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Estado que poe os seus órgãos jurisdi.cio nais à disposição dos cidad;ãos (att. 4,o) e a hornologação judiciai da media,ção
para extrajudicial ou pfé-
aprovar, homoiogar, documentar ou comunicar atos da vida privada, (art. 20, parágrafo único). E na lei de inclusão da
meio de um sujeito independente e imparcial in teresses privados, pessoa com deficiência
ß.L16/?ßL5) o procedimenro sobrea denominada tomada de decisão apoiada,
te da existência de liugio. no a¡r. 116.
Nesre capítulo do Código estão previstos alguns plocedimentos (arb.
7I
Fora desse ca,prtulo encontram_se a justificaçäo (art. 38 1, 5."), h' cPc/1973 cPc/201 5
S o arro lamento
659 a 667) e a homologação do penhor legal (arts. 703 a7A6),aos quais 1.104.ç procedimento terá início por Art.72O. O procedimento terá início por
se aplicamas regras dos arts. 7L9 a7Z4 no que for cabÍvei- do interesiado ou do Minis- provocação do interessado; do Minis_
Desaparecem no ûovo Código alguns procedimentos de jurisdição Público, cabendo-Ìhes formular o tério Fúblico ou da Defensoria pública,
expressamente regulados no Código de Processo Civil de em requerirnento dirígido ao juiz, cabendo-lhes formular o pedido devi-
T973,a saber: a instrufdo com os documen-
nome do nascituro e a especialização da hipoteca legal. O primeir.o damente instruído com os documentos
fornou-se necessários e com á indicação da pro- necessários e com a indicação óa provÈ
tamente desnecessário em face da facilidade de acesso extrajudicial
a exames de judicia{. dêncía judicial.
ratório para a comprovaçào de gravidez. euanto ao acesso a essa pro'r'a
por
suposto pai., em face da negadva da mãe, fogeao âmbito da jurisdiçäo Este arrigo corresponde ao an. l. 104 do Cp ALg73 guardando a mesma
vo luntária , redação,
destinar a produzir p:rova em processo contencioso. Caso não exista acréscimo äpenas da Defensoria pública. lmponante ressaltar a adoção do prm-
a
lirigio fururo, estará suJeiro à justificação previsra no å 5.o do art. da inércia, segundo o qual os procedimentos de jurisdição voluntária, "salvo
æl previs tas em lei''.(art. 2. "), se instauram por iniciativa de um dos
as
Quanto à especializaçào da hipoteca legal, o Código Cir¡il de 2002 a legitimados
em várÍos casos (v art. Z.04O). Nos casos remanescenres (arrs. mencionados. Vedada está, portanto, como regra, a sua instauração pelo próprio
1.489 aL.49L o que éfundamental como garantia da imparcialidade do juü e do respeito à
titui verdadeira caução, como garantia de ressarcimento de dano futuro,
a ser das relaçoes privadas. Casos d.e jurisdtção volunrária promovida
dida no âmbito da rutela de urgência (ans.297 e 300, g l.') de ofÍcio,
se encontram nas alienaÇões judiciais (art. 730), na arrecadação
A todos os procedimentos de jurisdiçâo voluntária instituÍdos em da he,
outras jaceme (art. 738), de be.ns de ausentes (art.744) e
também se aplicam as disposiçÕes d.a presente Seçâo, se não contir,reremregras de coisas (art".746),
vagas
como na nomeação de curador provisório de pessoa com deficiência (Lei
a saber, sem pretender ser exaus tivo: à opÇâo de
nacionalidade (Cf; art. 1 09 46/2Ð,L5, art. 87)
nomeação de adr¡inisnador provisório de pessoa juridica (CC,art.49)
,à Como consequência da inércia, o dispositivo incumbe aos iegitimados
de gerente de empresa de titular incapaz pelo seu representante arivos a
ou assistenæ do pedido, o que sugere igualmente, com a ressalva das hipóteses
art.975), ao suprimento de consentimento d.os pais para casamento de ex-
de jnrisdlção ex oJficio, a adoção do princfpio da adstrição,
1 5i9), à aprovaçào de casamento
nuncuparivo (CC, art. I.54t) e à guarda de
que limita o
da jurisdiçâo ao pediclo e aos fundamentos propostos peio
requerida consensualmente pelos pais (CC, arr. 1.584, I) autor ou reque-
embora a quesião seja controvertida na doutrina. Sem
Em algumas leis especiais existem ouros casos. Assirn, porexemplo, duvida, h¿ disposiçoes
na de proteçäo a pessoas vulneráveis que conferem
ao juiz o poder de adotar a
