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Rins
Os rins servem para filtrar o sangue, isto é, tirar o excesso de substâncias do sangue.
É o grande regulador homeostático de todo o nosso organismo, ele vai ter em termos de
funções homeostáticas:
Regular o balanço de água de eletrólitos: excreta o excesso de água e eletrólitos
(sódio, potássio) do nosso corpo
Regular a osmolalidade plasmática: o principal ião que contribui para a omoslaridade
plasmática é o sódio
Regular o equilíbrio ácido-base: a maior parte dos ácidos são excretados via CO 2, no
entanto, existem alguns ácidos não voláteis que não é possível excretar pela
respiração, pelo que são excretados pelo aparelho urinário
Excretar de metabolitos
Regular a pressão arterial (através da renina)
Para além das funções homeostáticas, o rim também tem funções bioquímicas:
Produz hormonas (renina, eritropoietina)
Metabolismo de algumas substâncias (vitamina D)
Constituição do rim
Cápsula, córtex e pirâmides renais.
No córtex e nas pirâmides existem os nefrónios, que é onde o sangue e filtrado e onde se
produz a urina.
Constituição do nefrónio
Glomérulo, túbulo (tubo
contornado proximal, ansa fina
descendente e ascendente, ansa
grossa ascendente, tubo
contornado distal, tubo conetor,
tubo coletor diferencial, tubo
coletor cortical, tubo coletor
medular).
Função Glomerular
Constituição do glomérulo
Arteríola Aferente, capilares, arteríola eferente.
Cápsula de Bowman e tubo contornado proximal.
Barreira de Filtração
Alguns solutos e água dos capilares glomerulares passam para o espaço de Bowman. Ao
passar para o espaço de Bowman ocorre uma filtração diferencial, que é possível graças à
estrutura da membranar dos capilares, que funciona como uma barreira de filtração. Assim, a
barreira é constituída pelo endotélio perfurado, membrana basal, podócitos (células que só
existem nos rins) e glicosaminoglicanos carregados negativamente.
Nem todas as substâncias conseguem passar pela membrana, pois ocorre uma
seletividade pelo tamanho, carga e forma (rigidez). Só conseguem passar substâncias
pequenas; se tiverem carga positiva são filtradas mais rapidamente do que as moléculas com
cargas negativas; moléculas que se conseguem deformar atravessam a barreira mais
facilmente.
Esta barreira é muito importante no impedimento da filtração de proteínas, glóbulos
vermelhos e outras células do sangue.
Ultrafiltrado glomerular
Plasma que é filtrado do lúmen capilar para o espaço de Bowman. Este ultrafiltrado passa
depois pelo túbulo e vai para a bexiga. No túbulo a maior parte do filtrado é reabsorvido, pelo
que a urina é o líquido filtrado menos o líquido reabsorvido no túbulo mais o líquido
secretado pelo túbulo.
No tubo existe um
determinado número de
transportadores, quando
a glicose chega aos
300mg/ml esses
transportadores estão
saturados
Quando os
transportadores não
conseguem transportar
mais, a glicose começa
aparecer na urina
Para além da sua função de reabsorver, o túbulo também segrega algumas substâncias, como
por exemplo, penicilina, aspirina, creatinina, dopamina, morfina.
Hemofiltração
Insuficiência renal: perda da função renal com compromisso da homeostasia dos fluídos e
eletrólitos corporais
Aguda: acumulação de produtos nitrogenados, retenção de fluídos, desequilíbrios
eletrolíticos, acidose – geralmente transitória
Crónica: anemia, atraso no crescimento, tendência hemorrágica – irreversível (há
destruição de nefrónios)
Diálise: substituiu os mecanismos de regulação do rim. Procedimento destinado à depuração
(limpeza) sanguínea, equilíbrio hidro eletrolítico e controlo da pressão arterial. Pode ser
realizada por três processos diferentes:
Hemodiálise: utiliza-se o princípio da difusão, onde duas soluções separadas por uma
membrana semipermeável têm a tendência de igualar as suas concentrações.
Ocorrem trocas de fluídos entre ambas, na tentativa de passar para o líquido da diálise
os excessos do sangue. A máquina bombeia o seu sangue, através da membrana. Os
produtos tóxicos e a água em excesso do seu organismo são filtrados e o “sangue
limpo” regressa novamente ao seu organismo. Este método é bom para difusão de
partículas pequenas.
Hemofiltração: semelhante à hemodiálise, mas sem se utilizar o líquido da diálise
Diálise peritoneal: a membrana peritoneal (membrana que envolve os órgãos
abdominais) atua como um filtro do sangue, removendo excesso de água e toxinas do
corpo. A solução de diálise peritoneal entra e sai da cavidade peritoneal através de um
cateter de Tenckhoff. Este método é vantajoso em crianças, mas existe sempre risco
de infeção.
