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“Identificar causas é uma das formas do pensamento cientifico de abordar a explicação das
origens dos fenômenos.”
Uma causa pode ser entendida como qualquer evento, condição ou característica que
desempenhe função essencial na ocorrência de uma doença. No âmbito da prevenção em
saúde, quando se estabelece relação de causa e efeito de caráter direto, tal relação articula 2
dimensões: a definição de perigoso e as medidas de proteção e prevenção.
Desse modo, desenvolveu-se critérios que, ao longo do tempo, tiveram suas utilidades na
busca pela causa das doenças.
“Uma consequência pode ser composta por diversas causas componentes, ou seja, existem
vários fatores que contribuem em conjunto para uma consequência” esses componentes em
conjuntos são chamados de causa suficiente e cada componente é chamado de causa
componente. Quando pensamos em causalidade na medicina, é importante saber que varias
variáveis componentes da causa suficiente são causas componentes desconhecidas. Não se
deve associar apenas 1 causa componente a consequência.
Causa necessária: uma das causas componentes que sem ela não é possível ter consequência.
EX.: presença do bacilo para que exista tubérculose.
Associação estatística:
MODELOS DE CAUSALIDADE:
Postula uma conexão constante, única e perfeitamente possível de ser predita entre dois
fatores (A E B) – MODELO UNICAUSAL
Postulados:
2. POSTULADOS DE HENLE-KOCH
Século 19
Modelo baseado na UNICAUSALIDADE
Investigação das causas de doenças infectocontagiosas
Antraz foi a primeira doença a preencher os critérios
CRITICAS:
o Existe o estado de portador
o Certos fatores podem ter múltiplos efeitos
o Difícil crescer e cultura certos agentes
o Evidencias empíricas da multicausalidade
o Improprio para doenças crônicas
o Mostrou-se inadequado, pois o organismo causador pode desaparecer após o
desenvolvimento da doença.
o Ex.: bacilo de Koch tuberculose
POSTULADOS DESCRIÇÕES
1 PRESENÇA DO AGENTE DEVE SER
COMPROVADA EM TODOS OS INDIVIDUOS
COM A DOENÇA E CONSEGUIR ISOLÁ-LO EM
CULTURA (CAUSA NECESSARIA)
2 O AGENTE NÃO PODERA SER ENCONTRADO
COMO CAUSA EM OUTRAS DOENÇAS
(especificidade do efeito)
3 DEVE SER POSSIVEL ISOLAR O AGENTE E
REPRODUZIR A DOENÇA APÓS A
INOCULAÇÃO EM ANIMAIS EXPERIMENTAIS
(causa suficiente)
4 PODER RECUPERAR O AGENTE DESSES
ANIMAIS E CONSEGUIR ISOLA-LO EM
CULTURA PURA
3. CRITERIOS DE HILL (BRADFORD HILL)
Critérios Descrições
1. FORÇA DE ASSOCIAÇÃO:
Associações fortes tem maiores
probabilidades de causar a doença.
No entanto, uma associação fraca
também pode ser causal.
É o quanto a variável impacta no
desfecho
Quanto mais elevada a medida de
efeito (odds ratio, risco relativo ou
razão de prevalência, maior a
associação.
Coeficiente de correlação ajuda a
avaliar a relação de causas
continuas: usa as variáveis r e p.
Pode ser calculado tanto pelo teste
paramétrico (Pearson) = r como por
teste não paramétrico (spearman)=
p.
A força da associação de duas
variáveis continuas vai variar de um
valor de +1 (correlação positiva
perfeita) a -1 (correlação negativa
perfeita). O valor de 0 é sem
correlação.
Em um gráfico, se a correlação tem
linha decrescente perfeita
(inversamente proporcional), tem o
coeficiente -1 sendo muito forte. Se
o gráfico por em uma linha
ascendente perfeita, a correlação é
+1 (forte associação). No entanto,
caso a correlação seja com uma
linha pontilhada, sem muita
organização, diz-se que ficou entre -
1 e 0 – força não é tao grande.
Quando o coeficiente é 0, diz que
não tem correlação entre as
variáveis.
2. CONSISTÊNCIA: REPLICABILIDADE
A associação entre causa e efeito se
tornam repetitivas em diferentes
contextos.
Falta de consistência não afasta
ligação causal.
4. ESPECIFICIDADE:
A Causa conduzirá a 1 efeito e não
múltiplos efeitos.
O PROBLEMA CAUSA APENAS 1
DESFECHO NO FIM. É O CONCEITO
MAIS INUTIL, POIS NÃO É TAO
IMPORTANTE.
Critério pode ser questionável.
5. TEMPORALIDADE:
CRITERIO MAIS IMPORTANTE
A causa deve preceder o efeito
ÚNICO CRITÉRIO OBRIGATÓRIO
para avaliação da causalidade.
Se o estudo não consegue mostrar o
que veio antes ou depois, não é
possível expressar a causalidade. Por
isso os estudos transversais são
ruins para avaliar a causa, visto que
não acompanha ao longo do tempo.
#VOCE SABIA?????
POSTULADOS DE HENLE-KOCH-EVANS
POSTULADOS DESCRIÇÕES
1. A prevalência da doença deve ser maior nos
indivíduos expostos as causas do que nos
controle.
2. A exposição a causa deve ser mais frequente
nas pessoas com a doença do que no grupo
controle.
3. A incidência deve ser maior no grupo de
expostos ao agente causal.
4. A doença deve ser posterior a exposição
5. Após a exposição deve-se observar um
gradiente biológico de respostas
6. Uma resposta mensurável deve ser
observada na pessoa após a exposição ao
agente causal.
7. A doença deve ser reproduzível no homem e
em animais
8. A eliminação ou diminuição da causa deve
reduzir a incidência da doença
9. Praticas de prevenção ou modificação de
exposição devem reduzir a incidência da
doença;
CONCLUSÃO
#IMPORTANTE
População vs amostra
1. População: é um conjunto completo de pessoas que apresentam características em
comum.
2. Amostra: representativa das populações alvo. Deve ser parecida da população alvo e
sofre limitação de orçamento e tempo disponível.
Quando trabalhamos com amostra, encontramos achados no estudo e se for bem feito, possui
validade interna. A partir disso, há uma verdade no estudo, que é chamado de amostra
pretendida. Esse estudo, para que seja possível representar a maior parte dos indivíduos, deve
ter validade externa. Se isso não for possível, ou seja, se a realidade encontrada no estudo não
for aplicável para as demais sociedades, perde a validade externa.
Obtenção da amostra: 2 criterios
1. Critérios de inclusão: características demográficas e clinicas
2. Critérios de exclusão: alta probabilidade de perda de seguimento, não podem fornecer
dados confiáveis, alto risco de efeitos colaterais e não podem fornecer características
clinicas.
AMOSTRAGEM
É a maneira como os dados foram coletados
Uma amostra significativa é quando a parcela representativa da população seja
semelhante a da amostra.
A amostragem pode ser dividida em dois grupos: probabilística e não probabilística
PROBABILISTICA:
Padrão ouro na garantia da capacidade de generalização
Processo aleatório
Cada unidade da população: probabilidade especifica de seleção.
NÃO PROBABILISTICO
Amostra de conveniência
Ex.: pacientes que vem ao ambulatório de cardiologia
1. Por conveniência
É a mais usada por facilidade de ser obtida. A amostra é feita por meio de centros de saúde,
instituições acadêmicas ou locais em que os participantes sejam de mais fácil obtenção. O lado
negativo é a possibilidade de generalização da amostra.