Registros Publicos (Lei 6.015/1973): o registro de filho de brasilelro
mais adequada à efetivação dessa proteçâo . Veja-se, por exemplo,
Exterior (art.32, $ 2..), u retificaçâo, resauraÇão ou suprimento o an_
do Registro da Lei 8.069/1990 (Estaturo da Criança
e doAdo lescente). Como na fungibilida-
(arts. 109 e 110), a dúvida de registro de nascimento
fora do prazo legal Qrt execução (art.805) ou da tureia de urgência (arts.Z9T
e30I), parece-me que,
2.o),aakeração de nome (art. 57) , o registro de casanaento em casos, o que idendfica a demanda não é o pedido
irninente risco imediaro, a providência ju-
(art. 7 6), a justilicaçâo para assento de
óbito de pessoa desaparecida em mas o pedido mediaro, a proteção pelo meio mais adequado
inundaÇão, incêndio ou carásrrofe (art. gg) e a dúvida no e eficaz da
Registro de Imóveis da educação ou do bem-estar do assistido. Não se
trata, pois, de exceção à
L98-204). No Estaruto da Criança e do Adolescenre (Lei pois, de qualquer modo, a iniciariva coube ao interessado e
8.069/1990): a é a própria
em famÍlia substirura (arts. 2g e 165), os pedidos de adoçâo (art. lei
148-l1I e nesses casos, conJere ao juiz o poder
de a eLa dar resposta pelo meio que mais se
L97-E), os pedidos de guarda e tuteia, suprimento de capacidade à tutela do direiro material.
para o câsamento, designaçâo de curador especial,
cancelamento, retilicaÇ'.o Não se podeextrair d.esse dispositívo â ourorga de legítimidade aos sujeitos
primento dos registros de nascimento e óbiro (art. 148, parágrafo ou
único,a,c, nele mencionados para instaurar qualquer
procedimento de jurisdição volun-
o deferimenro de guarda provisória e de estágio
de convivência (art. 167) No caso dos ínteressødos, a legitimidade
na Lei s<¡bre mediação (Lei 13.140/201 5), se enconrram pode decorrer da titularidade da relaÇão
a desþação de a que corresponde a providênciajurisdicional
pleiteada ou da expressa pre-
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BREVEs AO NOVO CÓDfGO DE PROCESSO CIVIL
'OMENTÁRfOS LEONARDO GRFCO
diversos, desde que adotado pala todos o procedimento conrrunt, "sem de lirigio, t&n os req.ueridos o direiro de fornrular
todas as espécies d.e
emprego das técnicas processuais difer.enciadas previsas nos procedimentos ou de defesas, o que decorre das gamntiâs consLitucionais
inscritas no- inc.
a que se sujeitaJrx um ou mais pedidos curnulados, que não forem mcompatÍveis art. 5." da CF
as disposiçoes sobre o procedirnento comum".
Assírn, podern os. requeridos aduzir todos os fundamentos de u¡na verdadeira
Também a indicação do valor da causa deve ser observada na petiçâo (ær¡s. 33 5-336), propor exceções processuais
e substanciais, impugnar
procedimento, embora, na maioria dos casos, por não influir no procedimento odireito alegados pelo requerente , propor e produzir provas e
até formular
na competencia absoluta do juÍzo, nem na alçada recursal, trate-se de reconvencional (art. 343) .
ramente útil do ato processual, cuja inobservância resuitará em mera 'Em algtms procedimentos de jurisdiçâo volunniria,
não é previsto ou é vedado
sem consequêncías sobre a validade do processo. de rnanifesmção por parte do requerido. É o que
acontece nas notifì-
Quanto competência, aplicam-se as regras da parte geral do Código. Se
à e interpelaçoe s (aús. 7 28-729) e nasjustificaçoes (ans. 38 r., g
5.o ,e382,94.'),
regra específica de competência territorial, como ocome na arrecadação de conseq¡r;ência da reduzida cognição judicial que os caracteríza.
São procedi-
ausente (art. 49), será ela observada. em que a arividade judicial
restriage à documentação ou comunicaçâo de
se
ll de vontade ou de ciência, sem qualquer pronunciamento
cPcl1973 cPc/201s conclusivo
a existênsia dos faros ou dos dineitos em que se
baseiam. A doutrina ter¡ admi_
Art 1.105. Serão citados, sob pena de nu- Art,721. Seråo citados todos os interç quemesmonesses procedimentos, os interessados
possam impugnar
lidade, todos os interessados, bem como o sados, bem como intirnado o Ministéd admissibilidade.
