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Após a Abolição da escravidão no Brasil (13 de maio de 1888), não houve uma preocupação
político-social para integrar a população negra à sociedade, para que pudesse, de modo digno
e humano, continuar colaborando com o desenvolvimento do Brasil, simplesmente tornaram-se
libertos, mas sem as mínimas condições sociais, não possuíam trabalho (houve incentivos para
a vinda de imigrantes europeus para substituir a sua mão de obra) nem moradia (com a
passagem para o trabalho assalariado, foram expulsos dos locais onde viviam), sendo
malvistos, marginalizados e segregados à periferia (locais distantes da pouca ou quase
nenhuma oferta de trabalho, sem condições sanitárias, entre outros). Logo após a abolição da
escravatura, uma das questões mais importantes, e que foi definidora para garantir a
manutenção do liberto como um indivíduo marginal e subalterno na pirâmide social, foi a
questão da terra. Não foi realizada reforma agrária e, assim, a grande maioria dos 700
mil libertos, a partir de 1888, não teve acesso à terra, sendo esses forçados a sujeitarem-se aos
salários baixos oferecidos pelos grandes proprietários. A falta de acesso à educação por parte
dos libertos era uma preocupação para esses e foi uma questão fundamental para manter esse
grupo marginalizado. Sem acesso ao estudo, esse grupo permaneceu sem oportunidades para
melhorar sua vida. Nesse contexto de resistência a imprensa negra se fortalece
Imprensa negra no Brasil é o movimento jornalístico voltado especialmente, mas não
exclusivamente, para a documentação e debate públicos das questões envolvendo o negro
brasileiro, como a discriminação racial, a recuperação da dignidade, identidade, história e
cultura dessa parcela da população, bem como destacando o protagonismo de personalidades
negras, e propondo a desconstrução da ideologia da democracia racial e a formação de uma
nova consciência coletiva e um novo paradigma social. A imprensa negra tem sido, desde sua
origem, uma das expressões mais importantes e combativas do movimento negro brasileiro.
Clique no link e leia o texto sobre a
Revolta da Chibata, considerada
pelos historiadores também como
uma revolta contra a desigualdade
social e racial existente tanto na
Marinha como na sociedade como
um todo.
https://meuartigo.brasilescola.uol.co
m.br/historia-do-brasil/revolta-
chibata.htm
01- Se todos eram vistos como iguais pela Constituição, será que a população negra no pós-Abolição
tinha acesso aos mesmo direitos que o restante da população? Justifique a sua afirmativa.
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04-Cento e trinta e dois anos se passaram desde a abolição da escravidão e continua a haver, no Brasil,
relações raciais desequilibradas, com negros condenados à exclusão social. Depois da libertação, poucas
medidas para inserir a população negra na sociedade foram implementadas. Logo, essa parcela da
população ficou condenada a uma realidade socioeconômica que perpetuou a escravidão com uma
roupagem diferente: a desigualdade social. Identifique, entre as afirmativas a seguir, aquelas que
retratam a condição atual da maioria da população negra no contexto socioeconômico brasileiro.
I. O período pós-abolição legou aos negros a privação dos bens e da riqueza produzida no país,
tornando-os um segmento social isolado na periferia, nas favelas e nas áreas de risco das grandes
cidades.
II. No período pós-abolição, a vida do negro no Brasil, efetivamente, melhorou, principalmente pela força
das leis antirracismo que promoveram a eliminação desse mal em nossa sociedade.
III.A situação atual do negro no Brasil é fruto de um processo histórico pautado na exclusão social e
cuidadosamente planejado para impedir que ele se tornasse cidadão.
IV.A precariedade socioeconômica da população negra é um entrave ao desenvolvimento do país que só
será eliminado quando eles tiverem, de fato, o direito de manifestação para serem ouvidos como
merecem.
V. Os negros constituem o segmento mais pobre da população, situação que não se relaciona com o
processo histórico, mas com a ausência de ações afirmativas atuais para a inclusão social destes grupos.
Estão CORRETAS, apenas, as proposições
A- I, III e V.
B- I, II e III.
C- III, IV e V.
D- I, III e IV.