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Disciplina: Práticas Integrativas e Complementares: Medicina Tradicional

Chinesa, Yoga, Dança Circular/Biodança e Terapia Comunitária


Identificação da tarefa: Tarefa 2. Envio de arquivo
Pontuação: 15 pontos

Tarefa 2

Analisando o artigo “Acupuntura no Sistema Único de Saúde – uma análise nos


diferentes instrumentos de gestão”, que está na biblioteca, realize as duas
atividades dadas a seguir:

1) Desenvolva uma resenha baseada nesse artigo, dando destaque para a


importância dessa prática no Sistema Único de Saúde.
Observação: podem ser pesquisados também artigos externos ao portal para o
desenvolvimento da atividade.

Resposta:

Resenha: Acupuntura no Sistema Único de Saúde – uma análise nos


diferentes instrumentos de gestão

SOUSA, Leandra Andréia de; BARROS, Nelson Filice de; PIGARI, Jéssica de
Oliveira; BRAGHETTO, Glaucia Tamburú; KARPIUCK, Luciana Brondi;
PEREIRA, Maria José Bistafa. Acupuntura no Sistema Único de Saúde – uma
análise nos diferentes instrumentos de gestão. Ciência & Saúde Coletiva,
[s.l.], v. 22, n. 1, p. 301-310, jan. 2017. Disponível em:
http://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/acupuntura-no-sistema-unico-
de-saude-uma-analise-nos-diferentes-instrumentos-de-gestao/15359?id=15359
Acesso em: 01 mai. 2020. http://dx.doi.org/10.1590/1413-
81232017221.10342015.

O artigo em questão foi publicado pela enfermeira Leandra Andréia de


Sousa e os demais coautores Sousa, Barros, Pigari, Braghetto, Karpiuck e
Pereira (2017). A autora tem Pós-doutorado pela Universidade de São Paulo e
é professora adjunta do Departamento de Enfermagem da Área Saúde Coletiva
do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Federal de São
Carlos - UFSCar, pesquisadora do Laboratório de Práticas Alternativas
Complementares e Integrativas em Saúde (LAPACIS) da Faculdade de
Ciências Médicas - UNICAMP e do Grupo de Estudo em Políticas e Práticas
em Saúde (GEPPS) do Departamento de Enfermagem da Universidade
Federal de São Carlos/UFSCar. Possui ainda, além de outras formações,
especialização em Acupuntura pelo Instituto Brasileiro de Terapias e
Ensino/IBRATE (2010), tem experiência considerável em Atenção Primária à
Saúde, Saúde da Família, Práticas Integrativas e Complementares e Políticas
Públicas de Saúde no âmbito do SUS.
Já no resumo fica claro que se trata de um artigo que aborda o tema da
inserção das Práticas Integrativas e Complementares (PIC) no Sistema Único
de Saúde (SUS), no que diz respeito especificamente a acupuntura. Os autores
afirmam que embora as avaliações do Ministério da Saúde (MS) apontem
avanços na institucionalização das experiências com as PIC no SUS, existem
lacunas pertinentes ao monitoramento, a avaliação e o
desenvolvimento/adequação de legislação específica para os serviços no SUS.
Além disso, apontam a necessidade de se analisar a oferta das PIC nos
sistemas locais de saúde.
A partir das lacunas apontadas os autores tomam como objetivo analisar
o processo de implementação da acupuntura nos serviços públicos de saúde
dos 26 municípios integrantes do Departamento Regional de Saúde XIII (DRS
XIII), do Estado de São Paulo. Para tanto, na metodologia, adotam a pesquisa
de caráter documental, de natureza analítica e abordagem quali-quantitativa,
no período de 2001 a 2011. Justificam a escolha do recorte temporal citado
para possibilitar a análise da inserção da acupuntura antes e depois da
implantação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares
(PNPIC) no SUS. Apontam de forma clara que foram pesquisados o Plano
Municipal de Saúde (PMS) e o Relatório Anual de Gestão (RAG), assim como
dados complementares nas bases do Departamento de Informática do Sistema
Único de Saúde (DATASUS), do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de
Saúde (CNES) e do Sistema de Informação Ambulatorial do SUS (SAI/SUS).
Foram especificados os parâmetros adotados para cada fonte de pesquisa,
determinando regional de saúde, município, período, termos como (acupuntura,
medicina tradicional, práticas, integrativas, complementar, alternativa, natural e
não convencional.
Os documentos especificados foram intencionalmente escolhidos pelos
autores por revelarem o compromisso político assumido ou não pelo gestor e
sua equipe de gestão. Os documentos foram analisados segundo a matriz
analítica de políticas públicas de Araújo e Maciel (2001), inspirada no modelo
de Walt e Gilson (1994), a partir de quatro categorias: contexto, processo,
conteúdo e atores. Os autores afirmam que a pesquisa foi aprovada pelo
Comitê de Ética e Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da
Universidade de São Paulo, contudo não identificaram o parecer do comitê.
Como resultado os autores identificaram um total de 32 PMS (41,0%)
dos 78 estimados nos 26 municípios. Do total identificado apenas cinco
(15,6%) registraram o termo acupuntura. Destacou-se que apenas o município
M18 apresentou registros de acupuntura em todos os PMS no período
pesquisado. No que se refere ao RAG foram identificados um total de 45
(15,7%) dos 241 esperados para os 26 municípios, destes registrou-se a
presença de acupuntura em um RAG do município M16 no ano de 2011, e no
município M18 apresentou 7 RAG nos anos de 2005 a 2011, respectivamente.
O que chama atenção dos autores é que em nenhum destes registros foi
apontado a destinação de financiamento para a implementação da acupuntura.
Além disso, apenas em M18 foram identificados indícios de implantação
e ações pertinentes para o desenvolvimento da acupuntura, assim como a
participação de atores institucionais. Já na última fonte o SAI/SUS e CNES
onde se identificou seis municípios (23,1%) com algum tipo de registro de
acupuntura.
Obteve-se finalmente a partir das fontes consultadas (PMS, RAG,
CNES, SAI) sete municípios da DRS XIII (26,9%) no período pesquisado (M1,
M3, M9, M14, M16, M18 e M26).
A partir da discussão dos dados os autores chegam a conclusão de que
a implantação da acupuntura é incipiente, que embora o âmbito legislativo seja
favorável a ausência de financiamento compromete a implementação, o
monitoramento das ações e aponta ainda que os registros indicaram
inconsistências na estrutura dos documentos, No entanto, a política vem
auxiliando a descrever a organização da oferta da acupuntura no sistema
público.
O artigo apresentou coerência entre o objetivo, metodologia, resultados,
discussão e considerações finais. Os quadros apontam de forma clara os
resultados encontrados. Traz conclusões relevantes para a área quando
aponta as fragilidades estruturais e políticas a partir da análise dos documentos
pesquisados. Faz o leitor refletir sobre os caminhos que podem ser adotados
para que as PIC possam ser, de fato, incorporadas nos serviços de saúde.

