Métodos de Localização Radiográfica

CONCEITO ✓ Dissociação de condutos radiculares

– endodontia;
São métodos para a localização espacial do elemento ✓ Anomalias e processos patológicos no
dentário na cavidade bucal. contexto das estruturas anatômicas
examinadas;
✓ Fraturas de dentes e corpos estranhos.
MÉTODO DE CLARK
PRINCÍPIO:
• Método Paralaxe ou Deslizamento;
✓ O OBJETO MAIS PRÓXIMO do
• Muito utilizado para realizar tratamento observador//tudo de raio – x se desloca
endodôntico em dentes em SENTINDO CONTRÁRIO ao
MULTIRRADICULARES para dissociar o deslocamento do observador – mais
conduto radicular na imagem radiográfica, distante do filme.
assim se consegue tratar o canal do paciente de ✓ O OBJETO MAIS DISTANTE do
maneira eficiente; observador//tubo de raio - x se
• Vai utilizar duas ou mais radiografias para DESLOCA NO MESMO SENTIDO –
identificar – COMPARAR UMA IMAGEM mais próximo do filme.
COM A OUTRA;
• Muda a angulação horizontal do tubo de raio –
x e se consegue projetar a imagem das raízes em
planos diferentes na radiografia;
• Induz uma distorção para visualizar os canais –
o objetivo é variar o ângulo horizontal (por
volta de 8º - 10º a depender a proximidade dos
canais).
EX: Vai comparar uma imagem ortorradial (feixe de rx
reto) e uma segunda incidência mesiorradial (feixe de rx
teve um deslocamento para a mesial) para se chegar a
uma conclusão
O que está por palatino está mais próximo do filme
radiográfico;
Qualquer variação de ângulo horizontal vai promover
um deslocamento muito menor na palatina do que na
vestibular;
Quanto mais próximo o objeto estiver do plano do filme,
mais próximo estará ao tamanho real;
Longe o raio – x é divergente, aumenta o tamanho da
imagem// maior distorção da imagem radiográfica.