Regulação
Sistema tampão: primeira linha de defesa; atua em segundos; os nossos fluidos
intersticiais e intracelulares regulam o pH para não ocorra acidose ou alcalose
Sistema respiratório: segunda linha de defesa; atua em 1-3 minutos; havendo uma
acidose (excesso de ácidos) ventila-se mais vezes para eliminar mais CO2; havendo
uma alcalose (excesso de bases) ventila-se menos para reter CO2 e equilibrar o pH.
A ventilação é controlada pelos barorrecetores (aorta e corpos carotídeos) e pelos
quimiorrecetores (corpo carotídeo e bolbo raquidiano). Quando estes recetores
sentem uma alteração da pressão arterial estimulam a central respiratória a ventilar
mais ou menos. Os quimiorrecetores centrais (bolbo raquidiano) são mais sensíveis á
hipoxia (baixa de oxigénio)
Rins: regulam a excreção de solutos; atua em horas/dias; Para além de secretar H + não
volátil, por cada H+ secretado os rins recuperam um HCO3-
Acidose Alcalose
Acidemia Alcalemia
Respiratória Metabólica Respiratória Metabólica
P (CO2)> 45 P (HCO3-) <22 pH <7,35 P (CO2) <35 P (HCO3-)> 24 pH >7,45
Masculino: no cromossoma Y existe uma região chamada SR Y (sex determinig region) que
transcreve um gene TDF (Fator de Determinação Testicular) responsável pela formação dos
testículos. Os testículos libertam testosterona que faz com que haja a diferenciação dos
ductos de Wolff (responsáveis pelo fenótipo masculino) e produção da hormona anti-
mulleriana (responsáveis pela degeneração dos ductos de Muller, responsáveis pelo fenótipo
Feminino)
Feminino: não há TDF, pelo que se formam ovários. Não há testosterona, pelo que não há
diferenciação dos ductos de Wolff nem degeneração dos ductos de Muller.
Ovogénese
Final da 3ª semana de desenvolvimento: desenvolvimento de células germinativas
primordiais: ovogónias
Até às 20-24 semanas as ovogónias multiplicam-se por mitoses sucessivas, atingindo o
seu número máximo de cerca de 6-7 milhões de células
Às 8-9 semanas iniciam a primeira divisão da meiose, que suspendem em prófase I:
oócitos primários (a meiose só se completa aquando da ovulação)
Simultaneamente ocorre o processo de degenerescência dos ovócitos – Atrésia
Eixo Hipotálamo-Hipofisário-Ovárico
Hipotálamo: liberta GnRH (Hormona libertadora de gonadotrofina. A sua produção é
contínua antes da puberdade (ineficaz) e pulsátil após a puberdade.
Hipófise: quando os seus recetores detetam GnRH, a hipófise produz LH e FSH
(hormona folículo-estimulante; atua na fase folicular)
Ovários: quando a LH e FSH atuam sobre os ovários estimulam a produção hormonal
ovárica. As células da granulosa produzem hormonas peptídicas (inibina, que inibe a
libertação de FSH e activina, que estimula a libertação de FSH) e hormonas esteroides
(estrogénios e progestativos). As células da teca produzem progesterona e
testosterona. Estas hormonas atuam por feedback negativo, ou seja, quantos mais
estrogénios existe nos ovários, menos LH e FSH a hipófise liberta (exceção: durante a
ovulação atuam por feedback positivo).
Regulação Hormonal do Ciclo Ovárico 3
1
2 4 5
1. Aumento da secreção de FSH e LH faz com que haja crescimento dos folículos e
proliferação das células da granulosa e da teca, que começam a produzir estrogénios e
alguma progesterona
2. Os estrogénios e progesterona funcionam quase sempre por feedback negativo, pelo que
quando os folículos se começam a desenvolver, começa a haver produção de estrogénios e
progesterona e por feedback negativo há uma diminuição de LH e FSH.
Esta diminuição provoca uma inibição dos folículos, no entanto o folículo dominante como
é mais vascularizado e tem mais recetores continua a ter acesso à LH e FSH e continua a
desenvolver-se. Este folículo dominante é o que produz mais estrogénios, pelo que é o que
se desenvolve mais (2cm).
3. O folículo dominante continua a produzir hormonas até se ter um pico de estrogénios.
Quando se tem durante dois dias uma concentração de estrogénios alta, em vez de ocorrer
feedback negativo ocorre feedback positivo, que condiciona um pico de LH e FSH. O pico
de LH é essencial para que ocorra ovulação e a formação do corpo lúteo.
4. Após a formação do corpo amarelo este começa a produzir hormonas ováricas,
especialmente progesterona. Este aumento de progesterona e estrogénios, por feedback
negativo, leva a uma diminuição de LH e FSH. Impede que haja o desenvolvimento de mais
folículos.
5. Se não ocorrer fecundação o corpo amarelo degenera e deixa de produzir hormonas, há
uma diminuição de estrogénios e progesterona que leva a um aumento de LH e FSH, e
inicia-se novamente o ciclo; Se houver fertilização começa a produção de HCG, que
mantem o corpo amarelo funcionante até que haja placenta.