Ministério Público. Público, nos casos do art. 178, para *
comentado não reproduz a cláusula ',sob pena
O artígo
Art. 1.1 06. O prazo para responder é de 1 0 se rnanifestem, querendo, no prazo de{ denulidade" do art. L l05
(quinze)dias. rwogado, ao impor a necessidad.e de citacão dos in¡eressados
(dez) dias. ,j do Ministério Público.
e de inrima_
dispensará a sua intimação de todos os atos subseqttentast salvo se tiver lla em que ela é impiicitamenre vedada, corno
constituído nos aulos (art.346). No caso de citação ficta, a revelia do ?iåïËii*to' se dá no arro-
poráa nomeação de curador especialpara defendc-io, nos termosdo art.72,
cPc/1973
O novo Código não reproduz a regra do Código de Processo Civil de 1973 cPC/201s
art. 1.107, segundo a qual ao juiz seria "iÍcito investigar livremenre os fatos e 09. o juiz decidirá o pedido no prazo
Art 723. O þiz decidírá o pedido no pra_
de ofÍcio a realízaçã.o de quaisquer provas". A doutrina sempre sustentou de t0 (dez) dias; não e, porém, obrigado a zo de 10 (dez) dias.
predominante a prevalência na jurisdição volunuiria do princÍpio inquisitório. critério de lega lidade estr¡ta, po-
Pa1íSrafo único. O juiz nåo é
ad otâr em cada ca50 solução que obrigado
verdade real. A redaÇão do art. 370 favoreceria esse entendimento até mesmo a observar critÉrío ae tegalidaOe
rñais cor¡¡er¡iente ou oportuna. esíJã,
lação à jurisdição contenciosa, ao conferir ao juíz indistintamerue o poder de podendo adotar em cada caso a solu-
minar de ofÍcio "as provas necessárias ao julgamento do mérito". çåo qtre considerar mais conveniente ou
Sem adentrar na exegese deste último disposirivo, que excede o âmbito
oportvna.
O teor desse artigo é o mesmo do art.
sente co menrário, observo que varia muilo a extensão da cognição do juiz nos l. 109 do CPC/Iq73. A segunda parte
passou a constituir o novo parâgrafo des-
procedimentos dejurisdiçãovoluntária. Existemaquelesr ripicamerrte cogninvos; único, no qual o verbo "reputar'foi
a interdição ou a nomeação ou remoção de um rutor ou curador, em que
por "considerar,', sem mudar sentido da frase.
o
mente o juiz deve formular jurzos próprios sobre a verdade fática eaté mesmo No Código de processo Civil de
I 973, em que não há previsão de julgamento
de conveniência e oportunidade necessários à tutela de i.nteresses de pessoas do mérito, o prazo dedezdjasp^ra
decisâo do pedido najurisdição
em harmonia com o prazo conferido volun tária
veis, concorrendo corn a vontade do Estado, para cuja formação não pode ao ju:øparu qualquer decisão,
ou decisão inter locutória (art. seja eia sen_
a qualquer limitação ern sua iniciativa probatoia. Jár ern outros, como o lg9, II)
separação consensual, a sua função é a de simples conÍole forrnal e extnnseco Observamosagora duas diferenças,
deixando uma terceira para o comentário
cisão dos cônjuges, da observância dos requisitos legais e da não manifesta seguinte: a prirneira e ade que, ao
prevendo o Código de p¡ocesso
tência do acordo. Também na homologação de uma transação, além de de julgamento antecipado paycialdo
Civilde 2015
mériro (art. 355), a providência
eventualì.ndisponibilidade de algum direito, cabe-ihe apenas controlara voiunuiria poderá ser apreciada
na sentença final ou em decisão
ato dos transatores. Nesses dojs úLrimos casos, representaria uma indébita Nesta úldma hipótese, o prazo inter-
de dez dias coincide corn o prazo
na liberdade individual das partes, que ojuiz pretendesse devassar a sua vida o novo diploma confere normal
aojuiz para esse ripo de decisão (an.226, II)
além dos fatos e das provas que os próprios interessados lhe tenham revelado. lr4as se
o pedido for julgado na sentença
final, parece-me qu e cabeú, fazer
Se for resolvido isoiadamente, uma
cPc/1973 cPc/za1s o prazo será, de dez dias por
exceção à regra
o prazo para as sentenças ,
é de trinta dias (art.226,III)
Art. 1.108. A Fazenda Públìca será sempre Aft.722. A Faaenda Pública será setd com outros pedidos dejurisdição Se for resol vido em
ouvida nos casos em que tiver interesse. ouvida nos casos em que tiver intereql contenciosa, sujeitos às regras do.