INDICAÇÕES: Se a imagem caminhar no mesmo sentido que o

deslocamento do tubo, significa que a estrutura se
✓ Localização de dentes não irrompidos;
encontra na palatina – está mais perto do filme;
 • Ex: Se deslocar o tubo de raio – x para a
mesial, a imagem palatina caminha para a
mesial quando comparada com a incidência
ortorradial.
Se a imagem caminha em sentido contrário ao
deslocamento do tubo, significa que a estrutura se
encontra na vestibular.
• Ex: Se deslocar o tubo de raio – x para a
mesial, a imagem vestibular caminha para a
distal quando comparada com a incidência
ortorradial.
OBS: se a imagem não desloca significa que a
estrutura está entre/na mesma distância da cortical
vestibular e palatina.
OBS: O forame mental é uma estrutura anatomia que se
encontra na vestibular que as vezes na radiografia pode
ser confundido com uma lesão periapical (granuloma)
Para identificar se é uma lesão ou não é preciso de uma
radiografia orotorradial e depois variar o ângulo
horizontal para comparar (método de Clarck). Se fizer
uma mesirradial e a imagem for para a distal, é o forame
mental. Se for lesão periapical não muda de posição
porque se encontra no ápice da raiz do dente, ou seja, a
distância é a mesma da cortical vestibular e palatina.
Para realizar o método de Clarck é preciso:
• Verificar a posição do dente;
• Posicionar previamente o tudo de raio – x
frontalmente ao dente que será radiografado;
• Analisar a mudança de ângulo mais adequada.
Em endodontia se utiliza as seguintes angulações:
• PMS – MESIORRADIAL
• A imagem da raiz vestibular é projetada entre o
1PMS e o 2PMS (em cima da crista óssea
alveolar).
• MS – ORTORRADIAL:
• Porque apresenta 3 canais (2V e 1P) já tem uma
raiz em cada lugar.
• CANAL MP do MS – DISTORRADIAL;
• MI – DISTORRADIAL;
• MI (SUPLEMENTAL) –
ORTOMESIORRADIAL.
DICOTOMOGRAFIA – HECKET DE ALMEIRA:
• Utilização do mesmo filme para duas
exposições radiográficas;
• Dobrar o filme ao meio e manter com fita crepe;
• Tomar cuidado para centralizar bem o objeto do
filme;
• Calcar o filme com rolete de algodão.
Não se utiliza mais, se trabalha mais com digital
MÉTODO DE PARMA
• Sugere a modificação na posição do filme
radiográfico;
Quando se vai fazer uma radiografia de molares
inferiores querendo envolver o 3º molar inferior, na
técnica convencional se deve posicionar o filme o mais
posterior possível;
No entanto, se o paciente não apresenta espaço na
arcada dentária, não é possível posicionar o filme mais
para trás;
Muitas vezes, no método convencional, não se
conseguem abranger todo o terceiro molar não
irrompido.
 • Para visualizar o dente completamente é preciso
fazer um giro no filme e leva – lo mais para a
distal – a borda que se forma é capaz de levar o
filme mais posteriormente;
• A posição do longo eixo do filme deverá ficar
inclinada:
✓ Uma das diagonais do filme fica
praticamente paralela ao longo eixo do
dente – a que está voltada para o 2MI.
• O objetivo é visualizar toda a extensão do
dente;
• Esse método é indicado exclusivamente para
TERCEIROS MOLARES INFERIORES.
É um método de consultório para se realizar quando o
paciente não tem radiografia panorâmica recente, ou se
quer visualizar mais detalhadamente o 3MI – visão mais
nítida/ menos distorcida do que a panorâmica.
MÉTODO DE MILLER – WINTER
• Técnica do ângulo reto ou da dupla incidência;
• Através desse método se consegue distinguir se
o dente não irrompido está localizado na
vestibular ou na lingual para se saber por onde
se deve acessar para fazer a extração do dente;
• Consiste em duas incidências em planos
diferentes: uma periapical convencional e uma
oclusal utilizando um filme periapical – o
paciente mantem o filme através do leve
fechamento da boca;
• Se utiliza apenas para dentes não irrompidos na
mandíbula, pois, na maxila, os ossos do crânio
superam a imagem do osso alveolar quando se
faz uma incidência de ângulo reto.
• Também se pode utilizar esse método para
identificar a localização de patologias e
anomalias.
MÉTODO DE DONOVAN
• Na mais é do que uma modificação do método
de Miller – Winter;
• Quando não se consegue utilizar o método de
Miler – Winter na incidência oclusal;
• As vezes não se consegue fazer a radiografia
oclusal porque o filme toca no ramo ascendente
do paciente – o filme não consegue ir mais para
trás;
• Método exclusivo para 3MI;
• Para empurrar o filme mais para trás se coloca
ele ENCOSTADO no ramo ascendente da
mandíbula e na oclusal do dente adjacente.
 • Paciente fica com a boca entreaberta e o
paciente estabiliza o filme com o dedo
indicador;
• Uma parte do filme fica encostada no ramo
ascendente e a outra na porção oclusal dos
dentes;
• A cabeça do paciente deve ficar inclinada em
45º para o lado contrário aquele que será
radiografado e 45º para trás;
• O ponto de incidência é no ângulo da
mandíbula// ramo da mandíbula
• O tempo de exposição será o dobro daquele
empregado no exame periapical.

MÉTODO DE LE MASTER
• Usado na região de molares superiores onde, na
técnica periapical da bissetriz, aconteceu a
sobreposição do osso e do processo zigomático
em cima do ápice dos molares superiores,
prejudicando a visualização dessas raízes;
• O objetivo é realizar uma radiográfica sem
sobreposição do osso e do processo zigomático;
• Para se ter uma melhor visualização das raízes
é preciso diminuir o ângulo VERTICAL (de
+15º a +20º) – uma forma de diminuir é
deixando o filme mais paralelo ao dente através
do uso de um rolete de algodão colocado na
altura das coroas;
• Se utiliza para fazer a odontometria.