Ciclo Uterino / Endometrial
2. Fase Proliferativa: a produção de estrogénios e progesterona pelo folículo provocam um
aumento do estrato funcional; começa também a haver síntese de recetores de progesterona
3 e 4. Fase Secretora: estrogénios proliferam o endométrio; progesterona amadurece o
endométrio (desenvolvimento glandular, vascularização e acumulação de glicogénio)
5. Fase Menstrual: Se não ocorrer fecundação o corpo amarelo degenera e deixa de produzir
hormonas, pelo que o estrato funcional do endométrio começa a degradar-se e dá origem à
menstruação. Se houver fertilização começa a produção de HCG, que mantem o corpo
amarelo funcionante até que haja placenta, pelo que não à degradação do estrato funcional.
Contraceção
Métodos Reversíveis
Comportamentais: abstinência periódica; baixo custo; baixa eficácia, pouco prático
Método do calendário: Tendo em conta o momento da ovulação; Considerando 6
ciclos menstruais anteriores, calcula-se o período fértil subtraído 10 dias ao ciclo
mais longo e 20 dias ao ciclo mais curto
Temperatura basal: Tem por base fisiológica o aumento da temperatura basal após
a ovulação (0,5ºC)
Muco cervical: Torna-se mais claro, abundante e elástico perto da ovulação
Coito interrompido: retirar o pénis antes da ejaculação
Barreira: impedir a progressão dos espermatozoides até ao útero
Diafragma: sem alterações hormonais; baixa eficácia, não protege DST
Preservativos: prevenção de DST, facilidade de uso; alergias, pode rasgar
Espermicidas: fácil de usar, aumento da lubrificação; baixa eficácia, alergias
Hormonais: aplicação vaginal, transdérmica ou subcutânea, oral, injetável
Estrogénios + progestativos: elevada eficácia contracetiva, não interfere com o
coito; Náusea, depressão, alterações de peso (aumento apetite), corrimento vaginal
Progestativo isolado: quando se tem contraindicação dos de cima; irregularidades
menstruais, aumento do peso, acne, alteração de humor
Dispositivo Intrauterino (DIU e SIU): alta eficácia, longa duração, seguros; infeção,
expulsão, perfuração
Contraceção de emergência: DIU de Cu (eficaz até 5 dias), progestativo isolado (72h,
85% de eficácia), estroprogestativo (mal tolerado), acetato de ulipristal (120h)
Métodos Irreversíveis
Laqueação de trompas: elevada eficácia; risco cirúrgico/anestésico, possibilidade de
disfunção ovárica
Essure (oclusão/obstrução tubular): elevada eficácia, diminuição do risco
cirúrgico/anestésico; necessidade de monitorização após 3 meses
Vasectomia: elevada eficácia, anestesia local; monitorização após 3 meses
Fertilização
Junção do material nuclear do espermatozoide com o oócito secundário. Ocorre na ampola
da trompa de Falópio.
Os movimentos do cílios e as contrações da trompa direcionam o oócito para o útero. O
movimento do espermatozoide e as contrações uterinas provocam ascensão do
espermatozoide para a trompas.
O oócito secundário possui uma zona pelúcida e uma corona radiata que o protegem.
O espermatozoide aproxima-se desta estrutura que ovulou e liga-se à zona pelúcida, o
que leva a uma reação acrossomal (acrossoma: organelo cheio de enzimas hidrolíticas)
que provoca a libertação de enzimas hidrolíticas que vão dissolver a zona pelúcida
A cabeça do espermatozoide funde-se com a membrana do oócito e há transposição
de material genético masculino para o oócito
Simultaneamente ocorre uma reação cortical. O aumento da concentração de cálcio
vai fazer com que haja exocitose de grânulos / vesículas corticais, que libertam
substâncias que impedem a entra a outros espermatozoides
O aumento do cálcio também induz o oócito secundário a completar a meiose (passa-
se a designar ovo) e à formação do segundo corpo polar
Quando o material genético masculino e feminino fundem passa-se a designar zigoto
O zigoto inicia um processo de mitoses múltiplas e vai-se tornar numa estrutura de células
cada vez mais complexa (blastocisto), quando chega ao útero vai-se implantar na cavidade
endotelial. O blastocisto vai-se dividir em duas partes, uma mais interna vai dar origem ao
embrião e uma parte mais externa (trofoblasto) que se divide no sincício-trofoblasto, que
penetra no endométrio e vai dar origem a placenta e no cito-trofoblasto que é importante
para a constituição das membranas fetais)
Gravidez
Líquido amniótico: liquido em que o bebé está inserido. O principal componente é a urina
fetal, que é continuamente renovada através da urina fetal, de deglutições fetais e da
corrente traqueobrônquica. Funções: proteção mecânica; desenvolvimento muscular e
pulmonar.
Placenta: resulta do sincício trofoblasto. É o órgão vital do feto, se não houver placenta não
há líquido amniótico, não há oxigénio,… Funções: trocas gasosas (elimina CO2 e promove a
passagem de O2, através do cordão umbilical, para o feto); transferência de nutrientes;
excreção; proteção imune; síntese de hormonas (HCG, HCS, estrogénios, progesterona,
relaxina).
