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09/10/2019
PLENÁRIO
Essa possibilidade foi instituída pela Lei nº 13.932/2019, que alterou a Lei nº 8.036/1990,
que dispõe sobre o FGTS. De acordo com a nova lei, a unificação de contas do FGTS é facultativa e
pode ser realizada pelo próprio trabalhador por meio de aplicativo ou site disponibilizado pela
Caixa Econômica Federal, instituição responsável pela administração do FGTS.
A unificação de contas pode ser vantajosa para o trabalhador, pois permite que ele tenha uma
visão mais clara de seus recursos acumulados no FGTS e possa fazer um planejamento financeiro
mais eficiente. Além disso, a unificação pode facilitar a obtenção de crédito com base nos valores
disponíveis na conta do FGTS.
No entanto, é importante lembrar que a unificação de contas pode ter impactos em questões
como a correção monetária e os prazos de saque dos recursos. Por isso, é recomendável que o
trabalhador consulte um especialista em direito trabalhista ou um profissional de contabilidade antes
de realizar a unificação de suas contas do FGTS.
É o relatório.
Passa-se à análise.
Os interesses individuais de interesse social são aqueles que, embora de natureza individual,
possuem fortaleza social e impacto coletivo. Exemplos desse tipo de interesse são a defesa dos
direitos do consumidor, a proteção do meio ambiente e a garantia do acesso à saúde e à educação de
qualidade. Quando tais interesses são ameaçados ou violados, o Ministério Público pode atuar para
defendê-los, propondo ações judiciais e buscando a reparação dos danos causados. O que nos leva
ao entendimento que os interesses mesmo individual e disponível, tendo como objetivo a relevância
social são compatíveis, haja vistas que eles se equiparam aos citados no art. 129, III, da CF.
Da leitura detida da lei 7.347/85 não constitui obstáculo a atuação do Ministério Público em
contextos fáticos jurídicos revestidos de interesses sociais qualificados, ainda que sua natureza seja
de direitos divisíveis, disponíveis e com titulares determinados ou determináveis, já que a
legitimidade ministerial, em tais situações, emana diretamente do art. 127 da CARTA MAGNA.
É interesse social de idêntico quilate se vislumbra nas pretensões “que envolvam tributos,
contribuições previdenciárias, o fundo de garantias do tempo de serviço – FGTS ou outros fundos
de natureza institucional cujos beneficiários podem ser individualmente determinados” (parágrafo
único do art. 1º da lei 7.347/85).
Por tudo isso, não merece provimento o recurso interposto, pois tal aceitação estaria à
afrontar o principio do interesse social, principal norteador dos processos coletivos no âmbito do
Ministério Público.
É a conclusão.