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SUPERIOR EM ERGONOMIA
(Pós-Graduação Lato Sensu - 540 hs)
APOSTILA
FUNDAÇÃO COPPETEC
GRUPO DE ERGONOMIA E NOVAS TECNOLOGIAS
APOIOS
PROGRAMA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - COPPE/UFRJ
PROGRAMA DE ENGENHARIA MECÂNICA - COPPE
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL - EE/UFRJ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA - FAU/UFRJ
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ERGONOMIA - ABERGO
PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRAS
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Fisiologia do Trabalho
Profa. Helenice Gil Coury
Sumário
1 POSTURA..............................................................................................................................3
1
CopyRight © Industrial and Occupational Ergonomics: Users Encyclopedia, 1999.
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1 POSTURA
Não há uma definição de postura que seja consensual na literatura ergonômica disponível.
Diferentes definições têm sido propostas em função de diferentes objetivos e situações nas quais as
definições são empregadas.
No geral, as definições de posturas tentam ressaltar elementos funcionais de uma situação de
trabalho ou descrever as posturas, enfatizando elementos anatômicos ou biomecânicos. Definições
descritivas são encontradas principalmente em livros de anatomia ou cinesiologia e dizem respeito a
configuração espacial do corpo. Uma definição desse tipo é, por exemplo: "postura é o arranjo
espacial dos segmentos corporais", ou, "postura é a orientação relativa dos segmentos corporais, uns
em relação aos outros". Este tipo de definição enfatiza elementos descritivos e permite a
recuperação de uma determinada postura de um modo relativamente preciso.
Um outro tipo de definição, são as de natureza mais funcional. Definições funcionais
enfatizam elementos do contexto ocupacional no qual as posturas acontecem. Dentro dessa
abordagem, postura é: "a posição adotada para ajustar o corpo ao mobiliário, ferramentas,
equipamentos ou à tarefa sendo realizada”. Outra definição seria: "a posição adotada por uma
pessoa durante a execução de uma tarefa específica, a qual é determinada pela relação entre as
dimensões dos segmentos de seu corpo e as características dos diferentes elementos no local de
trabalho".
Independentemente da abordagem adotada, é oportuno lembrar que em qualquer situação de
trabalho os elementos anatômicos, biomecânicos e funcionais, em conjunto, são essenciais para um
conceito mais abrangente de postura. Portanto, a definição de postura a ser escolhida em qualquer
projeto irá depender da ênfase e do objetivo do trabalho a ser realizado. Entretanto, na maioria dos
projetos, o objetivo, em última instância, é registrar e analisar as posturas de uma situação
ocupacional que venha apresentando problemas ergonômicos.
2 REGISTRO POSTURAL
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As posturas são também estudadas com a finalidade de prevenir acidentes de trabalho. Uma
tarefa que envolva esforço excessivo, por exemplo, um manuseio de peso, pode envolver maiores
ou menores riscos para o sistema músculo-esquelético dependendo da postura adotada.
As posturas corporais são também associadas a melhores ou piores desempenhos no
trabalho. Estudos têm demonstrado que algumas posturas apresentam maiores vantagens
biomecânicas para a execução de determinadas tarefas do que outras. Nestes estudos, as posturas
são comparadas para identificar quais podem gerar maiores níveis de força muscular. Os estudos
que utilizam estes procedimentos geralmente comparam diferentes posturas, tais como diferentes
posições do punho, para identificar qual delas é mais vantajosa para a realização de força em um
movimento de preensão.
Portanto, os diferentes estudos que utilizam o registro postural são conduzidos para
identificar e controlar os riscos posturais. As informações fornecidas por estes estudos podem
permitir uma redução do esforço músculo-esquelético e dos desconfortos decorrentes e, aumentar a
eficiência dos movimentos dentro de limites seguros de amplitude articular. A motivação essencial
destes estudos pode ser expressa pelas questões: Porque não obter o melhor rendimento possível a
partir de um determinado esforço físico? Porque gastar mais energia ou expor o corpo a maiores
riscos ou desconfortos para obter o mesmo resultado?
Finalmente, após a identificação de uma postura, ela necessitará ser registrada para utilização
futura. Uma vez disponível, as posturas podem ser descritas, mensuradas, comparadas e avaliadas.