O transporte na placenta é feito por difusão simples (gases, eletrólitos, água, ureia,
creatinina), difusão facilitada (glicose) e transporte ativo (aminoácidos, cálcio, fósforo, ferro e
vitaminas).
Gonadotrofina coriónica humana (HCG): mantém a viabilidade do corpo amarelo além
dos 11 dias habituais. Começa a diminuir a partir das 9-12 semanas
Somatomamotrofina coriónica humana (HCS): sintetizada pelo sincício-trofoblasto, a
partir das 4 semanas. A sua produção aumenta ao longo da gravidez. Estimula a
lipólise (destruição de lípidos, para os por disponíveis no sangue para passarem para o
feto), hiperglicemia e diurese
Estrogénios: estimulam o crescimento do miométrio e do sistema ductal mamário
Progesterona: estabilidade do feto; inibe contrações uterinas (diminui a produção de
prostaglandinas e a sensibilidade do miométrio à oxitocina); estimula o crescimento
alveolar da mama e o centro respiratório, facilitando a eliminação do CO2
Relaxina: inibe contrações do miométrio; relaxa os ligamentos pélvicos e a sínfise
púbica; amolece e dilata o colo uterino.
Parto: série de contrações rítmicas, regulares e fortes estimuladas pela Oxitocina (hormona
produzida pelo hipotálamo, libertada pela neuro-hipófise) e pelas Prostaglandinas, PGE2 e
PGF2α. Duração de horas a 1 dia (ou mais). Resulta na expulsão do feto, membranas fetais e
placenta da cavidade uterina.
Desencadeantes: quando o feto começa a produzir cortisol; quando as membranas do feto
começam a produzir prostaglandina e oxitocina; diminuição da progesterona
Manutenção do trabalho de parto: as prostaglandinas produzidas pelo útero, placenta e
membranas fetais provocam a contração do miométrio; amolecimento e dilatação do colo
uterino; potenciação da ação da oxitocina. A oxitocina estimula a dilatação do útero e a
produção de PGF2α; essencial na constrição e involução uterina.
3. Crescimento
Ocorre principalmente em crianças e fetos. Consiste num aumento de tamanho da
altura/peso/perímetro cefálico (CE). Aumento do tamanho e número das células.
Tabelas percentis: obtidas por métodos estatísticos. Definida como gráficos de distribuição do
peso/altura ao longo da idade (tempo). Preenche-se de acordo com o crescimento da criança
para observar se a velocidade do crescimento da criança é normal.
Anatomia
Genitais Externos: pénis, escroto
Genitais Internos: testículos,
epidídimo, canal deferente, uretra,
próstata, vesiculas seminais
Testosterona
Homem: barba, pêlos, maturação dos espermatozóides (atua sobre a célula de Sertoli e
optimiza-a), líbido sexual
Mulher: pêlos, líbido sexual
Ativa-se o
SN parassimpático, as helicinas
dilatam e enchem sinusóides (espaço
lacunar/túnico), o que faz com que o
espaço sub-túnico colapse contra a
túnica albugínea.
Ativa-se o SN simpático, as helicinas
contraem e o sangue é drenado pelo
espaço sub-túnico, para a túnica
albugínea e depois para as veias.
Regulação periférica
- O SN parassimpático e células endoteliais libertam NO. O NO ativa a guanil ciclase, que leva
à formação de cGMP e provoca uma diminuição da concentração de cálcio dentro da célula e
consequente relaxamento (erecção). Existe também na célula uma enzima designada
fosfodiasterase tipo 5 (TDE5) que degrada o GMPc e assim não permite ereção.
- O SN parassimpático liberta também acetilcolina. A acetilcolina ativa a adenil ciclase via
prostaglandina E1, que leva à formação de cAMP.
- O SN Simpático provoca a
produção de noraepinefrina.
Quando atua nos receptores
alfa1 provoca um aumento da
concentração de cálcio e
contracção (flacidez). Quando
atua nos receptores alfa2 inibe
a adenil ciclase e provoca uma
contracção da célula (flacidez).
Plateau
Não entra mais sangue no pénis, mas também não sai mais sangue, atinge-se a rigidez
máxima. A pressão intracavernosa está acima da sistólica, isto é, a pressão que existe no pénis
é superior à pressão nas artérias. Estimulação das glândulas acessórias.
Orgasmo
Emissão (preparação para a ejaculação, estimulo do SN parassimpático)
Movimento do sémen para a uretra prostática. Contracções peristálticas da ampola dos
canais deferentes, vesículas seminais e músculo liso prostático.
Constrição do esfíncter uretral interno, para o esperma não ir para a bexiga.
Ejaculação (estimulo dos SN simpático e parassimpático)
Movimento do sémen da uretra prostática para o exterior. Reacção reflexa. Contracções
rítmicas dos músculos do pavimento pélvico, isquiocavernoso e bulo esponjoso.