comum, prevalecerá o prazo proce-
de trinta dias, por força do disposro
J¿I no g 2.'do
O texto éi.dêntico ao do art. l.l08do CPC/L973. Adoutrinasempre o
desnecessário, porque se todos os interessados devem ser citados (arr..72I) 'a
da Pública o será quando i.iver interesse, conforme observado no comentáno
go anterior. Portanto, havendo interesse da Y azenda Pública, deverâ eIa set
não simplesmente intimada, como a expressão "será sempre ouvida" poderia
A lei processual utiiiza a exp ressãoPública como equivalente de
F aTenda
jurÍdicas de dj¡eito público, para abranger União, os Estados, os
a
como as respectivas autarquias e fundaçÕes públicas. Assim, no texlo em Orespeito à lei
pelos juÍzes, como por qualquer
deve entender-se que o requerente deva promover a citação da. pessoa jurídica autoridade, é uma garanda ine-
Estado de Direito e à eficácia
reito público que possa ter o seu interesse diretamente atingido pela concreta dos di¡eircs de todos,
no inc. XXXVe no S l.o do art. proclarnada
risdicional por ele pleiteada. 5.o da CF
,6e¡ndrivida
, na jurisdição volunr¿íria há
Há procedimentos em que a citação daFaze¡da Pública é muihs quesrões de direito material que
juÍzos d.e equidade, como
as reladvas à proteÇão de
cionada, como ocorre na arrecadação dos bens do ausente (art. 7+5.ê 4 a própria lei menores e incapazes,
recomenda que o juiz adote a providência
mais adequacla e con-
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BRÉVES COMENIARIOS AO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
LEONARDO GRECO
veniente. Não se pode extrêir daÍ urna exceçào ao princfpio da ads¡ricãq ( ver
tário ao art.720), muito menos que o abandono do critério da lqgalidade
regra geral na jurisdiçâo voluntária.
Há, por ourro lado, muitas outras questoes que devem se¡ apreciadas sob
de legalidade estrita, como, por exemplo, a extinçâo deusr:fnrro ou
Ainda nas hipó¡eses em que o direito makrial faculu a formulação de
discricionários, deve o juÞ explicitàr as razÕes dg sua decisão para
causalidade adequada, velando qiae essas razÕes detcrrninem erü todos os casos
ticos so lucÕ es absoluramer¡"te uûiforrnes. Nesse sentido, aliás, o Código de
Civil de 20L5 valonza a uniforrn:idade da jurisprudência (arrs. 926 e927).Fica,
tanto, afastada qualquer equiparação da equidade à ideia de que cada caso é
podendo o juiz arbitrariamente e sem qualquer critério o bjetivo razoâvel
decisão que the aprouver.
Por outro lado, se o parágrafo, dependendo do regime do direito material
vido, faculta a adoção dejuizos discricionários, também na jurisdiçâo
muius vezes, o magisrrado é fo¡çado a adotá-los, como na åxaÇão de
sucumbência (art. 85, 5 2.o) ou na escolha de bens a serem penhorados (art. 835
Já se discutiu na doutrina se a possivel Ilexibilidade conferida aojuiz pela
em comento seria de direito material ou de direito processual. Na verdade, a
flexibilizaçäo do procedimenro, seja na jurisdÍção contenciosa, seja na
voluntária, é per[eitamente admissivel , nâo com suporte neste dispositivo,
consequência do princÍpio da instrumenralidáde das lorrnas (art.I88), que
todo o regime das chamadas nulìdades processuais (atæ.276 a2B3).
Assim, com todas as ressalvas feitas à redação do parágrafo único do art. Manrida no Código de Processo
Cìvil de 20L5 aregrageral do efeito suspensivo
parece que a norma se refere ao direito material, mas como aclma (art. 1.012), o imediato cumprimento
da decÍsão deverá ser plelteado
, aplicação mais ou menos exrensa ein função do regime jurÍdico a que esreja de requerimento de antecipaçâo de
rutela, desde que preenchidos os pressu_
: relação jurÍdica de direito materÍal. desa última providência (arrs. 294
e ss.)
cPCJ1973 Tambem pacífica é a admissibilidade
cpci201 s dos recursos especial e extraordinário
na
voluntária.
Art. 1 .1 1 0. Da sentença caberá apelaçâo. Art.724. Da sentença caberá O Codigo de processo Civil
de 20i5 não reproduziu a regra do art. l.l1l do
O dispositivo reproduz o art. 1.110 do CPüI973. A primeira 973, segundo a qual ,.a sen
tença poderá ser modificada, sem prejuÍzo
poderia resultar da leitura deste artigo e do anterior é a de que todo já proüuzidos dos efei_
ocofferem circunsfâncias supervenientes".
