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MEDICINA VETERINÁRIA
INTRODUÇÃO
Colibacilose: doença que ocorre em todas as
espécies animais, inclusive seres humanos
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ANTÍGENOS DE SUPERFÍCIE ANTÍGENOS DE SUPERFÍCIE
Classificação de antígenos baseada em:
• biotipagem
• testes de fatores de virulência
• sorotipagem dos antígenos O, K e H.
São reconhecidos:
– 173 antígenos O
– 100 antígenos K
ANTÍGENOS
– 57 antígenos H (cepas NM - não móveis)
somáticos O (lipopolissacárides)
capsulares K (carboidratos)
combinação de antígenos = possibilidade de sorotipos flagelares H (proteínas)
fimbriais F (proteínas)
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ENTEROTOXINAS ENTEROTOXINAS
TERMOLÁBIL (LT) TERMOESTÁVEL (ST)
Proteína imunogênica muito semelhante à Pequena molécula não imunogênica, altera o
enterotoxina da cólera metabolismo celular
CITOTOXINAS CITOTOXINAS
VEROTOXINAS (VT) ou TOXINAS SHIGA-LIKE (SLT) VEROTOXINAS (VT) ou TOXINAS SHIGA-LIKE (SLT)
efeito citotóxico irreversível para as células Vero associada a três síndromes:
semelhante às toxinas de Shigella na estrutura e modo diarréia
de ação colite hemorrágica (animais com 3 semanas de idade)
síndrome uréica-hemolítica (caracterizada por falha renal
letais para camundongos
aguda e anemia hemolítica)
penetram nas células por endocitose
VT1: pode ser neutralizado por anticorpos anti-toxina
atuam nos ribossomos, causando danos celulares: Shiga
resulta em lesões no trato intestinal e endotélio
VT2: semelhante biologicamente à VT1, mas não é
vascular
neutralizada por anticorpos anti-VT1 e anti-toxina
causa vasculite: eventualmente leva à necrose e Shiga
hemorragia
VTe: anteriormente denominada EDP (Edema Disease
Principle ou Toxina da Doença do Edema)
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CITOTOXINAS LIPOPOLISSACARÍDEOS - LPS
HEMOLISINAS endotoxina - presente na parede celular
lisam hemácias para a obtenção de ferro, utilizado no parte do antígeno O
metabolismo bacteriano
efeitos endotóxicos são determinados por seu
componente lipídico
FATOR NECROSANTE CITOTÓXICO (CNF)
CNF1 e CNF2: habilidade de alterar a função de altas concentrações de LPS são observadas na
proteínas celulares corrente circulatória onde a endotoxina exerce
CNF1 codificada pelo DNA cromossomal seus efeitos
CNF2 codificada por plasmídio descolamento das células epiteliais da membrana basal
associadas a enterite infantil no homem, enterite dos infiltrado de células inflamatórias
leitões e dos bezerros
congestão vascular
aumento da permeabilidade vascular
EPIDEMIOLOGIA EPIDEMIOLOGIA
Hospedeiros: todas as espécies animais Fonte de infecção: portadores e doentes
Fatores predisponentes: Via de eliminação: fezes, leite e urina
idade dos animais (principalmente os mais jovens) Via de transmissão: alimentos (pastagem) e fômites
falhas de higiene: contaminados com fezes e leite de vacas com mastite
saneamento precário das instalações e do meio ambiente por E. coli
manejo intensivo e deficiente recolhimento de dejetos; Porta de entrada: mucosa do aparelho digestivo e,
manutenção de animais infectados na propriedade eventualmente, nasal
principalmente portadores (adultos) Suscetíveis: animais jovens, principalmente os
introdução de animais oriundos de propriedades com recém-nascidos até 4 dias de vida, animais mal
colibacilose endêmica nutridos e animais submetidos a estresse
esquema deficiente de imunização passiva ou ativa
Comunicante: animais recém-adquiridos de
aglomeração propriedades que tiveram ocorrência de E. coli
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PATOGENIA PATOGENIA
Equilíbrio da microbiota: Equilíbrio intestinal é mantido por vários fatores:
ao nascer o trato intestinal é estéril pH baixo
rapidamente colonizado por coliformes, lactobacilos e ácido secretado no estômago