Resolução
Predomínio simpático
Contracção arteriolar e do músculo liso cavernoso
Aumento do retorno venoso
Período refractário muito dependente da idade, estado geral e factores psicológicos (os
receptores não têm a capacidade de promover o relaxamento)
Disfunção Erétil
- Distúrbios da libido e impulso sexual
- Distúrbios Psicológicos: depressão, ansiedade
- Distúrbios Neurológicos (parassimpático deixa de ser tão ativo): doenças cerebrais
- Distúrbios Hormonais (falta de algumas hormonas)
- Distúrbios Vasculares (alterações nas artérias): aterosclerose, incompetência venosa
- Medicações
- Hábitos: drogas, abuso de álcool, fumar
Plateau
Culminar da fase de excitação, vaso congestão, rash sexual (ficar vermelha), os dois terços
superior da vagina dilata para acomodar os espermatozóides.
Resolução
Regresso ao estado pré-excitação. Satisfação pessoal e bem-estar. Novos ciclos de excitação
podem ser iniciados (não há período refractário)
Problemas
- Distúrbios da libido e impulso sexual
- Dispareunia: dor durante a relação sexual, que pode ser por pouca lubrificação
- Vaginismo: a vagina contrai e impede que o pénis saía (muito raro)
6. Sistema nervoso
SN Central – centro de comando e integração
SN Periférico – nervos que saem da espinal medula e vão para o resto do corpo
Nervos sensitivos/motores – nervos que levam/trazem informação
Nervos aferentes/ eferentes – nervos que levam/trazem informação
SN Simpático – reacção de fuga ou luta
Neurónio
Unidade básica do sistema nervoso.
Grande polimorfismo estrutural e
funcional. Constituído por corpo,
dendrites, axónios.
Dendrites: (terminal pós sinático) áreas de recepção por excelência, mas não exclusivas, em
regra não geram potenciais de acção. Conduzem sinais eléctricos até ao corpo do neurónio
Sinapse: (terminal pre sinático) região especializada, entre duas células adjacentes, onde
ocorre transferência de sinais eléctricos. Podem ser:
- Eléctrica: não existe “fenda sináptica”, as moléculas e pequenos iões passam para o
neurónio seguinte atravé de gap-junctions.
- Química: os neurotransmissores são sintetizados e armazenados em vesículas. Quando a
célula despolariza, os canais de cálcio abrem e entra Ca2+, que estimula a fusão dessas
vesículas com a membrana pré sináptica. Os neurotransmissores são difundidos na fenda
sináptca e ligam-se a recetores especificos na célula pós sináptica, ativando a célula pós
sináptica. Os neurotrasmissores degeneram.
Transmissão de informação
Ocorre um potencial de membrana no neurónio, quando chega ao terminal pré-sináptico
liberta neurotransmissores (glutamato, GABA) para a fenda sináptica. Atenção que cada
neurónio tem um neurotransmissor específico, pelo que só liberta um desses
neurotransmissores. Os neurotransmissores difundem-se e vão-se ligar aos seus receptores
(proteínas) no terminal pós-sináptico, que alteram a sua configuração e abrem um poro na
membrana, permitindo a entrada de iões (Na+ e K+) que despolarizam a membrana. A
despolarização da membrana dá origem ao potencial de membrana. Quantos mais iões
entrarem maior é o potencial de membrana, isto é, mais se aproxima do zero e maior é a
probabilidade do sódio atingir o soma. No soma o sódio provoca uma mudança do potencial
de -70mV para -50mV. Quando chega aos -50mV os canais de sódio do hillock axonal abrem e
o sódio entra em grandes quantidades. O potencial de membrana rapidamente sobe podendo
chegar aos +10mV. Esta despolarização ativa canais de potássio e, como existe em maiores
concentrações dentro da célula, o potássio saí e o potencial de membrana recupere até aos -
70mV.
Cérebro
Eletroencefalografia (EEG)
Avaliação da actividade eléctrica produzida pelo encéfalo a partir do registo de eléctrodos
colocados no couro cabeludo/cérebro. Podem ser EEG de superfície, os eléctrodos são
colocados no couro cabeludo, ou EEG intracraniana, quando são colocados na superfície do
cérebro (maior resolução espacial).
Avalia a soma da actividade das correntes pós-sinápticas, não é possível determinar a
actividade de um único neurónio. Não é sensível aos potenciais de acção axonais. A actividade
de focos profundos é mais difícil de detectar do que as correntes próximas ao crânio.
A actividade da EEG de superfície é composta de múltiplas oscilações, que têm diferentes
frequências, distribuições espaciais e associações a diferentes estados de funcionamento
cerebral (desperto vs. a dormir).
A EEG permite distinguir convulsões epilépticas de outros tipos de crises. Permite caracterizar
as convulsões para melhor tratamento e localizar a região do cérebro em que se originaram.
Também auxilia no diagnóstico de morte cerebral e no prognóstico de doentes em coma.
Ondas alfa
Constituição do Ouvido
Ouvido Externo – pavilhão auricular – localização da fonte sonora
Ouvido Médio – tímpano, ossículos (martelo, bigona, estribo) – amplificação e transmissão do
sinal do ouvido externo para o interno
Ouvido Interno – cóclea – responsável pela transdução da onda sonora num sinal
eletroquímico que depois pode ser conduzido e transmitido ao SN central.