, se
jurisdição voluntária se encetÌe por sentenÇa, porque, apesar da ressalva Esse dispositivo, no
literal,se afigura desnecessário porque a
modificabilidade de qualquer
do I I.'do art. 203 relativamenre aos procedimentos especiais, no sistema do ,
ern razão da alteração das circunstâncias
de Processo Civil de 2015. como regra, sentença é o "pronunciamento por fáticas ou jurÍdicas que a determi-
jáse encontra agasalhada
no inc. I do art. 505, correspondente ao
qual o juiz, com fundamenro nos arts. 485 e 487, poe fim à fase cognitiva do cPC/l973 inc. I do art.
mento comum. bem como extingue a execuçâo',.
Como as regras do procedimento comum se aplicam àþnsdiçâo vo
comentários iniciais às nonnas deste capinrlo), poder_se_ia supor que todos
rrrentos dessa especie se encetram por sentença. Entretanto, nem todos os
mentos de jurisdição voluntáúa sâo cognitivos, no sentido de que culminem
provimento que declare o direiro aos fatos, deciaratório ou corstitutivo. Há
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ßREVES COIVlENT,4RIOS AO NOVO CÓDIGO DÊ PROCESSO CIVIL 725 LEONARDO GRECO
d,e 20llpara sustentar a co,isa juþada nos procedirsentos da jurisdiçao A enumeração deste artigo émeramenteexempliûcativa conforme já observamos
por falta de cognição exaustiva, a nåo ser noecasos d€ corÌ'\¡€Êão em comentáriosiniciaisao presente capitulo, e é aqui reafirmado no pa.rágrafo único,
tenc.iosa, por ter efetiyament€ se i¡¡:stau.rado litÍgi,o, em que o prccedimento aos procedimenros,dos arts. 7 26 a T7e
ço não tenha sido óbice à mais anrpla cognição'e à rrais aarpla efiøcia das r, o inc. I se refere emancipação do menor sob tutela corr,l dezesseis anos con:lple'
à
constitucionais do contradi;tório e da ampla defesa e desde que o juizo seja que depende de sentença judicial, ouyido o turor (CC, art. 5.o , parágrafo rlnico)
mente competente para conhecer. ela matéria ern sede co¡rtenciosa- é oproprio menor, com ou sem a assistência do rutor Nesta riltirna
hipó-
A insuficiência do anterior art. tr. l1l tambem se constatâ nas hipóteses o tutor dÊverá ser ci¡ado, nos termos do art. 7ZL. Tendo em vista a indisponibili-
ainda que ocorraør modificaçoesfadcas posteriolesàse¡¡ter,4a, a própria lei do interesse do menor, a ausêncla de rnanifestaçåo do tutor nâo irraplicará em
a revisão do iulgado'à proposimra de ação anulatór'ia, com funda'mentos ñcta, dcvendoo juie pronr,over de ofÍcio a produçao de rodas as provas que
como ocorre nas alienaçÕes judiciais (art 730,c/c o art. 909). possi.bú,litem a adeqøada a,feriçâo da conveniêr.rcia e oportunidade de conceder
capacidade ao requsreqr€. O Minisrério Priblico se¡á sernpre intimado a opinar
cPc/1973 cPc/201s 'q 72L eIV9,II). O deferimento da emancþaçâo implicani em cessação da tutela
Art. 1 .1 12. Processar-se-á na forma estabe- fut. 725. Processar-¡eá na formu .to{ rodos os,efeitos tregais. Por isso, a rneu ver, é inafastável a prorrogação da corupe-
lecida neste Capítr.rlo o pedido de: lecida nesta.Seção o Pedido de: il jurzo que deferiu a ¡utela ao procedimento de em.anciBaçâo, como
a ds juízo.
| - emancipação; l -emancipação; ;i decrelou a interdição para o pedido de Ievantamento da curarela (art. 7 56).
