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Enterobacteriaceae Iris Gomes T29

● Enterobactérias
- Ubiquitários: Solo, água, vegetação, comensais ( animais e humanos) → Infecções oportunistas
- Sempre associados a doença: Salmonella sorotipo Typhi ( febre entérica) e Yersinia pestis (peste)
- Doenças: ITU; Bacteremia e Infecções intestinais
● Enterobacteriaceae
-Bacilos Gram-negativos
-Não formar esporos
-Maioria – é móvel (exceção: Klebisiella, Shigela e Yersinia)
Flagelos (peritríquios – muitos e ao longo da bactéria
-Muitas possuem fímbrias → comum ( aderência) e sexuais
-Compartilham antígeno comum de enterobactérias (estrutura do LPS)
-Mucóide com CÁPSULA (algumas cepas) -Klebsiella
-Outras cepas – camada limosa
-Anaeróbios facultativos
-Crescem em meios seletivos ( ágar MacConkey) e não seletivos ( ágar-sangue)
-Fermentação de lactose ( lactose + ou lactose - )
-Catalase positiva
-Oxidase-negativo
-Resistência aos sais biliares [distingue → Patógenos entéricos(Shigella/Salmonella) de
microrganismos comensais ( Gram + e – do TGI)]
-Fermentação da Lactose: Diferenciar membros comuns da família Enterobacteriaceae
-Meio seletivo diferencial: MacConkey
-Salmonella e Shigella ( lactose - ) → Colonias incolores
-Escherichia e Klebsiella ( lactose +) → Rosa arroxeadas
+ Principal antígeno da parede celular
Lipopolissacarídeo(LPS): Polissacarídeo O somático; Polissacrídeo Central ( comum de
enterobactéria) e Lipídio A
Polissacarídeo O somático → classificação epidemiológica das cepas dentro da espécie
Polissacarídeo central (comum pra todas as enterobactérias) → classificação como
Enterobacteriaceae
Lipídio A → Atividade endotóxica
+ Classificação Epidemiológica (sorológica)
Baseia-se em 3 grupos de antígenos
Polissacarídeo O somático ( + 150 tipos)
Antígeno capsular K ou Vi ( +100 tipos)
Proteínas flagelares H (+50 tipos)
Ex: E.coli O157:H7 → Colite Hemorrágica
✔ Patogênese e Imunidade
Fatores de virulência comuns associados a Enterobacteriacea:
Endotoxina( ativ. do complemento, liberação de citocinas choque e morte);
Cápsula (proteger da fagocitose);
Variação de fase antigênica(mecanismo de defesa → expressão de antígenos O, K e H);
Sistemas secretórios tipo III(capacidade de injeção dentro da célula hospedeira);
Sequestro de fatores de crescimento (ex: ferro da hemoglobina );
Resistência aos efeitos bacterianos do soro (cápsula, inativação de elementos do complemento);
Resistência aos antimicrobianos
✔ Enterobacteriacea comuns de Importância Médica
 Escherichia coli
Associada a gastroenterite e infecções extraintestinais (ITU, meningites e sepses)
E. coli O157 →causa colite hemorrágica e síndrome hemolítico-urêmica
✔ Patogênese e Imunidade
Organizada em 2 categorias
Existem E.colis diferente que têm adesinas e endotoxinas diferentes que vão causar doenças
diferentes
 Escherichia coli que causam gastroenterite: E.coli enterotoxigênica; E.coli enteropatogênica;
E.coli enteroagregativa; E.coli produtora de toxina Shiga e E.coli enteroinvasiva
➢ E. coli enterotoxigênica (ETEC)
Local de ação: Intestino delgado
Doença: Diarreia dos viajantes
Forma de contaminação: consumo de alimentos ou água contaminada com fezes
Período da doença: Incubação (1-2 dias) e persiste de 3-5 dias
Sintomas: Diarreia aquosa, sem sangue, cólicas abdominais, (náuseas e vômitos – menos comum)
✔ Patogênese e Virulência
Produção das enterotoxinas termolábil (LT-1) e toxina termoestável (Sta)
A LT-1 é formada por uma A e cinco B e vai reconhecer a membrana do enterócito, a toxina vai ser
englobada e levada pra dentro da célula. Chegando na célula a subunidade A vai ser liberada e vai
agir na proteína G (transmembrana) que vai ativar a adenilato ciclase que converte ATP em AMPc,
esse aumento de AMPc que leva a um desequilibrio osmótico levando a aum quadro de diarreia
aquosa.
A toxina termoestável(STa) se liga no receptor(guanilil clicase) quando esse ligação acontece um
sinal clínicl pra converter GTP em GMPc que gera uma hipersecreção de fluidos e inibição da
absorção de fluidos gerando um acúmulo de líquido na luz intestinal, também gerando um quadro
de diarreia aquosa.