A onda de energia mecânica gerada na cóclea pelo
movimento do estribo cria uma onda viajante ao longo da
membrana basilar.
Diferentes frequências causam diferentes ondas viajantes
com pico de amplitude em diferentes partes da membrana
basilar.
Frequências baixas (sons graves) são localizadas no apex.
Frequências altas (sons agudos) são localizadas na base.
Na escala média está localizado o órgão de corti, onde se localizam as células ciliadas. Existem
células ciliadas internas e externas. As externas estão ligadas à membrana tectónia; as
internas estão soltas.
Transdução do som
A onda sonora entra para o ouvido externo, o que nos permite localizar a fonte da onda. De
seguida passa para o ouvido médio e faz os ossículos vibrar. Como o estribo está em contacto
com a janela oval, sempre que o estribo se mover para dentro ou para fora consoante as
compressões ou rarefações a janela oval também se vai mover e vai criar ondas de pressão
que viajam ao longo do líquido das escalas (perilinfa) e chegam ao nervo auditório que leva a
informação para o SN Central.
Compressão: o estribo move-se para fora, logo a janela também se move para fora e provoca
uma diminuição da pressão na escala vestibular. A escala vestibular fica mais vazia o que
provoca a subida da membrana basilar e consequentemente a subida do órgão de corti. O
movimento ascendente do órgão de corti faz com que as vilosidades das células ciliadas se
movam a favor do cílio de maiores dimensões, provocando uma despolarização da célula e
libertação de neurotransmissores para a fenda sináptica.
Rarefração: o estribo e a janela oval movem-se para dentro, provocando um aumento da
pressão na escala vestibular e a descida da membrana basilar. O movimento descendente faz
com que as vilosidades das células ciliadas se movam contra o cílio de maiores dimensões,
ocorrendo um hiperpolarização e encerramento da libertação de neurotransmissores.
Visão
O olho é constituído por três camadas:
- Externa ou fibrosa: córnea, esclera
- Média/Vascular/Úvea: íris, corpo ciliar e coróide
- Interna/Nervosa: retina
Pressão intra-ocular: determinada pela pressão no humor aquoso (10 a 21mmHg). Mede-se
através da Tonometria, em que a força exercida para aplanar a córnea está relacionada com a
pressão intra-ocular.
É importante medir-se a pressão intra-ocular por causa do Glaucoma, que é uma das
principais causas de cegueira. Glaucoma é uma neuropatia ótica que provoca danos no nervo
ótico, a fibra nervosa entra em sofrimento e morre por apoptose e, uma vez que, nervos não
têm capacidade de regeneração, é irreversível. Esta neuropatia caracteriza-se por um
aumento da pressão intra-ocular.
Recetores Sensitivos: são os fotoretetores (bastonete e cone).
- Bastonetes: estão dispersos pela periferia da retina, têm uma alta sensibilidade à luz em de
baixa luminosidade e são responsáveis pela visão monocromática (preto e branco)
- Cones: estão concentrados na fóvea, são sensíveis à luz em condições de alta luminosidade.
Existem 3 tipos de cones e são responsáveis pela visão das cores.
Ambos os receptores são constituídos por:
- Segmentos externos: fotopigmentos (molécula sensíveis à luz, inicia o ciclo de transdução).
Bastonetes - Rodopsina; Cones - Fotopigmentos das Cores (3)
- Segmento interno: onde o fotopigmento é produzido
- Terminações sinápticas
8. Ótica Básica
Potência de uma lente: capacidade de desviar (convergir/divergir) os raios que incidem sobre
a sua superfície. É medida em dioptrias. Depende do raio de curvatura (espessura) e da
matéria transparente (índice de refracção). P =1/f
Distância focal (f): distância para além de uma lente convexa na qual os raios paralelos
convergem a um ponto focal comum
Refração nas lentes:
Lente esférica convexa Lente esférica côncava Lentes cilíndricas inclinam os
focaliza os raios luminosos diverge os raios luminosos raios luminosos em apenas um
plano.
9. Eixo hipotálamo-hipofisário
Faz a regulação da sede e apetite, temperatura, função do sistema nervoso autónomo,
crescimento somático, lactação, homeostasia fluídos, reprodução, tiróide e supra-renal.
Entre o hipotálamo e a hipófise existe a haste hipofisária, que faz a ligação estrutural e
funcional entre eles, permitindo a comunicação.
Fatores Hipotalámicos:
- Hormona libertadora de tireotropina (TRH): hormonas tiroideias
- Hormona libertadora de corticotropina (CRH): formação de corticóides
- Hormona libertadora de gonadotropinas (GnRH): LH e FSh
- Hormona libertadora de hormona do crescimento (GHRH): hormona de crescimento
- Factor inibidor da prolactina (PIF)
- Hormona inibidora da hormona de crescimento (Somatostatina)
Hormonas Hipofisárias
Adenohipófise/Hipófise Anterior Neurohipófise/ Hipófise Posterior
- H. tireoestimulante (TSH) - Ocitocina
- H. adrenocorticotropica (ACTH) - ADH
- H. luteinizante (LH)
- H. foliculoestimulante (FSH)
- H. crescimento (HC)
- Prolactina
Feedback
Positivo: as glândulas produzem hormonas que atuam na célula alvo e estimulam-na a
produzir o produto. Negativo: as hormonas inibem as glândulas.