anaeróbios obrigatórios espécies de Lactobacillus, anaeróbias facultativas, Gram(+)
E. coli coloniza o intestino: ingestão de imunoglobulinas e outros fatores de
pouca quantidade no intestino delgado proteção do colostro e leite
grande quantidade no intestino grosso
estabelecimento dos lactobacilos como microrganismos
a localização no trato intestinal e a relação da idade do
dominantes no estômago e intestino delgado
hospedeiro com diferentes cepas, parecem estar
relacionados com a presença ou ausência de receptores para bactérias anaeróbias que são as mais prevalentes no
fímbrias específicas nas células epiteliais íleo e cólon
PATOGENIA PATOGENIA
A doença acontece quando ocorre um desequilíbrio da
Oito mecanismos distintos:
microbiota, permitindo a proliferação e predominância de
uma espécie bacteriana em relação às demais enterotoxigênico (ETEC)
Desequilíbrio da microbiota intestinal: enteropatogênico (EPEC)
erros alimentares
indiscriminado de antibióticos entero-hemorrágico (EHEC)
Estresse e higiene deficiente: predispõem à infecção entero-invasivo (EIEC)
clínica
entero-agregativo (EAEC)
Septicemia por E.coli: ocorre do 1º ao 14º dia de idade.
Porta de entrada geralmente é a cavidade oral, mas pode uropatogênico (UPEC)
ser umbigo, mucosa nasal ou orofaringe aderência difusa (DAEC)
septicêmico (SEPEC)
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Infecção por E. coli enterotoxigênica
(ETEC)
Aderem fracamente à membrana
dos enterócitos através das fímbrias
Acidose
Morte Desidratação
metabólica
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Infecção por E. coli enteropatogênica Infecção por E. coli enteropatogênica
(EPEC) (EPEC)
Embora todo trato intestinal possa ser acometido, o cólon Associada à falta de higiene e saneamento básico
é o local mais comumente afetado
Crianças de baixo nível sócio-econômico estão
Lesões similares ocorrem em suínos, cordeiros e cães frequentemente expostas à EPEC e geralmente adquirem
imunidade após o primeiro ano de vida
EPEC ocorre em bezerros de 2 dias a 4 meses de idade e
determinam deficiência na absorção e digestão, perda de
proteína
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Escherichia coli O157:H7 Escherichia coli O157:H7
diarreia sanguinolenta e ocasionalmente falha renal Prevenção da infecção:
em seres humanos cozinhar convenientemente carnes
evitar a ingestão de leite não pasteurizado
via de transmissão fecal-oral lavar bem as mãos antes da preparação de
alimentos ou da sua ingestão
contato pessoa-a-pessoa ou pela ingestão de adoção de medidas preventivas durante o abate de
alimentos animais processamento de produtos cárneos
frutas e vegetais devem ser, sempre, bem lavados
alimentos associados à infecção por E. coli O157:H7: produtores de vegetais devem, também adotar
carne bovina mal cozida medidas preventivas durante o crescimento,
vegetais crus
colheita e processamento das verduras
leite contaminado
água contaminada
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Infecção por E. coli septicêmica
PATOGENIA
(SEPEC)
Cepas que causam colisepticemia geralmente são invasivas Outras enfermidades:
A patogênese exata da colisepticemia ainda não foi
Infecções da glândula mamária
adequadamente elucidada, mas acredita-se que a endotoxina
mastites em todas as fêmeas mamíferas
desempenha um papel importante na ocorrência do choque
em suínos é responsável pela síndrome metrite - mastite –
agalaxia
A permeabilidade intestinal aumentada para macromoléculas
no recém-nascido pode predispor à invasão dos tecidos por
Pneumonia
cepas indutoras de septicemia
Feridas
Animais que sobrevivem à colisepticemia podem desenvolver
meningite fibrinopurulenta ou artrite
Abortamentos
DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
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PROFILAXIA PROFILAXIA
PROFILAXIA REFERÊNCIAS
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