➢ E. coli enteropatogênica (EPEC)
Local de ação: Intestino Delgado
Doença: diarreia infantil ( > 2 anos)
Forma de contaminação: exposição fecal-oral de superfícies contaminadas ou produtos alimentares
Período da doença:
Início(rápido)- resolução (alguns dias)
Diarreia persistente – hospitalização (alguns casos)
Sintomas: Diarreia aquosa (grave e prolongada)- com febre e vômitos (o que difere da outra
provocada pela enterotoxigênica)
✔ Patogênese
Pili(PFF – pili formadores de feixes) presentes na parede que ajudam ela a se agregar na célula
formando colônias. A agregação dessas bactérias leva a destruição das microvilosidades intestinais.
Usa o sistema de secreção tipo III pra transportar um receptor (Tir- receptor de translocação da
intimina) dela que vai ser integrada na célula hospedeira, em sua membrana plasmática. Esse
receptor vai servir pra se ligar a INTIMINA, proteína da parede celular da bactéria, quando ocorre
essa ligação vai ocorrer a polimerização da actina( actina se aproxima do receptor), o acúmulo de
elementos do citoesqueleto sob a abctperia, perda da integridade da superfície gerando morte celular
➢ E. coli enteroagregativas (EAECs)
Local de ação: Intestino delgado
Doença: Crianças (diarreia infantil), viajantes, HIV +
Forma de contaminação: alimentos e água contaminadas
Associados – a diarreia crônica e atraso do cresciemnto em crianças
Sintomas: Diarreia secretora aquosa; com células inflamatórias, com febres, nauseas, vomitos e dor
abdominal
✔ Patogênese
Conjunto de cepas – autoaglutinação em um arranj de tijolos empilhados sobre o epitélio do ID
as fimbrias de adrenecia agregaivas é o princiapl de fator de virulenca, ou seja, as ADESINAS
Encurtamento das microvilosidades
Liberaçãos de citocinas
Hemorragia
Diminuiçãp da absorção de fluidos
➢ E. coli produtora de toxina Shiga (STEC)
Local de ação: Intestino grosso
Forma de contaminação: Carne moída mal cozida, água, leite não pasteurizada, suco de frutas,
vegetais mal cozidos e frutas
Transmissão: pessoa-pessoa
Doença: Diarreia branda → Colite hemorrágica (dor abdominal, diarreia com sangue e vômitos.
Pacientes não tratados → desaparecimento dos sintomas (4-10 dias)
Síndrome hemolítica urêmica (SHU): Falência renal aguda; Trombocitopenia; Anemia hemolítica.
Ocorre → 5-10% de crianças < 10 anos infectadas por STEC
óbito (3-5%)
✔ Patogênese
Produção da toxina Shiga (Stx1, Stx2)
A toxina shiga é produzida e se liga aos entocitos ou as celulas endoteliais renais e vai atuar
inibindo a síntese proteica, liberando a subunidade A que vai ser quebrada e liberara a A1 que vai se
ligar ao RNAr 28 S, bloqueando a síntese de proteína, a célula que foi infectada vai sofrer morte
celular.
No rim: Associado a produção de Stx2( capaz de produzir a sindrome hemolitica uremica no rim)
Destroi celulas endoteliais dos glomerulos → Ativação de plaquetas e deposiçãod e trombina →
diminuição da filtração glomerular e falha renal aguda
Stx1 → Infecção intestinal
Stx2 → Infecção intestinal e renal
➢ E. coli Enteroinvasora (EIEC)
Local de ação: Intestino grosso
Doença: Crianças (países em desenvolvimento) e viajamtes
Sintomas: Diarreia aquosa, febre, cólicas. Pode progredir para disenteria com fezes sanguinolentas
Formas de contaminação: Alimentos contaminados
Patogênese
produção de Antigeno de plasmideo invaiso( Ipa) pra se ADERIR e invadir a células
 Escherichia coli que causam infecções extraintestinais
✗ ITU
Adesinas- (pili P, AAF/ I, AAF/ III e Dr) → Células – bexiga e trato urinário superior → IMPEDE a
eliminação da bactéria pela micção
Hemolisina HlyA → Lisa eritrócitos e outras células → Liberação de citocinas (resp. inflamatória)
✗ Meningite Neonatal
Cepas de E. coli – antígeno capsular K1
✗ Septicemia
Origem → Infecções do TU e TGI
Mortalidade alta → Imunossuprimidos ou infecção primária (abdome ou SNC)
 Salmonella
Maioria das cepas – pertencem a espécie Salmonella entérica → 2500 sorotipos
Sorotipos associados a doenças humanas: Salmonella Typhi; Salmonella Paratyphi e Salmonella
Choleraesuis
✔ Epidemiologia
Coloniza: Aves, roedores, répteis, gado, animais domésticos, passaros e humanos
Contaminação: ingestão de produtos alimentares contaminados, transmissão orofecal (crianças)
Fontes de infecção humana: Aves domésticas, ovos, laticínios e alimentos preparados em superfícies
contaminadas
Salmonella Typhi – não há reservatório animal (só infecta reservatório humano)
Salmonella Choleraesuis – adaptado a animais – causam doenças em humanos
✔ Patogênese e Imunidade
a salmonella penetra nos enterócitos e infecta as celulas M de placa de Peyer ou enteroctos. Quando
ela chega, ela pode se replicar DENTRO do fagossomo, não precisando romper. Deixar o
fagossomo q cai na corrente sanguínea podendo ir pro figado, baço etc. Quando acontece essa
infecção, a resp. infalamotria impede que a bactreia se dissemine pra outros locais, ficando no TGI e
a liberação de prosta, esyinkla ae ava secreça de fluidos que ocasiona na DIARREIA AQUOSA
OBS: a partir da infecção dos macrofagos elas podem ir pra outros órgãos
✔ Doenças Clínicas
Salmonelose
Apresentação inivial: Nauseas, vomitos, diarreia sem sangue, febre, colica abdominal, mialghia e or
de cabela
Sintomas: Surgem 6-48h após a contaminação
Duração: ….