Il - sub+ogação; ll.- sub-rogaçäo; ¡j A suÞrogação é a rransferência de um bern para ouuo da inalienabilidade
ou da
ou oneraçåo
lll - alienação, a.rrendamento lll - alienaSo; ârrendamento ou onei{ irr,lpostas por doação, testarnen¡o ou pela insrituição de bem
de
de bens dotais, de menores, de órfåos e de çáo de bens de crianças ou adolescenS nos termos do disposto nos arß. 1.719 e l.9t l do CC. Norma.lrnente
não há
interditos; de,órfãosedêinterditos; "U qu€ devam set citados, nern m€smo a Fazetda Púbiica, porque os
lV - alienação, locação e adrninístração da lV - alienaçao, locaçåo e administrafr eventual¡nente incidentes sobre a &ar¡sferência poderâo ser por ela
lançados
coisa comum; da coisa comum; f independentemente da consumação da. sub-rogação. O Ministéno públi-
V - alienação de quinháo em coisa comum; V - alienaçåo. de quinhåo em coisa d será.ouvido se ocorrer algu.ma das hipóteses do art. 178.
Vl - extinção de usufruto e de fídeicomisso. mum; ,¡1
Em relaçâo ao CPC/L973,o inc. III excluiu o arrendamenro e a oneração de
extinção de usufruto, quando { bens
Vl - po,rque o regime dotal desapareceu no Código Civil de 20A2,
e incluiu a alie-
decorrer da morte do usufrutuárió,.-C de bens de crianças e adolescemtes, substituindo por esra riltima
termo dâ sua durðçäo ou da consoii4 expressão a
amenores, cons¡ante do Código de Processo Civil de 1973. Não foram
çáq e de fideicomisso, quando decÔ6 al,
substanciais. Quanto ao regime dotal, o art.293 do CCII 916, manrido
åe renúncia ou quando ocorrer antes{ em
pelo Código àe2002 em relação aos casamenros por esse
evento que caracterízar a condiçáo red regime anteriores ao
da vigência deste riltimo Código, soûrenre exige autorizaçâojudicial
lutória; '!
e oneraÇão. de imóveis, não para o arrendamento. Essa exigência
para a
Vll - expediçåo de alvará judicial; continua
, encontrand,o eco no Código de Processo Civilde 20I5
no âmbito dos a|varás
Vlll - homologação de autocomposif V-II desre an. 725)
Já a substiruição da palawa menores pela expressão crianças
e¡rtrajudiçial, de qualquer natureTJ..{
aqui, ou seja, para efeiro de alienação ou or'reração de bens, é irreievan-
valor. d ern vista que os conceitos de criança e adolescente do Estatuto
Parágrafo único. As nonnas desta 5eÚ 8.069/1990 , art. 2.o) se circunscrevem
respectivo
Proc{ às pessoas que o Código Civil (arts. 3.o e
apliãm-se, no quê couber, aos
reprta menores de idade. A providência jurisdicionai
meRtos regulados nas seçóes¡g1!ff â Þrádca dos atos aqui
pleiteada é a avtonz çã,o
mencionados, como requisito de validade desses atos.
Os incs. I a VI correspondem aos contemplados no art. 1.1I2 do CPCIT bens de crianças e adolescentes, que inexis-
inc. VII não pode ser considerado novo porque, como l¡erslnos abaixo, os autorizaçâojudicial, devendo
a previsâo do
encontram previstos em otrtras IeÈ e, de um modo geral, sempre foram aplicação excepcional somente se vier ela a
de jurisdição voluntziria- A providência do inc. VIll jáexistiano Código pelaJustiça da Infância e daJuventude no âmbito das medidasde proteção
a sua capitulação na jurisdição voluntaria pode ser consirJerada uma seïeferem os arts. 98 a l0I da Lei 8.0ó911990
Já a alienação ou oneração de
comentaremos mais adiante llhóveis e, no caso de menor
sob tutela, até mesmo a alienação de bens móveis,
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BREVES COMENTÁRI05 AO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVÍL L€ONARDO GRECO
depende de autorização judicial, nos teÍnos dos arts. L.69L, L.74O, iII, e I.7 O ine. VII é aovo. :\lvará judicial
é autoúzação par^ a ptâtíca de ato da vida civil,
todos do C C. Normalmente não há requerido, exceto se houver con{Iito en¡¡e o de validade desse ato. Quando a lei subordinaa prática do ato à auro-