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Os sistemas eletrônicos de imagem espacial são outro meio para o registro direto de posturas.
Através da utilização destes sistemas é possível registrar a posição de pontos de referência no
espaço pela filmagem de sensores reflexivos fixados ao corpo. Usualmente, duas câmeras são
utilizadas para registrar dois planos corporais diferentes e concomitantes. Um dispositivo especial
de sincronização de imagens é utilizado para integrar e processar os registros, que são transferidos
para um computador para a análise posterior. Estes sistemas óptico-eletrônicos computadorizados
são sofisticados. Costumam exigir um espaço físico considerável para a acomodação das câmeras e
requerem ângulos específicos para filmagem. Devido as características descritas, estes dispositivos
não são adequados para registro postural em contextos ocupacionais. Ainda, por serem precisos e
exigirem tempo para a análise dos dados, são mais indicados para pesquisas de laboratório.
Fotografias - O uso de fotos é um outro recurso útil para o registro de posturas, desde que não seja
necessário registrar movimentos ou muitas posturas. Distorções podem ocorrer, as quais podem ser
minimizadas quando o ângulo de registro for bem centrado no objeto e quando uma profundidade
adequada for garantida entre a câmera e o objeto. Os ângulos entre os segmentos podem ser
mensurados diretamente utilizando um transferidor. Alternativamente, se câmeras digitais forem
utilizadas, ou se as fotos forem transferidas para o computador através de um scanner, é possível
usar um software que calcule os ângulos entre linhas retas traçadas sobre os segmentos. Quando o
objetivo for registrar movimentos, ou posturas ao longo de um período longo de tempo, outros
meios mais apropriados devem ser utilizados.
Finalmente, o registro postural no local de trabalho por meio de fotos e videoteipes pode
interferir com a situação natural dos trabalhadores. Para reduzir este efeito e preservar a
naturalidade dos trabalhadores é aconselhável introduzir o equipamento de registro previamente no
local de trabalho, de forma que os trabalhadores se tornem familiarizados com ele antes de se iniciar
o registro.
Protocolos de Registro: como uma alternativa às formas anteriores, as posturas podem também ser
registradas através de protocolos previamente planejados para o registro de itens específicos. Nesse
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Durante os anos 70, vários métodos diferentes foram propostos. Alguns eram modelos mais
descritivos, que permitiam a recuperação da postura corporal completa. Outros eram mais curtos e
práticos, tentando focar a atenção em apenas alguns segmentos corporais. Entretanto, alguns destes
métodos introduziram contribuições que mudaram definitivamente os procedimentos de registro
postural em protocolos. Um destes foi o OWAS - Sistema de Análise das Posturas de Trabalho
Ovako - publicado na "Applied Ergonomics" por Karhu, O. et al. em 1977 [8(4):199-200].
Resumidamente, este método combina o registro e um procedimento de análise em um único
sistema. O sistema OWAS básico permite o registro das posturas corporais em “menus” com
alternativas de escolha para as posições de três diferentes segmentos do corpo, a saber, do tronco
(quatro posições), membros superiores (três posições) e membros inferiores (sete posições). Cada
posição possível tem um número que deve ser assinalado no "menu" da folha de registro. Após
completar o registro, cada postura pode ser classificada em uma das quatro categorias de análise, as
quais indicam a premência de intervenção daquela postura. Isto é, o nível a urgência de atenção
exigida por cada postura analisada. Essas categorias formam propostas com base na avaliação
subjetiva do desconforto percebido por trabalhadores, bem como, no efeito que as posturas
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Um outro importante modelo foi proposto por N. Corlett et al. e publicado no "Ergonomics"
em 1979 [22 (3):357-366]. O modelo - "Posture Targeting" - introduziu a possibilidade de
registrar a posição dos segmentos corporais em faixas de amplitudes de movimento (em faixas de
ângulos), permitindo um registro graduado. O protocolo (folha de registro) apresenta um diagrama
corporal com uma série de círculos concêntricos segmentados, com aspecto similar ao de um alvo.
Cada “alvo” encontra-se posicionado adjacente a cada segmento corporal. A possibilidade de
registrar ângulos em faixas graduadas, com auxílio visual dos alvos, acabou também influenciando
outros métodos propostos posteriormente.
