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Domine o Seu Metabolismo
Domine o Seu Metabolismo
DOMINE O SEU
METABOLISMO
Prefácio de Christine Darwin, M. D.
Inês Rodrigues
CONTEÚDOS
PREFÁCIO 9
AGRADECIMENTOS 327
PARTE 1
COMO AS HORMONAS
CONDICIONAM
O SEU METABOLISMO
}
CAPÍTULO 1
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DOMINE O SEU METABOLISMO
> uma balança que não se mexe, por muito pouco que coma ou por mais
exercício que faça?
> níveis deploráveis de energia que só parecem piorar?
> uma pele que começa a ficar pálida ou cheia de rugas e ainda nem
passou dos 40?
> uma pele sempre cheia de borbulhas – e há décadas que deixou
de ser adolescente?
> níveis de humor que sobem e descem imprevisivelmente?
> um ciclo menstrual que a põe (e a toda a gente à sua volta)
completamente louca?
> um cansaço que não melhora, por mais que durma?
> uma sensação de esgotamento, um pouco irritante, da qual não
consegue libertar-se?
> perdido e recuperado os mesmos dois, quatro, oito quilos, uma vez
após outra?
> ou, mais provável ainda, perdido e recuperado mais peso de todas as
vezes, sentindo-se cada vez mais em baixo e sem esperança?
Eu também. Tudo isto e muito mais. Eu sabia que alguma coisa estava
errada, mas não conseguia perceber o quê – achei que ia dar em louca.
Foi nessa altura que comecei a explorar a área da endocrinologia – o
ramo da medicina que se dedica às hormonas – e, de forma lenta mas
segura, percebi (e fiquei horrorizada) que grande parte desta situação era
provocada por mim.
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DEIXE-ME ADIVINHAR – É ISTO QUE ESTÁ A ACONTECER CONSIGO?
Quando eu olho à minha volta, sei que não estou só. Há imensos sis-
temas endócrinos desequilibrados por todo o lado. As estatísticas
contam a história:
* Geração nascida durante o período de 1946-1964 (após a Segunda Guerra Mundial). (N. da T.)
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DEIXE-ME ADIVINHAR – É ISTO QUE ESTÁ A ACONTECER CONSIGO?
> Artrite
> Aterosclerose (endurecimento das artérias)
> Cancro (sobretudo do pâncreas, fígado, rins, endométrio, mama, útero
e cólon e, possivelmente, leucemia e linfoma)
> Insuficiência cardíaca congestiva
> Doença cardíaca coronária
> Depressão grave
> Estigma social devastador
> Doenças da vesícula biliar
> Gota
> Ataques cardíacos
> Tensão arterial elevada
> Colesterol elevado
> Triglicerídeos elevados
> Problemas respiratórios
> Apneia do sono
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Gostaria que tudo isto fosse invenção minha apenas para o assustar,
mas não é. Todos nós já lemos as estatísticas publicadas. Sabemos
que, supostamente, há muitas razões para isto estar a acontecer: vinte
mil canais de televisão por cabo, gigantescos cheeseburgers, alimentos
processados, deslocações de 80 quilómetros de casa para o trabalho,
e vice-versa, semanas de trabalho de 70 horas.
Mas existem outras razões das quais ninguém parece falar. E quanto
aos químicos que existem no ar que respiramos, na água que consu-
mimos, nos cosméticos, nas roupas? E quanto ao herbicida que o vizi-
nho do lado usa para tratar o jardim? E o plástico que invadiu cada
canto do nosso planeta?
Durante muito tempo, limitámo-nos a culpar o hábito de comer de
mais. Mas muitos outros fatores ambientais, alimentares e sociais
entraram em jogo nos últimos 30 anos, e grande parte deles perturba
o funcionamento das nossas hormonas e desliga o nosso metabo-
lismo.
Tenho visto pessoas de quem gosto percorrerem o caminho até à
morte prematura devido às hormonas. Conhece aquele homem – tal-
vez seja você esse homem – com uma faixa de gordura à volta da
cintura chamada “ataque cardíaco”? Ou aquela mulher que deteta
um nódulo na mama aos 28 anos de idade? Ou a criança a quem é
diagnosticada uma diabetes do tipo 2, típica dos adultos, antes de ter
sequer idade para ver filmes para maiores de 12?
Este último caso parte-me o coração. O índice de diagnóstico de
diabetes disparou 40 por cento na última década. Que raio se estará
a passar? Porque estão as nossas hormonas tão descontroladas e como
podemos detê-las?
É evidente que só há uma maneira. Temos de acordar e perceber
que cada garfada que levamos à boca e cada escolha que fazemos em
relação ao nosso estilo de vida são importantes. Não só por causa das
calorias, da gordura ou hidratos de carbono, mas porque essas garfa-
das e escolhas são instruções que damos ao nosso corpo. Sempre que
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> Peso da mãe: Por volta dos seis anos, as crianças nascidas de mães
obesas têm 15 vezes mais probabilidades de serem obesas do que as
crianças nascidas de mães com peso normal.