Septicemia
Após infecção oral → Corrente sanguíneas
Pacientes de risco: Pediátricos, geriátricos e imunocomprometidos
Apresentação clínica: Parecida com outras ( bacterias gram -)
Infecções supurativas: Osteomielite, endocardite, e artrite (10% dos pacienets)
Febre Entérica ( febre tifóide)
Causa: Salmonella Typhi
Atravessam a celula que reveste o intestjno
Engolfada pelo macrófago…
…..
Sintomas: 10-14 dias após a ingestão das bacteérias: Febre crescente; Dores de cabeça; Mialgia;
Mal-estar; Anorexia e Sintomas GI → Colonização da vesículas biliar e reinfecção dos intestinos
 Shigella sonnei
Epidemiologia
Único reservatório → seres humanos
Shigelose → doença pediátrica
Surtos → creches e instituições de custódia
Transmissão: pessoa-pessoa (via orofecal)
100-200 bacterias podem causar a doença
Patogenese e Imunidade
Invadem/Multiplicam nas clelulas que rebestem o colon ( células M-placa de Peyer)
Patogenese: Adesão pelas proteinas de adesão e invasão(IpaA, B, C eD) injetada pelso sistema
secretprio tipo III
Lisa o vacúolo do gagótvito
Multiplica no citoplasma da célula hospedeira
Rearranjo dos filaamenro de actina- Passagem da Shigella de uma célula para outros
Produção de Il-1beta- atração d eleucócitos
Desestabilização da integridade da parede intestinal- bactéria alcança celulas epitelia + profundas
+ Shigella dysenteriae
Produção da exotoxina (Toxina Shiga)
Cliva – RNAr 28S( ribossomo) → impedindo a ligação …

✔ Doenças Clínicas
Shigelose
infecta – ID
Multiplica- primeiras 12h…
✔ Diagnóstico Laboratorial
Cultura: Meios não seletivos (ágar-sangue) – Espécimes de material estéril(LCR)
Meios seletivos( Ágar-MacConkey) – Espécimes de material contaminado (escarro e fezes)
MacConkey
Salmonella e Shigella (Lactose -) → Colonias incolores
Escherichia e Klebsiella (Lactose +) → rosa arroxeadas
Cultura em meio ágar MacConkey sorbitol
Diagbóstico → gastroenterite causada por E. coli produtora Shiga (STEC) e por outras cepas de E.
coli
STEC (O157:H7) → não fermentam sorbitol → colônias incolores
Outras cepas de E. coli → fermentam sorbitol → colônias rosa
Teste Preferencial
Imunoensaio (Toxina Shiga)
Moleculares (Genes da toxina Stx1 e 2)
-Identificação Bioquímica
Sequenciamento dos genes espécie-espécificos – gene RNAr 16S
Detecção de perfis de proteínas caracterpisticos
-Classificação Sorológica
Cepas patogênicas sorotipo-específicas (Ex: E. coli O157)
✔ Tratamento, Prevenção e Controle
Antibioticoterapia – não recomenda para algumas infecções
Gastroenterite STEC e Salmonella → Alívio sintomático ( antibióticos – aumentam risco de
complicações secundárias (SHU)
Infecçõs por Salmonella Typhi → Antibioticoterapia (s/ suspeota de infalamação renal)
-Prevenção da infecções
Difícil- bactéria (população da microbiota endógena)
Fatores de risco que deve ser evitados: Uso irrestrito de antibióticos; Trauma das barreiras mucosas
e Uso de cateteres urinários
Infecções exógenas- fáceis de controlar
Fontes de infecção bem definida
Salmonella → alimentos contaminados
Shigella → orofecal (mãos contaminadas)
Suros – evitados e controlados
Lavagem das mãos
Eliminação de fraldas e roupas sujas

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