Durante a década de 1980, houve uma clara mudança na ênfase dos métodos de registro
postural - de procedimentos mais genéricos, destinados ao registro de todo o corpo, para métodos
mais específicos, com ênfase principalmente no pescoço e membros superiores. A natureza e as
demandas físicas dos trabalhos mudou, o que exigiu modificações dos métodos de registro.
Um procedimento detalhado e útil para o registro das posturas dos membros superiores foi
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Adaptado de Armstrong, T. et al., 1982. Reproduzido com autorização.
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publicado por T. Armstrong et al. no Jornal da Associação Americana de Higiene Industrial [43
(2):103-116] em 1982. Neste método, a postura dos membros superiores é registrada a partir de sua
posição ao redor dos eixos anatômicos de cada articulação. As articulações registradas pelo método
de Armstrong são: ombro, cotovelo, punho, mão, dedos e diferentes tipos de preensão e pinça. Uma
visão genérica da folha de registro é apresentada na Figura 3.
Neste protocolo de registro, alguns aspectos gerais sobre o trabalho e analista são
registrados no cabeçalho e no lado esquerdo da folha. Para a articulação do ombro, três diferentes
movimentos podem ser registrados, a saber: flexo-extensão, adução-abdução e rotação latero-
medial. Diferentes faixas de amplitudes de movimento estão disponíveis para serem assinaladas,
conforme a articulação em questão. Para o cotovelo os movimentos são: flexão, extensão, rotação
do antebraço e prono-supinação. Os movimentos do punho podem ser registrados em diferentes
faixas de amplitudes de flexão e extensão (45° de intervalo) e, de forma genérica, os desvios radial
e ulnar. A posição da mão é identificada pela posição dos dedos e a localização de cargas externas
presentes na mão. Cinco diferentes tipos de pinça e preensão podem ser escolhidos para o registro
de movimentos de pega.
Ainda dentro das abordagens descritivas, um modelo de registro denominado Protocolo
para Postura Sentada foi publicado por Gil et al. no periódico "Applied Ergonomics" [20(1):53-
57] em 1989, para o registro da postura sentada em situações funcionais. O protocolo de registro
possui um cabeçalho com informações tais como, data de registro, tempo, plano lateral observado e
número do sujeito. Cada folha permite o registro de várias posturas (Figura 4).
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Adaptado de Gil, H.J.C. Applied Ergonomics, 20(1):53-57, 1989. Reproduzido com autorização.
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Para registrar os ângulos entre os segmentos deve-se assinalar o ângulo que corresponde
aproximadamente a cada segmento observado. Um intervalo de 15 graus foi estabelecido para o
registro das amplitudes de movimento, porque este foi o menor intervalo identificado visualmente
com segurança pelos observadores durante o treinamento. A ficha permite o registro de ângulos da
articulação do joelho (ângulo entre a perna e a coxa), do tronco (ângulo entre o próprio tronco e a
coxa, sendo que o tronco ereto corresponde a 900) e, do ombro (entre o braço e o tronco). A relação
dos segmentos entre si (por exemplo, a variação angular entre a coxa e o tronco) foi utilizada como
referência para o registro, porque na postura sentada o indivíduo muda constantemente sua postura
e, conseqüentemente, mudam também os apoios de seu corpo, inviabilizando o uso de apoios como
referência.
Para facilitar o registro de itens relacionados aos apoios e suportes, tais como, apoio plantar,
apoio de antebraços e apoio lombar, foram utilizadas algumas convenções; quando o segmento
encontrava-se apoiado usava-se o sinal (+), na ausência de apoio usava-se o sinal (-). Os segmentos
bilaterais, como pés e antebraços foram registrados, respectivamente, assinalando-se o lado de cada
palavra. A cabeça foi registrada utilizando as convenções (+) para flexão anterior, (-) para extensão,
e (=) para posição neutra. No registro das posições dos membros inferiores também foram
considerados os cruzamentos no nível de joelho e tornozelo. Um exemplo é apresentado na Figura5.
Vários outros modelos descritivos são descritos na literatura ergonômica. Eles foram
planejados para atender aos objetivos específicos das diferentes situações funcionais a que se
destinam. Entretanto, usualmente, registramos, analisamos e avaliamos as posturas corporais como
uma das etapas na resolução de problemas ergonômicos. Portanto, a análise postural é uma outra
preocupação importante dos profissionais interessados na promoção de conforto e redução de
disfunções músculo-esqueléticas relacionadas ao trabalho.