> Amamentação: Diversos estudos associam a amamentação a um
menor risco de obesidade infantil. Alguns especialistas calculam que
os bebés alimentados a biberão têm 15 por cento a 20 por cento mais
de probabilidades de virem a ser obesos do que bebés que foram
amamentados.
> Televisão: Cada hora que um adolescente passa em frente da televisão
aumenta em dois por cento o risco de desenvolver obesidade. Limitar a
uma hora por semana o tempo para ver televisão pode reduzir cerca de um
terço o número de adolescentes obesos.
> Refeições familiares: Um inquérito feito a oito mil crianças demonstrou
que as que não comiam muitas refeições em família mas viam muita
televisão tinham maior probabilidade de virem a sofrer de excesso de peso
quando chegassem ao terceiro ano de escolaridade.
> Não brincar ao ar livre: Se, além disso, essas crianças também viverem
num bairro inseguro que não lhes permita brincarem na rua, serão gordas
quando chegarem à pré-primária.
> Controlo parental: Se os pais controlam muito o que os filhos comem,
estes nunca desenvolverão a capacidade de autorregularem a ingestão
de alimentos e, provavelmente, tornar-se-ão gordos.
> Fazer dietas prematuramente: Jovens de ambos os sexos que sejam
encorajados a fazer dieta têm o triplo de probabilidades de terem
excesso de peso cinco anos mais tarde, devido a maior compulsão
alimentar, saltar o pequeno-almoço ou outras tentativas não saudáveis
de perder peso.
> Pobreza: Rendimento financeiro baixo combinado com qualquer um
destes fatores aumenta drasticamente o risco de obesidade. Acredito que
as toxinas existentes no ambiente em que vivemos atingem as pessoas
mais vulneráveis: crianças pobres cujos pais só conseguem comprar
comida processada mais comum, à base de milho e de soja, geneticamente
modificada e com pesticidas.
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A minha mãe olhou bem para mim e percebeu que tinha de fazer
qualquer coisa – e depressa. Levou-me a um terapeuta, mas, feliz-
mente, também reconheceu que eu precisava de um escape físico
para libertar a minha raiva e frustração.
Foi então que as artes marciais salvaram a minha vida.
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correspondiam a uma atitude “fixe”. Isto é que era fixe para mim. Eu
queria ser como estas pessoas. Queria impressioná-las.
Portanto, o que me terá dito Rob que fez com que eu entrasse final-
mente nos eixos? Eis como tudo se passou. Acredito que é algo que
acontece a qualquer pessoa que queira verdadeiramente mudar a sua
vida – eu chamo-lhe o “momento limite”. É a epifania que nos impele
para a mudança – dê por onde der.
Um dia, enquanto esperava pela minha aula, permaneci ali de pé,
devorando o meu pacote de Cheetos. Robert veio ter comigo, olhou
para o pacote e expulsou-me da sala de treinos. “Estou a perder tempo
contigo”, disse-me. “E, até estares disposta a aprender e a aproveitar os
meus conhecimentos, estás a desperdiçar o teu próprio tempo, mas
isso é contigo. Eu dou valor ao meu próprio tempo. Por isso sai.” Senti-
-me ficar sem pinga de sangue. Ele viu como fiquei aturdida. “Quando
quiseres levar isto a sério, e levares-te a ti própria a sério, então volta e
nessa altura poderei ajudar-te.” E fechou a porta na minha cara.
A mensagem que Robert me passou e que, a partir desse momento,
passou a ser a minha filosofia de vida, foi: A jornada para conseguir
ser saudável é, definitivamente, uma jornada de poder. A definição de
poder, na minha opinião, é cada um aprender a tornar o seu sonho
realidade.
Deixe-me contar-lhe um pequeno segredo: não adoro fazer exercí-
cio físico. Às vezes gosto, mas é raro. Não me interessa se alguém
tem abdominais perfeitos ou glúteos de aço. Não me interprete mal,
se é o seu caso, ótimo para si. Mas, para mim, fitness é muito mais do
que isso.
Eu uso o exercício fisico como forma de as pessoas recuperarem o
seu poder. Torna as pessoas mais fortes, confiantes e poderosas, e
essa força transborda para outras áreas das suas vidas.
E agora sei que o mesmo acontece em relação à sua alimentação e a
outros aspetos do seu estilo de vida. Ao tomar a decisão de assumir o
controlo daquilo que ocorre dentro do seu corpo, está a usar esse
poder. Ao reconhecer que forças exteriores ao seu corpo têm pertur-
bado a sua bioquímica interna e ao tomar medidas para otimizar as
suas hormonas, está a aproveitar esse mesmo poder, assumindo-o
como seu.
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