e o seu representante legal. Não há confissâo ficta, devendo o;uiz determinar judieia¿; o ¿t@ nåo pode ser praticado æaR es6a autorizaçäo, qtre deve ser re-
duçâo de todas as provas para se convencer dâ conveniência da rredida par4 ao juiz e qus é formalizada na expediçao do alvará. O alvaÍa judiciai não
resse do incapaz. àprática do ato, nem o substitui. Os zujeitos aos quais incumbe a prática do
Os incs. IV e V säo idênticos aos do Código de Processo Civil de 1973 e
deixar de praricá-lo. Há casos em que o pedido de a\vaú penetra na.juris-
de procedimentos que frequentemente desbordam para a jurisdição contenciosa, coû1o, por exemplo, no pedido de autorlzação para que o mdico
condôminos de um determinado bew¡ não conseguem delíberar pormaioria certa cí¡u.rgia ern iminente risco de vida do paciente, tendo ernvista a recusa
L.325) a respeito da alienação, locação ou da ad¡ninistração da coisa comuur deste ou de seus familiares, ou para que a Prefeinrra promova a demo-
uma de suas partes, qualquer deles pode se dtigu ao juiz, pedindo a sua de prédio com risco de desabamenro, ou ainda para levantamento de depósitos
para que este adote a deliberação m¿is conveniente para os interesses de todos. bancários. Há previsão de alvarás ern profusão na legislaçâo
bém é possÍvel que todos os condôminos se dirijam ao juiz, pedindo-lhe a no Código Civil, nos arts. 1.519, i.520 ,1.523,L.639
deiiberação. Se não forem requerentes, serão citados todos os condôminos. ", L.754, L.774 e I.781; no Esraruro da Criança e do
confissão ficta em caso de ausência de resposta, pois se trata d,e interesse (f"ei 8.069/1 990), no an. 149; no Estaruto do Índio (Lei 6.001/1973),
no
0,5 l.o. Normalmente nâo há
disponÍveI. Se, no curso do procedimento judicial, os condôrn'inos lograrem contraÍnteressado a ser citado. A intervençâo do
nar as suas divergências, por meio de uma solução acolhida pela maioria Público ocorrerá nas hipóteses do art. I 7g.
esta deverá ser acatada pelo juiz. Não será cabivel a intervençâo do Ministério A previsão do inc. VIII co¡no procedimento de jurisdiçäo voluntá¡ia é nova,
co, salvo se ocorrer aiguma das hipóteses do art. I 78. já sustentada anterlormeute em sede doutriruíria, nos casos em que lnexrs-
O inc. VI, ao instituir os procedimentos judiciais de exrinção do processo de conhecir.nento pendente, veio a lei a permitir que a transação sobre
fideicomisso, procura circunscrevë-los apenas áshipóteses er.n que esses nãoposta em juÍzo fosse submetida à homol ogaçãojudicial (art. 584, III, do
depender de deesaojudicial: a do usufruto, "quando não decorrer da morte 973; com a redação da Lei 10.358/200I substituÍdo pelo art. 475-N na reforma
frutuário, do termo da sua duração ou da consolidação"; e a do fideicomisso, 11.23U200 5; Lei 9.099/ t99 5, at. 57).
do decorrer de renúncia ou quando ocorrer antes do evento que caractedzar No Código de Processo Çivil de 201 5. cumpre distinguira transação cuja homo-
resolutória". Boa doutrina já vinha entendendo que, nos casos de morte do resolve no rod,o ou em parte o mérito do processo de conhecimento ( art. 487
,
tuário ou de advento do termo de duraÇão do usufruto (CC, art. 1.410, I, II e da que suspend€ ou extingue a execuøo (ars.922 e924) daquela que
, se ce-
parte) ou de morte do fideicomissário antes do fiduciário ou antes de no curso ou nâo de urn processo, mas versa sobre matéria alheia ao
o bjeto iiri-
condicâo resolutória do direito do liduciário (CC, art. 1,958) ou antes da é submetida à homologação judicial. Deixemos de lado a segunda
espécie,
testador, o usufruto e o fideícomisso se exringuem independenremente de deve ssr exarninada no estudo dos artigos que lhe correspondem na execução.