O feed back pode ser de ansa longa, quando o produto inibe o hipotálamo e a hipófise; ansa
curta, quando inibe só o hipotálamo e ansa ultracurta, quando inibe só a hipófise.
Eixo TRH – TSH – Hormonas Tiroideias (T3 e T4): o hipotálamo produz e liberta TRH, que vai
atuar na hipófise anterior, levando-a a produzir TSH. O TSH vai atuar na tiróide e faz com que
esta produza T3 e T4. O frio estimula o início do eixo. O jejum, cortisol e GH inibem-no.
TSH: polipeptídeo constituído por duas cadeias associadas de forma não covalente,
armazenado em vesículas secretoras. Possui uma secreção pulsátil “suave” e variação diurna
discreta (níveis mais altos à noite). Funções: regula o crescimento e metabolismo da glândula
tiróide, estimula secreção das hormonas tiroideias e a captação glandular de iodo.
Eixo CRH – ACTH – Cortisol: o hipotálamo produz e liberta CRH, que vai atuar na hipófise
anterior, levando-a a produzir ACTH. A ACTH atua na supra-renal e faz com que produza
cortisol. O CRH e ADH estimulam a hipófise; a somatostatina e o cortisol inibem-na.
O stress, hipoglicemia, distúrbios psiquiátricos e a transição sono-acordar estimulam o início
do eixo. A ACTH e o cortisol inibem o hipotálamo.
ACTH: é produto de um gene que dá origem a muitos produtos biologicamente activos. Possui
um padrão de secreção complexo, pico 2 a 4 h antes de acordar e pulsos cíclicos durante o
dia. Função: estimula o crescimento de regiões específicas no córtex e a síntese e secreção de
cortisol pela supra-renal.
Eixo GHRH – GH – IGFs: o hipotálamo produz GHRH que atua na hipófise, fazendo-a libertar
GH. Neste caso, não existe um órgão final, ocorre regulação do crescimento somático, através
dos IGFs, que vão ser produzidos no fígado. A somatostatina, hiperglicemia, somatomedinas,
GH, agonistas beta-adrenérgicos, cortisol, senescência e obesidade inibem o início do eixo.
Estrogénios, androgénios e GHRH estimulam-no.
Hormona de crescimento: é um polipeptídeo, sintetizada na forma de pré-hormona.
Secretada em pulsos, devido à libertação pulsátil de GHRH, com um pico nocturno regular. A
maioria dos seus efeitos requer a geração de somatomedinas ou IGFs
Em grandes quantidades provoca efeitos agudos, tal como, anti insulina (diabetogénica),
Captação de glicose pelo músculo, Lipólise e Gluconeogénese nos hepatócitos.
Quando em longa duração (via IGF-1) provoca Insulina-like, Captação de glicose pelo
músculo, Captação de aa e síntese proteica no músculo.
Eixo PIF – Prolactina: o PIF inibe a produção de prolactina, logo, para se produzir prolactina
são necessários factores que inibam o PIF, tal como, a gravidez, lactação, TRH e o stress.
Prolactina: é polipeptídeo produzido pela hipófise anterior, secretado na forma de pré-
hormona, com um pico durante a noite. A sua secreção é inibida de forma tónica pelo
hipotálamo. Estimula o desenvolvimento mamário e produção de leite e inibe a ovulação. A
dopamina e somatostatina também inibem a prolactina.
10. Pâncreas
Pâncreas exócrino: produz as enzimas necessárias para a digestão
Pâncreas endócrino: é constituído por ilhotas de Langherans. No centro das ilhotas
encontram-se células beta que produzem insulina e polipeptídeo C. Na periferia existem
células alfa que produzem glucagon, células delta que produzem somatostatina e células F
que produzem polipéptidos pancreáticos.
Insulina: para saber se uma pessoa tem diabetes analisa-se a concentração de polipeptídeo C,
que é formado juntamente com a insulina. Não se doseia a insulina porque esta depois de
libertada vai para o fígado, onde vai ser metabolizada, não se conseguindo saber qual a
quantidade que foi produzida no pâncreas. A formação de insulina é estimulada pela glicose,
SNA, exercício e ingestão de alimentos.
Regulação da insulina
Glicose: a glicose entra nas células beta através dos transportadores GLUT2 e estimula a
glicólise, provocando um aumento de ATP, que inibe os canais de potássio. A célula fica
despolarizada, os canais de cálcio abrem e entra cálcio para as células, que provoca libertação
de insulina para o sangue. Galactose, Manose e AA também levam à libertação de insulina.
