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DEFINIÇÕES EM
EPIDEMIOLOGIA
DEFINIÇÃO:
A epidemiologia é a ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades humanas,
analisando a distribuição e os fatores determinantes, danos a saúde e eventos associados a
saúde coletiva, propondo medidas especificas de prevenção, controle, ou erradicação da
doença e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, a administração e a
avaliação das ações de saúde.
Epidemiologia = estudo da população
Baseia-se em dois pressupostos fundamentais:
1. Um agravo a saúde humana não ocorre ao acaso
2. Agravos a saúde humana tem fatores causais, que uma vez identificados, precisam ser
eliminados, reduzidos ou neutralizados.
A epidemiologia começou com John snow (1854), que era um medico sanitarista e que
estabeleceu a relação do consumo de uma fonte de agua especifica e a distribuição da cólera.
Viu que os principais focos de cólera estava relacionado com a distribuição hídrica. Isso
marcou, visto que através de medidas coletivas e populacionais, conseguiu descobrir os
motivos para o surto. Antigamente as doenças eram investigadas mais pelo mecanismo de
ação (UNICAUSAL), ou seja, quais são os processos biológicos para que a doença se
desenvolva. No entanto, jhon snow fez o oposto e utilizou medidas populacionais para
descobrir esse processo (MULTICAUSAL).
Em 1900 as pessoas morriam mais de pneumonia, tuberculose, diarreia, doenças cardíacas etc.
No entanto, com esse método de saúde coletiva e epidemiologia, foi-se aprimorando a saúde e
as causas infectocontagiosas deixaram de ser as principais doenças, sendo substituídas por
doenças crônicas, câncer, dentre outras.
IMPORTANTE:
COM O DESENVOLVIMENTO DA EPIDEMIOLOGIA E DA SAUDE COLETIVA, AS PRINCIPAIS
CAUSAS DE DOENÇAS E MORTES DEIXARAM DE SER INFECTO CONTAGIOSAS E PASSARAM A
SER SE CAUSAS CRONICAS.
EPIDEMIOLOGIA X MED. PREVENTIVA X CLINICA MEDICA
Variáveis que expressam estilo de vida: habito de fumar, consumo alimentar, pratica de
exercício físico, uso de drogas.
PESSOA
De acordo com a idade nos expomos mais ou menos aos fatores de risco:
A distribuição dos casos de determinada doença por período de tempo (semanal, mensal e
anual), permite:
1. Cíclica
2. Estacionaria
3. Decrescendo
4. Aumentando
Avaliação da evolução temporal antes e após uma intervenção pode mostrar a efetividade das
ações instituídas.
#IMPORTACIA:
Detecção de epidemias
Busca etiológica
Prevenção
ONDE?
Quando se tem uma grande ocorrência de doenças, indica: baixas coberturas vacinais,
precariedade no saneamento básico, mananciais contaminados, existência ou não de rede
básica de atenção a saúde, fauna e relevo, ambiente de trabalho.
Caso autóctone: é o caso confirmado que foi detectado no mesmo local onde ocorreu a
transmissão
Caso alóctone é o caso confirmado em local diferente daquele onde ocorreu a transmissão.
Quando se refere a doenças infecciosas, os estudos descritivos tem como objetivo avaliar:
MEDIDAS FORMULAS INTERPRETAÇÕES
Tempo de incubação Data do aparecimento do Tempo de invasão do agente
primeiro sinal ou sintoma – ate o inicio dos sintomas
data da invasão de um
agente infeccioso
Infectividade (INDIVIDUO) Infectados/expostos Capacidade dos hospedeiros
de ficarem infectados.
Patogenicidade (AGENTE Doentes/infectados Capacidade do agente
INFECIOSO) infecioso de produzir doença
Virulencia Doentes com dano grave ou Gravidade da
óbito/doentes patogenicidade
Poder imunogênico -- Capacidade do agente
infeccioso de induzir
imunização especifica
Doença grave
MEMORIZE:
TEMPO DE INCUBAÇÃO – TEMPO Doente
PODER IMUNOGENICO – IMUNIZAÇÃO
Infectadas
Expostos
SAUDE E DOENÇA
A epidemiologia é um METODO cientifico de investigação.
Definição de saúde: OMS (1948)
“Não apenas a ausência de doença, mas o completo bem-estar físico, mental e social e não
apenas ausência de doenças”
“resultante das condições de alimentação, habitação, renda, meio ambiente, trabalho,
transporte, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso aos serviços de saude’
É um conceito utópico e difícil de ser alcançado, sendo considerada mais como um símbolo
ideal.
Reconhece um padrão multideterminado ao adoecer humano implica numa ampliação da
matriz explicativa ao processo saúde-doença.
Geralmente quando falamos em doença, é considerada como a ausência de saúde, permeando
a teoria negativa da saúde.
A curva de gauss se tornou uma forma de demonstrar o processo de saúde-doença. Desse
modo, há um pico e quanto mais para a esquerda se direciona, indica que há saúde, porem, se
for para a direita, indica a presença de doença. É difícil determinar o ponto de corte.
HISTORIA DA CAUSA:
Antigamente se acreditava que as doenças eram provenientes de uma única causa, no
entando, com o tempo foi visto a analise multicausal.
1. TEORIA UNICAUSAL – BACTERIOLOGIA
Causa- uma bactéria
Intervenção – eliminação da mesma
2. TEORIA MULTICAUSAL
Medicina integral
Macmahon
Leavell-clark
Modelo ecológico
Causa – múltiplos fatores, fundamentalmente biológicos
Intervenção – parcial nos fatores.
Por isso, surge alguns modelos explicativos de saúde-doença. É Necessario entender mais de 1
tipo de modelo de adoecimento:
1. Biomédico
2. Historia natural da doença
3. Determinantes social
4. Biopsicossocial
IMPORTANTE: A HISTORIA NATURAL DA DOENÇA É A QUE MAIS CAI NA RESIDENCIA.
MODELOS DE ADOECIMENTO
1. BIOMEDICO:
Saude é definida negativamente ausência de doença
Patologia: mecanismo etiopatogenico (causas infecciosas e não-infecciosas)
Clinica medica: tempo de duração (agudas e crônicas)
Esse modelo exclui o contexto biopsicossocial do paciente. Desse modo, as doenças advem de
agentes externos, seja um acidente; infecção; interações genéticas-ambiente, que podem
atingir a fisiologia do ser humano, que se não estiver em equilíbrio, pode ser desestabilizado.
O corpo do indivíduo é visto como uma “maquina de Rube Golberg” = a fisiologia do ser
humano é desenvolvida por varias interações que se sofrerem interferências, podem ficar
desequilibradas.
O modelo biomédico adota uma causa UNICAUSAL para as doenças.
Tem como base procedimentos que visem APENAS solucionar a doença em si. Ex.:
procedimentos cirúrgicos, tratamentos medicamentosos