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Desenho de Suely Paes de Barros.
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Para cada articulação, existem condições que podem agravar ou atenuar o risco envolvido.
No caso dos braços, uma condição que agrava o risco é quando o ombro encontra-se elevado e/ou o
braço encontra-se abduzido. Nestes casos, um (1) ponto deve ser adicionado à pontuação obtida
para o segmento. Por outro lado, um ponto (1) deve ser subtraído quando o peso do braço esteja
sendo suportado, com atenuação da carga. Do mesmo modo, para os antebraços acrescenta-se 1
caso eles cruzem a linha média do corpo ou encontram-se afastados na lateral do corpo. A
pontuação também é acrescida de 1 quando o punho encontra-se em desvio radio-ulnar. Em relação
à prono-supinação, a pontuação é 1 se o ante-braço encontra-se, na maior parte do tempo, em
posição intermediária, e 2 se o ante-braço encontra-se em uma posição mais extrema.
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Adaptado de McAtmney,L. et al., Applied Ergonomics, 24(2):91-99, 1993. Reproduzido com permissão.
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Figura 7. Faixas de amplitudes dos movimentos do pescoço e tronco e respectivas pontuações - Grupo B.6
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Coluna 1 Tarefa:
A Braço
Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4
Antebraço
Use a tabela 1
Pont. Parcial A Pont. Final A
Punho Trab.Musc. Força
+ + =
Rotação do Use a Tab. 3
punho Pont Geral
B Pescoço
Use a tabela 2
Pont. Parcial B Pont. Final B
Tronco Trab.Musc. Força
+ + =
Membros
inferiores
Para calcular a pontuação parcial A (Coluna 1 na Figura 8), é necessário consultar a Tabela
1 conforme descrito a seguir. Primeiro identifique o número registrado para o braço no lado esquer-
do da Tabela 1. Então, identifique o número registrado para o antebraço na segunda coluna da Ta-
bela 1. Siga a linha da pontuação do antebraço até a mesma cruzar com o número que representa a
postura do punho, que pode ser 1, 2, 3 ou 4, em sua respectiva coluna. Finalmente, verifique a pon-
tuação obtida para a rotação do punho. Seguindo a coluna da rotação do punho será encontrado um
único valor para a combinação dos quatro elementos registrados para o Grupo A. Este valor é es-
crito na segunda coluna (Pontuação Parcial A) do Protocolo de Pontuação do RULA (Figura 8).
Em seguida, para preencher a coluna 3 do protocolo, deve-se avaliar o trabalho muscular e a
força exercida por este indivíduo. Com respeito ao trabalho muscular estático, atribuí-se 1 ponto se
a tarefa analisada envolver contrações musculares mantidas (por exemplo, apreensão de objetos,
pressionamento de botões etc) por períodos maiores que 1 minuto, e atribuí-se 0 ponto quando
envolver trabalhos musculares por tempos menores.
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Adaptado de McAtmney,L. et al., Applied Ergonomics, 24(2):91-99, 1993.
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Adaptado de McAtmney,L. et al., Applied Ergonomics, 24(2):91-99, 1993.
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Braço Antebraço
3 4
Punho
1 2
Rotação do punho Rotação do punho Rotação do punho Rotação do punho
1 2 1 2 1 2 1 2
1 1 1 2 2 2 2 3 3 3
2 2 2 2 2 3 3 3 3
3 2 3 3 3 3 3 4 4
2 1 2 3 3 3 3 4 4 4
2 3 3 3 3 3 4 4 4
3 3 4 4 4 4 4 5 5
3 1 3 3 4 4 4 4 5 5
2 3 4 4 4 4 4 5 5
3 4 4 4 4 4 5 5 5
4 1 4 4 4 4 4 5 5 5
2 4 4 4 4 4 5 5 5
3 4 4 4 5 5 5 6 6
5 1 5 5 5 5 5 6 6 7
2 5 6 6 6 6 7 7 7
3 6 6 6 7 7 7 7 8
6 1 7 7 7 7 7 8 8 9
2 8 8 8 8 8 9 9 9
3 9 9 9 9 9 9 9 9
Tabela 1. Possíveis valores atribuídos aos os segmentos do Grupo A para calcular a pontuação parcial A.8
Pescoço Tronco
1 2 3 4 5 6
1 1 3 2 3 3 4 5 5 6 6 7 7
2 2 3 2 3 4 5 5 5 6 7 7 7
3 3 3 3 4 4 5 5 6 6 7 7 7
4 5 5 5 6 6 7 7 7 7 7 8 8
5 7 7 7 7 7 8 8 8 8 8 8 8
6 8 8 8 8 8 8 8 9 9 9 9 9
Tabela 2. Possíveis valores atribuídos aos os segmentos do Grupo B para calcular a pontuação parcial B.9
8
Adaptado de McAtmney,L. et al., Applied Ergonomics, 24(2): 91-99, 1993.