2) Relate como os recursos terapêuticos inseridos no Sistema Único de


Saúde, por meio dessas práticas integrativas que estudamos, vêm auxiliando
os pacientes no âmbito da saúde geral.

As práticas integrativas como as fundamentadas na medicina tradicional


chinesa possibilita as pessoas atendidas no Sistema Único de Saúde (SUS)
cuidarem de sua saúde de forma mais integral através das práticas corporais
permitindo prevenir doenças respiratórias, musculares e articulares, acionar
mecanismos orgânicos (neurológicos, endócrinos, circulatórios). Estas terapias
ainda possibilitam ampliar a percepção da ligação com os elementos da
natureza fogo, ar, água, metal, madeira, perceber a ligação com a energia
universal (Chi) e seu fluxo pelo corpo.

A yoga por sua vez possibilita também o autoconhecimento, e processos


meditativos profundos a partir da movimentação e posições corporais e da
respiração, trazendo a possibilidade da redução da ansiedade, estresse,
redução de processos depressivos. Amplia ainda a conexão com o todo.

A dança circular que possibilita a conexão com a dança de várias


culturas e a conexão com o grupo e o movimento coletivo promovendo
integração, bem-estar,

A biodança que tem como proposta ser a dança da vida, possibilita a


educação afetiva, a regeneração das funções instintivas, através da música, do
movimento e do encontro humano, possibilita o desenvolvimento da identidade,
a conexão consigo, com o outro e com o mundo quando trabalha a afetividade,
sexualidade, vitalidade, criatividade e transcendência.

A terapia comunitária possibilita a integração social e possibilita o


empoderamento pessoal, familiar e comunitário. Quando possibilita as pessoas
a conexão com suas histórias, experiências de vida e troca de saberes, num
clima de equidade, respeito, integração. Promove autonomia e estimula a
independência nas esferas pessoais e coletivas.

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