SNA: o parassimpático leva a um aumento da libertação de insulina. A resposta do simpático
depende se são estimulados recetores alfa ou beta. A estimulação dos recetores alfa diminui
a libertação de insulina; a estimulação dos recetores beta aumenta a libertação de insulina.
Exercício: são estimulados os receptores alfa do sistema simpático
Ingestão Alimentar: a acetilcolina estimula a libertação de insulina. Durante a ingestão há
libertação de incretinas (GLP1) que regulam o metabolismo da glicose.
Seguimento e Controlo: pode ser feito através de análises de sangue que avaliam a glicemia
capilar, glicemia venosa e a hemoglobina glicosilada. A glicemia capilar pode ser feita com
glicómetros e a frequência de avaliação depende do tipo de diabetes, do controlo glicémico e
do objectivo terapêutico. A hemoglobina glicosilada avalia o controlo de glicemia dos últimos
3 meses (+ último mês), ocorre glicolisação da Hgb se glicemia aumentar.
- Monitorização contínua de glicemia: avaliação de glicemia de forma contínua; detetar
padrões (hipo ou hiperglicemia) e diminuir avaliações glicemia capilar (dolorosas).
Desvantagens: glicemia intersticial, custo.
11. Supra-renal
Está localizada na parte de trás do abdómen, no espaço retroperitoneal, em cima dos rins. É
constituída pelo córtex (externo) e pela medula (interno). No córtex encontra-se a zona
glomerulosa, que produz aldosterona, a zona fasciculata, que produz cortisol e a zona
reticular, que produz androgénios. Na medula produzem-se aminas, mais especificamente,
epinefrina/adrenalina.
Estas hormonas são designadas hormonas esteróides, pois são produtos derivados da
modificação enzimática do colesterol:
Glucocorticóides: corticóides que aumentam os níveis plasmáticos de glucose. Anti-
inflamatório; Imunomodulador; Terapêutica de reposição
Mineralocorticóide: corticóides que promovem a retenção renal de sal e água
Esteróides sexuais: contribuem para o estabelecimento e manutenção das
características sexuais secundárias
Colesterol
Dependendo da densidade designa-se HDL (alta), LDH (baixa) ou VDL (muito baixa). HDL não
forma placas de aterosclerose, pelo que é colesterol bom. LDL forma placas de aterosclerose,
pelo que é colesterol mau. O LDL vai para a supra-renal e permite a síntese de esteróides.
12. Tiróide
Está localizada na parte inferior do pescoço, rodeia a traqueia. É constituída por dois lobos
unidos através do estimo. Junto da tiróide encontrasse o nervo laríngeo recorrente,
responsável pela fala.
As células foliculares produzem as hormonas, T3 e T4, e estas são armazenadas nos colóides.
(T3: tem três iodos; T4: tem quatro iodos). Estas hormonas são formadas a partir da tirosina,
que sofre iodinase. Se sofre iodase com um iodo, forma-se monoiodotirosina; se for com dois
iodos forma-se diiodotirosina. Quando se junta uma monoiodotirosina e diiodotirosina,
forma-se triiodotironina (T3). Quandose junta duas diiodotirosina, forma-se tiroxina (T4).
As hormonas tiroideias atuam em todas as células do corpo, hiperativam a bomba de sódio
potássio, acelerando o metabolismo, o consumo energético aumenta.
Exames da Tiróide: para descobrir se uma pessoa tem híper ou hipotiroidismo
Hipertiroidismo: Palpitações, Tremor, Diarreia, Hipertensão, Insónia, Exoftalmia
Hipotiroidismo: Apatia, Sonolência, Obstipação, Bradicardia, Pele seca
Biópsia com Agulha Fina: permite retirar células do nódulo tiroideu e fazer o diagnóstico
através do exame citopatológico. É inócuo, pouco doloroso, mesmo quando realizado sem
anestesia e permite que um acerto diagnóstico em cerca de 90% dos casos.
Cintigrafia tiroideia: é feita com a ingestão de iodo ou tecnécio radioactivos, de curta meia
vida, que serão absorvidos e concentrados na tiróide. Através da cintilografia, a radiação
emitida é captada e transformada em imagem, que posteriormente é interpretada. O
resultado indica o estado funcional da glândula, que pode ser normal, aumentado nos casos
de hipertiroidismo ou diminuída quando há hipotiroidismo. A captação dos nódulos em
relação ao parênquima do restante da glândula também é avaliada.
• Quando o nódulo concentra mais radio-iodo do que o restante da glândula é chamado
de hipercaptante ou quente
• Naqueles em que a captação é semelhante denomina-se normocaptante ou morno
• Os que captam menos são os hipocaptantes ou frios. Estes últimos são os que mais
preocupam pois podem ser, em 5 % dos casos, nódulos malignos.
Este exame tem como inconveniente o facto de não poder distinguir os diversos tipos de
nódulos frios. Tanto os nódulos císticos como os mistos ou os sólidos revelam o mesmo tipo
de imagem.
A cintigrafia de corpo inteiro é utilizada como acompanhamento pós-operatório dos pacientes
submetidos a tratamento do cancro da tiróide, com o objectivo de identificar metástases.