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Adaptado de McAtmney,L. et al., Applied Ergonomics, 24(2): 91-99, 1993.
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Tabela 3. Possíveis pontuações finais dos Grupos para calcular a pontuação geral.10
De acordo com o valor obtido na pontuação geral, a situação analisada irá requerer
diferentes níveis de atenção para o controle de riscos, conforme segue:
Pontuação 1 ou 2 - a postura é aceitável se não mantida ou repetitiva;
Pontuação 3 ou 4 - requer investigação adicional, e medidas de controle podem ser necessárias;
Pontuação 5 ou 6- requer investigação adicional, e medidas de controle são necessárias brevemente;
Pontuação 7 – requer investigação e medidas de controle imediatamente.
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ser influenciado por um grande número de variáveis, incluindo as respostas individuais. Como
consequência, os métodos como o RULA oferecem diretrizes úteis, apesar de genéricas, para
avaliação. O texto original descreve todos os preceitos, teóricos e práticos, necessários para a
proposição do método. Por estas razões, sugere-se ao leitor interessado em aplicar este método,
também a leitura do texto original.
A análise postural é uma tarefa complexa, que torna-se mais eficiente na medida em que um
maior número de riscos, presentes na situação analisada, sejam também incluídos na análise. Assim,
é necessário considerar não apenas as amplitudes de movimento, mas também as sobrecargas
músculo-esqueléticas internas e externas, a repetitividade do movimento, a natureza do trabalho
muscular (estático ou dinâmico), a duração das ações, os intervalos de repouso para a recuperação
funcional das estruturas envolvidas, aspectos individuais e organizacionais, condições físicas
presentes na situação, tais como, ferramentas, equipamentos de proteção individual utilizados; os
quais possam contribuir para o aumento do desconforto físico e lesão. Em geral, critérios utilizados
para análise postural são baseados em resultados de estudos, os quais permitem a proposição de
limites de segurança para a exposição das estruturas músculo-esqueléticas. Estes estudos utilizam
diferentes abordagens, como a epidemiológica, fisiológica (eletromiografia, gasto energético,
freqüência cardíaca), cinesiológica, biomecânica e psicofísica (escalas para registro da percepção de
esforços, desconfortos, etc). A ampla variedade de indicadores utilizados para avaliar as posturas
ilustra a complexidade dos aspectos envolvidos nestas análises. Portanto, apesar do registro de
movimento ser um importante elemento da análise postural, ele é apenas um dos elementos de
interesse para a análise. Outra questão comum que preocupa os analistas ao registrar posturas é:
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Portanto, com base nestes comentários, todo método de registro apresenta vantagens e
desvantagens a serem consideradas de acordo com o objetivo do estudo que se pretende realizar. O
número e a localização dos segmentos a serem registrados, a natureza do estudo (campo ou
laboratorial) e a abrangência ou precisão dos resultados que se pretende obter, são alguns dos
elementos que norteiam a escolha. Finalmente, os métodos não são mutuamente excludentes. Na
realidade, em algumas situações, eles podem ser combinados para melhor analisar uma situação
específica.*
3 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
GIL COURY, Helenice Jane Cote. Posture. In Industrial and Occupational Ergonomics: Users Encyclopedia. Cin-
cinatti, USA, 1999. ISBN 0-9654506-0-0 (in CD-ROM).Tradução: Edgar Ramos Vieira.
*
Gil Coury,H.J.C. Posture. Industrial and Occupational Ergonomics: Users Encyclopedia, 1999.
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