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A autora visava criar algo não muito técnico, mas que falasse sobre atividade
lúdica juntamente com as fases do desenvolvimento, como e por quais motivos
ocorrem. O intuito era que fosse curto, acessível para leitura e compreensão
dos pais, evitando todo e qualquer tecnismo.
Também mostra o modo como o não brincar no momento adequado, com o
brinquedo corresponde a fase, pode acarretar perturbações, e como o fato de
não surgir um modo de brincar pode ser um sinal de mau desenvolvimento, ou
seja, que a inibição ao brincar pode se tornar um sintoma grave de neurose.
Por volta dos 4 meses a criança desenvolve sua primeira atividade lúdica, a
de esconder-se, assim causando a sensação para a criança que o mundo se
oculta por momento e depois quando ela tira os olhos do objeto em que estava
escondida, ela volta a recuperar.
Resumo e Conclusão:
Conclui-se sobre o livro que a autora transmite a vida de uma criança e seus
brinquedos, a trajetória do brincar com suas fases, a importância da atividade
lúdica do ato brincar na vida mental das crianças. O livro divide-se por períodos
e fases do brincar, onde no início da vida do bebê ele necessita apenas da mãe
disposta a entregar-se para ele por uma boa maternidade, mas a necessidade
do pai presente também existe e por volta dos 4 meses se acentua. Também
no período de 4 a 5 meses inicia-se a primeira atividade lúdica, a de se
esconder em um cobertor ou lençol e ressalta também o sentimento de
angústia em que a criança sente ao perder, durante a brincadeira, a pessoa na
qual está brincando. Ao perder o vínculo maternal, começando a conviver mais
com a figura paterna, nesse ponto a criança começa a perceber algo diferente
em seu corpo, isso fica claro aos 8 ou 12 meses onde meninas optam por
recipientes ocos e os meninos algo que possam introduzir neles, nessa fase,
de acordo com a autora é onde fica claro a diferença sexual no ato de brincar.
Ao fim do primeiro ano as brincadeiras vão se diferenciando entre meninos e
meninas, meninas brincam de boneca e cozinha por se identificarem com as
mães, já os meninos até podem ter participação na brincadeira, mas já
assumem uma postura masculina na brincadeira, já começa a ficar claro o
estereótipo de mãe e pai, a autora ressalta a importância de um modelo
feminino de masculino ao longo da vida de uma criança saudável. Por volta de
3 a 5 anos a criança passa a valorizar seu espaço, a desordem já começa a
lhes dar angústia e como no exemplo da própria autora que em uma gaveta se
torna tão importante ter algo seu, valorizando suas coisas e espaço. A partir
dos 7 ou 8 anos o corpo volta a ter um papel fundamental nas brincadeiras da
criança, isso vai até a puberdade. As brincadeiras começam a conter a
escuridão como condição necessária, nessa fase as capacidades genitais vão
se definindo mais e então se torna possível a utilização dos órgãos. Agora a
criança começa a abandonar o brincar com objetos e novamente e agora de
modo definitivo começa a orientar-se para seu corpo e de seu par. Desprender-
se de brinquedos exige uma longa luta da criança, há adolescentes que
guardam seus brinquedos de infância só para não ocorrer o desprendimento,
lhes causando maior conforto em relação a isso. Aos 10/11 anos a menina e o
menino começam a formar grupos, divididos entre meninos e meninas, pois
precisam aprender e conhecer as funções de cada sexo. Na puberdade os
grupos começam a se encontrar, nesse momento as experiências amorosas
substituem o brincar com brinquedos. O adolescente se desprende da infância,
dos brinquedos e tudo que conteve nela, o resultado disso e dessas perdas é a
sua condição de adulto. De acordo com a autora começa a preparar-se para
uma nova experiência, que seria a de ter um filho.
No entanto, a criança necessita da mãe e pai presentes para ser saudável
mentalmente. Para não acabar causando neurose extrema, a criança precisa
desenvolver bem as fases lúdicas do brincar, para chegar a adolescência
podendo se desprender bem dessa fase e iniciar as preparações para as
próximas.