declaração judicial. O mesmo entendimento deve prevalecer em relação à outras esp,gcies, a homologaçâo da rransação constituirá título executivo
çãodousufruto,deextinçãodapessoajurÍdicausufruruária(CC,art. 1.,+I0,lll (art. )I) , lI e III). Se há litÍgio pendente, que é resolvido
no rodo ou em parte
e de renúncia à herança ou legado pelo lideicomissário (art. 1.955) . Todas essas transação, ainda que esur contenha cláusulas que exorbitem
do objero litigioso,
teses d.ispensam o procedimento judicial, embora utru delas (extinção do constituirá decisão no processo contencioso em que for proferida,
pela extinção da pessoa jurÍdica usufruruária) não esteja expressamente a imutabilidade da coisa julgada, sujeita a açâo rescisória para a sua
dispositivo ora cornentado, que não tem o condão de tornar obrigatóno esse (art. 966). Se nao ha liugio pendente, a transação pode
ser submetida dire-
dimento se a lei civil que regula o instituto do usufruto náo o exige. Em à homologação judicial, por requerimento comum de todos
os transatoÍes
extinção judicial é necessária quando decorrente de fato que depende de prova requerimento de um ou alguns deles, caso em que seráo citados
os demais
judicialmente avaliada pela autoridade judiciária, como a cessaçâo do motivo constituirá um procedimento de iurisdiçao voluntária, que fonnará também
se originou o usufruto ou a desrruiÇâo da coisa (CC, an. I.4I0, lV e V) ou o execurivo judicial, mas sem coisa julgada, insuscetÍvèl de rescisciria, passÍ,
mento da coisa objeto do fideicomisso. O processo será contencioso nas anulacão por ação direa (art. 96ó, S 4."). Nada impede que
a transação, já re-
incs. VII e VIII do art. 1.410 do CC. O Ministério Público somenre inrervÍráse extrajudicialmente pelo Ministério público , pela Defensoria Pública, pela
uma das hipóteses previsras no art. I 78. Quanro à Fazenda Pública, apesar doarr- Pública, pelos advogados dos rransatores, por conciliador ou mediador,
parece-me que militam os mesmos fundamentos da dispensa da sua levada à homologação judicial, para rornar-se tÍtulo execurivo judicial,
arrolamento (art. 662). jáseja tÍtulo extrajudicial (art. 784, IV) . Em rodos esses
casos, se o pedido de
1756 1757
BREVES COMENTASIOS AO NOVO CÓDIGO DE PROC€SSO CIVIT
LÊ'ONARDO GR€CO
homoiogação não estÍver subscrito por todos os transato es, serão eles
ea homologação somente poderá ser deþrida, para formar trtr.llo judicial,
cordância de todos, tendo em vista a sunrariedade da cogniçao judicial.,
rificaçâo do preenchimento dns requisitos extrÍnsecos de validade do ato. A
ção do Ministério Público será necessária somente nas hipóteses do art. l7g.
cPC/1973 cPclzol5
. Seção X Seçãoll l
Dos Protestos, Notificaçöes e Da Notifìcaçåo e da lnterpelaçao
¡]
lnterpelaçöes
Art. 867. Todo aguele que desejar prevenir Art 726.Quem tiver interesse em.J
responsabilídade, prover a conservação nifestar formalmente sua vontadel
e ressalva de seus direitos ou manifestar outrem sobre assunto juridicamentel
qualquer intenção de modo formal, po- levante poderá notificar pessoas par{fl
derá fazer por escrito o seu protesto, em pantes da mesma relaçåo jurídica
petição dirigida ao juí2, e requerer que do dar-lhes ciêncía de seu propós¡to. c¡
fr
fal como,o aÌt. 870; tr, do CpC/l 973, o 9 L.o do
mesmo se intime a quem de direíto,
art.726 permite que a comuni_
5 1.o Se a pretensâo for a de dar coni# seja veicr*iade por edital paraconhecimento público, se "fundada
mento geral ao público, mediante edll e necessária
do d,irei:to". Essa expressão tem o
mesmo significado da exigência
o juiz só a deferirá se a tiver por fund{ de Processo Civil dÊ f 9 73 de que do
a publicidade pela via editalÍcia
e necessária ao resguardo de dÍreitcr para que "seja essen-
1f; elt'\atinja os seus fins
5 2.o Aplicô-se o disposto nesta 5eç&#
que couber, ao protesto judicial,
ì
Como o faz o Código de Processo Civil de 1973 nos arrs. 867 a 873, esta
trata das trcs espécies de procedimentos receptfcÍos - protestos, nodficaÇões
pelaçoes -, como tal enrendidos aqueles em que a função do juiz é
receber e documentar declarações dos interessados, e não de prover com uma
ou com outras atividades à declaração ou satisfação de qualquer pretensáo
macerial. O juiz se restringe a documentar e veicuiar a manifestaçâo de
parncular. Embora usados indistintamente pelo legislad.or, eseú qualqueï
procedimental, fala-se de protesto na simples solenizaçâo da declaração do
te; de norificação quando o requerente pretende que essa declaração seja
conhecimento do requerido para junto a esre produzir algum efeiro juríclico
tico, e de interpelação, se o requerenre, com a sua declaraçâo, provoca o
fazer ou a deixar de fazer alguma coisa.
Embora o art-726 se refira somente à notificaçâo, o seu $ 2.o estende a
cação ao protesro e o art.
7 27 à interpelação.
1760 1761
LEONARDO GRECO
BREVES COMENTÁRICS
AO NOVO CÓDIGC DE PROCE5SO CIVIL
cPcl1s73 cPet20,t5
-a