: nulidade


de pleno direito – ou nulidade absoluta, na terminologia do Código Civil. O que
significa negar qualquer efeito jurídico à disposição contratual.
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Sendo assim, tendo em vista que a sanção imposta à cláusula abusiva é a


nulidade absoluta, não há cláusula abusiva que se possa validar, tendo o
consumidor proteção e amparo legal para combatê-las.

Portanto, supondo que o consumidor tenha aderido a um contrato com


cláusulas evidentemente abusivas, mesmo que  ciente da existência das
referidas, essas não produzirão efeitos em relação ao mesmo, uma vez que
nulas de pleno direito.

Conforme é assegurado por lei, na verificação de cláusula abusiva, é facultado a


qualquer consumidor ou entidade que o represente requerer ao Ministério
Público que ajuíze a competente ação para ser declarada a nulidade de cláusula.

Contudo,  a verificação e reconhecimento da abusividade de qualquer


cláusula presente em um contrato não invalida ou anula o instrumento.
Assim, somente a cláusula abusiva é nula, permanecendo válidas as demais
cláusulas contratuais.

Portanto,  a nulidade está resguardada, tão somente, a cláusula


manifestamente abusiva. Isto porque o reconhecimento de possíveis
abusividades não visa a rescisão contratual, mas garantir aos contratantes o
justo equilíbrio de direitos e obrigações.  A sanção, portanto, é negar efeito
unicamente para a cláusula abusiva, preservando-se, em princípio, o contrato,
salvo se a ausência da cláusula desestruturar a relação contratual, gerando
ônus excessivo a qualquer das partes.

Ficou alguma dúvida? Este é o seu caso? Conte para nós!


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